João César das Neves

19/02/2009
http://www.dn.sapo.pt/2009/02/16/opiniao/excomunhao_e_tolerancia.html Um bispo brit?co, a quem o Vaticano levantou a excomunh?a 21 de Janeiro, negou publicamente a exist?ia do Holocausto nazi. Isso gerou um coro de protestos contra n?o prelado Richard Williamson mas contra o Papa Bento XVI. At?espons?is como Angela Merkel (3 Fev.) e M?o Soares (DN, 3 Fev.) quiseram censurar. Podemos fazer um exerc?o curioso analisando esses ataques ?uz dos pr?os princ?os dos cr?cos. A primeira coisa que salta ?ista ? ligeireza. Os que contestam a decis?papal n?sabem nada sobre ela. Ignoram o problema, desconhecem o bispo em causa, nem sequer ouviram o que ele disse. Limitam-se a reagir a t?los sensacionalistas e provocadores, que s?etendem agitar as religi? Assemelham o caso ao genial discurso de Bento XVI na universidade de Ratisbona a 12 de Setembro de 2006, que por acaso tamb?n?leram. Se tivessem procurado compreender a circunst?ia, veriam que ela confirma precisamente os valores que dizem defender e contraria as cr?cas que se habituaram a dirigir ?greja. O castigo agora levantado fora imposto automaticamente quando o arcebispo (que Soares graduou em cardeal) tradicionalista Marcel Lefebvre (1905- -1991) ordenou sem autoriza? quatro bispos a 30 de Junho de 1988. Este foi o cisma que feriu o nosso tempo, e que a Igreja Cat?a procura sarar h?0 anos. Os papas, como o pai do filho pr?o, t?feito sempre assim em todos os cismas. Agora, ap?ongas e delicadas negocia?s, respondendo aos pedidos dos mesmos quatro bispos, a excomunh?latae sententiae foi-lhes levantada. Os prelados continuam sem fun?s can?as e a sua Fraternidade S. Pio X n?tem reconhecimento oficial. Mas foi um avan?importante na via do di?go. Os pol?cos, que enchem a boca com toler?ia, deviam admirar este dif?l e complexo processo. Tanto mais delicado quanto o levantamento do castigo est? ser fortemente contestado pelos integristas radicais, que consideram Roma ap?ta, modernista e cism?ca. Todos os valores da reconcilia?, modera? e di?go est?do lado do Papa, que acaba atacado por isto mesmo pelos autodenominados campe?da liberdade. O segundo aspecto curioso ? tabu. Num mundo que gosta de se anunciar sem preconceitos e repudia a censura, existe um bloqueio dr?ico sobre o Holocausto. Comentar o horror nazi n?pode ser feito fora da vers?oficial. S?admitidas todas as opini? menos essa. O pior ? forma inquisitorial, fan?ca e abespinhada com que o assunto ?nfrentado. Quem nega as c?ras de g?deveria ser tratado com um sorriso pela ignor?ia e uma gargalhada pela tolice. Hoje o disparate ?anto que n?merece mais. Em vez disso todos estes democratas e republicanos, supostamente tolerantes, condenam da forma mais persecut? o Papa por ele terminado o castigo can?o. Parece que Williamson devia ser excomungado de novo, agora n?por insubordina? mas por opini?hist?a. E Bento XVI tamb? mesmo n?concordando com ele. Os judeus, para quem a quest?da shoah n??et?a mas pungente, t?raz?leg?mas para ficar ofendidos com as declara?s do negacionista. Mas eles sabem bem qual a posi? do Vaticano sobre esse horror, sucessivamente afirmada e de novo repetida desta vez. Podem criticar Williamson. N?o Papa. A Igreja promove h??das um intenso e proveitoso di?go com as outras religi? como procura reconciliar-se com todos os que ao longo dos s?los foram abandonando a comunh?cat?a. Os avan? no ecumenismo e rela?s inter-religiosas constituem ali?um dos maiores e decisivos ?tos da diplomacia e coopera? dos ?mos cem anos. Se os pol?cos, de qualquer regi?ou orienta?, compararem os seus esfor? de negocia? com os do Vaticano bem podem ficar espantados. Acima de tudo, este caso mostra que neste tempo medi?co e superficial ainda h?uem olhe ao fundo das coisas, quem considere o valor das pessoas, n?dos boatos, quem defenda princ?os elevados, n?preconceitos apressados. Esse ?ento XVI. *Professor Catedr?co, ? Presidente do Conselho Cient?co da FCEE-Cat?a, onde se Doutorou e Licenciou em Economia e leciona nas ?as de Economia e ?ica Empresarial no MBA, na Licenciatura e no International Master of Science in Business Administration. Coordenador do Programa de ?ica nos Neg?s e Responsabilidade Social das Empresas. Mestre em Investiga? Operacional e Engenharia de Sistemas (ISTUTL), Mestre em Economia (UNL). naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

Nahum Sirotsky

18/02/2009
A curiosidade de muitos, e minha, ?aber se os dias de carnaval ter?o poder de distrair a gente brasileira das ang?as da crise. No mundo, coisa in?ta, pouco se fala da nossa grande festa. A crise ? pesadelo de olhos abertos. O n?o de desempregados, j?e estima, s?nde a aumentar. A m?a de todos os pa?s e l?uas reflete o medo dos que trabalham e temem acordar para o aviso de terem sido dispensados. Quem imaginaria que a gigantesca General Motors chegaria a pedir ajuda do governo americano. Pedidos de fal?ia s?anunciados por poderosas empresas de todos os setores da economia. Os bancos que tinham irresist?l influ?ia pol?ca ficaram de joelhos, na depend?ia de institui?s do Estado. Ainda n?se sabe onde fica o fundo do po? Nas ?mas 24 horas teve-se as noticias da derrubada da economia nip?a e o pren?o de que os pa?s da Europa oriental, antes membros da extinta Uni?Sovi?ca, est?sendo atingidos um a um com consequ?ias negativas sobre os pa?s da desenvolvida Europa ocidental. O nosso carnaval vai sofrer. A crise, por? j?ome?a mudar a cara do governo americano. Originou-se nos Estados Unidos por insuficiente vigil?ia de atividades de setores do sistema financeiro que exageraram em iniciativas irrespons?is. Foi um comportamento que inspirou e facilitou gigantescos vigarismos e imensos e ainda insuficientemente conhecidos preju?s a indiv?os, empresas e governos. Os Estados Unidos, que eram um Estado com finan? equilibradas, passaram ao seu novo presidente um d?cit de tr?trilh?de d?es em suas contas publicas, cerca de duas vezes o valor do que o Brasil realiza no ano. Obama herdou a crise que, devido ?streita interdepend?ia da chamada globaliza?, n?s?lan? a economia do pa?e lan? um grande n?o de americanos literalmente na rua como se espalhou com inevit?l efeito domin?all Street passou a ser express?ofensiva. Ele est?romovendo mudan? nas pol?cas externas e relacionamentos com os pa?s. Na ter? o presidente americano assinou lei homologando uma inje? de cerca de 800 bilh?de d?es do governo na economia. Mas quebrou precedentes e fez isto na capital de um dos menos populosos Estados do seu pa? Em discurso, preveniu a seu povo que os dias melhores v?tardar mas voltar? Novas iniciativas est?sendo preparadas e ser?aplicadas. Onde for necess?o ser?apertados os parafusos. O sistema financeiro ser?eformado, prometeu. Aqui n?? espa?para detalhar o que j?e decidiu e o que vir?mas para destacar a grande e in?ta mudan?nas rela?s entre o Estado e os cidad?. O presidente americano anunciou que um website do governo vai informar o povo, minuto a minuto, sobre entradas de recursos, sua aplica? e resultados. Criou o governo transparente. O governo que presta contas 24 horas por dia. Todos poder?saber quando quiserem o que o Estado faz com o dinheiro que arrecada ou levanta em empr?imos do p?co. Um sistema que a internet viabiliza. Imaginem se a moda pegue. A tecnologia existe. Prefeituras, governos de Estados federais, dizendo de onde vem e pra onde vai o dinheiro do contribuinte. Uma esp?e de rel? de receita e despesa. Como se arranjar?os que vivem nas tetas do dinheiro p?co?

Cláudio Humberto, em seu blog.

18/02/2009
Ap? freio de arruma? do esc?alo na compra de tapioca e em freeshops etc, o governo Lula voltou a ser feliz: s? janeiro, torrou R$ 8 milh?p?cos usando os c?bres cart?corporativos – ou sejam, 27% a mais que em janeiro do ano passado. E nem se deu ao trabalho de discriminar 94% dos gastos, alegando que se trata de “despesas pessoais da fam?a presidencial”. ?exatamente onde ora o perigo.

Alejandro Peña Esclusa

18/02/2009
Caracas, 18 de febrero.- El Movimiento Al Socialismo de Bolivia anunci?er la posibilidad de que Evo Morales sea reelegido en forma ilimitada, tal como lo ha logrado el presidente de Venezuela Hugo Ch?z. No est?escartada la reelecci?orque este es un proyecto pol?co que hemos sostenido y mantenemos que tiene un alcance de 15 o 20 a?de implementaci?afirm? subjefe del bloque del MAS en la c?ra de Diputados, Jorge Silva, citado por el matutino La Raz? Para el senador del MAS, F?x Rojas, existe la posibilidad de aprobar una reforma para lograr la reelecci?limitada. Ser?una reforma parcial que se la puede tratar en el pr?o Parlamento, aprobarla por dos tercios y luego someterla a un refer?um, asever? Los nuevos criterios oficialistas provocaron que la oposici?oliviana se?ra que tanto Morales, como su par venezolano Ch?z, est?representando visiones totalitarias. Por su parte, la dirigente del salvadore?rente Farabundo Mart?ara la Liberaci?acional (FMLN), Nidia D?, public?er un art?lo en el peri?o cubano, Granma, titulado “Tiempos de Cosecha”, donde alaba el triunfo del S?n Venezuela. Nidia D? dice que “El S? la enmienda constitucional alcanzado este 15 de febrero, sin duda abre para la Patria de Bol?r, una nueva y definitiva etapa… que garantizar?ue las ideas de Bol?r y de Ch?z perduren m?all?e esta hora de victoria”. Adem? la dirigente salvadore?e identific?enamente con los reg?nes de Bolivia, Cuba, Ecuador y Nicaragua, implicando que, de ganar las elecciones el FMLN, ese partido impondr?n El Salvador el mismo modelo. “Porque Venezuela recogi? bast?e la Revoluci?ubana y en circunstancias hist?as nuevas, supo asimilar y transformar las esencias de la Revoluci? abrir nuevos senderos por donde transitan hoy Bolivia, Ecuador, Nicaragua, naciones que… tienen como com?enominador la b?eda de la unidad y la cooperaci?obre el respeto y sin condicionamientos pol?cos”, afirm?az.

STF dá prazo de 300 dias para 500 testemunhas do m

18/02/2009
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensal?no Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que ju?s federais de 14 estados e do Distrito Federal ou? cerca de 500 testemunhas de defesa dos 39 r? da a? em um prazo total de 300 dias. Por estado, os prazos para que todas as testemunhas deponham variam de 1 a 80 dias, de acordo com o n?o de pessoas que ser?ouvidas.

Folha de São Paulo

17/02/2009
Os dois principais partidos da oposi?, o PSDB e o DEM, prometem ingressar amanh?o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com uma a? contra o governo federal por antecipa? de campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. No documento, as siglas argumentam principalmente que o evento realizado na semana passada, em Bras?a, com prefeitos de todo o pa? serviu de palanque para a ministra, poss?l candidata do PT ?ucess?presidencial. O l?r do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), alegar?ue Dilma est?m viagem pelo pa?para se apresentar ?opula?. L?res da base aliada negam o uso pol?co do evento e dizem que o governo n?pode parar. Na semana passada, o DEM tamb?foi ao TCU questionando o ?o sobre uso indevido de imagem e recursos p?cos para a realiza? do encontro dos prefeitos, que custou R$ 241 mil. A campanha da Dilma passou do limite. E ainda mais agora querem usar dinheiro p?co para promov?a?, afirmou Caiado. Crescimento Em palestra ontem na Associa? Comercial de S?Paulo, o presidente de honra do DEM, o ex-senador Jorge Bornhausen, disse que Dilma vem conquistando paulatinamente o eleitorado do presidente Lula e que, apesar de n?ter raiz, poder?er a herdeira do eleitor de Lula. Dilma n?tem voto de raiz. Come?que n?tem Estado. N??em mineira, onde nasceu, nem ga?, onde teve a? pol?co-administrativa. Viver?a possibilidade de transfer?ia de votos e do resultado de marketing. Ele afirmou que Lula n?tem compromisso com a verdade e sugeriu que os partidos de oposi? usem a propaganda partid?a para criticar o governo federal. Apontando Jos?erra como candidato natural da oposi?, ele defendeu uma composi? entre S?Paulo e Minas Gerais no PSDB.

Revista Época

17/02/2009
Jos?ntonio Lima Esta era a imagem que estaria no e-mail enviado por Paula, a mesma que pode ser encontrada na internetPaula Oliveira, que afirmou ?ol?a su? ter sido agredida na segunda-feira (9) por um trio de neonazistas em D?dorf, cidade pr?a de Zurique, teria comunicado a colegas de trabalho sua suposta gravidez de g?os com uma imagem de ultrassom que pode ser encontrada no Google. A informa? foi dada a ?OCA por uma brasileira que conhece Paula h?ais de tr?anos e que trabalhou com ela na empresa dinamarquesa Maersk. Segundo a ex-colega, que se identificou a ?OCA mas pediu que seu nome n?fosse divulgado, o e-mail foi enviado por Paula no dia 16 de janeiro para mais de 30 pessoas da Maersk. ?OCA teve acesso a uma c? dessa mensagem (confira a reprodu? ao final do texto). O e-mail, em ingl? dizia o seguinte: Bom, eu queria ligar para todos voc? mas, pelas raz?a seguir, voc?v?ver que eu devo economizar cada centavo a partir de agora, ent?n?ser?oss?l. Enfim, ?em dif?l achar uma forma melhor de dar a not?a. Ent?a?ai, a imagem fala por si pr?a, voc?n?acham? Para os que n?t?meu celular (o n?o foi borrado por ?OCA por quest?de privacidade), eu acho que n?estarei a?sta tarde, ent?voc?podem me ligar ou escrever mais tarde ou no fim de semana para esclarecimentos posteriores. E, sim, estou t?feliz quanto poderia estar! Beijos, Paula Oliveira “Quando ela deu a not?a da gravidez, mandou anexada ao e-mail a imagem de um ultrassom. E n?chamos a mesma foto no Google Images [o buscador de imagens do Google]”, disse a ex-colega. Ela explica que a imagem veio com o nome “Twins 6 wks” (G?os 6 semanas) e que, fazendo uma busca com esses mesmos termos no Google, era poss?l encontrar a mesma imagem, no site about.com. A colega explica que o que teria motivado a “investiga?” no site de buscas era o hist?o de Paula, “que tinha deixado uma impress?de que inventava algumas coisas para chamar a aten?”. Segundo ela, o que agravou a desconfian?dos companheiros de trabalho foi outra hist? contada por Paula – a suposta morte do marido no acidente com o voo 3054 da TAM, que saiu da pista do aeroporto de Congonhas, em S?Paulo, matando 199 pessoas em 17 de julho de 2007. “Em 2007 eu e outras pessoas ficamos sabendo por meio de amigos em comum que Paula havia se casado, mas nem sab?os que ela estava namorando. Era um franc? chamado Fran?s, que ela havia conhecido no Recife. Todos acharam esquisito, mas acreditaram”, disse a ex-colega. “Quando ocorreu o acidente da TAM, recebi alguns e-mails das pessoas lamentando a morte do marido dela, que estaria no avi? Mas na lista de mortos no acidente n?tem nenhum Fran?s”, explica (?OCA consultou a lista, onde de fato n?figura ningu?com esse nome) . “Foi a?ue todos passaram a desconfiar do que ela falava”. A funcion?a da Maersk conta que, quando ficou sabendo do suposto ataque em D?dorf, por meio da mensagem de um amigo, achou que era uma brincadeira. “Quando surgiu a hist? da gravidez, algumas pessoas j?inham especulado que era mentira e questionado quando ela perderia a crian?, afirma. Em um outro epis?, a colega conta que Paula teria feito sess?de quimioterapia por conta de um problema ligado ao l?, doen?cr?a que impossibilita o sistema imunol?o de combater v?s e bact?as. “Ela usava um len?na cabe?para trabalhar, mas eu ouvi de pessoas que frequentavam a casa dela que ela nunca perdeu um fio de cabelo”, afirma. “Mas n?sei se isso ?m exagero das pessoas ou se ela usava a doen?para chamar a aten?”. Apesar de desconfiar de Paula, sua colega reconhece que n??apaz de afirmar que, como sugeriram autoridades su?s, a brasileira teria feito os ferimentos no pr?o corpo. “Mas n?me surpreenderia, porque ela ?uito convincente e acredita nas coisas que diz”, conta. “Mas, neste caso, ela n?seria s?a mentirosa compulsiva, e sim algo mais grave. E a? pai dela teria raz? ela ?ma v?ma de qualquer jeito, seja do suposto ataque ou de um problema psicol?o muito s?o”.

Márcio Luís Chila Freyesleben

17/02/2009
H?lgum tempo, o Governo Federal tentou implantar a cartilha do politicamente correto. Ser politicamente correto significaria empregar linguagem livre de discrimina?, de modo a evitar ofensa a pessoas ou grupos, por conta de ra? credo, sexualidade, etc. Pela regra do politicamente correto, n?se diz negro, mas sim afrodescendente; n?se diz Direitos Naturais do Homem, mas sim Direitos Humanos. S?recriminadas palavras do tipo judiar (derivada de judeu), denegrir (derivada de negro) e, segundo a cartilha lulista, o voc?lo comunista deveria ser evitado (Niermayer quis esgoelar o Lula) . A cartilha, ?laro, n?emplacou, e foi recolhida ao almoxarifado. Mas a moda do politicamente correto continua a fazer estragos pela Na? afora. Poucos sabem que a ideia do politicamente correto teve origem em Karl Marx. O Manifesto Comunista, escrito por Marx no s? XIX, possu? duas linhas: o marxismo econ?o, que pregava que a hist? ?eterminada pelos grupos detentores dos meios de produ?; e o marxismo cultural, que pregava a ideia de que a hist? ?eterminada pelos grupos detentores do poder (o marxismo cultural ? semente do politicamente correto). O marxismo cultural, assim como marxismo econ?o, pregavam que a hist? da sociedade ?arcada pela luta de classes. A sociedade seria composta por dois grupos antag?os: os burgueses e os prolet?os. Os burgueses disporiam dos meios de produ? (fabricas, m?inas, recursos econ?os), com os quais oprimiriam a classe prolet?a. A sociedade, portanto, seria composta de opressores e de oprimidos; estes seriam v?mas daqueles. Sendo assim, os marxistas chegaram ?onclus?manique?a de que os trabalhadores s?sempre bons e de que a burguesia ?invariavelmente m?Haveria, na sociedade, grupos bons e grupos maus. Os opressores seriam sempre maus e os oprimidos, sempre bons, independentemente do que fizessem. Durante a Contrarrevolu? de 64, por exemplo, os militares impediram que terroristas subversivos implantassem no Brasil o comunismo. Hoje, no entanto, os militares s?maus e os terroristas s?bons. O marxismo econ?o pregava a tomada do poder pela for? enquanto o marxismo cultural, a partir de estudos e teorias desenvolvidas ao longo da primeira metade do s?lo passado, pregava o desconstrucionismo, que consistiria na desconstru? dos textos hist?os, filis?os e liter?os, com a finalidade de desestruturar (distorcer) as id?s e valores at?nt?estabelecidos. Por exemplo, a an?se desconstrucionista da Contrarrevolu? de 64 permitiu ?squerda brasileira afirmar que os militares perseguiram pessoas que lutavam pela democracia e pela liberdade, assim subvertendo a verdade, pois qualquer pessoa com um m?mo de honestidade intelectual sabe que aqueles indiv?os eram terrorista que lutavam pelo comunismo, regime que despreza a democracia e a liberdade. Fazem isso porque, para o marxismo cultural, a hist? resume-se ?n?se das lutas de classes: luta dos bons contra os maus. Para eles, a Contrarrevolu? foi um Golpe Militar. O marxismo cultural culminou impondo o relativismo moral como filosofia, subvertendo os valores da sociedade tradicional. ?a doutrina do politicamente correto que transforma um assassino com Che Guevara em her??la que faz com que Fidel Castro, um assassino psicopata, seja venerado por pol?cos, intelectuais e artistas famosos. A relativiza? moral invade a televis?(as novelas principalmente), a imprensa, a escola, a arte, e os homens de bem perdem a capacidade de dizer a verdade. O politicamente correto ? ferramenta com a qual se pretende destruir as bases da civiliza? ocidental: a f?rist?o direito romano e a filosofia grega; bases sem as quais o homem n?se reconhece. Quando isso acontece, a mentira triunfa. Em 1917, com a revolu? Russa, os marxistas da linha econ?a chegaram ao poder, fato que gerou grandes expectativas ao marxistas europeus e findou por relegar a segundo plano o marxismo cultural. Com o passar do tempo, verificou-se que o marxismo n?conseguia implantar-se na Europa. Ide?os como Gramsci conclu?m que os trabalhadores europeus n?aderiam ?uta de classes porque eram muito apegados aos valores culturais, ?eligi?crist?rincipalmente. Foi, ent? que o marxismo cultural ressurgiu. Com o marxismo cultural seria poss?l destruir os valores europeus, que era a causa do fracasso marxista no Velho Continente. A Escola de Frankfurt encampou a teoria do marxismo cultural e criou a Teoria Cr?ca para difundir o comunismo na Europa. Muitos consideram a Escola de Frankfurt o ber?do politicamente correto. O marxismo dos frankfurtianos era desalinhado com o marxismo-leninista (marxismo de Moscou). Os frankfurtianos desprezavam os achados econ?os de Marx e os estratagemas da burocracia bolchevista; eles preferiam investir tempo e dinheiro na teoria da aliena? (a sociedade capitalista transforma o homem em mercadoria, em coisa, perdendo a consci?ia de si); Teodor Adorno (1903-1969) dizia que Hollywood era a pr?a fonte da aliena? [mais tarde, Hollywood transformar-se-ia em base dos marxistas culturais: vide o c?o venona]. Com a Escola de Frankfurt, o marxismo cultural passa para o primeiro plano. A Escola une o marxismo cultural ?ideias da psicanalise de Freud [a repress?do indiv?o (Freud) decorria da opress? capitalista (Marx)], e elege a cultura como instrumento de luta pelo poder. Nasce a guerrilha cultural, em substitui? ?uta armada dos leninistas. Surge a Teoria Cr?ca e consolida-se a doutrina do politicamente correto. Para levar a cabo sua empreitada, a Teoria Cr?ca critica tudo. Pode-se dizer, resumidamente, que ela critica os valores da sociedade capitalista: a fam?a, a religi? a moral, a propriedade, etc. N?s?cr?cas construtivas, pois, como eu disse, eles desejavam desconstruir, isto ? subverter os valores que impedem a implanta? do marxismo. Seu modo de operar ?ngenhoso. Entidades civis (associa?s, funda?s, ongs em geral), normalmente financiadas com o dinheiro p?co ou beneficiadas com imunidades e isen?s fiscais, assumem a defesa de grupos oprimidos (os invariavelmente bons de que falei acima). Gays, feministas, quilombolas, sem-terra, sem-teto, sem-trabalho, sem-terra-ind?na-demarcada, sem-ju? (magistrados do F? Mundial de Ju?s) e demais esp?mes sem-par do g?ro sem-vergonha, constituem o p?co dileto dos adeptos da Teoria Cr?ca da Escola de Frankfurt, os politicamente corretos. Nos anos trinta do s?lo passado, o frankfurtiano Herbert Marcuse (foi ele que cunhou a express?fa?amor n?fa?a guerra) criou a no? de toler?ia repressiva: tudo que viesse da direta deveria ser reprimido; tudo que viesse da esquerda deveria ser apoiado pelo Estado. Marcuse ?onsiderado o pai do politicamente correto moderno, que passou a ser o instrumento da guerrilha cultural, com a qual se pretende implantar o marxismo, a sociedade totalit?a. Quando se trata do politicamente correto, cessa tudo que a antiga musa canta. A hist? ?eescrita de acordo com os valores da esquerda. N?s?so. Qualquer express?que possa ser ofensiva aos grupos oprimidos, deve ser substitu? por outras politicamente corretas. No passado, a Escola de Frankfurt, sob a ?de do politicamente correto, forneceu as bases ideol?as do fen?o hippie; na atualidade, fomenta a a? dos eco-terroristas, dos movimentos gays, da uni?homossexual, da libera? das drogas, da descriminaliza? do aborto, e de uma infinidade de valores minorit?os, com a exclusiva finalidade de destruir os valores da civiliza? capitalista, em particular Deus, P?ia e Fam?a. Nos anos 60 e 70, a influ?ia dos frankfurtianos perdeu for?com o advento da revolu? cubana, dos movimentos de liberta? na frica e a revolta estudantil francesa de 1968. No Brasil, as For? Armadas impediram os comunistas de tomar o poder, em 1964. Tais fatos reacenderam nas esquerdas do mundo todo o sonho da luta armada. Retorna ao primeiro plano o marxismo econ?o. No Brasil, os comunistas deram in?o ao confronto armado. Com a estrondosa derrota dos comunistas no Brasil e com a queda do Muro de Berlim, o marxismo cultural retorna ao primeiro plano, agora, por? com uma vantagem: a queda do Muro de Berlim criou em todos a falsa impress?de que, com o muro, ca? por terra o pr?o comunismo. Nesse sentido, a queda do Muro de Berlim funcionou como um verdadeiro Cavalo de Tr? enquanto a direita dorme de esp?to desarmado, a esquerda, travestida de socialista do s?lo XXI, campeia livre, implantando a guerrilha cultural. Em suma: os comunistas mudaram de front. A guerrilha cultural est?m franca atividade, e ningu?percebe Ali? voc??eve a curiosidade de consultar os livros did?cos de seu filho? Voc??eu o livro de Hist? que a escola dele indicou? Hummm!!!!!!!!!! * Procurador de Justi? Minist?o P?co, Minas Gerais

Francisco Razzo

17/02/2009
Se existe hoje uma tend?ia entre as pessoas ditas esclarecidas, intelectual e moralmente, essa tend?ia ? de meter o bedelho em assuntos em que elas n?possuem a m?ma compet?ia, e a religi?sem d?a ? bola da vez, sobretudo, quando se trata da Igreja Cat?a, ?laro! H?empre um mente aberta distintamente em qualquer conversinha de boteco soltando um ah, mas a Igreja Cat?a…, Ah, A Idade M?a e a Inquisi?…. Entre os mais cultos, aqueles mesmos que acham que livros de auto-ajuda s?pra alienados, mas que se ap? em livros de divulga? cient?ca e j?e acham os g?os indom?is dos mais elevados estudos, a briga definitivamente se tornou entre F? Ci?ia. Outro dia, um professor de hist? ficou horrorizado ao descobrir que eu era cat?o, disse na minha cara, sem pudor: como uma pessoa esclarecida, um professor de filosofia, pode ser cat?o?. Em outras palavras, o que ele estava querendo dizer era: A intelig?ia deve excluir necessariamente a F?ser?ue voc??percebeu ainda, que o mundo agora ?oderno?. Coisas do tipo n?s?raras, chove por a? dia todo na minha orelha! Evidente que as raz?dessas coisas t?ra?s profundas na hist?. E elas se alastram pela falta de boas raz?dos nossos amados intelectuais panflet?os que resolveram salvar a humanidade da sua cegueira. Mas vamos ficar s?m o b?co, por enquanto, nada de fazer arqueologia das id?s: ?ot?l hoje em dia, que toda vez em que se discute teoria da evolu? de Darwin a coisa toma o caminho da intermin?l disputa entre F? Raz? Como se essa fosse a conseq?ia mais ?a! Afinal, como ainda ?oss?l que esses ignorantes acreditem em Ad?e Eva?. A verdade ?ue Darwin ?isto como o patrono de um tipo de postura paradigm?ca para os amantes da ci?ia, enquanto os mais inclinados ?? quero dizer os mais c?cos em rela? ?verdades da ci?ia – s?tachados como meros idiotas que negam a realidade e se trancam no submundo da fantasias e dos del?os est?os. Resumindo: Darwin e sua Teoria da Evolu?, sin?o de Ci?ia. Religi?(sobretudo a crist?e sua concep? de cria? (bom, em sete dias, a?oc??st?uerendo demais, n?) sin?o de burrice, estupidez, fuga do real, terrorismo etc. Primeiramente, devemos concordar que as coisas realmente n?s?bem assim, vamos ser historicamente sinceros: Darwin n?est?om essa bola toda! E depois, que a teologia crist?sobretudo no que diz respeito ?uest?da Cria? e da sua antropologia (i.e. como ela define o Homem), est?onge de ser um amontoado de lorotas tolas ou historinhas da carochinha. Basta ler Santo Agostinho, Santo Anselmo e Tomas de Aquino, se ainda sobrar f?o! Eu duvidei no come? fui at?sses autores, como dizem, quase que furei os z? mas definitivamente mordi a l?ua… Meu problema, revendo meu entusiasmado ate?o, ?ue a coisa toda era uma grave falta de repert? cultural e falta de chinelada. Chegamos a um n?l hoje t?lament?l de cultura e repert? que se voc??tiver uma opini?sobre algum assunto, qualquer que seja, ?apaz de entrar em colapso por ressentimento. Eu confesso, quando eu era jovem e inteligente eu n?podia admitir que algu?acreditasse em Deus e ao mesmo tempo ser meu professor de qu?ca. Agora que estou quase com um p?a meia idade e sou tamb?quase um tapado, eu percebo que os professores de ci?ia que ainda hoje acreditam em Deus s?corrosivamente mais c?cos do que aquelas que acham que Deus ?pio do pov? Isso n??egra, ?ma leviana constata? de um leviano cotidiano escolar. Mas, ?sso, grandes professores hoje se ap? n?mais em ci?ia s?a, mas na maldita m?a pseudocient?ca ou nos militantes panflet?os que insistem na absurda exist?ia da guerra entre ci?ia e f?que sinceramente chega ser escandaloso! Reproduzo aqui, para dar um ?o exemplo, o que diz um desses divulgadores descaradamente mal-informados sobre especialidades que n?lhe dizem respeito: No cap?lo Religi?– O espectro que assombra, de O espectro de Darwin, Michael Rose diz: Todas as civiliza?s pr?odernas tiveram teologias em que seres ou for? de grande poder davam origem a toda a ordem aparente na Terra. Tais for? ou seres costumavam ser racionalmente concebidos, a fim de dar sentido ?esta?s, ?orte na guerra e assim por diante. Antes da ci?ia, o saber era dominado pela religi?e os doutos, quase que invariavelmente, eram sacerdotes. Tal como as ideologias, as religi?s?singularmente imunes ?xperimenta? e a comprova?. Quem insiste em apresentar provas ou argumentos que contradigam um artigo de f? perseguido como herege, em vez de enaltecido por sua descoberta. A religi?interessa-se, em ?ma inst?ia, pela autoridade e pela f?e n?pela d?a e pelo conhecimento. (p. 234). S?essas e outras fantasias ditas cient?cas – uma vez que saiu do teclado de um cientista – que povoam a mente dos que por uma raz?puramente ret?a acreditam que isso seja realmente ci?ia e aquilo religi? O que acontece ?ue esses caras descaradamente n?sabem o que significa religi? desconfio at?e sabem o que realmente significa ci?ia, e menos ainda sabem o que significa uma religi?como o Cristianismo. A verdade ?ue esses caras, com diploma de PhD, n?fazem a m?ma id? do que est?falando, e por uma quest?muito, mas muito delicada, n?estudaram sobre o assunto, s?especialistas, diga se de passagem, do mais alto gabarito em amebas, besouros, mol?las, querendo falar, vejam s?ada mais nada menos, do que… de Deus. Alguma vez na vida ser?ue esses caras abriram uma linha de um S?Jo?da Cruz e notou – com certo constrangimento, se forem sinceros – o alto grau de d?a, e n?autoridade, que movia os seus passos ao Monte Carmelo? Resposta simples, n? Alguma vez esses caras leram excertos de um texto como o de J?notaram que era movido por uma d?a muito mais ardente e corrosiva do que a de qualquer um desses cientistas ditos movidos pelo conhecimento e n?pela autoridade? ?vio, n? Ou leram um o relato sobre Tom?desesperado com o seu ceticismo em ter de enfiar o dedo na ferida do Cristo para ver se aquilo realmente era uma chaga? N? n?leram! N?sabem do que falam, mas querem manter a notoriedade, afinal, s?cientistas em busca do conhecimento e n?da gl?! Se h?ma semelhan?e um elo perdido entre a ameba e o homem, econtramos: ecce homo! *Professor de Filosofia