Aqui se cultuam grandes pensadores e líderes que impulsionaram positivamente a história.

“O estado deve ser um servo. E não um mestre!”

Margaret Thatcher

"Todos querem viver à custa do Estado, mas esquecem que o Estado vive à custa de todos".

Frédéric Bastiat

"Justiça sem misericórdia é crueldade."

S. Tomás de Aquino

“No final de contas, o valor de um Estado é o valor dos indivíduos que o compõem.”

John Stuart Mill

"A Cultura é o mar onde navega ou se perde, bóia ou naufraga o barco da política partidária".

Olavo de Carvalho

"Os marxistas inteligentes são patifes. Os marxistas honestos são burros. E os inteligentes e honestos nunca são marxistas."

José Osvaldo de Meira Penna

"As pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tiverem em consideração a experiência dos seus antepassados."

Edmond Burke

"Cuidado com o Estado. Ele é perigoso e anda armado.”

Roberto Campos

"⁠Como os comunistas perceberam desde o início, controlar a linguagem é controlar o pensamento - não o pensamento real, mas as possibilidades do pensamento."

Roger Scruton

"Um homem com convicção pode superar uma centena que tem apenas opiniões."

 

Winston Churchill

 

"O poder concentrado sempre foi o inimigo da liberdade."

Ronald Reagan

Artigos do Puggina

Percival Puggina

23/04/2025

 

Percival Puggina

         Entendi perfeitamente o ministro presidente do STF, Luís Roberto Barroso, quando se referiu ao populismo autoritário em videoconferência dirigida a evento brasileiro na Universidade de Harvard. Populismo autoritário, no vocabulário do ministro, é uma síntese elegante para tudo que não presta. O que pensar de ruim se encaixa na moldura, mais ou menos como, de modo rasteiro, o esquerdismo universitário faz com a palavra fascismo e com o adjetivo fascista. Democrático, por outro lado, é tudo que ele aprecia, incluídas as descriminalizações do aborto e do porte de drogas para uso pessoal.

Claro que isso também soa como autoritário quando decidido à margem do Congresso Nacional. Impossível não perceber a manipulação de conceitos em modo discursivo, criando ilusões, como a do grão de ervilha em três cascas de noz. O autoritarismo sempre está onde interessa na hora do discurso. Por isso, quando fala sobre aborto, o ideal democrático correspondente considera a sociedade brasileira ainda despreparada para tratar do assunto... e decide por ela. Decide que feto com três meses está pronto para morrer.  

Imagino, então, que o oposto do populismo autoritário deva ser um elitismo iluminista, civilizador, que decide por todos, visto que o atributo ignorância não pode ter peso numa democracia de excelência (ou seria melhor dizer “de excelências”?).

O que mais me chama a atenção na fala do ministro não é tanto o que diz, mas o silêncio sobre o alinhamento de nosso país com China, Irã, Cuba, Venezuela, Nicarágua, Hamas e com organizações políticas do Foro de São Paulo. Algumas destas últimas chegaram ao poder e se afundaram nas negociatas verde-amarelas da Odebrecht, proporcionadas bem se sabe por quais influências. Será que aos olhos e cuidados proativos da atual composição do STF, esses parceiros não se caracterizam como extremistas nem autoritários, nem populistas? Transitam, então, sob simétrico silêncio, as consequentes rupturas, por desalinhamento, com nossos históricos parceiros do Ocidente civilizado e democrático. Meninos de Harvard, it’s complicated.

O iluminismo elitista nada diz sobre a mácula do descrédito que exceções e excessos causaram às instituições republicanas. Nem sobre a notoriedade mundial a que se alçou a ação política da instituição, por meios próprios, com estupor externo e apreensão interna.

Com a devida vênia, é impossível não comparar a conferência do ministro em Harvard com a história do sujeito que, no confessionário, se jactou de seus pecados.

Percival Puggina (80) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

Percival Puggina

18/04/2025

 

Percival Puggina

 

         Há alguns anos, ao sair de uma solenidade de formatura, assumi o irrevogável compromisso de nunca mais comparecer a tais atos. Aquelas horas de consternação e aborrecimento haviam esgotado minha paciência. Cada formando que cruzou o palco do Salão de Atos tinha uma lição a dar à plateia sobre o “estado das coisas” no Brasil e no mundo. Como quem escolhe itens de um cardápio, despejavam clichês e inutilidades avulsas sobre desigualdade, diversidade, discriminação, inclusão, opressão, meio ambiente, dominação cultural, mal costurada história universal etc. Ficassem a nação e o planeta advertidos de que eles, elas e elus estavam chegando!

Na sequência, falou o paraninfo. Se ninguém é profeta na própria terra, aquele senhor, consagrado pela moçada, de corpo presente, no palco dos acontecimentos, driblou o preceito. Seu discurso derrubou cercas, muros e muralhas. Como ante um Vesúvio em chamas, tudo veio abaixo para ele se erguer vitorioso sobre... sobre o quê, mesmo? Dedo em riste, atacou como um patético Procurador de Justiça do Juízo Final. Observei silenciosos sinais de discordância da plateia, certamente ocupada numa avaliação de perdas e danos causados por quatro anos de tais doutrinações sobre seus pimpolhos. Tarde demais.

O pior, porém, ainda estava por vir. Ergueu-se o diretor da faculdade. Limpou a garganta com um gole de água e começou outro falatório de teor semelhante, com esta inesquecível declaração: “O ‘coletivo’ da faculdade subscreve integralmente as palavras proferidas pelo professor paraninfo”. Bah! Aquele não era um ato acadêmico de conclusão de curso superior, mas a celebração da morte das individualidades, do pluralismo sem o qual não há o que dizer sobre diversidade. O coletivo cumprira sua missão! Ao mesmo tempo, estava ali o grito de guerra da intolerância e do cancelamento de toda divergência.

Em crônica de 1970, Gustavo Corção conta o diálogo sobre a burrice moderna que entreteve com um amigo que lhe disse, em telefonema: “A burrice não é novidade, é antiquíssima. Garanto-lhe que ao lado do artista genial que pintava touros nas cavernas de Espanha, anunciando há quarenta mil anos a brava raça de toureiros, havia dois ou três idiotas a acharem mal feita a pintura”. Laconicamente, Corção apontou a diferença: - “Mas calavam-se!”.

Sim, os burros de antigamente se calavam. Já a burrice moderna é vistosa e arrogante. Dou razão ao leitor que, outro dia, me observou ter ela deixado de ser atributo de uso pessoal e se disseminado. O mecanismo de disseminação é o moedor de cérebros, cujas consequências testemunhei naquela assustadora solenidade acadêmica porto-alegrense.

Há quem diga ser ilegal a iniciativa do governo Trump de cortar a destinação de recursos públicos para instituições universitárias privadas dos Estados Unidos que se transformaram em “coletivos” esquerdistas. Não sei se as medidas são ilegais ou não. Sei é que não deve ser legal impor verdadeiro apartheid mediante políticas de cancelamento da divergência, nem usar o espaço acadêmico como comitês eleitorais de candidatos de esquerda. Nesses espaços e instituições que recebem verbas públicas, menos legal ainda há de ser a formação de núcleos antissemitas, pró terroristas e de animosidade contra os Estados Unidos – gigantescos cavalos de Troia da revolução cultural. Saudades do Olavo de Carvalho!

Percival Puggina (80) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

Percival Puggina

13/04/2025

 

Percival Puggina

 

           Na narrativa que construiu e o Consórcio Goebbels de imprensa acolheu como revelação divina, o Supremo redige os eventos dos últimos anos como se estivesse tão equidistante do jogo político quanto deveria efetivamente estar. Descreve “o cenário mais amplo” como se não fosse intensa e reconhecida por todos os jornalistas do país sua atividade no palco dos acontecimentos! Aliás, quando seus membros não querem falar por si mesmos, há profissionais da imprensa, selecionados a dedo, que se prestam à função de meninos e meninas de recados nunca desmentidos. De resto, são os ministros, eles mesmos, que reconhecem tais atividades quando, ante públicos seletos, querem destacar seu protagonismo. Foi o ministro Barroso quem melhor explicitou o vulto dessa atuação ao sublinhar à “vertiginosa ascensão política do STF”.  

Dão prova disso as múltiplas interferências do Supremo em decisões do governo Bolsonaro, a natureza política de tantas manifestações espontâneas dos ministros, a animosidade crescente, o enviesamento ideológico da Corte, que bem antes de 2021 já ganhara o nome de ativismo judicial.  Também marcam presença do Supremo num palco de operações integral, não recortado nem híbrido: o antagonismo em relação aos conservadores, as práticas “contramajoritárias”, a censura, as multas, as ameaças e prisões, os bloqueios de canais, as desmonetizações, o combate às redes sociais e os múltiplos ataques à liberdade de expressão. Há todo um pacote de anomalias políticas que vêm sendo normalizadas pela prática continuada, com irrestrito apoio da base do governo e do Consórcio Goebbels com seus paninhos.

Ao abrir a porta para a atividade política, o Supremo importou, sem tarifa nem abatimento, certas consequências que lhe eram alheias. Por metáfora, se pode explicar a situação dizendo que, nesse jogo da política, as chuteiras têm travas e todo mundo tem canela e a consequência, também metaforicamente, vem sendo chamada de crise institucional. Eis por que é de bons modos e boas práticas ser intransponível a distância entre o apito e a chuteira. Quem apita não chuta.

O Congresso Nacional é o coração político do país, não o Supremo, não o Palácio do Planalto. O parlamento é o poder efetivamente representativo do povo brasileiro – este sim, fonte de onde “emana todo poder”, mediante a representação parlamentar que elege. A submissão do Congresso acorrenta e algema a democracia. Festeje-se, então, ter sido ultrapassado com folga, em poucos dias, o número de assinaturas (257) necessárias para impor às instáveis convicções do presidente Hugo Motta que submeta ao plenário o PL da Anistia.

Se quem sabe faz a hora, como cantou Vandré, ponderem os deputados e senadores: ou assumem as rédeas da política ou continuarão, por muitos anos, servindo de montaria a um poder sem votos. Ou aceitam a doma ou corcoveiam e restauram a representação que lhes corresponde.

Percival Puggina (80) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site Liberais e Conservadores (www.puggina.org), colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+. Membro da Academia Rio-Grandense de Letras.

 

 

 

 

Outros Autores

Stephen Kanitz, em Blog do Kanitz

25/04/2025

Leia mais

Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico

22/04/2025

Leia mais

Sílvio Lopes

21/04/2025

Leia mais

Afonso Pires Faria

21/04/2025

Leia mais

Por que criei este site

Minha posição política é conservadora em relação ao que tem valor permanente. Quer mudar dentro da ordem o que precisa ser mudado. É democrata e serve ao bem da pessoa humana segundo uma antropologia e uma ética cristã. É pró-vida e sustenta a superior dignidade da pessoa humana. Vê a liberdade como sócia bem sucedida da verdade e da responsabilidade. É liberal porque sabe o quanto é necessário impor freios e limites ao Estado, cujos poderes deveriam agir para se tornarem cada vez menos necessários. Defende o direito de propriedade e as liberdades econômicas. Sem prejuízo de muitas outras exclusões, nessa posição política não há lugar para defensores de totalitarismos e autoritarismos, para fabianos e companheiros de viagem de esquerdistas, nem para políticos patrimonialistas.

 

Para defender essas posições, nasceu este website em 2003. Mediante sucessivas incorporações de novas tecnologias chega a esta quarta forma visual de apresentar os conteúdos com que espera proporcionar a seus leitores bom alimento à mente e ao espírito. Sejam todos muito bem-vindos e que Deus os abençoe.

Vídeos


A bilionária burrice acadêmica

21/04/2025

Um ato de formatura, há alguns anos, ajuda a entender o que está acontecendo no Brasil e nos Estados Unidos, onde Trump começa a reagir.

Quando política e políticos viram marionetes

31/03/2025

Um parlamento silencioso é o funeral da democracia enquanto o Supremo puxa os cordéis da política e dos político.

Edcação aparelhada pelo PT. Fazer o quê?

24/03/2025

Neste vídeo comento a incapacidade de a Educação aparelhada pelo PT tornar-se útil à solução de nossos problemas através da própria sociedade e aponto soluções.

A festa de Zé Dirceu: já vi esse filme

17/03/2025

Um comentário sobre o retorno de José Dirceu à política, podendo candidatar-se ao que quiser.

Lições de Florença, príncipes de Machiavel no Inferno de Dante

10/03/2025

Passados 500 anos de sua morte, Machiavel continua fazendo príncipes.

O Brasil tem campo de concentração

23/02/2025

O desabrigo da lei foi uma característica comum aos campos de concentração e aos gulags soviéticos.


LIVRO - A Tragédia da Utopia

É meu mais recente livro publicado. Aos 60 anos da revolução que destruiu a antiga Pérola do Caribe, ampliei e atualizei neste livro a primeira edição da obra, publicada em 2004. A análise da realidade cubana segue os mesmos passos, mas o foco do texto vai posto, principalmente, no jovem leitor brasileiro. Enquanto a primeira edição olhou de modo descritivo a realidade em si, esta segunda edição amplia as informações e registra as alterações constatadas ao longo dos últimos 15 anos, levando em conta a necessidade de confrontar as mentiras que a propaganda pró Cuba conta com a verdade que lá se vê, e de destruir com as razões da Razão os sofismas que são construídos para justificar a perversidade do regime.

 

Contato para aquisição através do link abaixo ou na seção Livros do Autor.


  Adquira o Livro

BOLETIM

Olá gente boa! Cadastre-se e receba gratuitamente nosso Boletim.