Márcio Luís Chila Freyesleben

07/02/2009
Quando o Ministro Tarso Genro concedeu asilo pol?co a Cesare Battisti, tive a certeza de que o fato deixaria de ser not?a em tr?dias. Em que pese a gravidade do desatino, a imprensa agiria como tem agido nos ?mos vinte e cinco anos: poucas vozes destoantes em meio a uma maioria condescendente. Era ?o que a imprensa n?teria o anelo nem a coragem de sustentar a not?a por muito tempo, como acontecera em epis?s anteriores. A merc?ispensada a Battisti em nada diferiu das concess?que haviam sido feitas a outros terroristas que, malgrado as evid?ias, foram idolatrados pelo Governo do PT e pela elite intelectual do pa? Inertes, assistimos ao pa?de Anita Garibaldi, de David Canabarro, de Ant? de Souza Netto e de Bento Gon?ves, baluartes da rep?ca e da liberdade, ocupar-se de impingir ao povo incauto os novos her?p?ias-amadas. Com efeito, n?se poderia esperar postura diferente de um Governo que conta com o apoio, a participa? e a simpatia de pessoas cujo passado registra crimes atrozes o mais poss?l, com especial destaque aos assaltos a banco, aos sequestros de diplomatas e aos covardes assassinatos. O caso Battisti estranhamente ganhou f?o, e passou a n?ter data para cair no esquecimento. O que teria havido de errado? Em meio a vers? opini?e teorias, fui buscar explica? no dinamarqu? Hans Christian Andersen, autor de A Roupa Nova do Rei. Conta a f?la que havia um rei que adorava vestir roupas bonitas. Seus emiss?os percorriam longas dist?ias em miss?de encontrar roupas novas para o rei. Certa feita, um bandido, dizendo-se alfaiate, convenceu o rei de que era capaz de confeccionar as mais belas roupas do reino. Apenas as pessoas muito inteligentes, todavia, poderiam v?as; aos menos inteligentes, as roupas seriam invis?is. O rei, vaidoso, contratou o farsante, que foi devidamente alojado em pal?o com o exclusivo desiderato de produzir o guarda-roupa real. Certo dia, ansioso, o rei quis conhecer os progressos do alfaiate, e, junto de seus ministros, foi ter com o artes? Assim que o farsante exibiu as vestes invis?is sobre a mesa de trabalho, o rei asseverou: Que maravilha! Magn?co. Posto que nada visse, n?desejava dar parte de ignorante diante de seus s?os. O ministro da educa? igualmente nada via, mas, em p?co, fez coro com o rei, temendo passar por tolo: Majestade, ?ndumento de fina estirpe. Os demais ministros, temendo a n? de n?inteligentes, engrossaram o coro com o rei, e sucederam-se suspiros e elogios exagerados. Agendou-se, ent? a apresenta? p?ca do rei com seus novos trajes. Concitaram-se os s?os inteligentes - e somente eles - a que comparecessem ?olenidade. Com o reino em festa, anunciava-se a chegada do monarca. Quando o rei surgiu em p?co trajando a nova roupa, todos ficaram boquiabertos. Como ?ela a roupa do rei! Que cousa espetacular!, diziam os s?os, que n? eram n?inteligentes. Do cimo de uma quaresmeira, um menino, que a tudo assistia e a quem nada havia sido explicado sobre as propriedades m?cas das novas vestes reais, olhou e exclamou: o rei est?u! O espanto foi generalizado, e um sil?io profundo foi seguido de estupefa?. Todos come?am a se entreolhar: O rei est?u... Est?nu mesmo. O rei tratou de tapar as vergonhas com as m? e esconder-se em pal?o. O asilo a Battisti fugiu ao controle do governo porque a It?a, ?emelhan?do garoto da f?la, esbravejou: o ministro est?u! O brado italiano parece ter despertado a imprensa de um sono hipn?o. Sono hipn?o, ali? no qual mergulhara h?uito. Foi certamente por conta da hiberna? que a imprensa deixou de se posicionar nas diversas ocasi?em que Carlos Lamarca, Carlos Marighella e Che Guevara foram referidos como her? ou nas in?as vezes em que Fidel Castro, Evo Morales e Hugo Chaves foram aqui tratados a p?de-l? Hans Christian Andersen escolheu um menino para denunciar a nudez do rei, porque a crian? representava a ingenuidade, a sinceridade e, portanto, a isen?, somado ao fato de que o petiz n?havia sido contaminado pelo senso comum. Tivesse escolhido um adulto, certamente a f?la teria outro desfecho. O adulto, desprovido dos atributos meninos, cairia em fatal desgra? seria sumariamente recha?o debaixo de pilh?as e tro?. Sem o benef?o da isen?, o adulto seria vinculado a interesses conspirat?s, a grupos opositores, e outras cantilenas idiossincr?cas. A It?a, por ser um elemento externo, encarnou o menino. No Brasil, eram dos adultos as poucas vozes que se levantaram. H?inco lustros a esquerda empenha-se em convencer o povo brasileiro de que seus terroristas foram verdadeiros her? de que lutaram pela liberdade democr?ca do pa? Cuida-se da mais absurda mentira, pois qualquer pessoa com um m?mo de honestidade intelectual sabe que a esquerda preparava-se para levantar-se em armas contra o regime democr?co, com o objetivo de implantar o comunismo no Brasil, regime que desdenha os mais elementares princ?os de liberdade. No entanto, semelhantes aleivosias vicejaram feito erva daninha, em detrimento da verdade. O incauto que se atrever a contrari?os ser?mediatamente rotulado de direitista, o que compreenderia, na concep? falaciosa da esquerda, saudosismo ?itadura, afei? ao fascismo e ades?ao nazismo. Assim como o rei que, temendo passar por tolo, deixou-se ludibriar por um farsista, n?amb? temendo sermos acusados de direitistas, quedamos silentes. A esquerda foi de tamanha efici?ia que calou a direita brasileira; transformou-a no adulto, ou seja, no ant?o do menino da f?la. Mas n?foi s?so. Notem que a maioria dos brasileiros ?ontr?a ao aborto, ?utan?a, ?ni?homossexual, ?egaliza? das drogas, e ?avor?l ?enas de morte e ?edu? da maioridade penal. A m?a, no entanto, exprime suas opini?como se fosse porta-voz do sentimento nacional. A campanha do desarmamento foi um exemplo emblem?co do descompasso entre o sentimento nacional e os ideais de nossa intelectualidade. Ent? eles nos atingiram n?apenas o direito de exprimir nossa opini? quando nos silenciaram, sen?tamb?nas pr?as palavras, quando se arvoram nossos porta-vozes. Antes que seja tarde demais, ?reciso levantar a bandeira da direita, recobrar os valores do liberalismo, para salvaguardamos a democracia e o capitalismo; com destemor e afinco. Antes que seja tarde demais, ?reciso denunciar que o rei est?u. * Procurador de Justi? Minist?o P?co Estado de Minas Gerais

Bento XVI

07/02/2009
HOMILIA DO PAPA BENTO XVI Bas?ca de S?Paulo fora dos Muros Domingo, 25 de Janeiro de 2009 Amados irm? e irm? ?sempre grande a alegria de nos encontrarmos, junto do sepulcro do Ap?lo Paulo, na mem? lit?ca da sua Convers? para concluir a Semana de Ora? pela Unidade dos Crist?. Sa?todos v?om afecto. De modo particular, sa?o Cardeal Cordero Lanza di Montezemolo, o Abade e a Comunidade dos monges que nos hospedam. Cumprimento tamb?o Cardeal Kasper, Presidente do Pontif?o Conselho para a Promo? da Unidade dos Crist?. Juntamente com ele, sa?os Senhores Cardeais presentes, os Bispos e os Pastores das v?as Igrejas e Comunidades eclesiais, aqui reunidos esta tarde. Dirijo uma palavra de reconhecimento especial a quantos colaboraram na prepara? do material para a ora?, vivendo pessoalmente o exerc?o da reflex?e do confronto na escuta uns dos outros e, todos juntos, da Palavra de Deus. A convers?de S?Paulo oferece-nos o modelo e indica-nos a vereda para caminhar rumo ?lena unidade. Com efeito, a unidade exige uma convers? da divis??omunh? da unidade ferida ?ecuperada e plena. Esta convers??om de Cristo ressuscitado, como aconteceu com S?Paulo. Ouvimo-lo das pr?as palavras do Ap?lo, na leitura h?ouco proclamada: Por gra?de Deus sou aquele que sou (1 Cor 15, 10). O pr?o Senhor, que chamou Saulo no caminho de Damasco, dirige-se aos membros da sua Igreja que ?na e santa e, chamando cada qual pelo nome, pergunta: por que me dividiste? Por que feriste a unidade do meu corpo? A convers?implica duas dimens? Na primeira fase conhecem-se e reconhecem-se na luz de Cristo as culpas, e este reconhecimento torna-se dor e arrependimento, desejo de um novo in?o. Na segunda, reconhece-se que este novo caminho n?poder advir de n?esmos. Consiste em deixar-se conquistar por Cristo. Como diz S?Paulo: ...esfor?me por correr para O conquistar, porque tamb?eu fui conquistado por Jesus Cristo (Fl 3, 12). A convers?exige o nosso sim, o meu correr; em ?ma an?se, n??ma actividade minha, mas dom, um deixar-se formar por Cristo; ?orte e ressurrei?. Por isso S?Paulo n?diz: Converti-me, mas afirma estou morto (Gl 2, 19), sou uma nova criatura. Na realidade, a convers?de S?Paulo n?foi uma passagem da imoralidade ?oralidade a sua moralidade era alta de uma f?rrada a uma f?ecta a sua f?ra verdadeira, embora fosse incompleta mas foi o ser conquistado pelo amor de Cristo: a ren?a ?r?a perfei? foi a humildade de quem se coloca sem reservas ao servi?de Cristo pelos irm?. E s?sta ren?a a n?esmos, nesta conformidade com Cristo, podemos estar unidos tamb?entre n?podemos tornar-nos um s? Cristo. ?a comunh?com Cristo ressuscitado que nos confere a unidade. Podemos observar uma interessante analogia com a din?ca da convers?de S?Paulo tamb?meditando sobre o texto b?ico do profeta Ezequiel (cf. 37, 15-28), escolhido previamente este ano como base da nossa ora?. Efectivamente, nele ?presentado o gesto simb?o das duas varas unidas numa s?a m?do profeta que, com este gesto, representa a ac? futura de Deus. ?a segunda parte do cap?lo 37, que na primeira parte cont?a c?bre vis?dos ossos ?dos e da ressurrei? de Israel, realizada pelo Esp?to de Deus. Como deixar de observar que o sinal prof?co da reunifica? do povo de Israel ?nserido depois do grande s?olo dos ossos ?dos vivificados pelo Esp?to? Daqui deriva um esquema teol?o an?go ao da convers?de S?Paulo: em primeiro lugar est? poder de Deus que, com o seu Esp?to, realiza a ressurrei? como uma nova cria?. Este Deus, que ? Criador e tem o poder de ressuscitar os mortos, tamb??apaz de reconduzir para a unidade o povo dividido em dois. Paulo como e mais do que Ezequiel torna-se instrumento eleito da prega? da unidade conquistada por Jesus mediante a Cruz e a ressurrei?: a unidade entre judeus e pag?, para formar um ?o povo novo. Portanto, a ressurrei? de Cristo estende o per?tro da unidade: n?s?idade das tribos de Israel, mas unidade de judeus e pag? (cf. Ef 2; Jo 10, 16); unifica? da humanidade dispersa pelo pecado e ainda mais unidade de todos os crentes em Cristo. A op? deste trecho do profeta Ezequiel, devemo-la aos irm? da Coreia, que se sentiram fortemente interpelados por esta p?na b?ica, quer como coreanos, quer como crist?. Na divis?do povo judaico em dois reinos, eles reflectiram-se como filhos de uma ?a terra, que as vicissitudes pol?cas separaram, uma parte ao norte e a outra ao sul. E esta sua experi?ia humana ajudou-os a compreender melhor o drama da divis?entre os crist?. Agora, ?uz desta Palavra de Deus que os nossos irm? coreanos escolheram e propuseram a todos, sobressai uma verdade cheia de esperan? Deus promete ao seu povo uma nova unidade, que deve ser sinal e instrumento de reconcilia? e de paz tamb?no plano hist?o, para todas as na?s. A unidade que Deus concede ?ua Igreja, e pela qual n?ramos, ?aturalmente a comunh?em sentido espiritual, na f? na caridade; mas n?abemos que esta unidade em Cristo ?ermento de fraternidade tamb?no plano social, nas rela?s entre as na?s e para toda a fam?a humana. ?o fermento do Reino de Deus que faz crescer toda a massa (cf. Mt 13, 33). Neste sentido, a ora? que elevamos nestes dias, referindo-nos ?rofecia de Ezequiel, tornou-se tamb?intercess?pelas diversas situa?s de conflito que no presente afligem a humanidade. Onde as palavras humanas se tornam impotentes, porque prevalece o tr?co clamor da viol?ia e das armas, a for?prof?ca da Palavra de Deus n?desfalece e repete-nos que a paz ?oss?l, e que temos o dever de ser, n?esmos, instrumentos de reconcilia? e de paz. Por isso, exige-se sempre que a nossa ora? pela unidade e pela paz seja comprovada por gestos corajosos de reconcilia? entre n?crist?. Penso ainda na Terra Santa: como ?mportante que os fi? que ali vivem, assim como os peregrinos que a visitam, ofere? a todos o testemunho de que a diversidade dos ritos e das tradi?s n?deveria constituir um obst?lo ao respeito m? e ?aridade fraterna. Nas leg?mas diversidades das diferentes tradi?s, temos que procurar a unidade na f?no nosso sim fundamental a Cristo e ?ua ?a Igreja. E assim as diversidades n?ser?mais obst?lo que nos separa, mas riqueza na multiplicidade das express?da f?omum. Gostaria de concluir esta minha reflex? fazendo refer?ia a um acontecimento que os mais idosos entre n?ertamente n?esquecem. No dia 25 de Janeiro de 1959, precisamente h?inquenta anos, o Beato Papa Jo?XXIII manifestou pela primeira vez neste lugar a sua vontade de convocar um Conc?o ecum?co para a Igreja universal (AAS LI [1959], p? 68). Ele dirigiu este an?o aos Padres Cardeais, na Sala capitular do Mosteiro de S?Paulo, depois de ter celebrado a Missa solene na Bas?ca. Dessa decis?pr?a sugerida pelo Esp?to Santo ao meu venerado Predecessor, segundo a sua s?a convic?, derivou tamb?uma contribui? fundamental para o ecumenismo, resumida no Decreto Unitatis redintegratio. Nele, entre outras coisas, l?e: N?pode existir verdadeiro ecumenismo sem convers?interior; pois o desejo de unidade nasce e amadurece na renova? do esp?to (cf. Ef 4, 23), da abnega? pr?a e do pleno exerc?o da caridade (n. 7). A atitude de convers?interior em Cristo, de renova? espiritual, de maior caridade para com os outros crist? deu lugar a uma nova situa? nas rela?s ecum?cas. Os frutos dos di?gos teol?os, com as suas converg?ias e com a identifica? mais espec?ca das diverg?ias que ainda subsitem, impelem a continuar intrepidamente em duas direc?s: na recep? daquilo que foi alcan?o positivamente e num renovado compromisso rumo ao futuro. Oportunamente, o Pontif?o Conselho para a Promo? da Unidade dos Crist?, ao qual agrade?o servi?que presta ?ausa da unidade de todos os disc?los do Senhor, recentemente reflectiu sobre a recep? e o futuro do di?go ecum?co. Se por um lado esta reflex?quer, justamente, valorizar aquilo que j?oi alcan?o, por outro, tenciona encontrar novos caminhos para a continua? das rela?s entre as Igrejas e Comunidades eclesiais no contexto actual. O horizonte da plena unidade permanece aberto diante de n?Trata-se de uma tarefa ?ua, mas entusiasmante para os crist? que desejam viver em sintonia com a ora? do Senhor: Para que todos sejam um s? fim de que o mundo creia (Jo 17, 21). O Conc?o Vaticano II delineou-nos que este santo prop?o de reconciliar todos os crist? na unidade da Igreja de Cristo, una e ?a, excede as for? e os dotes humanos (UR, 24). Confiando na ora? do Senhor Jesus Cristo, e animados pelos significativos passos dados pelo movimento ecum?co, invoquemos com f? Esp?to Santo, a fim de que continue a iluminar e orientar o nosso caminho. Estimule-nos e assista-nos do c?o Ap?lo Paulo, que tanto trabalhou e sofreu pela unidade do Corpo m?ico de Cristo; acompanhe-nos e ajude-nos a Bem-Aventurada Virgem Maria, M?da unidade da Igreja. © Copyright 2009

Tibiriçá Ramaglio

07/02/2009
Os que ainda se espantam com as bobagens que Lula fala ficaram assutados quando o homem declarou que a leitura de jornais lhe fazia mal ao f?do. N?quero de modo algum concordar com o presidente, mas confesso que ?reciso ter est?o forte para ler um jornalzinho intitulado Brasil de Fato, que acessei hoje pela internet, n?sei se por curiosidade de ver o que pensam seu corpo editorial e seus leitores, n?sei se por algum incontrol?l impulso autodestrutivo. De fato, como o pr?o nome do jornal escancara o dogmatismo de sua linha editorial, asseverando que ?li que se encontra o Brasil de verdade e, por extens? a pr?a verdade, eu j?maginava o que havia de achar em linhas gerais. Portanto, n?me surpreendi ao deparar com uma entrevista do cientista pol?co Theot? dos Santos, fazendo a apologia da necessidade de Hugo Chavez permanecer no poder na Venezuela, de vez que, para os setores populares, que n?t?nenhuma tradi? de poder, ?uito dif?l construir lideran? novas todos os dias. (Os setores populares cubanos que o digam!) Tamb?n?me espantou encontrar uma defesa da injustific?l decis?do camarada Tarso Genro de conceder ref? pol?co ao terrorista Cesare Battisti, que o Brasil de Fato apresenta como escritor e ex-militante da organiza? Prolet?os Armados pelo Comunismo (PAC). Igualmente me pareceu natural que esse ponto de vista se baseasse nas posi?s de Antonio Mazzeo, professor do Departamento de Ci?ias Politicas da Universidade Estadual Paulista (Unesp), e tamb?membro do Comit?entral do Partido Comunista Brasileiro (PCB), o que evidencia sua isen? para apreciar o caso. Sendo assim, apesar de se tratar do mais rematado e absurdo disparate, n?havia por que me engasgar com a afirma? de Mazzeo, segundo a qual o preso pol?co transformou-se em bode-expiat? de uma direita raivosa e xen?a que tem apenas o objetivo de colocar o conjunto da esquerda italiana contra a parede, para legitimar sua politica de toler?ia zero com a imigra? e, principalmente, com os movimentos sociais. Por outro lado, na imensa massaroca de lugares-comuns e clich?caracter?icos do jornalismo de esquerda - que se estendem verborragicamente por uma infinidade de p?nas virtuais, deixando evidente que na dial?ca dessa gente o que n?existe absolutamente ? capacidade de s?ese -, acabei por topar com um artigo que faz a defesa de nada menos do que a asser? de Lula quanto ao fato de a leitura de jornal ser algo totalmente dispens?l. A favor do pequeno timoneiro do PT, o articulista - um tal de Beto Alves, presidente da TV Comunit?a de Bras?a, cujo alcance tem tirado o sono dos heredeiros de Roberto Marinho - invoca simplesmente o grande Arthur Schopenhauer, esgrimindo o argumento de que o c?bre fil?o alem?tamb?j?avia causado muita celeuma, h?ais de s?lo, quando levantou d?as acerca da possibilidade de uma correta compreens?da realidade unicamente a partir da leitura, pondo em d?a a qualidade dos textos, inclusive nos jornais. Quero esclarecer que o que me surpreendeu no artigo do companheiro Beto Alves n?foi o fato de ele postular que a declara? de Lula se tratava de uma cr?ca informal a um certo jornalismo, mas nunca a manifesta? de uma avers??eitura em geral. Surpreendeu-me, sim, a evoca? a Schopenhauer, em particular por que o Schopenhauer evocado por ele n?? que est?li, explicitamente citado no artigo, mas um outro Schopenhauer, velado, clandestino, aquele que escreveu o c?bre Como vencer um debate sem precisar ter raz? Chega! Al?de recorrer a Schopenhauer ser um excesso de cinismo por parte de um esquerdista, n?tenho a m?ma inten? de competir com a logorre?de Beto Alves, de Antonio Mazzeo ou Theot? dos Santos. Concluo que o Brasil de Fato espelha maravilhosamente bem a venalidade e o atraso da vanguarda intelectual brasileira, talvez a mais concreta express?da perfeita idiotice latino-americana. Esse ? Brasil... de fato! http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

Luis Alberto Villamarín Pulido

07/02/2009
Terminado o teatro de com?a montado pelas FARC, o governo brasileiro, os autodenominados “Amigos da Col?a” (alguns deles amigos das FARC) e Piedad C?ba, n?resta d?a que os terroristas continuam empenhados em buscar reconhecimento pol?co sem o r?o de terroristas. Tampouco h??as de que o Compl?munista contra a Col?a continua de p? Enquanto os agentes da Pol?a e o soldado, libertados no domingo 1º de fevereiro, foram expl?tos em descrever os mecanismos propagand?icos das FARC que ao mesmo tempo deixaram a descoberto as tapea?s politiqueiras e manipuladoras da dor das fam?as dos seq?rados, orquestradas por Piedad C?ba e sua patota, os dirigentes pol?cos Alan Jara e Sigifredo L? falaram pelos cotovelos, de maneira irrespons?l criticaram a Seguran?Democr?ca, enalteceram Piedad C?ba (candidata presidencial de Ch?z e das FARC), e em um evidente cumprimento ao que foi urdido pelos terroristas em troca de sua liberta?, a elevaram aos c?, ao mesmo tempo em que, com fins eleitoreiros vindouros, questionaram o mandat?o colombiano. A gravidade do assunto ?ue, consciente da manipula? calculada que fez do tema em sociedade com as FARC, Piedad C?ba assumiu uma suposta atitude de benfeitora bem-intencionada, enquanto que por baixo dos panos se tece um estratagema politiqueiro contra o governo colombiano, como parte ativa da conjuntura internacional dos governos de Cuba, Nicar?a, Venezuela, Equador e Bol?a contra a Col?a. Resulta sintom?co que ainda haja idiotas ?s que d?como certa a suposta inten? humanit?a da questionada senadora liberal e seus c?ices. A verdade clara e precisa ?ue a premeditada liberta? dos ?mos dirigentes pol?cos e de quatro membros da For?P?ca sem grau dentro da hierarquia institucional, ao mesmo tempo em que deixaram nos esconderijos os oficiais e suboficiais, ?m elo da cadeia de mecanismos orquestrados pelos comunistas latino-americanos, em honra de legitimar o grupo terrorista para integrar a Col?a ao embuste politiqueiro esquerdista de inserir o pa?dentro da ?ta de influ?ia castro-chavista. Em s?ese, o ocorrido no domingo 1º e na quinta 5 de fevereiro de 2009, com a liberta? unilateral de seis seq?rados, ?ma montagem audaciosa da guerra psicol?a fariana, acolitada pelo governo brasileiro, contra a institucionalidade colombiana. A aparente boa-vontade da loquaz mediadora, e a defesa obrigada que Jara e Sigifredo fizeram dela, ? desenvolvimento de uma cartilha urdida pelo Secretariado das FARC com o fim de pressionar o acordo humanit?o, por?com todas as condi?s de um bando terrorista contra a Col?a. Nessa ordem de id?s ?oerente a resposta dada pelo presidente Uribe em Villavicencio depois da liberta? de Jara. Acordo Humanit?o sem politicagem, sem presen?estrangeira que n?seja a Cruz Vermelha, e sem o retorno ao delito dos terroristas encarcerados. Se fosse certo que as FARC querem um acordo humanit?o que conduza a um processo de paz, como dizem de maneira folcl?a e irrespons?l Jara, Sigifredo e Piedad C?ba, o correto seria que libertassem todos os seq?rados sem contrapresta?s porque, al?disso, ?m mandato popular f?co, exigido pelo povo colombiano em 4 de fevereiro, 20 de julho e 28 de novembro de 2008. O contr?o ?ma cruel manipula? da dor dos seq?rados, uma farsa fraudulenta similar ?os di?gos do Cagu?e uma trama a mais da linha de conduta do Plano Estrat?co das FARC. Algo assim como outra jogada estrat?ca, para ver se o governo colombiano cai no embuste. A quest?n???elementar nem simplista como a estabeleceu primeiro Eladio P?z e depois a ressarciram Alan Jara e Sigifredo L?, com a est?a interpreta? dos eventuais resultados de um acordo humanit?o manejado a seu bel prazer pelas FARC, segundo a qual, se a seguran?democr?ca ??s?a, tal acordo n?lhe provocaria ruptura. Isto seria certo se as FARC operassem com sinceridade e sensatez, por?a realidade ?em diferente. Assim como assassinaram 11 deputados do Valle, ou esconderam o cad?r do major Guevara e depois negaram de p?juntos qualquer responsabilidade a respeito, tampouco se lhes pode crer neste caso porque a premeditada liberta? unilateral destes seis seq?rados ?penas uma pe?a mais no xadrez estrat?co do Secretariado das FARC em comum acordo com seus comparsas. Do mesmo modo como sempre fizeram, as FARC brincam com a dor de suas v?mas e zombam do desejo de paz do povo colombiano. O presidente Uribe tem as coisas claras. Entende com precis?qual ? verdadeiro objetivo que h?or tr?dessas cortinas de fuma? algo que parecem n?entender ou n?querem compreender os humanistas bem-intencionados e os idiotas ?s dos camaradas do Partido Comunista Clandestino (PC3), que difundem ao mesmo tempo id?s distorcidas dentro da opini?p?ca. Fazer um acordo humanit?o nas condi?s estabelecidas pelas FARC ?ometer um monumental erro hist?o, de conseq?ias imprevis?is para o futuro da Col?a. O que est?m jogo em t?dif?l situa? n?? necess?a e inadi?l liberdade de 23 compatriotas, cuja vida ?rof?de guerra e politicagem para os seq?radores, sen?a continuidade hist?a do sistema de valores democr?cos que rege a na?. Em vez de se deixar instigar pelas l?imas de crocodilo de Piedad C?ba e seus colaboradores, seria mais produtivo que Alan Jara, Sigifredo L? e os demais libertados (que foram seq?rados por representar aos olhos das FARC a classe pol?ca corrupta e ineficiente que empobreceu a Col?a), se dedicassem a multiplicar pelo mundo inteiro a verdade sobre quem s?as FARC, o que ?ue pretendem, quais s?os m?dos impositivos de barb?e que utilizam, e como opera o estratagema de Lula, Ch?z, Correa, Ortega, Morales e a ditadura cubana, assim como o risco de que este esquema anquilosado de governo fosse imposto ?ol?a. O estratagema de Seguran?Democr?ca n?pode ceder ante os mecanismos de lobos com pele de cordeiro. Em todo este agravo, as FARC e seus aliados n?fizeram outra coisa diferente que brincar com a dor das v?mas do seq?ro e a boa-f?os colombianos que n?compreenderam ainda a farsa de suas propostas. * Coronel Luis Alberto Villamar?Pulido – Analista de assuntos estrat?cos. www.luisvillamarin.co.nr Tradu?: Gra?Salgueiro

Roberto Mangabeira Unger

07/02/2009
P? FIM AO GOVERNO LULA ROBERTO MANGABEIRA UNGER (Publicado na Folha de S. Paulo em 15 de novembro de 2005) AFIRMO que o governo Lula ? mais corrupto de nossa hist? nacional. Corrup? tanto mais nefasta por servir ?ompra de congressistas, ?olitiza? da Pol?a Federal e das ag?ias reguladoras, ao achincalhamento dos partidos pol?cos e ?entativa de dobrar qualquer institui? do Estado capaz de se contrapor a seus desmandos. Afirmo ser obriga? do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente. As provas acumuladas de seu envolvimento em crimes de responsabilidade podem ainda n?bastar para assegurar sua condena? em ju?. J?? por? mais do que suficientes para atender ao crit?o constitucional do impedimento. Desde o primeiro dia de seu mandato o presidente desrespeitou as institui?s republicanas. Imiscuiu-se, e deixou que seus mais pr?os se imiscu?em,em disputas e neg?s privados. E comandou, com um olho fechado e outro aberto, um aparato pol?co que trocou dinheiro por poder e poder por dinheiro e que depois tentou comprar, com a libera? de recursos or?ent?os, apoio para interromper a investiga? de seus abusos. Afirmo que a aproxima? do fim de seu mandato n??otivo para deixar de declarar o impedimento do presidente, dados a gravidade dos crimes de responsabilidade que ele cometeu e o perigo de que a repeti? desses crimes contamine a elei? vindoura. Quem diz que s?s eleitores cabe julgar n?compreende as premissas do presidencialismo e n?leva a Constitui? a s?o. Afirmo que descumpririam seu juramento constitucional e demonstrariam deslealdade para com a Rep?ca os mandat?os que, em nome de lealdade ao presidente, deixassem de exigir seu impedimento. No regime republicano a lealdade ?leis se sobrep? lealdade aos homens. Afirmo que o governo Lula fraudou a vontade dos brasileiros ao radicalizar o projeto que foi eleito para substituir, amea?do a democracia com o veneno do cinismo. Ao transformar o Brasil no pa?continental em desenvolvimento que menos cresce, esse projeto imp?ediocridade aos que querem pujan? Afirmo que o presidente, avesso ao trabalho e ao estudo, desatento aos neg?s do Estado, fugidio de tudo o que lhe traga dificuldade ou dissabor e orgulhoso de sua pr?a ignor?ia, mostrou-se inapto para o cargo sagrado que o povo brasileiro lhe confiou. Afirmo que a oposi? praticada pelo PSDB ?mpostura. Acumpliciados nos mesmos crimes e aderentes ao mesmo projeto, o PT e o PSDB s?hoje as duas cabe? do mesmo monstro que sufoca o Brasil. As duas cabe? precisam ser esmagadas juntas. Afirmo que as bases sociais do governo Lula s?os rentistas, a quem se transferem os recursos pilhados do trabalho e da produ?, e os desesperados, de quem se aproveitam, cruelmente, a subjuga? econ?a e a desinforma? pol?ca. E que seu inimigo principal s?as classes m?as, de cuja capacidade para esclarecer a massa popular depende, mais do que nunca, o futuro da Rep?ca. Afirmo que a repeti? perseverante dessas verdades em todo o pa?acabar?or acender, nos cora?s dos brasileiros, uma chama que reduzir? cinzas um sistema que hoje se julga intoc?l e perp?o. Afirmo que, nesse 15 de novembro, o dever de todos os cidad? ?egar o direito de presidir as comemora?s da proclama? da Rep?ca aos que corromperam e esvaziaram as institui?s republicanas.

Raphael De Paola

06/02/2009
Exemplar a mat?a de capa da Veja da semana passada, 28 de janeiro, intitulada “Aborto: a realidade dos consult?s”, por uma Adriana Dias Lopes. Exemplar pela baixeza das analogias e pela escolha dos termos usados, parcial ao extremo em uns casos, e totalmente falsa em outros. E tamb?por usar a mera constata? do fato de que h??cos realizando impunemente o aborto, que era para ser o n?o da reportagem e ? mensagem passada pelo t?lo, como premissa camuflada para fortalecer a tese abortista na discuss?mais geral sobre a licitude do aborto. Exemplar ainda pela l?a absurda, cuja conclus? ademais, induz m?cos e m? a um comportamento irrespons?l que ?de fato, criminoso no nosso pa? E finalmente a reportagem se destaca por mostrar como se encaixam a m?a em particular, e a intelectualidade ativista em geral, na estrutura de poder do mundo de hoje. Em suma, uma reportagem que representa genuinamente a postura dos ?os de m?a nacionais. Analisemos ponto por ponto. Comecemos pelas analogias. A reportagem come?pela alus?a um “mundo ideal” – juro, o termo ?a Adriana - no qual os m?dos anticoncepcionais fossem barat?imos e 100% eficazes. Em t?sublime para? o n?o de abortos poderia ser praticamente zerado. Mas como Deus n???bom quanto a jornalista, no mundo em que vivemos o aborto se torna um mal necess?o. Sendo uma alma assim t?caridosa, Adriana n?d? bra?a torcer ?alvada realidade e quer impor sua bondade: s?lera o aborto se for reduzido ao m?mo poss?l. E como verdadeiro or?lo, revela a f?la para nos aproximarmos do lindo “ideal adri?co”: adaptar para o caso a “filosofia da redu? de danos” adotada em muitos pa?s para o problema das drogas. Isso mesmo, das drogas. ?claro que “redu? de danos”, quando transposta da quest?das drogas para o presente assunto, ?penas um eufemismo para designar o aborto, como a pr?a reportagem deixa claro. A adapta? para o caso do aborto da divina solu? de “redu? de danos” baseia-se, portanto, na analogia entre os seguintes termos: quem tem o problema: num caso ? drogado, e no outro a “mulher” (o artigo n?usa uma ?a vez o termo “m?); e o problema propriamente dito: num caso ? droga, e no outro o feto. How beautiful is that? Quanto ?scolha dos termos empregados pela revista, todos favorecem a tese abortista. Ao final do terceiro par?afo, a reportagem faz refer?ia ?...chamada ‘p?la do dia seguinte’ – que cont?uma subst?ia capaz de impedir a fixa? do ?o no ?o...”. Para come?, n??implesmente “?o”, mas um ?o j?ecundado, o que faz toda a diferen?para um debate que versa sobre o aborto e n?sobre a menstrua?. Ademais, n??ue a p?la “impe?a fixa?” no ?o, mas, atrav?de contra?s uterinas provocadas pelo medicamento, trata-se de fato da expuls?do feto, mesmo que j?steja fixado, o que ocorre na maioria das vezes. E por ?mo, um termo que a jornalista n?inventa, mas usa com gosto: a p?la n??o “dia seguinte”, mas da semana seguinte, do m?seguinte ou dos meses seguintes, podendo ser usada ao longo de largo per?o de tempo, como a pr?a reportagem atesta ao exibir uma mulher que a usou dois meses ap? in?o da gravidez. Afinal, a reportagem n?trata de situa?s onde mulheres tenham feito sexo ontem e tomado a p?la hoje, mas sim de casos em que um m?co ?onsultado sobre o assunto, o que, na quase totalidade dos casos, n?se dar?o dia seguinte. Passemos agora ?n?se l?a da reportagem, que se prender? dois pontos espec?cos: uma tese explicitamente afirmada pela revista, e uma outra que est?mpl?ta no enfoque da reportagem como um todo, mas que constitui a conclus?geral e ? que tem peso persuasivo determinante. Sobre o primeiro ponto, a revista afirma categoricamente: “A ado? da redu? de danos por um n?o maior de m?cos poderia derrubar ainda mais essa curva [refere-se ao “n?o de abortos clandestinos no Brasil”] nos pr?os anos.” E ao explicar em que consiste a tal “redu? de danos”, a jornalista relata: “Tal conduta prev?asicamente a ado? de duas medidas. O m?co indica ?ua paciente uma cl?ca clandestina onde ela pode fazer o aborto ou ele mesmo a orienta sobre como usar as p?las abortivas.” Pegaram a l?a da revista Veja? A ado? em massa de abortos clandestinos reduziria maci?ente o n?o de abortos clandestinos. Uma argumenta? digna de escolinha do MST, mas ningu?deve se surpreender que cora?s assim t?bondosos possuam intelig?ias iluminadas tamb? Passemos ?ese impl?ta. A reportagem poderia se restringir a narrar os acontecimentos, o que de fato ?ugerido pelo t?lo, mas Veja faz mais: n?s?campa a tese pr?orto, o que por si s?ria l?to, mas ainda incorre em indu? ?r?ca do aborto, o que constitui crime. A argumenta? impl?ta parte de duas premissas e leva a uma conclus? As premissas: 1) Religiosos nem cientistas t?a menor id? de qual seja o preciso mil?mo de segundo em que come?uma vida humana. 2) M?cos renomados e corajosos (seriam anjos?) t?tomado a despojada atitude de “orientar” pacientes sobre as t?icas abortistas, e nisso consiste a tal “redu? de danos”. (Por suposto que nunca lucraram nada com as “orienta?s”. Tampouco podiam prever que, tendo seus nomes publicados na revista, seus dadivosos servi? passariam a ser mais requisitados. E como v?a calhar as men?s na mat?a ao medicamento abortivo proibido e ?NG holandesa que lhe d?cesso f?l! Todos interessados, ?laro, Veja inclusive, somente na causa humanit?a.) A conclus?a que induz o artigo ?ue o aborto pode – e at?eve, segundo dois m?cos entrevistados - ser praticado com orienta? profissional se a mulher assim j?ecidiu. (Pouco importa que essa conclus?dos m?cos abortistas n?seja encampada explicitamente pela revista, porque o poder persuasivo da argumenta? sai ainda mais fortalecido quando obriga o leitor a tirar a conclus??a que se segue de tais premissas, deixando-o com a impress?de que quem est?ensando ?le, e que a revista ?penas tendenciosa sem desempenhar, no entanto, nenhum papel ativo. Um truque mais psicol?o do que ret?o, e por isso mesmo de maior efic?a.) A reportagem induz o leitor a pensar assim: se nem os maiores especialistas t?a quest?por resolvida, e se declara?s t?sensacionais podem ser publicadas numa revista de circula? nacional, dando nome, endere?e telefone, que importa a lei se algu?tomar uma decis?que a afronte? A argumenta? leva em conta somente os casos em que a mulher j?ecidiu, mas ?ristalino como ?a que a pr?a reportagem, depois de publicada e lida, poder?er um fator em futuras decis? E fica claro qual das op?s, o sim ou o n?ao aborto, ?avorecida pela reportagem. Indu? premeditada ao crime ?rime, incorrendo nele n?somente os m?cos-anjos mas a pr?a revista-or?lo, bastando para tanto que alguma mulher demonstre que a leitura do artigo tenha sido causa preponderante para a consecu? de um aborto, ou que um m?co ainda reticente quanto ao uso de tal pr?ca declare-se influenciado de modo decisivo pela reportagem. A premedita? por parte da revista decorre do uso impl?to do ponto (2) como premissa, que nada mais ?o que uma constata? de fato consumado. Ora, a constata? de um fato consumado nunca pode servir como base para a discuss?sobre se o fato mesmo deve ou n?ser permitido por lei ou ser aceito moralmente. Caso contr?o, por que considerar crime qualquer crime que seja, j?ue s?praticados mesmo? Quanto aos m?cos abortistas da reportagem, um deles d? seguinte depoimento: “Essa pol?ca ?nfrut?ra, pois o aborto sempre existir?independentemente de qualquer conclus?cient?ca, dogma religioso ou convic? ?ca. O aborto ?cima de tudo uma quest?de foro ?imo, uma decis?exclusivamente pessoal da mulher”. Sua argumenta? vai ainda mais longe que a da revista, porque para ele pouco importa que se chegue a alguma conclus?sobre o assunto da premissa (1). Ou seja, mesmo que religiosos e cientistas atinjam algum dia uma conclus?e os juristas tomem uma decis?com base nisso, para o diabo com a lei. Todos os envolvidos confundem o fato consumado da decis?tomada pela m?com o fato consumado do aborto j?ealizado, transformando, portanto, literalmente, um fato consumado num feto consumado. Permitam uma analogia: suponha que psic?os recebam em suas cl?cas ou advogados em seus escrit?s pessoas que, por causa de algum inc?o qualquer, j?ecidiram cometer um crime por uma quest?de “foro ?imo”. Talvez Veja e esses m?cos (sic) concordassem com a seguinte solu?: o profissional n?pode deixar a pessoa “sem assist?ia” nem “orienta?” quanto aos m?dos a serem adotados para a consecu? do crime. Aguardemos uma mat?a de Veja sobre esse novo assunto, com todas as melhores “orienta?s” a respeito. Como ?mo ponto, a influ?ia da intelectualidade na sociedade. Ap? descri? da panac? da “redu? de danos”, segue o texto da articulista: “Pela letra fria da lei brasileira, todo o procedimento narrado neste par?afo pode ser descrito como criminoso [pelo menos a rep?r ainda lembra que est?o Brasil]. Ele seria visto com pecado ao ju? das convic?s religiosas de muitas pessoas. O espantoso [grifo meu], nesse caso, ?ue, apesar das imposi?s legais e das restri?s ?co-religiosas, m?cos e pacientes se sintam eticamente autorizados a discutir e a praticar procedimentos que levem ao aborto”. O sentido do que afirma a articulista (e, ali? da quase totalidade do que produz a intelectualidade nacional) ? seguinte: ela se espanta que, numa sociedade onde a circula? de id?s fique restrita a pequenos grupos, presos a privil?os garantidos por antigos dogmas irracionais, comecem a surgir pessoas - n?se sabe bem de onde vem esse impulso misterioso -, capazes de romper as amarras da sociedade castradora, como se isso brotasse de decis?individuais espont?as dentro de cora?s imaculados que aos poucos v?descobrindo a verdade, contra tudo e contra todos. Pois n?se espante, Adriana Dias Lopes. A fonte de tal comportamento “progressista” ?erfeitamente identific?l. Voc? uma delas, esse seu artigo ?ma delas, essa sua revista ?ma delas, nossa m?a inteira ?ma delas, nossas universidades tamb? assim como toda nossa intelectualidade, e ?laro que voc?abe disso. De alto a baixo reina a id?-mestra da revolu?: submeter o grande n?o de pessoas sem coes?a uma minoria compacta e vociferante. Mas como a tarefa de transforma? revolucion?a da sociedade, no sentido de contrariar suas convic?s ponto por ponto, n?pode ser feita abertamente, resta passar a impress?de que essa transforma? vem de um processo invis?l, como se brotasse do fundo mesmo da realidade c?ca. Ao esconder seu papel no processo revolucion?o, a intelectualidade transfere para o grande p?co a responsabilidade das transforma?s. ?o ladr?gritando “pega ladr?”. E a arma mais eficaz usada pela intelectualidade ativista ?ustamente a da reportagem de Veja: induzir e fomentar o fato consumado, usando-o para fazer valer de direito o que j?ale de fato. N?podem se ater nunca ?imples apresenta? de suas id?s, as quais, em sua totalidade, s?revoltantes, mas cuja discuss?em si mesma ?eg?ma. N? A par disso, e para dar mais for??ausa esquerdista, ?reciso ainda produzir em larga escala o fato consumado, claro que atribuindo retroativamente este ?ipocrisia da sociedade, nunca ?suas belas a?s. Veja n?se limita a tomar o lado da causa abortista, o que seria por si s?cito. Veja incorre em sugest?de crime de aborto. Para finalizar, digno de men? muit?imo positiva na reportagem s?smo o Dr. Yaron Hameiry, que acerta em cheio no n?o da reportagem. Comentando sobre a abordagem de “redu? de risco”, diz ele: “Fazer isso ? mesmo que praticar o aborto.” Parab?, e permita-me cham?o de senhor Hameiry e n?pelo t?lo profissional, nesse momento de vergonha para a medicina brasileira, em que companheiros seus de profiss?exibem como um valor sua fei?moral ante a lei aos quatro cantos do pa? Somente, acrescento eu ?ua fala: publicar esta reportagem, ?uito mais que praticar o aborto, ?raticar um n?o indefinido de abortos. * Doutor em Fisica, Educador, Fundador do FDR

Mauro Chaves

06/02/2009
As consequ?ias de um presidente ignorante exercer o supremo comando de uma na? por dois mandatos consecutivos - ou pelo longo per?o de oito anos - s? realmente, catastr?as. Entenda-se, por? que nem sempre o volume dessa heran?de desinforma? social - forma como poder?os designar o acervo geral de desentendimentos governamentais - ?orretamente avaliado, seja quanto a sua intensidade ou durabilidade. Ou seja, nem sempre os efeitos dos atos ou omiss?de um chefe de Estado e governo ignorante s?percept?is de imediato - mas podem se estender por gera?s. 3 vezes s? vai descobrir depois a total falta de no?, de um governante, de como ? mundo e como agem ou interagem suas for?. E quando se descobre isso o tremendo estrago j?ode ter sido feito - e custa uma enormidade consert?o. Pior ?uando essa incompreens?de um chefe de Estado e governo leva a a?s desastradas, no relacionamento com outros pa?s, a ponto de causar um grave comprometimento da imagem externa do pa? desfazendo um capital acumulado de valores - morais e institucionais. Texto completo ?que a falta de conhecimento b?co, geralmente acoplada a cren? rudimentares, faz com que governantes se tornem verdadeiras esponjas, prontas a absorver, indiscriminadamente, os pleitos dos lobbies de todos os g?ros. Ent?as decis?ou n?decis?governamentais derivam de press?descontroladas de grupos de interesse de m?pla esp?e, dada a inexist?ia de um filtro intelectual, provido da necess?a massa cr?ca, que possa selecionar o que, de fato, seja a favor ou contra o verdadeiro interesse da coletividade. A bem da verdade, nada melhor para os defensores de determinados interesses - sejam leg?mos ou escusos, representem vantagens pecuni?as ou apenas reproduzam preconceitos ideol?os - do que o vazio intelectual daquele que ocupa o mais elevado posto decis? de uma na?. Pois ?justamente, a vacuidade mental de conhecimento e cultura que d?nsejo ?tra? de ideias discut?is ou invi?is para a sociedade - embora palat?is, quando n?rent?is, para determinados grupos. No chefe de Estado e governo ignorante processa-se um tipo de absor? aleat? de influ?ias, pelo que passa ele a conduzir-se - e, mais importante, decidir - com base no que lhe ?oprado ao ouvido. 3 informa?s que lhe chegam ?arte decis? do c?bro, tanto de forma desorganizada e espont?a quanto minuciosamente calculada, por parte de seus interlocutores - movidos estes por claros objetivos -, o governante desprovido de aparato gnoseol?o pode reagir de uma forma ou de outra, conforme as circunst?ias, o momento psicol?o em que esteja, o clima afetivo que viva, tudo isso apartado de uma an?se racional que s?discernimento com base no real conhecimento ?apaz de realizar. Em outros termos, o estado de vacuidade de informa?s - de um presidente ignorante - em rela? ?onfigura? do mundo e ?caracter?icas dos povos, ao acervo cient?co-tecnol?o, cultural e tudo o mais que indique o est?o atingido pelo n?l do conhecimento humano lhe cria recept?los mentais escancarados, sem qualquer filtro seletivo, ?influ?ias de terceiros - que n?dizem respeito aos interesses reais da sociedade. Antes pelo contr?o. A mem? hist?a aponta o anseio que sempre tiveram as sociedades de escolher, para a condu? da coisa p?ca, os melhores e mais capazes de faz?o. A ruptura do processo heredit?o, pela via das ideias republicanas, vai, justamente, nesse sentido, pelo menos desde que Plat? em seu A Rep?ca - escrito entre 380 e 370 a.C. -, prop? governo dos mais s?os e instru?s, pois estes, ao mesmo tempo que seriam menos apressados em chegar ao poder, teriam melhores condi?s de distinguir o vis?l do intelig?l, a imagem da realidade, o falso do verdadeiro. Assim, estes ?ue deveriam ser chamados para a reg?ia suprema da sociedade, pois sua presen?impediria as sedi?s e as intermin?is lutas civis internas travadas entre pol?cos ambiciosos. A democracia moderna, cujo melhor modelo - goste-se ou n?- ainda ? da sociedade que h?22 anos elaborou uma Constitui? e chegou ao 44º presidente da Rep?ca sem qualquer golpe de Estado, regime de exce?, sistema autorit?o ou interrup? do processo democr?co - mesmo tendo passado por uma guerra civil violenta -, sem d?a, teve como esteio pessoas altissimamente qualificadas, como George Washington, Thomas Jefferson, James Madison, Abraham Lincoln, Franklin Roosevelt, John Kennedy e tantos mais. ?na escolha dos mais capazes para govern?as, quaisquer que tenham sido suas origens, mas que tenham revelado um esfor?denodado pelo pr?o aprendizado, que as sociedades se alicer?, no decorrer de sua hist?, na valoriza? do m?to de todos e de cada um de seus cidad?. ?na elei? democr?ca daqueles que atingiram, al?do talento da lideran? um n?l de conhecimento pelo menos bem acima do da m?a da popula? que as sociedades adquirem condi?s de evoluir, politicamente, na dire? de uma democracia plenamente desenvolvida. ?por tudo isso, enfim, que, em raz?da m?pla e profunda ignor?ia de seu presidente anterior, a exemplar democracia norte-americana vai ter de se esfor? muito, juntamente com seu novo presidente, para recuperar-se do tremendo estrago feito em sua imagem no mundo. (*) Jornalista, advogado, escritor, administrador de empresas e pintor. E-mail: mauro.chaves@attglobal.net

Estado de São Paulo

06/02/2009
BRAS?IA - O ministro da Justi? Tarso Genro, recebeu nesta ter?feira, 27, um abaixoassinado com nomes que apoiam a concess?de refugiado pol?co ao ex-ativista de extrema-esquerda italiano Cesare Battisti. Os ministros do Supremo Tribunal Federal tamb?receberam o documento. Battisti, ex-militante da organiza? Prolet?os Armados pelo Comunismo (PAC), foi condenado ?ris?perp?a na It?a por quatro homic?os cometidos na d?da de 70. Ele foi detido no Rio de Janeiro em mar?de 2007. Veja a lista dos nomes que assinaram o documento: Giuseppe Cocco - Professor, UFRJ Eduardo Viveiros de Castro - Professor UFRJ Augusto Boal - Diretor art?ico do Centro do Teatro do Oprimido Oscar Niemeyer - Arquiteto Emir Sader - Professor, UERJ Marcelo Cerqueira - Advogado Leandro Konder - Fil?o Paulo Saboia - Advogado Renato Guimar? - Editor Nilo Batista - Professor, UFRJ Emerson Elias Merhy - M?co sanitarista, prof. aposentado da Unicamp Peter Pal Pelbart - Professor, PUC-SP Paulo Henrique de Almeida - Professor, UFBa Daniel Aar?Reis - Professor, UFF Antonio Lancetti - Psicanalista Arnaldo Carrilho - Embaixador e homem de cinema Pablo Gentili - Professor, UERJ Grupo Tortura Nunca Mais/Rio de Janeiro 1) Adair Gon?ves Reis - Comerciante 2) Adalton Marques - Mestrando em Antropologia (USP) 3) Adauto Melo - Grupo Beatrice 4) Adriana Tanese Nogueira - Psicoterapeuta e escritora 5) Adriano Copetti - Juiz Federal 6) Affonso Henriques G. Corr?- Economista 7) Afonso Celso Lana Leite - Artista pl?ico, professor da Universidade Federal de Uberl?ia 8) Ailton Benedito de Sousa - Escritor, do Conselho editorial de Comunica?&pol?ca 9) Alberto Schprejer - Editor 10) Alberto Tornaghi - Professor, Rio de Janeiro 11) Alessandra Giovanella - Artista Visual e educadora 12) Alexander Jos?e Freitas - Metal?co Aposentado e estudante de Letras 13) Alexandre Cesar Lima Diniz - Advogado 14) Alexandre Lambert - Cen?fo 15) Alexandre Lu?Cesar - Deputado Estadual PT/MT 16) Alexandre Mendes - Defensor P?co 17) Alexandre Nascimento - Pr?estibular para Negros e Carentes 18) Alfredo Luiz Bonardo - Advogado 19) Alfredo Moles - M?co 20) Alice Copetti Dalmaso - Bi?a 21) Alipio Freire - Jornalista e escritor 22) Alu?o Palmar - Jornalista e escritor 23) Alvaro Marinho - Jornalista/Professor 24) Alyda Sauer - Tradutora 25) Amaury Pinto de Castro Monteiro Jr. - Analista de Sistemas 26) Amyra El Khalili - Professora, Economista 27) Ana Am?a Gomyde - Pianista, Fames-Es 28) Ana de Hollanda - Cantora e compositora 29) Ana Lucia Mota - Ge?fa 30) Ana L?-Miro - Empres?a 31) Ana Maria Muller - Advogada 32) Ana Toscano - Bi?a 33) Anamaria Damazio Candal Fonseca - Instrumentadora cir?ca 34) Andr?arros - Advogado 35) Andr?artins - Professor UFRJ 36) Andr?do Rocio Caldas - Professora UFPR 37) Angela Almeida - Historiadora, OVP-SP 38) Angela Caniato 39) Angela Cristina Paulo do Esp?to Santo - Pedagoga/ Administradora Hospitalar 40) Angela Maria Corr?Trist?- Bi?a 41) Angela Maria Mees - Empres?a 42) ®gelo Ricardo de Souza - Professor UFPR 43) Annick Donniou - Professora 44) Antenor Gomes de Lima - PT, Guarapuava 45) Antenor Lago Costa - Artista Pl?ico / arte-educador 46) Ant? Carlos da Cunha (Ant? Cunha) - Dramaturgo e diretor de teatro 47) Antonio de Medeiros - Jornalista 48) Antonio Lancetti - Psicanalista 49) Antonio Leopoldo Trist?- Engenheiro 50) Archimedes Guimar? de Castro - M?co 51) Ariele Ang?ca Caldeira Correia - Estudante 52) Arnaldo Carrilho - Embaixador e homem de cinema 53) Arthur Goncalves Filho - Industri?o aposentado e tradutor 54) Artur Bruno - Professor e deputado estadual PT 55) Ary Sergio Braga Olinisky - Engenheiro Eletr?o SEDIS/UFRN 56) Aton Fon Filho - Advogado 57) Augusto Boal - Diretor art?ico Centro do Teatro do Oprimido 58) Augusto Coronel Cruz 59) Augustus Cezar Servulo - Psic?o e torcedor do Flamengo 60) Auriluz Pires 61) Babe Laven? Machado de Menezes Bastos - T?ica em publicidade legal/EBC 62) B?ara Ferreira Arena - Editora, S?Paulo 63) B?ara Szaniecki - Designer 64) Beatriz Antoun - M?ca 65) Beatriz do Valle Bargieri - Arquiteta e advogada 66) Ben Berardi - 67) Benedito Prezia - Antrop?o e professor 68) Benildes Rodrigues - Ge?fa/Jornalista 69) Bernardo Furrer - M?co, RN 70) Bernardo Karam - Professor UFRJ 71) Beth Formaggini - Documentarista 72) Beth M?r - Psicanalista 73) Bruno Cava - Engenheiro Aeron?ico 74) Bruno Marcus R. P. Santos - Eng. Qu?co 75) Caia Fittipaldi - Tradutora 76) Caio M?io Silveira - Soci?o, Rio de Janeiro 77) Caio Martins Bugiato - Mestrando Unicamp 78) Camilo Toscano - Jornalista 79) Carlos A de Moura - Matem?co, RJ 80) Carlos Antonio Alecrim 81) Carlos Antonio Coutrim Caridade - Analista de Sistemas/Psic?o 82) Carlos Augusto Amaral Hoffmann - Engenheiro 83) Carlos Augusto Peixoto Junior - Psicanalista e Professor da PUC-Rio 84) Carlos Boeira - Consultor 85) Carlos Palombini - Professor universit?o (UFMG), pesquisador do CNPq 86) Carlos Russo Junior - Dentista 87) C?io Henrique C?s Baldi - Comerciante 88) Castor Filho - Engenheiro e fot?fo 89) Caulos - Desenhista de humor, pintor 90) Ceci Juru? Economista e pesquisadora LPP/UERJ 91) Celeste Marcondes 92) Celso Eduardo Dornelles Fialho - Coordenador da Associa? dos Servidores da Universidade Federal de Santa Maria, ASSUFSM 93) Celso Lungaretti - Jornalista e escritor 94) Celso Ribeiro de Almeida - Qu?co - Unicamp 95) C?r Augusto Teles 96) Cesar Cavalcanti - Cineasta 97) Cezar Wagner - Professor universit?o - UFC 98) Charles Augusto de Oliveira - Funcion?o p?co, ator e marceneiro 99) Christina Iuppen - Professora 100) Cid barbosa Lima Junior - Engenheiro 101) Cid Nelson Hastenreiter - M?co 102) Cinda Gonda - Professora de Literatura Portuguesa da Faculdade de Letras da UFRJ 103) Ciro Gomes de Freitas - Funcon?o P?co da Educa? de Mato Grosso 104) Claudiana Nogueira de Alencar - Professora da UECE 105) Claudio Antonio Di Mauro - Professor do Instituto de Geografia da Universidade Federal de Uberl?ia 106) Cl?io Batalha - Professor Unicamp 107) Claudionor dos Anjos Pereira - Comerciante 108) Clenice Oliveira de Araujo - Psic?a 109) Cleriston Petry - Passo Fundo, RS 110) Cleusa Pavan - Psicanalista 111) Cl? Carib?enezes - Professor da Universidade Estadual de Feira de Santana/UEFS, Bahia 112) Corinta Geraldi - Profa. Aposentada, FE/UNICAMP 113) Crim? Alice Schmidt de Almeida - Comiss?de Familiares de Mortos e Desaparecidos Pol?cos 114) Dalton Antonio Fernandes 115) Damian Kraus - Psicanalista, tradutor 116) Damian Kraus - Psicanalista/tradutor 117) Daniel Aar?Reis - Professor UFF 118) Daniel Dutra Trindade - Psic?o, mestrando em psicologia social 119) Danielle Corr?Trist?- Publicit?a 120) Danilo Iurczac Viana - Aut?o 121) D?ra Bertussi - Enfermeira, Prof. UFPB 122) Deborah Machado - Pres. PcdoB Erechim/RS 123) Delson Pl?do - Jornalista, Grupo Tortura Nunca Mais/SP - 124) Diego Silva - M?o 125) Diorge Alceno Konrad - professor do Departamento de Hist? da UFSM. 126) Dirlene Marques - Economista, professora universit?a 127) Diter Rodrigues dos Santos - Engenheiro de Telecomunica?s 128) Diva Barreto Gomyde - Psic?a 129) Douglas Wagner Franco - Professor IQSC-USP 130) Dulce Maia de Souza 131) Edmilson Costa - Professor universit?o 132) Edson Barrus - Artista multim?a 133) Eduardo Viveiros de Castro - Professor UFRJ 134) Eisenhower de Alc?ara - Aposentado/professor da rede estadual de ensino do ESPaulo 135) Eleonora Menicucci - ProfessoraTitular Unifesp 136) Eliane de F?ma Bueno - PT, Guarapuava 137) Elias Francisco Barguil - Bi?o 138) Eliete Ferrer - Professora, membro do Grupo Tortura Nunca mais/RJ 139) Eliezer Gomes - Comercirio e Historiador, Jo?Pessoa-Pb 140) Elisa Pimentel - Professora 141) Elizabeth Ara?Lima - Professora da USP 142) Elizabeth Medeiros Pacheco - Psic?a Cl?ca 143) Eloisa Elena Abreu - Aposentada 144) Emerson Elias Merhy - M?co sanitarista, prof. aposentado da Unicamp 145) Emir Sader - Professor UERJ, Laborat? de Pol?cas P?cas e Secret?o Executivo do Conselho Latino-Americano de Ci?ias Sociais (Clacso) 146) Enrique Ortega - Professor, Unicamp 147) Enzo Luis Nico J?r - Ge?o, DNPM SP 148) Enzo Luis Nico J?r - Ge?o/DNPM SP 149) Ernesto Erivelton Rodrigues - Consultor em Educa?/Pedagogo/Especialista em Educa? Ambiental 150) ?ton Birk Teixeira - Economista/Banc?o 151) Esequiel Laco Gon?ves - Professor e Psic?o, Campinas 152) Ester Duarte Gon?ves - Advogada, Campinas 153) Euler Viana Corr?Trist?- Engenheiro - MG 154) Eunice Aguiar - Jornalista 155) F?o Lobianco - Assessor jur?co - Instituto Cidade 156) Fabio Malini - Professor/UFES 157) F?o Nunes dos Santos - T?ico Social/Ativista Social/Produtor Rural 158) Fabricio Noronha - do coletivo Sol na Garganta do Futuro, Vit?-ES 159) Fatima Lacerda - Jornalista 160) F?ma Mello, coordenadora da FASE - Solidariedade e Educa? 161) F?ma Mustafa - Professora 162) Felipe Cavalcanti - M?co 163) Felipe Copetti 164) Felipe Lindoso - Editor 165) Felipe Soares de Oliveia Pereira - Nutricionista 166) F?x Jos?imenes vila - Anistiado Pol?co (Banco do Nordeste) Fortaleza/CE 167) Fernanda Maria Tardin Waichert Pinheiro 168) Fernando Claro Dias - Advogado 169) Fernando Magno - Funcion?o p?co estadual (Vit?-ES) 170) Fernando Muro Martinez - Historiador/Banc?o 171) Francisco Alano - Presidente da Federa? dos Trabalhadores no Com?io no Estado de Santa Catarina 172) Francisco C. Lima Filho - Economista 173) Francisco de Assis Costa Aderaldo - Advogado 174) Francisco Soriano de Souza Nunes - Economista e diretor titular do Sindipetro-RJ 175) Francisco Weyl - Poeta e realizador de cinema 176) Gabriel Santos de Ara?- Professor de literatura 177) Geo Britto - Centro do Teatro do Oprimido (CTO) 178) Geraldo Cavalcanti - Roteirista 179) Geraldo Silva - Advogado 180) Gerardo Silva - Pesquisador UFRJ 181) Gerivaldo Alves Neiva - Juiz de Direito/Concei? do Coit? Ba. 182) Gil Soul - Cantor e compositor 183) Gilberto de Azevedo - 184) Gilberto de Azevedo - 185) Gilberto Maringoni - Jornalista e historiador/IPEA 186) Gilberto Telmo Sidney Marques - Professor universit?o 187) Gilles de Staal - Pintor, jornalista e escritor, Paris/S?Paulo 188) Gilson Caroni Filho - Professor-Facha 189) Gilson Sampaio - brasileiro 190) Giovanni Rodrigues - Professor/UERN 191) Gisela Camara - Documentarista 192) Giselle Corr?Nienk?r - Curitiba-PR 193) Giuseppe Cocco - Professor UFRJ 194) Gl?ia Matos Adenik? Pedagoga Feminista, Educadora Popular - Fala Preta! Organiza? de Mulheres Negras 195) Glaucia Vieira Ramos Konrad - Professora do Departamento de Hist? da UFSM. 196) Gloria Seddon - Psicanalista e artista visual 197) Gonzaga Lopes - Professor e escritor 198) Gra?Medeiros - Escritora, S?Paulo, SP 199) Grupo Tortura Nunca Mais/RJ 200) Guilem Rodrigues da Silva - Poeta e juiz de segunda inst?ia 201) Hel?o Jos?e Campos Leme - Professor 202) Helder Barbosa - Economista, Salvador, Ba. 203) Helena Vieira - Bailarina 204) Helerina Aparecida Novo - Professora UFES 205) Helio de Mattos Alves - Professor da UFRJ 206) Helio Gusm?Filho - Historiador/UESB/Vitoria da Conquista-Bahia 207) Heloisa Fernandes - Escola Florestan Fernandes do MST - Professora USP 208) Henrique Antoun - Professor UFRJ 209) Heres Emerich Pires - Bibliotec?o 210) Iber?avalcanti - Cineasta 211) Idalvo Toscano - Funcion?o P?co 212) Igor Napole?- Advogado, Engenheiro, Cidad? 213) In?OLud? Artista pl?ica 214) Irineu Jos?almaso - Professor estadual, RS 215) Isabel de Fatima Ferreira Gomes - Advogada 216) Isanete Soares de Oliveira - 217) Isanete Soares de Oliveira - Farmac?ica e bioqu?ca 218) Isis Proen?- Funcion?a P?ca 219) Ismar C. de Souza 220) Israel Raimundo dos Santos - AGPP 221) Ivan Monte Claudino J?r - Advogado 222) Ivan Proen?- Professor 223) Ivana Bentes - Professora UFRJ 224) Izabel Cristina da Cruz - Professora, RJ 225) Izabel de F?ma Mangia Borges - Psicanalista 226) Jacinta de F?ma Senna da Silva - Trabalhadora P?ca 227) Janete Moro - Pesquisadora 228) Jeanne Gomes de Brito - Historiadora 229) Jefferson O. Goulart - Professor Unesp 230) Jeruza Souza - Jornalista 231) Jesus Carlos - Rep?r fotogr?co 232) Jesus Chediak - Teatr?o e jornalista 233) J?ndar - Psicanalista, professora da UNIRIO 234) Jo?Carlos Bezerra de Melo - Economista, consultor 235) Jo?Fontenele Ara? 236) Jo?Geraldo Lopes Gon?ves (Janj? - Escritor 237) Jo?H?er Dantas Cavalcanti - Advogado/RN 238) Jo?Raimundo M. de Souza (Kiko) - Coordenador Sindicato Trab. da Unicamp, STU 239) Jo?Ramos Costa Andrade - Professor da UERJ 240) Jo?Ronaldo Mac-Cormick da Costa - Servidor P?co Federal 241) Jo?S?io da Silva Costa - T?ico em inform?ca e universit?o 242) John Fontenele Araujo - Professor, Laborat? de Cronobiologia, Departamento de Fisiologia, CB-UFRN 243) Joice Passos do Santos 244) Jonathan Constantino - Bi?o e professor 245) Jonei Reis - Engenheiro Civil 246) Jorge A. Bittar - Arquiteto 247) Jorge Eduardo Nascimento - Cidad? 248) Jorge Gomes de Souza Chaloub - Mestrando PUC-RIO. 249) Jorge Luiz Pereira dos Santos - Bacharel em Direito 250) Jos?demir Sales de Lima - Professor Titular, Departamento de Astronomia (IAG-USP) 251) Jos?lves da Silva - Ex presidente do SEEB DF 252) Jos?ntonio Gon?ves - Eng. Ge?o 253) Jos?ugusto da Silva - Diretor do Instituto Cidade 254) Jos?aldas da Costa - Jornalista, escritor, licenciado em Geografia 255) Jos?arlos dos Santos - Petroleiro 256) Jos?. R. Cardoso - 257) Jos?ima - dirigente CUT-RJ 258) Jos?onaldo Pereira da Silva - Professor 259) Jos?arella Pereira - Ensa?a (Hist? / Amaz?) 260) Juarez Armando Brito de Vasconcellos - Publicit?o - RJ 261) Juliana Copetti Hickmann 262) J? Am?co Pinto Neto - Jornalista e militante em direitos humanos 263) J? C?r de Oliveira Valentim - Jornalista 264) Julio C?r Portela Lima - Engenheiro - (CREA-CE 4716) 265) J? C?r Senra Barros - Democrata 266) Julio Cesar Senra Barros - Democrata e Interlocutor Social 267) J? Neves de Carvalho - Pedagogo/Empres?o 268) Jurema Elismar de Araujo - Professora 269) Jussara Ribeiro de Oliveira, advogada do RJ e membro do Forum de 270) Karla SantAnna de Moura Coutinho - Administradora e Tradutora 271) Laerte Braga - Jornalista 272) Laizio Rodrigues de Oliveira - Livre Pensador 273) Laurindo Elias Pedrosa - Professor, CaC/UFG 274) Laurita Salles - Artista pl?ica 275) Leandro Konder - 276) Leonardo da Rocha Botega - Professor de hist? da rede estadual do RS. 277) Leonardo Palma 278) Leonardo Retamoso Palma - Rede Universidade N?e 279) Leonor Nunes Erberich - Professora de ingl? 280) Leonora Corsini - Pesquisadora UFRJ 281) Leopoldo Paulino Diretor do F? dos Ex-presos Pol?cos de SP 282) L?da Povoleri - Professora do ensino superior 283) L?a Amaral de Brito - Soci?a 284) Lincoln Secco - Professor USP 285) Liszt Vieira - Advogado 286) L? Copetti Dalmaso - Rede Universidade N?e, Advogada 287) L? Fernandes Lobato - Professora UFBa 288) Lucia Gomes - Artista Pl?ica 289) Luciana Salazar Salgado - Linguista 290) Luciana Vanzan - Psic?a 291) Luciane Chiapinotto - Psic?a 292) Luis Sergio Martins Pinto - Professor 293) Luiz Alves de Oliveira Filho - Mestrando em Ci?ia Pol?ca UTL-Portugal) 294) Luiz Antonio Barbosa - Servidor P?co Federal - RR 295) Luiz Benedicto Lacerda Orlandi - Professor 296) Luiz Camillo Osorio - Professor PUC-Rio 297) Luiz Carlos de Sousa Santos - Economista 298) Luiz Carlos Maranh?- Jornalista 299) Luiz Carlos Ramos Cruz - Engenheiro 300) Luiz Claudio Cunha Souza - Contador 301) Luiz Felipe Rocha da Palma - Publicit?o e divulgador cient?co Universidade Federal do Espirito Santo 302) Luiz Gozanga (Geg?- Central de Movimentos Populares do Brasil 303) Luiz Monteiro Teixeira - Soci?o, Oficina da Pr?s 304) Luiz Vicente Vieira Filho - Jornalista 305) Lutz Franthesco da Silva Rocha - Estudante de Psicologia e Artista 306) Luziano Pereira Mendes de Lima - Professor/Uneal 307) Magali Godoi - 308) Manfredo Caldas - Documentarista 309) Marcelo Cerqueira - Advogado 310) Marcelo de Santa Cruz Oliveira - Advogado e militante dos direitos humanos 311) Marcelo Gon?ves Mora - Professor de Educa? F?ca 312) M?ia Ar?- Psicanalista, Professora da UERJ 313) Marcia Irulegui Gomes - Fisioterapeuta 314) Marcilio Teixeira de Mello - 315) M?io Jos?e Souza Aguiar - Advogado 316) Marco Antonio Santos - Psic?o, Jundia?SP 317) Marcos Arruda - Economista e educador do PACS, Rio de Janeiro 318) Marcos Pinto Basto - 319) Marcos Sim?- Policial militar paulista 320) Marcos Vin?us da Silva Neves - Estudante de Artes Pl?icas, UFBA 321) Margot Queiroz - Soci?a, DF 322) Maria de Nazare Gon?ves de Oliveira - Produtora cultural 323) Maria Aline de S?erreira Gomes 324) Maria Am?a de Almeida Teles 325) Maria Aparecida Baccega - Professora ECA-USP 326) Maria Carmen Antunes da Costa - Pedagoga Recife/PE 327) Maria Carolina Gomes Barbalho - Estudante de psicologia 328) Maria Carolina Marcello - Estudante de Jornalismo 329) Maria Cl?ia Badan Ribeiro - Doutoranda em Hist? Social e membro do LEI (Laborat? de Estudos sobre Intoler?ia-USP) 330) Maria das Dores Nascimento - Advogada OAB/SP 331) Maria de F?ma Magalh? de Lima - Diretora de Escola P?ca Municipal do RJ 332) Maria do Carmo Barreto de S?Micau Barreto) - T? Ass. Edc. da Universidade Federal da Bahia 333) Maria do Livramento Pereira - Servidora aposentada 334) Maria Esmeralda da Cruz Forte - Artista-atriz 335) Maria In?Nobre Ota - Professora 336) Maria Jos?ilveira - Escritora 337) Maria L? Garcia Pallares-Burke - Prof. Aposentada USP, Pesquisadora do Center of Latin American Studies, Cambridge 338) Maria Luiza de Laven? - Arquiteta. Bras?a/DF 339) Maria Regina Maciel - Psicanalista e professora Adjunta da UERJ 340) Maria Rita Py Dutra - Professora, escritora e Coordenadora do N?o de Educa? do Museu Treze de Maio, Santa Maria-RS 341) Maria Soares de Camargo - Professora PUC-Campinas 342) Maria de Nazare Gon?ves de Oliveira - Produtora cultural 343) Mariangela Nascimento - Universidade Federal da Bahia - Instituto Cidade 344) Marilda Teles Maracci - Ge?fa, UNESP/UFF/UFES. 345) Marilia Felipe - Grupo Tortura Nunca Mais/RJ 346) Marilia Guimar? - Empres?a/ Rio de Janeiro, Presidente do Comit?m Defesa da Humanidade 347) Marilourdes Fortuna - Assistente Social e Professora de Filosofia 348) Marina Bueno - Assistente social/Mestranda UFRJ 349) M?o Augusto Jakobskind - Rio de janeiro - Jornalista 350) M?o Vieira da Silva - Cineasta 351) Marisa Greeb - Sociodramatista 352) Marise da Silveira - Professora 353) Marisol Martins - 354) Maristela da Fontoura Machado - Advogada 355) Marluce A. Souza e Silva - Professora UFMT, assistente social e advogada 356) Marly Vianna - Professora UFSCar 357) Martinho Leal Campos - Economista e artista pl?ico 358) Mateus de Quadros - Consultor Legislativo da C?ra de Vereadores de Joinville/SC 359) Maurice Politi - Administrador 360) Mauricio Siqueira - Soci?o, Funda? Casa de Rui Barbosa 361) Mauricio Sulinsk - 362) Mauro Luis Iasi - Professor de Ci?ia Pol?ca e Teoria do Estado da Faculdade de Direito de S?Bernardo do Campo 363) Maysa Pinto Machado - Soci?a 364) Mel?Monteiro - Metal?co do ABC/SP - PSOL-SBCampo. 365) Michel Sadalla Filho - Professor Unicamp 366) Mirna Fernandes - Editora e escritora 367) Mitsue Morisawa - Editora 368) Monica Alkmim - Pedagoga e coordenadora de ONG 369) Monica Horta - Jornalista e astr?a 370) Neiri Alves Feldman - 371) N?e S?ereira - GTNM/RJ 372) Nelma Gusm?de Oliveira - Doutaranda IPPUR/UFRJ 373) Nelson Brum Motta - Economista 374) Nelson Luis Borges de Barros - Engº Agr?o 375) Nelson Martinez - Oper?o aposentado 376) Nelson Riedel - Psicanalista 377) N?on Serathiniuk - Soci?o 378) Nestor Cozetti - Jornalista, professor 379) Newton Vel?Pimentel - Engenheiro agr?o 380) Newton Virando Basile - 381) Nilo Sergio Gomes - Jornalista, pesquisador e doutorando na ECO-UFRJ 382) Nilton do Nascimento - Diretor Regional da ECT/MT 383) Odila Fonseca - Diretora da OLHO DA RUA produ?s art?icas 384) Olivier Marc Borius - Coordenador ONG 385) Oscar Niemayer - Arquiteto 386) Pablo Branco de Moura - Professor 387) Pablo Gentili - Professor UERJ e Clacso 388) Patrick Pessoa - Professor 389) Paula Chieffi - Psic?a 390) Paulo Alberto dos Santos Vieira - NEGRA/UNEMAT - Professor 391) Paulo Cesar Azevedo Ribeiro - Professor e servidor p?co 392) Paulo Henrique Bueno - PT, Guarapuava 393) Paulo Henrique de Almeida - Professora UFBa 394) Paulo Herdy Filho - Servidor p?co/UFF 395) Paulo M.Ferreira Ara?- Professor Unicamp 396) Paulo Pontes da Silva - Professor da Universidade do Estado da Bahia 397) Paulo Roberto Beskow - Professor UFSCar 398) Pedro Albuquerque - Advogado e soci?o 399) Pedro Amaral - Editor, revista Comunica?&pol?ca 400) Pedro Ayres - Jornalista aposentado 401) Pedro Barbosa - 402) Pedro Castilho - Engenheiro 403) Pedro Copetti Dalmaso - M?co 404) Pedro Mezgravis - Jornalista 405) Penha Pena - Arquiteta e urbanista 406) Pepe Bertarelli - Arquiteto 407) Peter Pal Pelbart - Professor PUC-SP 408) Prudencia Paiva - Esteticista 409) Rachel Moreno - Psic?a e pesquisadora 410) Rafael Domingues Adaime - Psic?o 411) Raquel P. Teixeira Lima - Psic?a sanitarista, Pol?ca Nacional de Humaniza?, MS 412) Raul Longo - Jornalista 413) Raul Vinhas Ribeiro - Professor Unicamp 414) Regina de Toledo Sader - Professora aposentada USP 415) Renato Sim?- Secret?o Nacional Movimentos Populares do PT 416) Ricardo Basbaum - Artista, professor da UERJ 417) Ricardo Campo - Unesp 418) Ricardo Cavalcanti-Schiel - Antrop?o 419) Ricardo Pimenta - Administrador de empresas e professor da FGV-RJ 420) Ricardo Rezende Figueira - Padre e professor da UFRJ 421) Rita Claudia Aguiar Barbosa - 422) Roberto Amaral - Escritor, ex-Ministro da Ci?ia e Tecnologia 423) Roberto Duarte Santana Nascimento - Estudante (doutorando em Filosofia/Unicamp) 424) Roberto Ponciano Gomes de Souza J?r - Advogado 425) Rodrigo Gu?n - Professor UERJ 426) Rodrigo Nunes - Goldsmiths College, University of London e revista Turbulence. 427) Rogerio Cavalcanti - Artista pl?ico, diretor de arte 428) Romildo Maranh?do Valle - Engenheiro, DNPM-MME/RJ 429) Ronaldo Barroso - Rep?r Fotogr?co 430) Ronaldo Lima Lins - Diretor da Faculdade de Letras da UFRJ 431) Ronaldo Volmer Frechiani - Arquiteto 432) Rosaldo Bezerra Peixoto - Professor 433) Rosalina Fernandes - Psic?a 434) Rosalvo Maciel - M?co 435) Rose Maria Zaionz da Rocha - Pedagoga 436) Rose Meri Trojan - 437) Rose Nogueira - Jornalista e militante dos Direitos Humanos 438) Roseli Franco de Godoy Carvalho - Banc?a aposentada 439) Rozangela Souza Oliveira da Silva - 440) Ruberval Ferreira - Prof. da Universidade Estadual do Cear? 441) Rui Martins - Jornalista e escritor 442) Rui Mesquita - Soci?o 443) Ruth Maria Scaff - Professora UnB 444) Ruth Vieira - Bras?a, DF 445) Salvador Schavelzon - Antrop?o 446) Sandra Cristina G. Benedetti - Presidente da ObeeC 447) Sara Vitelloni Tibola - Arquiteta e urbanista 448) Sebasti?de Oliveira - 449) S?io Nazar David - Escritor e Professor Universit?o /RJ 450) Silnei S. Soares - Professor 451) Silvana Copetti Dalmaso - Jornalista 452) Silvana Della Torre - Pedagoga 453) Silvia Ulpiano - Psic?a 454) Silvio R. M. Machado - Pedagogo 455) Simone Sobral Sampaio - Professora UFSC 456) Simoni Vilant de Biasi - 457) Solange Bastos - Jornalista e escritora 458) Sonia Andrade - Artista pl?ica, RJ 459) Sonia Montenegro - Analista de Sistemas 460) Sueli Coe Vieira - M?ca 461) Susana Castro - Professora UFRJ 462) Suzana Keniger Lisb? Comiss?de familiares de mortos e desaparecidos pol?cos 463) Sylvio Renan Ulyssea de Medeiros - Economista 464) Talita Tibola - Psic?a, mestranda em educa? 465) Tamie Hammermeister Nezu - 466) Tania Kolker - Equipe cl?ca do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ 467) T?a Maia Barcelos - UFG/Campus Catal? 468) T?a Marins - Grupo Tortura Nunca Mais 469) Tatiana Roque - Professora UFRJ 470) Telma Lage - Advogada, professora 471) Telma Lilia Mariasch - UFRJ 472) Tereza Briggs-Novaes - 473) Tereza Maria Copetti Dalmaso - Professora estadual, RS 474) Thiago Amaral - 475) Urariano Mota - Escritor e jornalista 476) Valdi Ferreira - Advogado 477) Valeria Reis Siqueira - Servidora P?ca, UFRJ 478) Val?a Wilke - Professora do Dep. de Filosofia e Ci?ias Sociais da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro/UNIRIO 479) Valmir Santos de Ara?- Engenheiro Sanitarista 480) Valmir Silv?o - 481) Valquiria de Lima Rodrigues - Estudante de Jornalismo 482) Vander Ant? Costa - Servidor p?co 483) Vanessa Francescato - Funcion?a p?ca, RS 484) Vanessa Ramos - Turism?a, militante da Educafro 485) Venusto Casto Francisco L? - Tradutor 486) Vera de S?raz - Esteticista, professora curso T?ico de Est?ca 487) Vera L? Nunes - Professora 488) Vera Vital Brasil - Equipe cl?ca, Tortura Nunca Mais/RJ e F? de Repara? e Mem? do RJ 489) Veronica Damasceno - 490) Vicente Alessi Filho - Jornalista 491) Victor Leonardo de Araujo - Professor da UFF 492) Vitor Biasoli - Professor do Departamento de Hist? da UFSM 493) Vitor Sarno - Economista e Analista Ambiental, IBAMA 494) Vladimir Lacerda Santaf? Professor de Filosofia e Cineasta 495) Wagner Alo?o de Lima Resende - Servidor p?co 496) Wakina M. Britto Lima - Pedagoga 497) Walkyria Mortati de Britto Lima - Pegagoga 498) Wallace Hermann Jr. - Radialista e Educador 499) William Pereira - Farmac?ico 500) Wilma Antunes Maciel - S?Paulo/SP 501) Wilma Ary - Jornalista e escritora 502) Zacarias Marinho - Professor 503) Zelia Villar - Psicanalista e artista pl?ica 504) ZenaIde Machado de Oliveira - Cientista Social 505) Zoroastro SantAnna - Assessor-Chefe da Dire? Geral, TV BRASIL

LifeSiteNews

06/02/2009
Matthew Cullinan Hoffman CIDADE DO M?ICO, M?co, 3 de fevereiro de 2009 (LifeSiteNews.com) — Um l?r do Fundo de Popula? das Na?s Unidas (FNUAP) declarou que a desintegra? das fam?as tradicionais, longe de ser uma crise, ?ealmente um triunfo para os direitos humanos. Falando num semin?o realizado no m?passado no Colegio M?co na Cidade do M?co, o representante do FNUAP Arie Hoekman denunciou a id? de que os elevados ?ices de div?o e nascimentos fora do casamento representam uma crise social, afirmando que representam em vez disso o triunfo dos direitos humanos contra o patriarcado [sistema onde o pai ? autoridade m?ma na fam?a]. Aos olhos das organiza?s conservadoras, essas mudan? significam que a fam?a est?m crise, disse ele. Em crise? Mais do que em crise, n?stamos na presen?do enfraquecimento da estrutura patriarcal, como conseq?ia do desaparecimento da base econ?a que a sustenta e por causa do aumento dos novos valores centrados no reconhecimento de direitos humanos fundamentais. Dia ap?ia, o M?co experimenta um processo dessa diversidade e h?queles que o entendem como crise, pois eles s?conhecem um tipo de fam?a, disse um dos palestrantes oficiais ?udi?ia. Esses coment?os foram feitos depois do Congresso Mundial de Fam?as, que foi realizado na Cidade do M?co em janeiro e que reafirmou fortemente a import?ia da fam?a tradicional e seu papel indispens?l na transmiss?de valores para a pr?a gera?. A abertura do congresso foi feita pelo Presidente do M?co Felipe Calderon, que observou que os elevados ?ices de div?o e nascimentos fora do casamento est?contribuindo para o aumento da viol?ia e do crime no M?co. Leonardo Casco, membro do Pontif?o Conselho para a Fam?a e cidad?de Honduras, disse para LifeSiteNews que ele n?estava surpreso com o fato de que o FNUAP est?egando a crise na fam?a. Eles sem d?a alguma t?de negar que h?ma crise na fam?a, pois foram eles que criaram a crise, disse ele. Chamando o FNUAP de burocratas a servi?da morte, Casco observou que depois de 45 anos de controle da natalidade, da p?la anticoncepcional, do desrespeito pelo casamento, pela fam?a, pelos filhos, etc., esse ? resultado. Por causa disso temos viol?ia, guerra, falta de respeito pelas mulheres, crian?. Por meio da sua promo? e distribui? de contraceptivos o FNUAP se tornou uma ag?ia de controle da natalidade a servi?dos pa?s mais poderosos, disse Casco. Eles est?destruindo a fam?a e os valores. Isso ?neg?l. ?o que todos dizem… mas eles sempre negam. Com rela? ao coment?o de Hoekman acerca de direitos humanos, Casco respondeu que os burocratas do FNUAP inventaram uma s?e de novos direitos humanos, que n?existiam quando o conceito foi definido em 1948, com o qual eles desejam justificar todas as suas a?s. O FNUAP recentemente celebrou o restabelecimento do apoio dos EUA depois de sete anos, durante os quais o governo de Bush n?quis financiar o FNUAP. O FNUAP vem cooperando e at?esmo ajudando a subsidiar a Pol?ca de Um S?lho da China, a qual persegue e realiza abortos for?os em mulheres que t?mais de um ?o filho. Al?de seu apoio a abortos for?os, o FNUAP ajuda a administrar esteriliza?s for?as na Am?ca do Sul e est?nvolvido na distribui? e promo? de contraceptivos e esteriliza? no mundo inteiro, com um foco em pa?s mais pobres. Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com Fonte: LifeSiteNews