Declara? da Arquidiocese de Olinda e Recife
Mar?17, 2009 por Jorge Ferraz
A respeito do artigo intitulado “Dalla parte della bambina brasiliana” e publicado no L´OSSERVATORE ROMANO no dia 15 de mar? n?abaixo assinados, declaramos:
1. O fato n?aconteceu em Recife, como diz o artigo, mas sim na cidade de Alagoinha (Diocese de Pesqueira).
2. Todos n? come?do pelo p?co de Alagoinha (abaixo assinado) -tratamos a menina gr?da e sua fam?a com toda caridade e do?a. O P?co, fazendo uso de sua solicitude pastoral, ao saber da not?a em sua resid?ia, dirigiu-se de imediato ?asa da fam?a, onde se encontrou com a crian?para lhe prestar apoio e acompanhamento, diante da grave e dif?l situa? em que a menina se encontrava. E esta atitude se deu durante todos os dias, desde Alagoinha at?ecife, onde aconteceu o triste desfecho do aborto de dois inocentes. Portanto, fica evidente e inequ?co que ningu?pensou em primeiro lugar em “excomunh?. Usamos todos os meios ao nosso alcance para evitar o aborto e assim salvar as TR? vidas. O P?co acompanhou pessoalmente o Conselho Tutelar da cidade em todas as iniciativas que visassem o bem da crian?e de seus dois filhos. No hospital, em visitas di?as, demonstrou atitudes de carinho e aten? que deram a entender tanto ?rian?quanto ?ua m?que n?estavam sozinhas, mas que a Igreja, ali representada pelo P?co local, lhes garantia a assist?ia necess?a e a certeza de que tudo seria feito pelo bem da menina e para salvar seus dois filhos.
3. Depois que a menina foi transferida para um hospital da cidade do Recife, tentamos usar todos os meios legais para evitar o aborto. A Igreja em momento algum se fez omissa no hospital. O P?co da menina realizou visitas di?as ao hospital, deslocando-se da cidade que dista 230 km de Recife, sem medir esfor?algum para que tanto a crian?quanto a m?sentissem a presen?de Jesus Bom Pastor que vai ao encontro das ovelhas que mais precisam de aten?. De tal sorte que o caso foi tratado com toda aten? devida da parte da Igreja e n?“obrigativamente” como diz o artigo.
4. N?concordamos com a afirma? de que “a decis??rdua… para a pr?a lei moral”. Nossa Santa Igreja continua a proclamar que a lei moral ?lar?ima: nunca ??to eliminar a vida de um inocente para salvar outra vida. Os fatos objetivos s?estes: h??cos que explicitamente declaram que praticam e continuar?a praticar o aborto, enquanto outros declaram com a mesma firmeza que jamais praticar?o aborto. Eis a declara? escrita e assinada por um m?co cat?o brasileiro: “(…) Como m?co obstetra durante 50 anos, formado pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, e ex chefe da Cl?ca Obst?ica do Hospital do Andara?onde servi 35 anos at?inha aposentadoria, para dedicar-me ao Diaconato, e tendo realizado 4.524 (quatro mil quinhentos e vinte e quatro) partos, muitos de menores de idade, nunca precisei recorrer ao aborto para “salvar vidas”, assim como todos os meus colegas ?egros e honestos em sua profiss?e cumpridores de seu juramento hipocr?co. (…)”.
5. ?falsa a afirma? de que o fato foi divulgado nos jornais somente porque o Arcebispo de Olinda e Recife se apressou em declarar a excomunh? Basta ver que o caso veio a p?co em Alagoinha na quarta-feira, dia 25 de fevereiro, o Arcebispo se pronunciou na imprensa no dia 03 de mar?e o aborto se deu no dia 4 de mar? Seria demasiado imaginar que a imprensa brasileira, diante de um fato de tamanha gravidade, tenha silenciado nesse intervalo de seis dias. Assim sendo, a not?a da menina (“Carmen”) gr?da j?stava divulgada nos jornais antes da consuma? do aborto. Somente ent? interrogado pelos jornalistas, no dia 3 de mar?(ter?feira), o Arcebispo mencionou o c?n 1398. Estamos convictos de que a divulga? desta penalidade medicinal (a excomunh? far?em a muitos cat?os, levando-os a evitar este pecado grav?imo. O sil?io da Igreja seria muito prejudicial, sobretudo ao constatar-se que no mundo inteiro est?acontecendo cinq?a milh?de abortos cada ano e s? Brasil um milh?de vidas inocentes s?ceifadas. O sil?io pode ser interpretado como coniv?ia ou cumplicidade. Se algum m?co tem “consci?ia perplexa” antes de praticar um aborto (o que nos parece extremamente improv?l) ele – se ?at?o e deseja observar a lei de Deus - deve consultar um diretor espiritual.
6. O artigo ?em outras palavras, uma direta afronta ?efesa pela vida das tr?crian? feita veementemente por Dom Jos?ardoso Sobrinho e demonstra quanto o autor n?tem bases e informa?s necess?as para falar sobre o assunto, por total desconhecimento dos detalhes do fato. O texto pode ser interpretado como uma apologia ao aborto, contrariando o Magist?o da Igreja. Os m?cos abortistas n?estiveram na encruzilhada moral sustentada pelo texto, ao contr?o, eles praticaram o aborto com total consci?ia e em coer?ia com o que acreditam e o que ensinam. O hospital que realizou o aborto na menininha ?m dos que sempre realizam este procedimento em nosso Estado, sob o manto da “legalidade”. Os m?cos que atuaram como carrascos dos g?os declararam e continuam declarando na m?a nacional que fizeram o que j?stavam acostumados a fazer “com muito orgulho”. Um deles, inclusive, declarou que: “J?ui, ent? excomungado v?as vezes”.
7. O autor arvorou-se do direito de falar sobre o que n?conhecia, e o que ?ior, sequer deu-se ao trabalho de conversar anteriormente com o seu irm?no episcopado e, por esta atitude imprudente, est?ausando verdadeiro tumulto junto aos fi? cat?os do Brasil que est?acreditando ter Dom Jos?ardoso Sobrinho sido precipitado em seus pronunciamentos. Ao inv?de consultar o seu irm?no episcopado, preferiu acreditar na nossa imprensa declaradamente anticlerical.
Recife-PE, 16 de mar?de 2009
Pe Edson Rodrigues
P?co de Alagoinha-PE - Diocese de Pesqueira
Mons. Edvaldo Bezerra da Silva
Vig?o Geral - Arquidiocese de Olinda e Recife
Pe Mois?Ferreira de Lima - Reitor do Semin?o Arquidiocesano
Dr. M?io Miranda - Advogado da Arquidiocese de Olinda e Recife