Percival Puggina

02/02/2009
O discurso da “sociedade igualit?a” veste, com o manto da falsa justi? uma proposta totalit?a e injusta. Ela implica o Estado que n?convive com a diversidade natural existente entre os seres humanos, que desrespeita suas voca?s e que se permite discernir sobre a adequa? dos anseios de cada um. Tal realidade, de fato, s?de acontecer quando o aparelho estatal a?barca o conjunto das atividades sociais como a Educa?, a Cultura e a Economia; proscreve toda diverg?ia pol?ca; e restringe a religiosidade. A hist? do s?lo 20 fornece tr?cos exemplos do que acabo de descrever. Trata-se de coisa provada. Uma certa desigualdade ?nerente ?iberdade. Num ambiente no qual se preserve a liberdade dos indiv?os, sempre haver?esigualdade porque s?diferentes os empenhos, as capacidades, as voca?s e as aspira?s. No entanto, qualquer an?se da sociedade brasileira apontar?ela um n?l de desigualdade absolutamente incompat?l com o m?mo senso de respeito ?ignidade humana. Somam-se para produzi-la raz?hist?as, culturais e pol?cas, mas j?ivemos tempo de sobra para que a pol?ca superasse as causas hist?as e culturais da constrangedora mis?a nacional. O Brasil tem grav?imos problemas pol?co-institucionais que a sociedade reprova nos efeitos sem atentar para as causas. O corporativismo ?m desses males, a agir como c?er instalado em ?os vitais do aparelho de Estado, que deveria prover muitos dos instrumentos da justi?social. No entanto, ali onde est? dinheiro p?co, aparentemente sem dono, pertencente a todos sem ser de ningu?em particular, agem as corpora?s buscando se apropriar do quanto podem, em regalias de toda ordem, a come? pelas financeiras. A proximidade do poder decis? ? chave de acesso aos privil?os. Basta contemplar a disparidade de tratamento entre as carreiras funcionais ou os desn?is na remunera? de aposentadoria entre os trabalhadores do setor p?co e o setor privado, ou ainda a distribui? de incentivos para tais ou quais atividades, para compreender que h?ma estreita rela? entre a desigualdade e as mobiliza?s corporativas. N?estou descrevendo novidade alguma porque, como disse, falo dos efeitos e estes todo mundo v?O que talvez represente novidade para muitos leitores ? fato de que a capacidade de a? do corporativismo se potencializa atrav?do sistema proporcional de representa? parlamentar. Se o corporativismo ?m mal com ra?s hist?as, jamais poder?os, ap?m s?lo de Rep?ca, persistir adotando um sistema de elei? parlamentar que estimula a organiza?, para fins eleitorais, dos grupos de interesse constitu?s na sociedade. Estimulamos o que dever?os inibir. Em ?ca de elei?, a primeira provid?ia de tais grupos, com imediato reflexo nos partidos, ?ratar dessa representa?. “Quem vai cuidar de n? indaga-se nas corpora?s. “Quem ser?osso candidato por tal ou qual grupo?” interroga-se nos partidos. ?por esse vi?que se formam as grandes e efetivas bancadas existentes no Congresso Nacional – algumas das “frentes parlamentares” e as muitas bancadas disto ou daquilo que l?peram. Interesses e mais interesses. No entanto, a pr?a natureza da delibera? parlamentar implica o confronto de opini?e n?a negocia? de interesses. Um deputado n?deveria ser escolhido para representar vontades nem agenciar conveni?ias, mas para representar opini?e crit?os de ju? para as in?as decis?sobre as quais dever?ncidir seu voto. Enquanto n?tratarmos esse c?er com altas doses de quimioterapia de boa ci?ia pol?ca, o Brasil continuar?lamando contra a injusti?e cruzando os bra? em rela? ?ilo que lhe d?ausa.

BBC Brasil

01/02/2009
30 de janeiro, 2009 - 20h08 GMT (18h08 Bras?a) http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/090130_noveladivorciobrasil_np.shtml Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma liga? entre as populares novelas da TV Globo e um aumento no n?o de div?os no Brasil nas ?mas d?das. Na pesquisa, foi feito um cruzamento de informa?s extra?s de censos nos anos 70, 80 e 90 e dados sobre a expans?do sinal da Globo – cujas novelas chegavam a 98% dos munic?os do pa?na d?da de 90. Segundo os autores do estudo, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da Globo se torna dispon?l” nas cidades do pa? Al?disso, a pesquisa descobriu que esse efeito ?ais forte em munic?os menores, onde o sinal ?aptado por uma parcela mais alta da popula? local. Instru? Os resultados sugerem que essas ?as apresentaram um aumento de 0,1 a 0,2 ponto percentual na porcentagem de mulheres de 15 a 49 anos que s?divorciadas ou separadas. O aumento ?equeno, mas estatisticamente significativo, afirmou Chong. Os pesquisadores v?al?e dizem que o impacto ?ompar?l ao de um aumento em seis vezes no n?l de instru? de uma mulher. A porcentagem de mulheres divorciadas cresce com a escolaridade. O enredo das novelas freq?emente inclui cr?cas a valores tradicionais e, desde os anos 60, uma porcentagem significativa das personagens femininas n?reflete os pap? tradicionais de comportamento reservados ?mulheres na sociedade. Foram analisadas 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Nelas, 62% das principais personagens femininas n?tinham filhos e 26% eram infi? a seus parceiros. Nas ?mas d?das, a taxa de div?os aumentou muito no Brasil, apesar do estigma associado ?separa?s. Isso, segundo os pesquisadores, torna o pa?um “caso interessante de estudo”. Segundo dados divulgados pela ONU, os div?os pularam de 3,3 para cada 100 casamentos em 1984 para 17,7 em 2002. “A exposi? a estilos de vida modernos mostrados na TV, a fun?s desempenhadas por mulheres emancipadas e a uma cr?ca aos valores tradicionais mostrou estar associada aos aumentos nas fra?s de mulheres separadas e divorciadas nas ?as municipais brasileiras”, diz a pesquisa.

www.hazteoir.org/node/16886

01/02/2009
REDACCI? HO / manifiestoporlavida.- A continuaci?eproducimos una lista de firma de leyes, discursos y otras acciones que el presidente Obama ha promovido o realizado, y que han servido para extender el aborto antes y durante su cort?mo periodo como presidente. Mientras que en campa?lectoral tuvo el cinismo de asegurar que disminuir?el n?o de abortos, seguramente ante el rechazo que suscit? fuerte discurso pro abortista anterior, y frente a lo que alguno de sus seguidores haya podido creer, esta larga lista demuestra lo contrario: su intenci?s la de multiplicar los abortos en el mundo: Obama, en un acto de la internacional abortista Planned Parenthood Tras las elecciones, antes de ser investido: 5 de Noviembre 2008. Obama seleciona al abortista republicano Rahm Emanuel como su Jefe de Gabinete de la Casa Blanca. Seg?ational Right to Life Emanuel jam?ha votado ninguna ley en defensa de la vida. 19 de Noviembre 2008: Obama elige al abortista Tom Daschle como su secretario de Servicios Humanos y Salud. Seg?ational Right to Life ha votado en repetidas ocasiones leyes abortistas y contra la vida. 20 de Noviembre 2008: Obama nombra a la antigua directora de NARAL (organizaci?bortista) Dawn Johnsen para servir en su equipo de supervisi?el Departamento de Justicia. 24 de Noviembre 2008: Obama da el cargo de directora de comunicaciones de la Casa Blanca a Ellen Moran, ex directora del grupo abortista Emilys List (que s?apoya candidatos que apoyan la financiacion con dinero p?co del aborto y est?n contra de la prohibici?el aborto por nacimiento parcial). El mismo d? otra antigua militante abortista de Emily´s List Melody Barnes sustituye al director del consejo de Pol?ca Interior. 30 de Noviembre 2008: Obama nombra a la abortista Hillary Clinton Secretaria de Estado. Clinton siempre ha votado a favor de pol?cas proabortistas y es una de las promotoras del aborto como derecho internacional. 10 de Diciembre 2008: Obama seleciona al abortista y antiguo funcionario de la administraci?e Clinton Jeanne Lambrew para el puesto de directora general de la Casa Blanca Para la Reforma de la Sanidad. La multinacional del aborto Planned Parenthood se ha mostrado exultante con este nombramiento. Desde su nombramiento como presidente: 5 de Enero 2009: Obama nombra al abortista gobernador de Virginia Tim Kaine portavoz del Partido Dem?ta. 6 de Enero 2009: Obama elige a Thomas Perrelli, el abogado que represent? marido de Terri Schiavo, Michael, es sus intentos de asesinar a su mujer inv?da al amparo de la ley, para el puesto de tercer letrado del departamento de Justicia. 22 de Enero 2009: Hace p?ca una declaraci?e apoyo a la sentencia del caso Roe vs Wade que permiti?rtualmente el aborto libre y el asesinato de 50 millones de beb?desde 1973. 23 de Enero 2009: Fuerza a todos los ciudadanos a financiar con su dinero a grupos dedicados a extender el aborto fuera de las fronteras de los EEUU. Esta decis?ontradice la Pol?ca de Ciudad de M?co y entrega cerca de 457 millones de d?es a organizaciones abortistas. 26 de Enero 2009: El candidato de Obama a ayudante de la Secretar?de Estado, James B. Steinberg, dice a los senadores que se debe obligar a los ciudadanos a pagar abortos con sus impuestos. Alega, erroneamente, que es inconstitucional poner l?tes a la financiaci?el aborto con dinero p?co. Este es el espeluznante panorama que reina en EE.UU. para la vida humana tras la victoria electoral del nuevo presidente. La realidad choca con la euforia generalizada en torno a su misi?asi mesi?ca. El presidente Obama ser?esponsable de much?mas m?muertes de seres inocentes que sus antecesores. La denuncia de Human Life Internacional El Presidente de Human Life International (HLI), Thomas J. Euteneuer, ha se?do que la decisi?el Presidente Barack Obama de anular la Pol?ca de Ciudad de M?co para poder financiar internacionalmente el aborto es una total cobard? y llam?los estadounidenses a reaccionar. El l?r pro-vida indic?e llama mucho la atenci?a manera c?Obama firm?cha orden ejecutiva. Se? que los viernes por la tarde es cuando los pol?cos emiten decisiones que saben que son vergonzosas. El Presidente Obama sabe que esta decisi?uya es una verg?a, pero necesita aplacar a aquellos que lo pusieron en su cargo. Tambi?record?e esta firma se dio un d?despu?que m?de 200 mil personas protestaran en Washington contra Roe v. Wade, la decisi?udicial que liberaliz? aborto en 1973. Euteneuer tambi?critic?e ahora el Gobierno de Estados Unidos use dinero p?co para financiar el aborto en todo el mundo, especialmente en pa?s que hist?amente son profundamente pro-vida. Sin embargo, aclar?e por tratarse de una orden ejecutiva, esta no responde a ninguna voluntad del pueblo de EEUU. Recordemos que a?as presuntas victorias pol?cas son temporales, y que la soluci? estos problemas no es pol?ca, si bien tenemos que continuar la lucha c?ca en nuestros esfuerzos provida, expres?n ese sentido, record?los fieles que hemos sido llamados a la oraci?al ayuno y a la conversi?. s?Dios puede ponerle fin al horror del aborto ahora. http://www.hazteoir.org/node/16886

Olavo de Carvalho

01/02/2009
No v?o rec?publicado da rodada de confer?ias “Voegelin in Toronto”, o que mais me chama aten? ? diferen?entre pensadores acad?cos de alto calibre, mas presos ?formalidades do meio universit?o, e o estudioso que tira sua inspira? diretamente da vida mesma. Todo o conjunto de temas a que Eric Voegelin dedicou seis d?das de estudo e medita? vieram da sua experi?ia pessoal ante a eclos?dos movimentos ideol?os de massa no s?lo XX. O grande objetivo da sua vida foi n?apenas explicar as origens intelectuais e espirituais desses fen?os sangrentos, mas apreender a sua significa? no quadro geral da exist?ia humana. Para isso ele teve de desenvolver toda uma antropologia filos?a, partindo das fontes cl?icas do pensamento ocidental, especialmente o Banquete de Plat? onde o ser humano aparece como uma criatura intermedi?a e hesitante, vivendo na fronteira entre dois mundos: o transcendente e o imanente, o infinito e o finito. A esse espa?entre os mundos Plat?dava o nome de metaxy, “entremeio”. ?da experi?ia direta a?olhida que surgem os s?olos com que o ser humano procura dar alguma inteligibilidade ao processo existencial que ele n?pode observar de fora e de cima, porque o processo o envolve em todos os instantes e sob todos os aspectos. Da universalidade da metaxy como condi? permanente da vida, Voegelin conclui que os p? da exist?ia s?insepar?is e nenhum deles pode ser concebido como objeto: Deus e o homem, o eu e o outro, consci?ia e objeto, natureza e sociedade s?istem como oposi?s internas dentro da metaxy. N?h?m posto de observa? privilegiado desde o qual possamos captar a unidade do processo e constituir os seus elementos como “objetos”. ?o processo mesmo que, em n?busca a express?da sua inteligibilidade poss?l a cada momento. Isso n?quer dizer que o conhecimento gire em c?ulos. Ele tem um certo sentido acumulativo e progressivo, na medida em que as sucessivas simboliza?s v?se esclarecendo umas ?outras numa escala que vai do mais compacto para o mais diferenciado. Os s?olos da exist?ia formam sucessivas imagens da “ordem”, e a sucess?das ordens no tempo ?la pr?a a “Ordem da Hist?”. A eclos?dos movimentos ideol?os de massa ?ma etapa dessa sucess?e pode ser, at?erto ponto, compreendida. A id? do presente curso ?econstituir a “ordem” sucessiva das descobertas de Voegelin pelo mesmo m?do que ele aplicou ?nvestiga? da “Ordem da Hist?”: a an?se de uma biografia intelectual deve resultar no esclarecimento da unidade interna e da “estrutura”, sempre m?, mas reconhec?l, do ensinamento de Voegelin. Como exig?ia desse mesmo m?do, dedicaremos especial aten? ?partes mais problem?cas da obra de Voegelin, o que n?significa necessariamente as mais fr?is, por?aquelas que deixam em aberto quest?que j??podem ser resolvidas pelo m?do voegliniano, exigindo antes a sua extens?e complementa?. A leitura preliminar das Reflex?Autobiogr?cas de Eric Voegelin ?xig?ia indispens?l para os interessados no curso. A ordem das aulas ser? seguinte: 1. Exame sint?co do trajeto intelectual de Eric Voegelin segundo as Reflex?Autobiogr?cas e depoimentos de disc?los e colegas do fil?o. Sugest??s podem ser extra?s da?ara a forma? intelectual dos alunos do curso. 2. A metaxy e a estrutura geral da experi?ia humana. 3. A consci?ia como participa? no processo de diferencia? dos s?olos. 4. Sucess?e simultaneidade das “ordens”. Gnosticismo e messianismo como origens dos movimentos ideol?os de massa. 5. O car?r problem?co da revela? crist?a filosofia de Eric Voegelin. 6. O processo efetivo da diferencia? dos s?olos. -------------------------------------------------------------------------------- Data: 27/abr a 02/mai de 2009 Local: Hotel Hilton Garden Inn - Colonial Heights, VA - EUA Hor?o: de segunda a s?do a partir das 14:30 hs. Sa? do Brasil: 25/abr (Curitiba - S?Paulo - New York - Richmond) Sa? de Richmond: 03/mai (Richmond - New York) Sa? de New York: 05/mai (New York - S?Paulo - Curitiba) Tranporte a?o: TAM e JetBlue Terrestre: 1 carro para cada 4 alunos Hospedagem: 7 noites no Hilton Garden Inn (Dbl) Hospedagem em NY: N?Inclu? Pre?do pacote terrestre: US$ 849.00 (Dbl) - US$ 1,299.00 (Sgl) Parte terrestre parcelada em at? vezes (jan, fev, mar e abr) Passagem A?a Internacional: US$ 900.00 + taxas Parte a?a internacional: entrada + saldo em at? vezes no cart?de cr?to. Passagem a?a New York - Richmond - New York: US$ 250.00 Curso: US$ 850.00 (valor dever?er pago em dinheiro, no local do curso) Valores sujeitos ?ltera? sem pr?o aviso.

Tibiriçá Ramaglio

01/02/2009
Assim que ouviu o slogan um outro mundo ?oss?l, o Comunista do Tatuap?icou imposs?l. Mais assanhado que travesti na Parada Gay da avenida Paulista, ele correu para a rodovi?a Tiet? comprou sua passagem para Bel?do Par? Embarcou no ?us euf?o, de boina preta na cabe? mochila nas costas e a indefect?l camiseta com o Che Guevara estampado no peito. Leitura de bordo: as ?mas edi?s do Hora do Povo e do Brasil de Fato, um n?o atrasado da Caros Amigos e outros dois da Teoria & Debate. Para quem n?conhece o tipo, o Comunista ?lgu?de fazer a famosa velhinha de Taubat?er considerada um ?ne do ceticismo. O camarada ?ais ortodoxo do que o Tarso Genro na defesa do asilo a Cesare Battisti. Mais radical do que o Marco Aur?o Garcia na apologia das FARCs. Em mat?a de f?n?h?ada que se compare ?o Comunista do Tatuap? Ningu?pense que nosso homem pretendia fazer turismo na capital paraense – t?erto que um pouco de lazer faz parte de um evento onde s?distribu?s gratuitamente 600 mil camisinhas. Mas o Comunista queria mesmo era se p? par das ?mas novidades no horizonte te?o do marxismo, do ambientalismo socialista, da teologia da liberta?, do pensamento revolucion?o e de todo tipo de questionamento a isso tudo que t??sabe como ? Assim, participou do maior n?o poss?l de palestras, debates e mesas-redondas. Tamb?n?faltou um tempinho para os atos p?cos, as marchas de protesto, o com?o camuflado da Dilma Rousseff e at?mas Brahmas geladinhas com os velhos camaradas, alguns dos quais n?via desde os tr?dias que passou no pres?o Tiradentes, por alcoolismo e arrua?nos idos de 1969. Fora isso, o Comunista do Tatuap?inda se envolveu num corpo a corpo e tomou um pesco? de um dos guarda-costas do Hugo Chavez, mas conseguiu um p?r com aut?fo do venezuelano, que tinha prometido a sua velha m? dona Olga Leoc?o (dentro de todo militante de esquerda jaz um edipiano adormecido, pois h?ue endurecer sem perder a ternura...) Terminado o multitudin?o festival de masturba? coletiva, o Comunista voltou para S?Paulo e o Tatuap?e alma lavada, convicto de ter dado a sua contribui? para o mundo se sulear – neologismo que tem o mesmo significado da palavra nortear e foi inventado na pr?a edi? paraense do F? para se contrap? express?tradicional, inequivocamente tribut?a do hemisf?o dos imperialistas. Um mundo melhor ?oss?l? Talvez, mas, com a mentalidade dessa turba, ?ltamente improv?l http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

Percival Puggina

01/02/2009
“A discuss?se tornou pol?ca. (...) No momento em que a grande bandeira do neoliberalismo sucumbiu, que era a nossa submiss?total ao capital financeiro e ?suas necessidades desregulamentadoras, os pr?os promotores e ide?os desse modelo precisavam de um outro argumento para fazer oposi? e se apegaram nesse do Battisti. N??e pasmar que 99% dessas pessoas defendem impunidade para os torturadores” (Tarso Genro, ministro da Justi? em O Globo, do dia 26/01/2009). Com essas palavras politicamente esterilizadas, passadas no filtro da mais isenta sabedoria salom?a, o ministro Tarso Genro desqualifica toda diverg?ia ?ua solit?a e monocr?ca decis?de conceder ref? ao terrorista Cesare Battisti. Solit?a e monocr?ca. Ao decidir, o ministro contrariou o conjunto das autoridades nacionais que se manifestaram antes dele, ou seja, o Procurador Geral da Rep?ca e o Comit?acional para Refugiados (Conare, que ?m ?o composto por representantes de cinco minist?os do governo federal, Pol?a Federal, Caritas e Alto Comissariado da ONU para os Refugiados). Pelas contas do ministro deve haver um bom n?o de neoliberais e defensores da tortura no meio dessas personalidades que consideraram correto mandar Battisti de volta ?usti?que o condenou. Quem quiser conhecer a ficha criminal do refugiado, anterior ao seu ingresso no Proletari Armati per il Comunismo, deve acessar o blog do desembargador aposentado Walter Fanganiello Maierovitch onde h?m bem detalhado retrospecto das atividades do italiano como bandido comum e como terrorista. Os delitos pelos quais permanece condenado correspondem ?egunda fase de sua carreira, j?omo membro graduado de uma das muitas organiza?s terroristas que agiram contra as institui?s democr?cas de seu pa?nos anos 70. Darei um salto ret?o sobre a tal interven? de Carla Bruni em favor do conterr?o (ela jura que n?fez isso), outro sobre o perfil do advogado escolhido por Battisti, o bravo e estrelado companheiro Luiz Eduardo Greenhalgh, e outro ainda mais longo sobre o caso dos cubanos. Vamos ao centro do problema, que se resume no fato de que o jovem Cesare lutava por uma causa, praticando crimes que o pr?o ministro qualifica inaceit?is sob o ponto de vista do “humanismo democr?co”. No entanto, a causa era a ditadura do proletariado e a?a?s das raz?da raz?e do Direito e vamos ?da ideologia. Crime cometido por uma causa revolucion?a esquerdista parece subir v?os degraus na escadaria da considera? dos camaradas e descer outros tantos na da gravidade. Por isso Pinochet ?ualificado como o que de fato foi, um ditador, e Fidel ?clamado “el Comandante”. Cesare Battisti recebe do governo brasileiro a condi? de refugiado por ter praticado crimes com motiva? esquerdista. N?fosse assim, teria buscado outro advogado e n?estaria com certa esquerda nacional alinhada em sua defesa. Fosse ele “de direita”, teria recebido um p?os fundilhos. Battisti lutava por uma causa que j?he custou caro. Ele, como muitos, poderia ter morrido na defesa dos ideais que abra?. N??onito, isso? Sim, em tese, ?obre ter ideais pelos quais nos dispomos a morrer. No entanto, esse n?? caso. N?faz parte desta hist? o m?to inerente a quem se disp? morrer por seus ideais, mas a malignidade de quem, a ju? pr?o, sacrifica inocentes em nome de suas cren? pessoais. ?o crime de Battisti, dos homens-bomba, e de muitos que hoje recebem recompensas e reconhecimentos malgrado os delitos em que se envolveram. Zero Hora,01/02/2009

Claudia Safatle

30/01/2009
S?sombrias as expectativas do governo para a atividade econ?a deste ano. Haver?ecess? entendida como dois trimestres consecutivos de Produto Interno Bruto (PIB) negativo, ou seja, o ?mo trimestre de 2008 e o primeiro de 2009. Sobre isso, as d?as que ainda existiam est?se dissipando. O que n?est?laro ?or quanto tempo essa recess?vai durar. Nesse aspecto, os economistas oficiais divergem. H?uem acredite que a produ? poder?oltar a reagir logo no segundo trimestre. Outros enxergam uma recupera? apenas em meados do segundo semestre. Parte da resposta depender?o ajuste de estoques, que s?ver?erminar entre abril e maio. Os progn?cos, portanto, pioraram sensivelmente do fim do ano passado para c?O que talvez explique o ativismo do governo na produ? de id?s e elabora? de medidas para enfrentar os fatos e, com isso, minimizar a onda de desemprego que ?sperada para os pr?os meses. Diante dessa realidade, j??se nega com a mesma veem?ia de antes a possibilidade de 2009 chegar mesmo a n?ter crescimento algum. Isso n??sperado, mas n??mposs?l. O n?l de dispers?das expectativas para o produto vai de zero a 3%, exclu? a meta de crescimento de 4% este ano estabelecida pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Mesmo o rebate do crescimento de 2008 para 2009 (carry-over), que era calculado entre 1% e 2%, n?deve ocorrer. No ?mo trimestre do ano passado o PIB foi negativo e o carregamento tende a ser pr?o de zero. O mais prov?l ?ue o pa?possa crescer uns 2% este ano. Qualquer coisa acima disso est?e tornando um desejo distante, alimentado por quem nutre esperan?de uma retomada do crescimento econ?o mundial no in?o do segundo semestre. A partir desse cen?o ?ue o Comit?e Pol?ca Monet?a (Copom) administrar? redu? da Selic. Da leitura da ata divulgada ontem fica claro que o risco, agora, pesa bem mais sobre a atividade econ?a do que sobre a infla?. Esta n?vai subir, mas tamb?n?deve despencar, pois quase 40% do ?ice depende da infla? passada (que vai corrigir pre? administrados, alugu?). Do lado externo, as proje?s est?mudando tamb?rapidamente, embora ainda n?oficialmente. O super?t comercial estimado, de US$ 14 bilh? dificilmente ocorrer?Pelo p?imo desempenho das exporta?s nas primeiras semanas do ano, n?ser?urpresa se as contas de com?io ficarem apenas equilibradas. Situa? que assustou o governo, levando-o ?esastrada iniciativa de restabelecer o uso de licen?pr?a de importa?, medida que teve curt?ima dura?. As contas externas, por? n?chegam a ser um problema. N?enquanto o pa?tiver US$ 200 bilh?em reservas cambiais. O d?cit em conta corrente do balan?de pagamentos pode, inclusive, ser inferior aos US$ 28,3 bilh?de 2008, pela queda dos gastos com viagens internacionais e redu? da remessa de lucros. A economia est?endo movimentada pela demanda interna, que ainda n?sentiu plenamente os efeitos da crise, sobretudo nas atividades que independem do cr?to. O temor que toma conta dos economistas oficiais ?e que esta tamb?est?om os dias contados. O esfriamento do consumo dom?ico depender?a evolu? do mercado de trabalho, cujos progn?cos s?desconfort?is. Os primeiros indicadores do IBGE sobre desemprego vir?muito ruins, adiantam t?icos do governo. Nos segmentos dependentes de cr?to, registra-se retra? da produ? industrial de at?0% nas ?mas semanas. O cr?to, que embalou o consumo interno nos ?mos anos, ficou muito mais caro. Todo o sistema banc?o aumentou substancialmente os seus spreads (taxa de risco, produto da diferen?entre a taxa de capta? e de aplica? dos recursos), contabilizando uma eleva? da inadimpl?ia futura, decorrente do desemprego que acreditam que vir? Como n?h?ar?tro, cada banco fez o que lhe deu na cabe? Os dados coletados pelo governo mostram que o Banco do Brasil foi o que mais aumentou seu spread, que era de 7,6% em janeiro, subiu para 32% no in?o de novembro e diminuiu para 27,3% no fim do ano passado. A Caixa Econ?a Federal aumentou de 12,5% para 16,4% de janeiro para novembro de 2008. Entre os grandes bancos privados, o HSBC liderou no tamanho da taxa, que saiu de 40,6% no in?o de 2008, saltou para 54% em outubro e refluiu para 40,4% em novembro. O Bradesco veio em seguida, com spread que subiu de 16,6% em janeiro para 35,8% no auge da crise, caindo para 30,4% no fim de novembro, conforme dados levados ao presidente Lula em dezembro. O governo criou um grupo de trabalho para propor medidas que reduzam os spreads banc?os. ?bom lembrar que os spreads aqui s?elevad?imos h?nos e a receita para estimular a redu? ?onhecida. H?mpostos e compuls?s demais incidentes sobre os ativos dos bancos, al?de gorda margem de lucro. Embora o BC tenha liberado cerca de R$ 99 bilh?em dep?os compuls?s para dar liquidez aos bancos, de outubro para c?esse n?foi um dinheiro destinado aumentar a oferta de cr?to, mas para os grandes bancos proverem os pequenos e m?os de liquidez. Mesmo que o BC libere mais compuls?s, o sistema, totalmente avesso a risco, n?sair?mprestando ao setor privado para alimentar produ? e o consumo. No in?o de dezembro o BC liberou ?pressas R$ 6,2 bilh?em compuls?s para o BNDES poder financiar o setor privado. O dinheiro, por? est?plicado em CDI do Banco do Brasil porque o BNDES tem seu pr?o ritmo de avalia? de projetos. O governo tem procurado agir em v?as frentes para evitar a recess? Est?o seu papel. Mas precisa ter serenidade para n?criar mais incertezas e, como lembrou o ex-presidente do BC Arm?o Fraga, poder usufruir de um bom per?o de queda de juros. O ideal mesmo seria ter as condi?s fiscais para poder ousar numa pol?ca monet?a antic?ica. * Diretora-adjunta de Reda? e escreve ?sextas-feiras.

Tibiriçá Ramaglio

30/01/2009
O combate ao fascismo (ou nazifascismo) sempre foi um elemento importante na propaganda socialista, que procura apresentar uma doutrina como ant?se da outra. Na Europa, por exemplo, os partidos comunistas italiano e franc?se apropriaram da resist?ia a Mussolini e Hitler, como se todos os partisans tivessem sido fervorosos adeptos do marxismo-leninismo. Mutatis mutandi, no Brasil, as esquerdas procuram fazer o mesmo com a luta contra o regime militar de 1964, aproveitando-se desse expediente n?s?m fins de proselitismo, mas tamb?para garantir a seus integrantes polpudas indeniza?s e pens?que j?icaram popularmente conhecidas como “bolsa-ditadura”, numa alus?ao “bolsa-fam?a”. Na realidade, o combate ao fascismo por parte do socialismo foi sempre circunstancial. Em vez de antit?cas, as duas doutrinas s?intrinsecamente semelhantes entre si, como comprova muito bem o excelente document?o “The Soviet Story”, de Edvins Snore, que se encontra dispon?l no YouTube. O filme mostra como o exterm?o de popula?s se tornou uma pol?ca de estado, tendo sido posta em pr?ca pelos bolcheviques na Ucr?a, antes de Hitler chegar ao poder na Alemanha. H?uitas outras semelhan? entre o nazismo e o comunismo e ?ecess?o divulg?as como forma de esvaziar a ret?a antifascista dos partidos de esquerda da atualidade. Ao terminar a leitura do portentoso “A Trag?a de um Povo – A Revolu? Russa 1891/1924”, do historiador brit?co Orlando Figes, possivelmente uma dasmaiores autoridades sobre o tema, fiquei impressionado com certas “experi?ias cient?cas” que os bolcheviques empreenderam na R?a e que permanecem desconhecidas do p?co brasileiro, a quem a hist? dos eventos desencadeados por L?n em 1917 costuma ser contada por uma perspectiva profundamente comprometida. Inicialmente, vale mencionar as experi?ias do engenheiro e poeta bolchevique Alexei Gastev (1882-1939) que procurou aperfei?r o taylorismo – a administra? cient?ca do trabalho –, adequando-o ?ealidade sovi?ca. Gastev esteve ?rente do Instituto Central do Trabalho, fundado em 1920, e desenvolveu esfor? no sentido de levar os trabalhadores a agirem como m?inas. De certo modo, foi o Josef Mengele do regime leninista. Nas palavras de Figes: “Centenas de cobaias, vestidas exatamente iguais, marchavam em colunas para seus pretensos postos de trabalho ?spera de ordens a serem dadas pelos zumbidos dos motores. Os homens recebiam li?s de como usar corretamente o martelo: a aula consistia em tentar segurar uma dessas ferramentas, presa a uma m?ina, que a movimentava a intervalos constantes. Ap?eia hora, todos j?inham internalizado o ritmo mec?co.” Se a algu?v??ente as imagens de “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, fica bem claro que a transforma? do oper?o num aut?o n?pode ser atribu? exclusivamente ao modo de produ? capitalista, como supunha o cineasta. Ali? como ensina o pr?o Figes, a palavra “rob?eriva do verbo russo rabotat, que significa trabalhar. Gastev considerava as m?inas superiores aos seres humanos e pensava que elas promoveriam o aperfei?mento da humanidade. Para o poeta-engenheiro, no mundo novo que a revolu? institu? n?existiriam pessoas, mas “unidades prolet?as”, que seriam “incapazes de pensar individualmente”, pois, na psicologia do proletariado, um “coletivismo mecanizado tomaria o lugar da personalidade individual”. A partir da?segundo Gastev, a necessidade de emo?s deixaria de existir e a alma humana n?seria mais avaliada atrav?de “um grito ou um sorriso, e sim por medidores de press?ou veloc?tros”. A utopia socialista, portanto, flertava com um verdadeiro holocausto ps?ico e – o que ?mportante enfatizar – esse pesadelo n?era um produto da mente do camarada St?n, o “suspeito habitual” quando se apontam os crimes do socialismo sovi?co. O pesadelo data da ?ca em que Vladimir IlitchL?n era o ditador. L?n tinha um grande interesse pela psiquiatria e por esse tipo de “experi?ias” que, a seu ver, contribuiriam para a cria? de uma nova humanidade. O cientista Sergei Sokolov (1897-1957) narrou um encontro de L?n com o c?bre I.P.Pavlov (1849-1936), que teorizou e enunciou o mecanismo do reflexo condicionado. O ditador queria saber do cientista se as experi?ias com o condicionamento ajudariam os bolcheviques a controlar o comportamento humano. “H?ndividualismo demais na R?a, resqu?o do passado”, disse L?n. “O comunismo n?tolera essas tend?ias perniciosas, que interferem em nossos planos. Precisamos aboli-las.” “O senhor gostaria que eu nivelasse a popula? da R?a? Que fizesse todos se comportarem do mesmo modo?”, perguntou Pavlov, chocado. “Exatamente”, respondeu Vladimir Ulianov, essa “figura humana extraordin?a”, como o definiu o ministro Tarso Genro, em seu livro “L?n – Cora? e Mente”.

João Ubaldo

30/01/2009
Sei que, para os lulistas religiosos, a ressalva preliminar que vou fazer n?adiantar?ada. Pode ser at?ida na conta de insulto ou deboche, entre as in?as blasf?as que eles acham que eu cometo, sempre que exponho alguma restri? ao presidente da Rep?ca. Mas tenho que faz?a, por ser necess?a, al?de categoricamente sincera. Ao sugerir, como logo adiante, que ele n?est?egulando bem do ju?, ajo com todo o respeito. Dizer que algu?est?aluco, principalmente algu?tido como sagrado, pode ser visto at?omo insulto, difama? ou blasf?a mesmo. Mas n??ste o caso aqui. Pelo menos n??inha inten?. ?que ?vezes me acomete com tal for?a percep? de que ele est?como se diz na minha terra, perturbado da id? que n?posso deixar de veicul?a. ?apenas, digamos assim, uma esp?e de diagn?co leigo, a que todo mundo, especialmente pessoas de vida p?ca, est?ujeito. Al?disso, creio que n?sou o ?o a pensar assim. ?freq?e que ou?a mesma opini? veiculada nas ?as mais diversas, por pessoas tamb?diversas. O que mais ocorre ?er-se uma certa d?a sobre a vincula? dele com a realidade. Muitas vezes - quase sempre at?, parece que, quando ele fala neste pa? est?e referindo a outro, que s?iste na cabe?dele. H?lguns dias mesmo, se n?me engano e, se me engano, pe?desculpas, ele insinuou ou disse claramente que o Brasil est??u est?e tornando um para?. Fez tamb?a nunca assaz lembrada observa? de que nosso sistema de sa?j?tingiu, ou atingir?m breve, a perfei?, at?orque est?o alcance de qualquer cidad? pela primeira vez na Hist? deste pa? ter absolutamente o mesmo tratamento m?co que o presidente da Rep?ca. Tal ? natureza espantosa das declara?s dele que sua fama de mentiroso e c?co, corrente entre muitos concidad?, se revela infundada e maldosa. Ele n?seria nem mentiroso nem c?co, pois n??igorosamente mentiroso quem julga estar dizendo a mais cristalina verdade, nem ??co quem tem o que outros julgam cara-de-pau, mas s?z agir de acordo com sua boa consci?ia. Vamos dar-lhe o benef?o da d?a e aceitar piamente que ele acredita estar dizendo a absoluta verdade. Talvez haja sinais, como dizem ser comum entre malucos, de uma certa inseguran?quanto a tal convic?, porque ele parece procurar evitar ocasi?em que ela seria desmentida. Quando houve o tristemente c?bre acidente a?o em Congonhas, a sensa? que se teve foi a de que n?t?amos presidente, pois os presidentes e chefes de governo em todo o mundo, diante de cat?rofes como aquela, costumam cumprir o seu dever moral e, mesmo correndo o risco de manifesta?s hostis, procuram pessoalmente as v?mas ou as pessoas ligadas a elas, para mostrar a solidariedade do pa? Reis e rainhas fazem isso, presidentes fazem isso, primeiras-damas fazem isso, premiers fazem isso. Ele n? Talvez tenha preferido beliscar-se para ver ser n?estava tendo um pesadelo. Mandou um assessor dizer umas palavrinhas de consolo e somente tr?dias depois se pronunciou a dist?ia sobre o problema. O Nordeste foi flagelado por inunda?s tr?cas, o Sul assolado por seca sem precedentes, o Rio acometido por uma epidemia de dengue, ele tamb?n?deu as caras. E recentemente, segundo li nos jornais, confidenciou a algu?que n?compareceria a um evento p?co do qual agora esqueci, por temer receber as mesmas vaias que marcaram sua presen?no Maracan? Portanto, como disse Pol?, personagem de Shakespeare, a respeito do pr?ipe Hamlet, h??do em sua loucura. N??aquelas populares, em que o padecente queima dinheiro (somente o nosso, mas a??vale) e comete outros atos que s? verdadeiro maluco cometeria. Ele construiu (enfatizo que ?penas uma hip?e, n?uma afirma?, porque n?sou psiquiatra e longe de mim recomendar a ele que procure um) um universo que n?pode ser afetado por cutucadas impertinentes da realidade. Not?a ruim n??om ele, que j?ornou c?bre sua inabal?l agnosia (n?sei de nada, n?ouvi nada, n?tive participa? nenhuma) quanto a fatos negativos. Tudo de bom tem a ver com ele, nada de ruim partilha da mesma condi?. Agora ele anuncia que, antes de deixar o mandato, vai registrar em cart? todas as suas realiza?s, para que se comprove no futuro que ele foi o maior presidente que j?ivemos ou podemos esperar ter. Claro que se elegeu, n?revolucionariamente, mas dentro dos limites da ordem (?) jur?ca vigente, com base numa s?e estonteante de promessas mentirosas e bravatas de todos os tipos. N?cumpriu as promessas, virou a casaca, alisou o cabelo, beijou a m?de quem antes julgava merecedor de cadeia e hoje ? presidente favorito dos americanos, chegando mesmo, como j?ontou, a acordar meio aborrecido e dar um esbregue em Bush. Cad?s famosas reformas, de que ouvimos falar desde que nascemos? Cad? partido que ia mudar nossos h?tos e pr?cas pol?cas para sempre? O que se v? o que vemos e testemunhamos, n?o que ele v?Mas ele acredita o contr?o. Acredita, inclusive, nas pesquisas que antigamente desdenhava, pois os resultados o desagradavam. Agora n? agora bota f? e certamente tem raz?- depois que comprou, de novo com o nosso dinheiro, uma massa extraordin?a de votos. N?creio que ele se julgue Deus ainda, mas j?eve ter como inevit?l a canoniza? e possivelmente n?se surpreender?se lhe contarem que, no interior do Nordeste, h?magens de S?Lula Presidente e que, para seguir velha tradi?, uma delas j?oi vista chorando. Milagre, milagre, principalmente porque ningu?vai ver o crocodilo por tr?da imagem