Tibiriçá Ramaglio

11/02/2009
Na Folha de S. Paulo de hoje, 11/02/09, um artigo intitulado Homens-bomba de batina, do jornalista Cl? Rossi, desenvolve um racioc?o falacioso que constitui um desrespeito ?ntelig?ia do leitor e, mais ainda, uma verdadeira afronta a qualquer moral, religiosa ou laica, de vez que a premissa do articulista implica a defesa do exterm?o de idosos com Alzheimer, dementes e qualquer pessoa com rebaixamento cr?o da consci?ia – ainda que ele mesmo n?tenha percebido essa implica? de seu arrazoado. Rossi principia apresentando a seguinte declara? de Beppino Englaro, o pai de Eluana Englaro, a mo?italiana que se encontrava em coma h?7 anos e morreu tr?dias ap?s m?cos deixarem de aliment?a: As pessoas vivas s?capazes de entender e decidir por elas pr?as. Baseado nessa afirma?, cuja veracidade e objetividade Rossi acredita ter uma nitidez que os melhores fil?os e te?os ter?dificuldade em acompanhar, o articulista decreta que Eluana n?era um ser vivo e que at?a a uma m?ina como pretendiam o Vaticano e o governo italiano seria desumano. Pois bem, se se toma essa defini? de Beppino Englaro ao p?a letra, de maneira t?n?da e perempt?, os idosos com Alzheimer, os dementes e qualquer pessoa com rebaixamento cr?o da consci?ia, para n?falar nas crian?, n?podem ser considerados seres vivos. A identifica? entre consci?ia e vida humana ?laramente reducionista e n?encontra fundamento na ci?ia m?ca.Trata-se de uma premissa evidentemente falsa, a menos que Rossi considere aconselh?l e humano o exterm?o dessas pessoas... Ora, partindo de uma premissa como essa, s? pode chegar a conclus?falsas e incorretas. Por? o articulista da Folha desafia toda l?a ao deduzir, a partir dessa premissa, que a atitude do Vaticano ?d?ica ?os homens-bomba, que se matam e matam quantos estejam a seu redor. Muito pelo contr?o, ao condenar o desligamento das m?inas que mantinha Eluana viva, o que o Vaticano visava era precisamente evitar uma morte. Isso ?ncontest?l. Para piorar, a partir da?numa atitude que tanto tem de anticlerical quanto de sensacionalista, Rossi mistura alhos com bugalhos e v?a revers?da excomunh?do bispo brit?co Richard Williamson o mesmo desrespeito ?ida por parte do Vaticano. A prop?o do caso de Richard Williamson, a pr?a Igreja j?e encarregou de deixar claro o que o papa Bento XVI pensa do Holocausto. Talvez devesse explicar melhor o significado de uma excomunh? para Rossi compreender que sua revers? no caso Williamsom, n?significa ratificar as id?s do bispo, mas, mal comparando, comutar uma pena de morte em pris?perp?a, ato perfeitamente compat?l com a caridade ensinada aos homens por Jesus Cristo. Contudo, evidentemente, Cl? Rossi n?est?nteressado em caridade. O que ele quer, nesse discurso que, subrepticiamente, se arvora em racional e progressista, ?tacar a o papa conservador e a Igreja, e concluir apressadamente que o catolicismo tamb?est?ujeito ao fundamentalismo. Ora, est?sim, como qualquer outra doutrina: se por fundamentalismo se entende o integrismo ea obedi?ia rigorosa e literal a um conjunto de princ?os b?cos, at? pensamento laico est?ujeito a ele. Os exemplos mais evidentes s?o fascismo e o socialismo – com o qual Cl? Rossi flerta. No varejo, a Igreja pode estar equivocada ao condernar o desligamento das m?inas que mantinham Eluana viva. Talvez se tratasse de um caso em que se buscava, de fato, evitar que sua vida biol?a se prolongasse indefinidamente, em estado vegetativo. No atacado, por? a Igreja est?erta, como se v?ela confus?que o pr?o Rossi faz entre consci?ia e vida, advogando inadvertidamente uma eutan?a desumana, que at?oje, historicamente, s?i posta em pr?ca na Alemanha nazista. http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

Desconhecido

11/02/2009
Lula vai visitar um hosp?o e ?ecepcionado por uma comiss?de pacientes que gritavam entusiasmados: - Viva o Lula! - Viva o Lula! - Viva o Lula! Ao ver um deles calado, um assessor do Lula perguntou: - E voc?por que n?est?ritando: Viva o Lula? - - Eu n?sou louco, sou o m?co!

Cláudio De Cicco

11/02/2009
Tenho lido na imprensa que repercutiu mal no Vaticano a decis?do Presidente norte-americano Barack Obama de rever a pol?ca anti-aborto dos governos anteriores, tirando qualquer impedimento legal para o uso de recursos federais norte-americanos para a promo? do aborto no mundo. ?de conhecimento geral que a elei? de Barack Obama para presidente dos Estados Unidos da Am?ca foi saudada dentro e fora daquele pa?como o in?o de uma Nova Era de compreens?e paz para o mundo. Confesso ter compartilhado de uma certa emo? por ver um afrodescendente chegar ?uprema magistratura de um pa?conhecido no passado como racista. Tamb?achei simp?co da parte dele convidar para Secret?a de Estado sua contendora Hillary Clinton. Mas no seu discurso de posse ele proclamou: A sociedade muda, os Estados Unidos tem que mudar com ela. S?ora entendi o sentido da frase barackiana: quando a sociedade muda, ?reciso mudar sempre. Ser?E se mudar para pior? Obama representaria a mudan?sem estar preso a nenhum valor, pois um dos seus atos inaugurais de governo foi revogar o impedimento legal para o financiamento de campanhas abortistas fora dos Estados Unidos, o que vinha sendo reiteradamente reafirmado pelos governos republicanos. Ora, ?o m?mo falta de coer?ia fechar Guantanamo, por motivo humanit?os e depois liberar verbas para o financiamento de massacres de inocentes. Afinal, nisto os dois Bush, Ronald Reagan e demais republicanos estavam certos. Muitos dir?que isto j?ra esperado, pois Barack Obama nunca escondeu ser abortista. Mas cabe ent?ponderar se isto foi enfatizado suficientemente por ele em sua h?l campanha, em que os holofotes estavam mais centrados sobre a crise econ?a e sobre a situa? no Iraque. Seria o caso de supor que os eleitores esqueceram esta quest? Ali? o que n?faltou nesta campanha foi emocionalismo, envolvendo o Dream de Martin Luther King, o sorriso aberto de Obama e um apoio total da m?a americana e mundial pr?rack. Por acaso, gravei um dos debates entre John McCain e Obama, em que o simp?co senador por Illinois n?respondia a nenhuma das contundentes perguntas de seu rival. Sa?pela tangente e mudava de assunto. No entanto, no dia seguinte a imprensa inteira noticiava a Vit? de Obama no debate! Foi mais incr?l ainda o que a m?a americana e internacional fez para boicotar a candidata a vice de Mc Cain, Sarah Palin. Num primeiro momento, sua entrada em li?parecia um golpe na campanha at?nt?tranquila de Obama. A escolha da governadora do Alaska, Sarah Palin, para vice de John McCain, com uma revers?das inten?s de voto nas pesquisas, lembrava a for?da opini?p?ca americana, baseada em princ?os morais e religiosos. A candidata era conhecida porque recusou abortar o ?mo dos filhos, mesmo sabendo que nasceria com a s?rome de Down. Mas havia algo “imperdo?l” para certos formadores ou deformadores da opini?p?ca: opunha-se ao aborto em todos os casos; era contra o “casamento” homossexual; era grande defensora de pol?cas pr?m?a; era a favor da abstin?ia sexual antes do matrim?; defendia o ensino do criacionismo nas escolas. Foi logo taxada de fundamentalista. Quer dizer, ficou bastante patente para que lado tendiam as simpatias dos magnatas da m?a. E isto, a meu ver, teve enorme peso nas elei?s que deram a vit? ao abortista Barack Obama. Mas, algum leitor poder?omentar: o senhor est?upondo que o povo norte-americano ?omposto de d?is mentais, incapazes de discernir e que foram conduzidos pela imprensa falada e escrita para uma dire? que eles n?queriam. N??postar demais na ingenuidade dos americanos? Respondo dizendo que, se estou enganado, ent?devo concluir que o povo est?um processo de decad?ia moral, abandonando os princ?os morais que fundaram a na?. E nesse caso, cada povo tem o governo que merece. Mas isso n? d? Obama o direito de supor o mesmo sobre outras na?s em que uma imensa maioria ?ontr?a a qualquer viola? da vida, como ? massacre de crian?, conhecido com o nome de aborto. Isso n?autoriza a querer reviver o antigo imperialismo norte-americano, agora sem a justificativa do combate contra o nazismo e o comunismo, mas para ajudar a matar inocentes. No entanto, Barack Obama invocou a ben? de Deus sobre os Estados Unidos, no seu discurso como candidato vitorioso. Por que ent? logo em seguida, feriu gravemente a vontade divina, patrocinando o aborto? Mau sinal. A menos que retroaja, o novo presidente americano corre o grave risco de passar para a Hist? como o presidente que come? uma “Nova Era” de desgra? para o povo yankee e para o mundo. Deus tal n?permita. * Professor de Teoria Geral do Estado na PUC-SP e livre docente em Filosofia do Direito pela USP. ?autor do livro “Hist? do Pensamento Jur?co”, S?Paulo, Ed. Saraiva, 2009, 4ª Ed.

Carlos Chagas

11/02/2009
BRAS?IA – Mais passa o tempo, mais se consolida a evid?ia de que nada de novo existe sob o sol. Falamos da ?ma pesquisa da CNT-Sensus. A popularidade do presidente Lula continua em alta: agora, disp?e 84%, maior que a aceita? de seu governo, em 72,5%. Mesmo assim, Jos?erra lidera os percentuais para presidente da Rep?ca, com 42,8%. Importa menos que tenham ca? dois pontos, dada sua vantagem sobre os demais concorrentes. Dilma Rousseff quebrou a barreira de um d?to, est?om 13,5%, quer dizer, a diferen?entre ela e o governador de S?Paulo permanece t?grande que apenas um milagre abriria perspectivas reais para sua candidatura. Ent?.. Ent? partindo-se da premissa de que os companheiros e penduricalhos far?tudo para n?entregar o Pa?aos tucanos, prevalece o que vimos alertando faz dois anos: s?Lula bater? Serra. medida que os meses deste ano crucial se escoarem, permanecendo os n?os conforme a natureza das coisas, e apesar das sucessivas declara?s do presidente Lula de n?aceitar o terceiro mandato, logo se tornar?mposs?l aos detentores do poder conter o grito que escondem na garganta. Bem antes que o Natal se aproxime a palavra de ordem ser?FICA!” Importa menos verificar tratar-se de um golpe de estado em gesta? adiantada, de um casu?o abomin?l, t?parecido com outros j?contecidos em nossa cr?a pol?ca. Infelizmente, ?ssim que as coisas funcionam entre n?Da prorroga? do pr?o mandato pelo marechal Castelo Branco ao aumento progressivo dos per?os presidenciais que com Costa e Silva e M?ci ficaram em quatro anos, com Ernesto Geisel, cinco, e com Jo?Figueiredo, seis, quem protestou? Desembocamos no crime perpetrado por Fernando Henrique contra as institui?s democr?cas, pois eleito para um mandato, arrancou do Congresso a reelei? para outro, no exerc?o do cargo. Valeu-se Luis In?o da Silva da mesma prerrogativa e, agora, dever?ecidir no tempo oportuno: entrega o pal?o do Planalto a Jos?erra, ant?se de seus programas e concep?s de governo, ou cede ao imp?o das circunst?ias? Quem quiser que duvide, a come? pelo pr?o Lula, mas ?ssim que o processo pol?co brasileiro funciona. Com crise ou sem crise, o PT e aliados n?entregar?o ouro ao bandido, encontrando todo tipo de argumentos para a viabiliza? do terceiro mandato. Ou v?para o sacrif?o, com Dilma Rousseff?

O Tempo - Vittório Medioli

10/02/2009
Uma escolha inevit?l Lula prepara sua candidatura a presidente da Internacional Socialista, meca dos movimentos socialistas. Ao sair do Planalto, essa presid?ia conferir? Lula o status de papa socialista, colocando-o em evid?ia e, de certa forma, ao reparo de ataques rasteiros que enfrenta um ex-presidente qualquer. O PT, que vive diuturnamente imerso em assuntos de poder e pol?ca, passaria a ter (com ele no v?ice da Internacional) uma consagra? sem fronteiras e um eficaz rem?o para tratar das sequelas do mensal?e outros esc?alos ainda n?resolvidos. Bem por isso, as rela?s, cada vez mais intensas, apesar de aparentemente est?is, com os presidentes bolivarianos e socialistas da Am?ca Latina aproximam Lula da presid?ia da prestigiosa entidade. Quem cuida da empreitada socialista ?elipe Belis?o Wermus, codinome Luis Favre, marido franco-argentino de Marta Suplicy, antigo assessor do ex-primeiro-ministro franc?Leonel Jospin, e, ainda amigo do atual presidente dos PSF, Fran?s Hollande. Chegar ?resid?ia da Internacional passa pelos socialistas franceses, talvez os mais ortodoxos e radicais, apesar de artificiais e pouco pragm?cos, da Europa. Favre conhece de perto o ambiente parisiense e a nata socialista desde a d?da de 90 quando se casou com a fervorosa petista Mar?a Andrade (herdeira da Andrade Gutierrez). O casal instalado num fabuloso apartamento em Paris era anfitri?de intelectuais, artistas, escritores e figuras socialistas do mundo inteiro. Hospedaram sob seu teto a pr?a Lurian, filha mais velha de Lula, que trataram com grande aten?, proporcionando-lhe estudos, amparo e cirurgias pl?icas. Precisa lembrar dessa ?ca para entender o caso Cesare Battisti. O affair que abala as rela?s diplom?cas com a It?a tem tudo a ver com Felipe Belis?o, mais que com a primeira dama francesa Carla Bruni Sarkozy, como divulgam desinformados colunistas brasileiros. As filigranas dos epis?s atestam a a? de Favre desde o dia da pris?do terrorista italiano, interceptado pela PF no cal??de Copacabana ao t?ino de uma a? conduzida pelos Servi? de Intelig?ia da Fran?(sob influ?ia de Sarkozy). Naquele dia, quem conduziu a PF at?attisti foi uma mulher de 55 anos, francesa, que desembarcou poucas horas antes no Rio proveniente de Paris, trazendo consigo 9.400 euros. Ela tentou esconder sua identidade se registrando com o nome de solteira, Lucie Genevieve Old? Detida em Copacabana, em pleno cal?? foi interrogada e liberada de imediato pela PF quando o normal teria sido ficar presa dias, inocente ou culpada que fosse. Na libera? a jato, pesou algo poderoso: a interfer?ia de Favre junto ao Minist?o da Justi? Assim, Lucie Old?se refugiou na resid?ia carioca da escritora francesa Fred Vargas, hoje l?r do Comit?e apoio a Battisti, e ainda a escritora que assina o pref?o do ?mo romance policial do italiano (Ma Cavale). Old? na realidade, ?onhecida como Lucie Abadia, que, botando de novo os p?na Fran? declarou ao Le Figar?o conhecer Battisti e nunca ter falado com ele. O jornal nota que Abadia mente. Mostra os la? estreitos entre ela, presidente de uma Associa? de escritores Noires de Pau (estilo policial praticado por Battisti e Fred Vargas) e o terrorista italiano. No site Noires de Pau, mantido pela Abadia, o italiano ?ratado com venera? entre devaneios radicais que chegam a lamentar at? queda do Muro de Berlim (!). Precisa lembrar que Favre, em Paris, foi dirigente da Quarta Internacional (fundada por Leon Trotsky em 1938) cuja miss?era editar livros e op?los de inspira? socialista e subversiva. Agora, dar ref? e passaporte brasileiro a Cesare Battisti, para o presidente Lula (que ambiciona a presid?ia da Internacional Socialista) ?ma decis?obrigat? e inevit?l. Sem esse gesto, perderia a possibilidade de chegar a presidir a Internacional Socialista; com ele, na pr?ca, garantiu o cargo. Favre reafirma sua fama de bem-sucedido condutor de estrat?as. Mais uma vez a dele prevaleceu sobre qualquer outra. E-mail: vittorio.medioli@otempo..com.br

Stefano Silveira

10/02/2009
Sentindo os reflexos do desaquecimento global, a taxa de c?io brasileira encerrou o ano de 2008 em alta, com o d? valendo cerca de R$ 2,33. Mesmo assim, a desvaloriza? do Real n?foi suficiente para evitar que no primeiro m?de 2009, a balan?comercial brasileira apresentasse um saldo negativo de US$ 518 milh? algo que n?ocorria desde mar?de 2001, quando apresentou um d?ct de US$ 281 milh? Por?o motivo desta ocorr?ia n?foi o aumento das importa?s, pois as mesmas at?airam na compara? entre janeiro e o m?anterior (US$ 10,306 bilh?ante US$ 11,517 bilh?de dezembro de 2008 – queda de 10,51%), mas sim a diminui? das exporta?s (US$ 13,818 bilh?em dezembro contra US$ 9,788 bilh?em janeiro – queda de 29,16%). A redu? da taxa Selic na ?ma reuni?do Copom, quando a mesma caiu um ponto percentual e passou a valer 12,75% ao ano, tamb?n?remeteu ?evers?de tal quadro, devendo a ind?ia nacional no primeiro trimestre deste ano – a exemplo do ?mo trimestre de 2008, quando apresentou queda de 19,8% na compara? aos ?mos tr?meses de 2007 – continuar apresentando resultados desalentadores. Os n?os integralizados de dezembro, do setor secund?o brasileiro, apresentaram redu? em 12 das 14 regi?pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?ica (IBGE), com o ?ice nacional ficando em torno de -12,4%, transformando o referido ?ice no pior resultado mensal desde 1991, em plena vig?ia do Plano Collor. Na compara? com novembro, as retra?s foram registradas em Minas Gerais (-16,4%), na Bahia (-15,6%), em S?Paulo (-14,9%), no Paran?-11,3%), no Rio Grande do Sul (-10,0%), na regi?Nordeste (-8,9%), no Rio de Janeiro (-8,2%), no Esp?to Santo (-7,9%), em Santa Catarina (-7,5%), no Par?-6,7%), em Pernambuco (-5,7%) e no Cear?-4,1%). Somente no Amazonas (+0,9%) e em Goi?(+0,4%) foram verificadas altas na produ? industrial. Na rela? com dezembro de 2007, os n?os foram piores ainda, com retra? de 14,5%. Excetuando Goi? com aumento de 1,1%, todas as demais regi?apresentaram queda, com destaque ao Esp?to Santo (-29,6%), ?inas Gerais (-27,1%) e ao Rio Grande do Sul (-15,5%). No confronto entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado, n?houve um resultado positivo qualquer em todas as regi?avaliadas. Os piores ?ices foram observados no Esp?to Santo (-21,7%), em Minas Gerais (-16,2%) e no Rio Grande do Sul (-10,3%). Se a leitura for remetida aos ?mos trimestres de 2007 e 2008, tr?estados apresentam ?ices positivos: Par?1,6%), Goi?(1,4%) e Paran?1,0%), enquanto a regi?Sudeste registrou queda substancial em tr?dos quatro estados: Esp?to Santo (-9,2%), Minas Gerais (-5,0%) e S?Paulo (-3,4%). Os n?os do sudeste do Pa?podem ser atribu?s ao fato da cadeia automotiva e de segmentos oriundos de commodities – como o min?o de ferro e a?– estarem entre as principais atividades industriais da regi? Mesmo que a maioria dos ?ices do setor secund?o brasileiro tenham apresentando queda no ?mo trimestre do ano passado, todas as regi?– exceto Santa Catarina, que devido aos impactos clim?cos que sofreu, fechou o exerc?o anual em baixa de 0,7% – apresentaram crescimento em 2008. Os mais fortes foram registrados no Paran?+8,6%), em Goi?(+8,5%), no Esp?to Santo e no Par?+5,6% em cada estado) e em S?Paulo (+5,3%), enquanto a m?a nacional foi de 3,1%. Dessa forma, o Rio Grande do Sul, com aumento de 2,5%, fixou-se abaixo do crescimento m?o brasileiro. Os n?os da ind?ia nacional apresentados neste estudo alcan? todo o ano passado. Com os recuos de 19,8% na compara? entre os ?mos trimestres de 2007 e 2008 e de 12,4% de dezembro ante novembro do ano passado – que remetaram a uma queda no n?l de emprego de 1,8% no mesmo per?o – mais que um crescimento sazonal, os produtores industriais esperam um maior incentivo governamental. Um bom exemplo ? publicado recentemente no Di?o Oficial da Uni?(DOU), que zerou a al?ota do Imposto de Renda com despesas com pesquisas de mercado, alugu? e arrendamentos de estandes e locais para exposi?s ou feiras, no exterior, abrangendo ainda promo?s e propagandas desses eventos, bem como a divulga? de destinos tur?icos brasileiros. Todavia, tais medidas, embora v?das, s?ainda incipientes, necessitando serem seguidas pela amplia? da infraestrutura (via acelera? das obras do PAC) e pela gera? de pol?cas desenvolvimentistas mais abrangentes, com uma maior abertura de linhas de cr?to, para compensar o fechamento do financiamento internacional, devido a crise econ?a vigente. Al?disso, o Pa?necessita aumentar o quanto antes sua participa? no com?io global, mesmo diante de um cen?o recessivo, aproveitando a t?da recupera? das commodities agr?las. ?preciso que o Brasil recupere o super?t comercial, baixe a taxa de juros, o spread banc?o e ao mesmo tempo consiga crescer de forma sustent?l. Este ? desafio atual. * Economista

Paulo Ricardo Cauduro de Oliveira

09/02/2009
Na?s do Terceiro Mundo como a nossa existem ?d?s. O Paquist??ma, a Indon?a ?utra, a Birm?a ?ais outra. Tem outras ainda, mas s?menos interessantes. Todas padecem de males parecidos com o nosso: desemprego, infra-estrutura deficiente, baixos ?ices de escolariza?, distribui? de renda prec?a etc., etc. O Brasil - em que pese o fato de haver aqui nascido o Criador - Deus ?rasileiro! - n??m caso ?o no mundo. ?ica no mundo ?ossa sempiterna tenta? de querer que os outros fa? o trabalho que nos compete. Se a coisa vai mal intra muros, a culpa s?de ser dos americanos. Se nosso sistema p?co de ensino ?noperante, a culpa s?de ser de quem nos USA. Se o pre?das commodities cai nos mercados internacionais ... bem, s?de ser por culpa dos americanos. Ah, esses americanos ... Nosso povo se esquece de que j?escobrimos, h?uito tempo, a receita para ficar no eterno subdesenvolvimento. Para isso fomos ing?os - no sentido de inventores, pioneiros, descobridores, inovadores - na descoberta da f?la que nos permitir?travessar gera?s sempre com os mesmos problemas e sempre sem nenhuma das solu?s. Tivemos uma ajudinha, talvez, do Per?ou, nos dias que hoje correm, do compa? Hugo Ch?z. ?de estadistas como eles que nos veio tamb?a ideologia. Como n?nos apetece fazer o trabalho que caberia a n?convidamos - aos solu? - a interven? da autoridade governamental, para que, em substitui? a n?fa?tudo aquilo que dev?os ter feito e nunca fizemos. O que ficamos devendo. Nossas defici?ias e frustra?s. Apercebendo-se disso, uma pequena s? de espertalh?toma nossos sentidos rogos e faz deles uma bandeira pol?ca, prometendo que agora as coisas v?mudar, ou J?o vem a?ou ainda este ?m governo que n?r?(sic) nem deixa robar (sic), como afirmou emocionado o companheiro Z?irceu em memor?l manifesta?. O fato ?ue, por nossa f?la infal?l, um governo cheio das mais nobres inten?s se instala no poder, jurando dar ao povo tudo aquilo que lhe falta. Sem fazer muitas perguntas, abre os cofres da na? e passa a distribuir caramingu?a torto e a direito e, quando o er?o se esvazia, lan?novos impostos para continuar a gastan?ou emite pap?, isto ?come?a tomar emprestado para continuar com o farrancho. (Lu?XVI, aquele cliente do Dr. Guillotin, tamb?fez isso. Foi bom enquanto durou). Com a press?formid?l dos pap? do governo sobre or?ento p?co e privado, a ?a solu? para tornar aquela massa de d?da atraente - e compensar a infla? e a desvaloriza? cambial da moeda brasileira da?ecorrente - ?elevar a taxa de juros. Sim porque, com toda essa fortuna desperdi?a diariamente pela autoridade p?ca federal, a moeda sofre, perdendo todos os dias sempre um pouquinho de seu valor. A contrata? de milhares de funcion?os, a corrup? desmedida, a abertura de novos gabinetes para os membros do Poder Legislativo federal, o alto custo previdenci?o do trabalho, as elevadas indeniza?s conferidas aos inimigos do regime militar, a tenta? de ser um pai-dos-pobres redivivo tamb?s?coisinhas que d?sua contribui? para empurrar as finan? p?cas nacionais sempre em dire? ao abismo. Como n?gostamos muito de despenhadeiros - salvo os francamente suicidas, que s?poucos - damos um jeitinho para ficarmos o mais poss?l a algumas polegadas da beira (very close to the edge), mas sem nos estatelarmos no perau l?mbaixo. ?a m?ca operada - muitas vezes a contragosto - pelo Banco Central do Brasil e que aparece, vez por outra, na sempiterna e t?esperada Ata do COPOM: a eleva? da taxa de juros. Temos a mais alta taxa de juros do mundo. Ela sufoca nossa produ? e nosso consumo. Ela machuca nosso n?l de emprego. Ela encarece os produtos brasileiros. Ela impede que o pov?tenha acesso ?coisas de que necessita. Ela sobrevaloriza indevidamente a moeda brasileira, dificultando nossas exporta?s. Ela distorce a matriz dos capitais internacionais que aqui aportam, conduzindo-os inevitavelmente ?specula?. Ela favorece a arbitrage e a bicicleta. Ela paralisa o Brasil. E queremos que ela continue assim. Com esse patamar elevad?imo dos juros mantemos a produ? artificialmente deprimida, deixamos de gerar riqueza, emprego e renda e deixamos tamb?de atender a um gigantesco p?co consumidor, principalmente o z?ovinho que muito teria a acrescentar a seus mis?imos haveres se ao menos lhe fosse dada essa chance. O pre?dos produtos - que embute essa imensa despesa financeira nos contratos de credi?o - tamb?sobe o tempo todo e o n?o de consumidores se mant?(de maneira artificial) sempre aqu?do patamar que poder?os facilmente alcan?. E havendo miser?is, carentes e necessitados, nossos rogos para uma constante interven? - gastadora - do governo permanece, cresce e se agiganta, levando a uma necessidade permanente de novas verbas e, com isso, reiniciando todo o famigerado ciclo outra vez. Voil?A?st?osso truque por detr?das cortinas. ?assim que ficamos em recess?permanente. N?porque um Banco Central cruel, desalmado e neoliberal s?nsa em enriquecer banqueiro, ou porque tem muita gente se aproveitando disso a?N? N??sso. Longe disso. ?porque um governo demag?o e populista - presuntivamente amigo do povo (talvez como o r?do Marat) - s?er saber de taxar, arrecadar e gastar, endividando-se at? colarinho, e seguir vida afora com essa gastan?desenfreada e in? como se o amanh??existisse. Se ainda estamos vivos e comendo, apesar de todos os pesares, foi porque, mais ou menos como tudo que ?eito no Brasil, o plano saiu faiado. N?alcan? seu final desiderato. N?riscou o Brasil do mapa. N?nos atirou na fossa negra da inadimpl?ia internacional. Foi essa incompet?ia - t?brasileira - na execu? da coisa toda que, afinal, nos salvou. Havia inimigos infiltrados em nossas trincheiras que deitaram a perder a empreitada. Nossos empres?os obstinados e recalcitrantes, deslembrados de tudo isso, continuaram teimosamente produzindo e empregando, pagando juros e impostos insuport?is, sem se importar com o fato de trabalharem 40% do tempo s?ra sustentar a roda da fortuna das taxas de juro, encargos e contribui?s, que s?zem reduzir-lhes a capacidade de investimento, sucesso e expans? Foram eles a constante cosmol?a que derrubou nossa equa?. O giro copernicano. Entrementes, Paquist? Birm?a e Indon?a comemoram nossa perman?ia em seu clube de esfrangalhados. V?at?os oferecer um cafezinho e nos dar uma rosa vermelha, com uma plaquinha de prata de presente. Comemorativa de nossos esfor?. Homenagem ?ecess?garantida pelas d?das que vir? E, como eu sou barriga fria, vou contar um segredinho que circulou por a?se continuarmos assim nos pr?os cinq?a anos, eles prometem nos jubilar e a??vamos pagar nem a mensalidade. N?? m?mo? Ser s? do clube dos falidos de graciol? Coisa de louco! D?ontade de cantar de peito inflado: “Dos filhos deste solo ?m?gentil” O clube da incompet?ia vai afinal ter seu s? remido. Vital?o. Recessivo por natureza e atrasado por decis? Imp?do. Soberano. Imponente.

Carlos Alberto Di Franco

09/02/2009
Em recente entrevista ?evista ?oca, o senador Dem?nes Torres (DEM-GO) teve a coragem de romper o mon?o politicamente correto que tem dominado a tramita? do projeto de lei que cria cotas para negros e ?ios nas universidades federais. Segundo o senador goiano, esse ?m projeto com grande potencial de dividir a sociedade brasileira. A partir do momento em que n?ogarmos uns contra os outros e passarmos a rotular aqueles que ter?mais direito a frequentar uma universidade p?ca por causa de ra? n?amos deixar de ser brasileiros. Seremos negros, pardos, brancos, mamelucos, bugres, mas n?seremos mais brasileiros. O tema ?ol?co. Deve, portanto, ser discutido com profundidade e respeito ?iversidade de opini? N?? que tem acontecido. O patrulhamento ?anto que muito parlamentar tem medo de arranhar a pr?a imagem, sublinha Torres. Muitos t?medo de aparecer em p?co contra o movimento negro e ser tachados de racistas, embora n?sejam. Est?urgindo, de forma acelerada, uma nova democracia totalit?a e ditatorial, que pretende espoliar milh?de cidad? do direito fundamental de opinar, elemento essencial da democracia. Se a ditadura politicamente correta constrange senadores da Rep?ca, n?pode, por ?o, acuar jornalistas e reda?s. O primeiro mandamento do jornalismo de qualidade ? independ?ia. N?podemos sucumbir ?press?dos lobbies direitistas, esquerdistas, homossexuais ou raciais. O Brasil eliminou a censura. E s? um desvio pior que o controle governamental da informa?: a autocensura. Para o jornalismo n?h?etos, tabus e proibi?s. Informar ?m dever ?co. N?Somos Racistas: uma rea? aos que querem nos transformar numa na? bicolor (Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 2006) ? t?lo de um livro do jornalista Ali Kamel. A obra, s?a e bem documentada, ilumina o debate. Mostra o outro lado da discuss?sobre as pol?cas compensat?s ou a?s afirmativas para remir a pobreza que, supostamente, castiga a popula? negra. Kamel, diretor-executivo de Jornalismo da Rede Globo de Televis?e ex-aluno do Instituto de Filosofia e Ci?ias Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ?ma alma de rep?r. Por isso, questiona pretensas unanimidades. Fustigado pela sua intui? jornal?ica, flagrou um denominador comum nos diversos projetos instituindo cotas raciais: a divis?do Brasil em duas cores, os brancos e os n?brancos, com os n?brancos sendo considerados todos negros. A miscigena?, riqueza maior da nossa cultura, evaporou nos rarefeitos laborat?s dos legisladores. Certo dia, comenta Kamel, caiu a ficha: para as estat?icas, negros eram todos aqueles que n?eram brancos. (....) Pior: uma na? de brancos e negros onde os brancos oprimem os negros. Outro susto: aquele pa?n?era o meu. Do espanto nasceu a reflex? O desvio come?na d?da de 1950, pela a? da escola de Florestan Fernandes, da qual participava Fernando Henrique Cardoso. Para o autor, FHC presidente foi sempre seguidor do jovem soci?o Fernando Henrique. Convencido de que a raz?da desigualdade ? racismo dos brancos, FHC foi, de fato, o grande mentor das pol?cas de prefer?ia racial. Lula, com sua obsess?populista, embarcou com tudo na canoa das cotas raciais. O Brasil, como todos vivenciamos, nunca foi um pa?racista. Tem, infelizmente, pessoas racistas. A cultura nacional, no entanto, sempre foi uma ode ?iscigena?. As pol?cas compensat?s, certamente movidas pela melhor das inten?s, produzir?um efeito perverso: despertar?o ? racial e n?conseguir?cauterizar a ferida da desigualdade. Esgrimindo argumentos convincentes, o jornalista mostra que os desn?is salariais entre brancos e negros n?t?fundamento racista: ganham menos sempre os que t?menos escolaridade. Os mecanismos sociais de exclus?t?como v?mas os pobres, sejam brancos, negros, pardos, amarelos ou ?ios. E o principal mecanismo de reprodu? da pobreza ? educa? p?ca de baixa qualidade. S?vestimentos maci? em educa? podem erradicar a pobreza. ?preciso fugir da miragem do assistencialismo. Tire o dinheiro do programa social e o pobre voltar? ser pobre, caso tenha sa? da pobreza gra? ao assistencialismo. E o pior: num pa?pobre como o nosso, cada centavo que deixa de ir para a educa? contribui para a manuten? dos pobres na vida tr?ca que levam, adverte o autor. Numa primeira reflex? nada mais justo do que dar aos negros a oportunidade de ingressar num curso superior. Mas, quando examinamos o tema com profundidade, vemos que n?se trata de uma provid?ia t?justa quanto parece. Ao tentar corrigir a injusti?que, historicamente, marcou milh?de brasileiros, cria-se um universit?o de segunda classe, que n?ter?hegado ?niversidade por seus m?tos. Ademais, ao privilegiar etnias, a lei discrimina outros jovens brasileiros pobres que n?se enquadram no perfil racial artificialmente desenhado pelo legislador. Oculta-se a verdadeira raiz da injusti? a baix?ima qualidade do ensino. Os negros brasileiros n?precisam de favor. Precisam apenas de ter acesso a um ensino b?co de qualidade, que lhes permita disputar de igual para igual com gente de toda cor. Imp?e um debate mais s?o. Uma discuss?livre das ataduras do patrulhamento ideol?o. Afinal, caro leitor, o que est?m jogo ? pr?a identidade cultural do nosso pa? * Diretor do Master em Jornalismo (www.masteremjornalismo.org.br), professor de ?ica e doutor em Comunica? pela Universidade de Navarra, ?iretor da Di Franco - Consultoria em Estrat?a de M?a (www.consultoradifranco.com) E-mail: difranco@iics.org.br

Juan López Linares

09/02/2009
Um blog incomum porque o criador est?adicado no Brasil, mas sua fam?a vive em Cuba, inclusive um filho com 10 anos que ele ainda n?pode conhecer...