Ubiratan Iorio

19/02/2009
O jornal O Globo de hoje publica entrevista do general venezuelano da reserva Alberto M?r Rojas, ex-professor de Hugo Ch?z (o que j?arece qualific?o como uma anta), vice-presidente do partido do buf?que governa a Venezuela e um de seus principais assessores. S? uma palavra para descrever o populismo revelado pelo referido senhor na entrevista feita por Jana? Figueiredo: estupefaciente! E nos dois sentidos que os dicion?os registram: por causar estupefa? - tamanhas s?as bobagens que profere - e por ser uma verdadeira droga, t?a, com a? analg?ca e efeito ps?ico tido como agrad?l pelos que, afetados pelo fantasma da ignor?ia, deixam-se contaminar pelo populismo mais barato. Vou ficar com apenas tr?das in?as sandices eivadas de cacoetes ideol?os: na primeira, o s?o da Aracanga de Miraflores (a aracanga ?ma arara-vermelha que adora fazer barulho) minimiza os efeitos perversos da infla? - que estava recentemente em 32% ao ano em seu pa?e que j?aminha celeremente para superar a barreira dos 40% anuais – afirmando que ela s?ejudica a classe m?a, quando se sabe que os mais prejudicados por ela s?os pobres, ou seja, os que vivem exclusivamente de rendas contratuais (sal?os) ou est?desempregados, que s?tamb?os que mais est?sofrendo com o desabastecimento geral provocado pelos controles bolivarianos de pre?; na segunda, afirma que a classe m?a come demais (!) e que consome muitos produtos “sup?luos”, chegando a afirmar que tais produtos seriam nocivos ?a?(ser?ue ele n?os consome?), ap? que coloca que um dos objetivos da Revolu? Bolivariana ?ue todos perten? a uma “grande classe m?a”; e na terceira – enumerar as demais me levaria a perder definitivamente a paci?ia - declara que o governo de Ch?z ?uito eficiente, apesar de reconhecer a inefic?a da burocracia (como se fosse poss?l existir efic?a na burocracia de um pa?em que o Estado toma conta da vida de todos). A Am?ca Latina est?oente. O populismo parece grassar em quase todos os cantos: a Aracanga em Caracas, Morales em La Paz, Correa em Quito, Lugo em Assun?, Cristina em Buenos Aires e Lula aqui no Brasil com declara?s di?as n?menos estupefacientes e o seu populismo tupiniquim, o Bolsa Fam?a, uma extraordin?a usina geradora de votos, constru? com recursos dos depauperados contribuintes. At?aneiro deste ano, a culpa, para os populistas que infestam a nossa regi? era do Bush. Em quem colocar?a culpa quando suas pol?cas irrespons?is empobrecerem ainda mais os seus pa?s? Ch?z, certamente, dir?ue o bode expiat? ? queda do pre?do petr?, mas e os outros? God save South America!

Míriam Leitão e Leonardo Zanelli

19/02/2009
Coluna Panorama Econ?o Se o PAC fosse o que dizem o que o PAC ?o pa?n?estaria neste ambiente recessivo. Simples como isso. Se houvesse investimentos criando uma demanda da ordem de R$ 646 bilh?em dois anos, n?haveria desacelera?. Se apenas 2% das obras estivessem atrasadas, o pa?estaria andando. O governo est?azendo propaganda extempor?a e usando o Ex?ito em frentes de obra. O truque para o gordo n?o que o governo apresentou foi somar inten?s de investimentos privados, que podem nem ser feitos, planos de estatais engordados por raz?pol?cas, com investimento p?co que pode ou n?ser feito. Depois, colocar tudo num mesmo embrulho e mostrar como obra do governo. Tudo ?AC, at? que ?eito pelos estados com dinheiro dos estados. A entrevista de ontem foi para escalar o n?o, levando-o dos iniciais R$ 503 bilh?para R$ 646 bilh?os recursos do programa at?010. Tirando toda a fuma? o governo, nos ?mos dois anos, se comprometeu a investir no PAC, com recursos do or?ento, segundo o balan?do site Contas Abertas, R$ 35 bilh? executou despesas de R$ 22 bilh? pagou no exerc?o efetivo apenas R$ 8,5 bilh? Se somar o que pagou do que ficou pendurado de anos anteriores, no chamado restos a pagar, foram R$ 18,7 bilh? O setor p?co no Brasil investe pouco historicamente. Veja na tabela preparada pelo economista F?o Giambiagi, com dados do Tesouro Nacional, que o investimento tem se mantido um pouco abaixo ou um pouco acima de 1% do PIB ao ano. O fundo do po?dessa s?e foi em 2003, quando chegou a 0,5%. Uma reuni?de presta? de contas seria bem vinda. Se fosse de fato uma presta? de contas com transpar?ia, mostrando onde est?avendo problemas, que tipo de problemas e como devem ser removidos. Mas foi mais uma cena fantasiosa de apresenta? de um n?o inflado para que, ao fim, se desse o recado eleitoreiro. O governo quer um candidato que queira a continuidade do PAC. Isso ?ropaganda fora de hora e no mesmo tom do que foi feito pelo governo durante a campanha municipal: vinculando-se projetos desejados pela popula? com o voto em determinado candidato. V?os projetos do PAC est?sendo tocados pelo Ex?ito, como a transposi? do Rio S?Francisco e as obras na BR-101 e na BR-319. O Ex?ito ?sado como empresa de obras, e para criar fato consumado e, assim, dissuadir os opositores do projeto. Em outros casos, a incapacidade gerencial ?scondida pela acusa? de que o meio ambiente ?ue impede a obra. Em v?os pa?s, as obras para retomada do n?l de atividade est?sendo usadas como parte do projeto de transi? para uma economia de baixo carbono. Os projetos do PAC, com dinheiro p?co, licenciados ou patrocinados pelo estado, s?feitos como se a quest?ambiental e clim?ca fosse uma abstra?. A vari?l n??evada em conta, apesar de ser tratada com cada vez mais seriedade no mundo inteiro. Esse descuido explica o fato de o governo prever no seu plano decenal energ?co 67 termel?icas. ?tamb?pelo mesmo descuido com o futuro clim?co que o governo trata com tanto descaso as propostas alternativas para a BR-319, estrada que liga Manaus a Porto Velho. A obra, se for conclu?, levar? desmatamento para o cora? do estado mais preservado do pa? o Amazonas. O governo faz projetos que criam enormes riscos ambientais e depois culpa o meio ambiente de impedir a acelera? do crescimento. N??egredo para ningu?que a BR-319 ? alavanca na qual o ministro Alfredo Nascimento espera se projetar na candidatura ao governo do estado. O PAC n?tem o tamanho que dizem, a maior parte do n?o ?uma? E no que tem de verdadeiro ele ?em muitos casos, uma amea? por ser planejado e executado com uma vis?retr?da. Parte do espet?lo do crescimento do PAC anunciado ontem ? inflado plano de investimento da Petrobras. O pre?do petr? despencou, a demanda caiu, as empresas est?descapitalizadas, a Petrobras tem que pegar dinheiro na Caixa Econ?a e no BNDES para se financiar, e diz que vai aumentar seu plano de investimento. N?vai por falta de dinheiro, mas o n?o fabricado serve ao prop?o de apresentar outro n?o, o do PAC, bem gordo que justifique a frase: o candidato de 2010 ter?ue apoiar o PAC.

Ricardo Bergamini

19/02/2009
Governo Lula – Dezembro de 2008 Ricardo Bergamini De janeiro de 2003 at?ezembro de 2008, o governo Lula obteve uma receita total de 27,24% do PIB (correntes e de capitais), tendo aplicado 31,56% do PIB (correntes e de capitais) como segue: 13,56% (Fazenda); 8,88% (Previd?ia Social - Uni?e INSS); 1,80% (Sa?; 1,56% (Defesa); 1,30% (Educa?); e 4,46% com as demais atividades da Uni? gerando d?cit fiscal nominal de 4,32% do PIB. De janeiro de 2003 at?ezembro de 2008, apenas com Fazenda (R$ 1.837,4 bilh? sendo R$ 739,3 bilh?relativos ?Transfer?ias Constitucionais e Volunt?as para Estados e Munic?os); Previd?ia INSS (R$ 910,1 bilh?- com 22,4 milh?de benefici?os) e Custo Total com Pessoal da Uni?- Civis e Militares - Ativos, Inativos e Pensionistas (R$ 648,9 bilh?- com 2.280.686 benefici?os) totalizando R$ 3.396,4 bilh? comprometeram-se 91,93% das Receitas Totais (Correntes e de Capitais) no per?o, no valor de R$ 3.694,4 bilh? De janeiro de 2003 at?ezembro de 2008 houve aumento das despesas totais (correntes e de capitais) de 1,85% do PIB em rela? ao ano de 2002. Aumento real em rela? ao PIB de 6,29%. Apesar do aumento global das despesas, devido ao aumento do n?o de Minist?os, houve redu? real de algumas despesas importantes, tais como: Sa?(–2,70%); Defesa (-12,85%); Educa? (–1,51%). De janeiro de 2003 at?ezembro de 2008 houve redu? das receitas totais (correntes e de capitais) de 2,28% do PIB em rela? ao ano de 2002. Redu? real em rela? ao PIB de 7,72%. De janeiro de 2003 at?ezembro de 2008 a Uni?gerou um d?cit fiscal nominal de R$ 586,6 bilh?(4,32% do PIB). A dota? or?ent?a das despesas da Uni?do exerc?o de 2008 foi de R$ 1.090,6 bilh? Em 2008 foi empenhado o montante de R$ 981,1 bilh?e liquidado R$ 981,1 bilh? n?considerando renegocia? de d?das de R$ 243,7 bilh?em 2008. Em 2008 do montante de R$ 981,1 bilh?liquidado ficou um resto a pagar de R$ 52,1 bilh?para o ano de 2009. Em dezembro de 1994 o estoque da d?da externa l?ida da Uni?era de US$ 34,8 bilh?(6,41% do PIB) aumentando para US$ 72,5 bilh?(14,33% do PIB) em dezembro de 2002. Crescimento real em rela? ao PIB de 123,56% comparado com o ano de 1994. Em dezembro de 2008 diminui para US$ 72,0 bilh?(4,64% do PIB). Redu? real em rela? ao PIB de 67,62% comparado com dezembro de 2002, e redu? real em rela? ao PIB de 27,61% comparado com dezembro de 1994. Em dezembro de 1994 o estoque total da d?da externa l?ida (p?ca e privada) era de US$ 107,4 bilh?(19,78% do PIB) aumentando para US$ 195,7 bilh?(38,68% do PIB) em dezembro de 2002. Crescimento real de 95,55% em rela? ao PIB comparado com o ano de 1994. Em dezembro de 2008 diminui para US$ 73,3 bilh?(4,72% do PIB). Redu? real em rela? ao PIB de 87,80% comparado com dezembro de 2002, e redu? real em rela? ao PIB de 76,14% comparado com dezembro ano de 1994. No conceito de caixa as reservas em dezembro de 2002 eram de US$ 37,8 bilh?(com US$ 21,5 bilh?de d?da com o FMI), sendo as reservas ajustadas de US$ 16,3 bilh? Em dezembro de 2008 estavam em US$ 193,8 bilh?(sem divida com o FMI), sendo as reservas ajustadas de US$ 193,8 bilh? A d?da total l?ida da Uni?(interna e externa) aumentou de R$ 87,8 bilh?(25,13% do PIB) em dezembro de 94 para R$ 1.103,9 bilh?(74,70% do PIB) em dezembro de 2002. Crescimento real em rela? ao PIB de 197,25% comparado com dezembro de 1994. Em dezembro de 2008 aumentou para R$ 1.896,6 bilh?(66,66% do PIB). Redu? real em rela? ao PIB de 10,76% comparando com dezembro de 2002, e crescimento real em rela? ao PIB de 165,26% comparado com dezembro de 1994. Com base em dezembro de 2008, cabe destacar ter o Tesouro Nacional haveres de R$ 452,0 bilh?junto aos Estados e Munic?os, sendo que os 5 estados ditos mais ricos da federa? devem 73,90% da referida d?da, como segue: SP (41,34%) - MG (11,41%) - RJ (10,37%) - RS (7,64%) - PR (3,14%), al?de R$ 210,2 bilh?em haveres da administra? indireta e outros haveres no montante de R$ 410,2 bilh? Totalizando haveres de R$ 1.072,4 bilh? Com base em dezembro de 2008 a d?da total (Interna e Externa) l?ida da Uni?era de R$ 1.896,6 bilh?(66,66% do PIB), sendo R$ 1.264,8 bilh?(44,46% do PIB) em poder do mercado; R$ 499,6 bilh?(17,56% do PIB) em poder do Banco Central e R$ 132,2 bilh?(4,64% do PIB), relativa ??da externa. O custo m?o de carregamento da d?da interna da Uni?em 2008 foi de 1,0653% ao m?(13,56% ao ano), com ganho real para os investidores de 0,2824% ao m?(3,4419% ao ano), depois de exclu? a infla? m?a/m?do IGPM de 0,7829% (9,8100% ao ano). Sendo o multiplicador de base m?o em 2008 de 1,4258, ou seja: 70,13% dos recursos dispon?is foram esterilizados pelo Banco Central, atrav?dos dep?os compuls?s, o juro m?mo de mercado m?o em 2008 foi de 13,56% ao ano x 3,3478 = 45,40% ao ano (3,1685% ao m?, n?considerando outros custos, tais como: impostos, taxas e lucros dos bancos. Em dezembro de 2008 a d?da total da Uni?teve PMP (Prazo M?o de Pagamento) de 42,02 meses. Considerando apenas a d?da interna da Uni?em poder do mercado teve um PMP de 39,34meses. S?e hist? de nossa balan?comercial com base na m?a/ano foi como segue: 85/89 (super?t de US$ 13,5 bilh?= 4,57% do PIB); 90/94 (super?t de US$ 12,1 bilh?= 2,70% do PIB); 95/02 (d?cit de US$ 1,1 bilh?= -0,15% do PIB). De janeiro de 2003 at?ezembro de 2008 (super?t de US$ 35,7 bilh?= 3,55% do PIB). S?e hist?a de nossa necessidade de financiamento de balan?de pagamentos com base na m?a/ano foi como segue: 85/89 (US$ 13,4 bilh?= 4,56% do PIB); 90/94 (US$ 17,4 bilh?= 3,89% do PIB); 95/02 (US$ 50,9 bilh?= 7,26% do PIB). De janeiro de 2003 at?ezembro de 2008 (US$ 29,8 bilh?= 2,96% do PIB). S?e hist?a dos investimentos externos l?idos (diretos e indiretos) com base na m?a/ano foi como segue: 85/89 (negativo de US$ 6,3 bilh?= -2,14% do PIB); 90/94 (positivo de US$ 7,0 bilh? = 1,57% do PIB); 95/02 (positivo de US$ 24,3 bilh?= 3,46% do PIB). De janeiro de 2003 at?ezembro de 2008 (positivo de US$ 21,3 bilh?= 2,11% do PIB). O custo total de pessoal da Uni?aumentou de R$ 35,8 bilh?em 1994 para R$ 75,0 bilh?em 2002. Incremento nominal de 109,50% em rela? ao ano de 1994. Em 2008 o custo total com pessoal foi de R$ 144,5 bilh? Incremento nominal de 92,67% em rela? ao ano de 2002. Em 2008 o rendimento m?o/m?per capita com pessoal ativo - 1.217.691 servidores (789.993 civis e 427.698 militares) foi de R$ 5.562,89, enquanto a m?a/m?per capita nacional para os trabalhadores formais nas atividades privadas foi de R$ 1.284,90 (76,90% menor). Em 2008 o rendimento medo/m?per capita com pessoal inativo e pensionista – 1.062.995 servidores (733.286 civis e 329.709 militares) de R$ 4.954,33, enquanto a m?a/m?per capita dos inativos e pensionistas das atividades privadas (INSS - 22,4 milh?de benefici?os) foi de R$ 649,70 (86,87% menor). Com base nos n?os conhecidos no m?de Dezembro de 2008, comparando com dezembro de 2002, houve aumento do efetivo da ordem 316.809 servidores: Legislativo - 4.739; Judici?o -13.455; Executivo Militar - 174.330 recrutas; Executivo Civil - 111.346 e Ex-territ?s e DF de 12.939. Em 2008 o d?cit do setor privado (INSS) de R$ 33,4 bilh?(1,17% do PIB) e d?cit do setor p?co federal de R$ 55,0 bilh?(1,93% do PIB), totalizando no ano 2008 d?cit de R$ 88,4 bilh?(3,10% do PIB). Em 2008 a arrecada? do sistema de previd?ia geral (INSS) foi R$ 162,0 bilh?em contribui?s de empresas (5,7 milh? e empregados e aut?os ativos da iniciativa privada (46,1 milh?, pagando benef?os da ordem de R$ 195,4 bilh?para um contingente em torno de 22,4 milh?de aposentados e pensionistas, com sal?o m?o mensal de R$ 649,70 gerando d?cit de R$ 33,4 bilh?(1,17% do PIB). Em 2008 a arrecada? do governo federal junto aos servidores foi R$ 8,2 bilh?(Militares - R$ 1,5 bilh? Parte Patronal da Uni?dos funcion?os civis Ativos e Inativos - R$ 1,0 bilh?e Parte dos Funcion?os Civis Ativos e Inativos - R$ 5,7 bilh? de um contingente de pessoal ativo da ordem de 1.217.691 servidores (789.993 civis e 427.698 militares), com sal?o m?o/m?de R$ 5.562,89, pagando benef?os de R$ 63,2 bilh?para um contingente de 1.062.995 servidores aposentados e pensionistas (733.286 civis e 329.709 militares), com sal?o m?o/m?de R$ 4.954,33 gerando d?cit de R$ 55,0 bilh?(1,93% do PIB). O PIB per capita apurado no ano de 1994 foi de US$ 3.472,00. Em 2002 fechou em US$ 2.859,00, ou seja: 17,65% menor do que o apurado em 1994. Com base nos n?os conhecidos at?ezembro de 2008 podemos projetar um PIB per capita de US$ 8.140,00, ou seja: 184,71% maior do que o apurado no ano de 2002, e 134,45% maior do que o apurado em 1994. O PIB apurado no ano de 1994 foi de US$ 543,1 bilh? Em 2002 fechou em US$ 505,9 bilh? ou seja: 6,85% menor do que o apurado no ano de 1994. Com base nos n?os conhecidos at?ezembro de 2008 podemos projetar um PIB de US$ 1.550,8 bilh? ou seja: 206,54% maior do que o apurado em 2002, e 185,55% maior do que o apurado em 1994. Em 2002 foi apurada uma taxa m?a de desemprego aberto, medida pelo IBGE, de 11,7%. Em 2008 foi apurada uma taxa m?a de 7,9%, ou seja: 32,48% menor do que a m?a apurada em 2002. Nota: Estudo completo est?ispon?l no s?o abaixo mencionado O autor ?rofessor de Economia. rbfln@terra.com.br ricoberga@terra.com.br http://ricardobergamini.orgfree.com/

João César das Neves

19/02/2009
http://www.dn.sapo.pt/2009/02/16/opiniao/excomunhao_e_tolerancia.html Um bispo brit?co, a quem o Vaticano levantou a excomunh?a 21 de Janeiro, negou publicamente a exist?ia do Holocausto nazi. Isso gerou um coro de protestos contra n?o prelado Richard Williamson mas contra o Papa Bento XVI. At?espons?is como Angela Merkel (3 Fev.) e M?o Soares (DN, 3 Fev.) quiseram censurar. Podemos fazer um exerc?o curioso analisando esses ataques ?uz dos pr?os princ?os dos cr?cos. A primeira coisa que salta ?ista ? ligeireza. Os que contestam a decis?papal n?sabem nada sobre ela. Ignoram o problema, desconhecem o bispo em causa, nem sequer ouviram o que ele disse. Limitam-se a reagir a t?los sensacionalistas e provocadores, que s?etendem agitar as religi? Assemelham o caso ao genial discurso de Bento XVI na universidade de Ratisbona a 12 de Setembro de 2006, que por acaso tamb?n?leram. Se tivessem procurado compreender a circunst?ia, veriam que ela confirma precisamente os valores que dizem defender e contraria as cr?cas que se habituaram a dirigir ?greja. O castigo agora levantado fora imposto automaticamente quando o arcebispo (que Soares graduou em cardeal) tradicionalista Marcel Lefebvre (1905- -1991) ordenou sem autoriza? quatro bispos a 30 de Junho de 1988. Este foi o cisma que feriu o nosso tempo, e que a Igreja Cat?a procura sarar h?0 anos. Os papas, como o pai do filho pr?o, t?feito sempre assim em todos os cismas. Agora, ap?ongas e delicadas negocia?s, respondendo aos pedidos dos mesmos quatro bispos, a excomunh?latae sententiae foi-lhes levantada. Os prelados continuam sem fun?s can?as e a sua Fraternidade S. Pio X n?tem reconhecimento oficial. Mas foi um avan?importante na via do di?go. Os pol?cos, que enchem a boca com toler?ia, deviam admirar este dif?l e complexo processo. Tanto mais delicado quanto o levantamento do castigo est? ser fortemente contestado pelos integristas radicais, que consideram Roma ap?ta, modernista e cism?ca. Todos os valores da reconcilia?, modera? e di?go est?do lado do Papa, que acaba atacado por isto mesmo pelos autodenominados campe?da liberdade. O segundo aspecto curioso ? tabu. Num mundo que gosta de se anunciar sem preconceitos e repudia a censura, existe um bloqueio dr?ico sobre o Holocausto. Comentar o horror nazi n?pode ser feito fora da vers?oficial. S?admitidas todas as opini? menos essa. O pior ? forma inquisitorial, fan?ca e abespinhada com que o assunto ?nfrentado. Quem nega as c?ras de g?deveria ser tratado com um sorriso pela ignor?ia e uma gargalhada pela tolice. Hoje o disparate ?anto que n?merece mais. Em vez disso todos estes democratas e republicanos, supostamente tolerantes, condenam da forma mais persecut? o Papa por ele terminado o castigo can?o. Parece que Williamson devia ser excomungado de novo, agora n?por insubordina? mas por opini?hist?a. E Bento XVI tamb? mesmo n?concordando com ele. Os judeus, para quem a quest?da shoah n??et?a mas pungente, t?raz?leg?mas para ficar ofendidos com as declara?s do negacionista. Mas eles sabem bem qual a posi? do Vaticano sobre esse horror, sucessivamente afirmada e de novo repetida desta vez. Podem criticar Williamson. N?o Papa. A Igreja promove h??das um intenso e proveitoso di?go com as outras religi? como procura reconciliar-se com todos os que ao longo dos s?los foram abandonando a comunh?cat?a. Os avan? no ecumenismo e rela?s inter-religiosas constituem ali?um dos maiores e decisivos ?tos da diplomacia e coopera? dos ?mos cem anos. Se os pol?cos, de qualquer regi?ou orienta?, compararem os seus esfor? de negocia? com os do Vaticano bem podem ficar espantados. Acima de tudo, este caso mostra que neste tempo medi?co e superficial ainda h?uem olhe ao fundo das coisas, quem considere o valor das pessoas, n?dos boatos, quem defenda princ?os elevados, n?preconceitos apressados. Esse ?ento XVI. *Professor Catedr?co, ? Presidente do Conselho Cient?co da FCEE-Cat?a, onde se Doutorou e Licenciou em Economia e leciona nas ?as de Economia e ?ica Empresarial no MBA, na Licenciatura e no International Master of Science in Business Administration. Coordenador do Programa de ?ica nos Neg?s e Responsabilidade Social das Empresas. Mestre em Investiga? Operacional e Engenharia de Sistemas (ISTUTL), Mestre em Economia (UNL). naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

Nahum Sirotsky

18/02/2009
A curiosidade de muitos, e minha, ?aber se os dias de carnaval ter?o poder de distrair a gente brasileira das ang?as da crise. No mundo, coisa in?ta, pouco se fala da nossa grande festa. A crise ? pesadelo de olhos abertos. O n?o de desempregados, j?e estima, s?nde a aumentar. A m?a de todos os pa?s e l?uas reflete o medo dos que trabalham e temem acordar para o aviso de terem sido dispensados. Quem imaginaria que a gigantesca General Motors chegaria a pedir ajuda do governo americano. Pedidos de fal?ia s?anunciados por poderosas empresas de todos os setores da economia. Os bancos que tinham irresist?l influ?ia pol?ca ficaram de joelhos, na depend?ia de institui?s do Estado. Ainda n?se sabe onde fica o fundo do po? Nas ?mas 24 horas teve-se as noticias da derrubada da economia nip?a e o pren?o de que os pa?s da Europa oriental, antes membros da extinta Uni?Sovi?ca, est?sendo atingidos um a um com consequ?ias negativas sobre os pa?s da desenvolvida Europa ocidental. O nosso carnaval vai sofrer. A crise, por? j?ome?a mudar a cara do governo americano. Originou-se nos Estados Unidos por insuficiente vigil?ia de atividades de setores do sistema financeiro que exageraram em iniciativas irrespons?is. Foi um comportamento que inspirou e facilitou gigantescos vigarismos e imensos e ainda insuficientemente conhecidos preju?s a indiv?os, empresas e governos. Os Estados Unidos, que eram um Estado com finan? equilibradas, passaram ao seu novo presidente um d?cit de tr?trilh?de d?es em suas contas publicas, cerca de duas vezes o valor do que o Brasil realiza no ano. Obama herdou a crise que, devido ?streita interdepend?ia da chamada globaliza?, n?s?lan? a economia do pa?e lan? um grande n?o de americanos literalmente na rua como se espalhou com inevit?l efeito domin?all Street passou a ser express?ofensiva. Ele est?romovendo mudan? nas pol?cas externas e relacionamentos com os pa?s. Na ter? o presidente americano assinou lei homologando uma inje? de cerca de 800 bilh?de d?es do governo na economia. Mas quebrou precedentes e fez isto na capital de um dos menos populosos Estados do seu pa? Em discurso, preveniu a seu povo que os dias melhores v?tardar mas voltar? Novas iniciativas est?sendo preparadas e ser?aplicadas. Onde for necess?o ser?apertados os parafusos. O sistema financeiro ser?eformado, prometeu. Aqui n?? espa?para detalhar o que j?e decidiu e o que vir?mas para destacar a grande e in?ta mudan?nas rela?s entre o Estado e os cidad?. O presidente americano anunciou que um website do governo vai informar o povo, minuto a minuto, sobre entradas de recursos, sua aplica? e resultados. Criou o governo transparente. O governo que presta contas 24 horas por dia. Todos poder?saber quando quiserem o que o Estado faz com o dinheiro que arrecada ou levanta em empr?imos do p?co. Um sistema que a internet viabiliza. Imaginem se a moda pegue. A tecnologia existe. Prefeituras, governos de Estados federais, dizendo de onde vem e pra onde vai o dinheiro do contribuinte. Uma esp?e de rel? de receita e despesa. Como se arranjar?os que vivem nas tetas do dinheiro p?co?

Cláudio Humberto, em seu blog.

18/02/2009
Ap? freio de arruma? do esc?alo na compra de tapioca e em freeshops etc, o governo Lula voltou a ser feliz: s? janeiro, torrou R$ 8 milh?p?cos usando os c?bres cart?corporativos – ou sejam, 27% a mais que em janeiro do ano passado. E nem se deu ao trabalho de discriminar 94% dos gastos, alegando que se trata de “despesas pessoais da fam?a presidencial”. ?exatamente onde ora o perigo.

Alejandro Peña Esclusa

18/02/2009
Caracas, 18 de febrero.- El Movimiento Al Socialismo de Bolivia anunci?er la posibilidad de que Evo Morales sea reelegido en forma ilimitada, tal como lo ha logrado el presidente de Venezuela Hugo Ch?z. No est?escartada la reelecci?orque este es un proyecto pol?co que hemos sostenido y mantenemos que tiene un alcance de 15 o 20 a?de implementaci?afirm? subjefe del bloque del MAS en la c?ra de Diputados, Jorge Silva, citado por el matutino La Raz? Para el senador del MAS, F?x Rojas, existe la posibilidad de aprobar una reforma para lograr la reelecci?limitada. Ser?una reforma parcial que se la puede tratar en el pr?o Parlamento, aprobarla por dos tercios y luego someterla a un refer?um, asever? Los nuevos criterios oficialistas provocaron que la oposici?oliviana se?ra que tanto Morales, como su par venezolano Ch?z, est?representando visiones totalitarias. Por su parte, la dirigente del salvadore?rente Farabundo Mart?ara la Liberaci?acional (FMLN), Nidia D?, public?er un art?lo en el peri?o cubano, Granma, titulado “Tiempos de Cosecha”, donde alaba el triunfo del S?n Venezuela. Nidia D? dice que “El S? la enmienda constitucional alcanzado este 15 de febrero, sin duda abre para la Patria de Bol?r, una nueva y definitiva etapa… que garantizar?ue las ideas de Bol?r y de Ch?z perduren m?all?e esta hora de victoria”. Adem? la dirigente salvadore?e identific?enamente con los reg?nes de Bolivia, Cuba, Ecuador y Nicaragua, implicando que, de ganar las elecciones el FMLN, ese partido impondr?n El Salvador el mismo modelo. “Porque Venezuela recogi? bast?e la Revoluci?ubana y en circunstancias hist?as nuevas, supo asimilar y transformar las esencias de la Revoluci? abrir nuevos senderos por donde transitan hoy Bolivia, Ecuador, Nicaragua, naciones que… tienen como com?enominador la b?eda de la unidad y la cooperaci?obre el respeto y sin condicionamientos pol?cos”, afirm?az.

STF dá prazo de 300 dias para 500 testemunhas do m

18/02/2009
O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensal?no Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que ju?s federais de 14 estados e do Distrito Federal ou? cerca de 500 testemunhas de defesa dos 39 r? da a? em um prazo total de 300 dias. Por estado, os prazos para que todas as testemunhas deponham variam de 1 a 80 dias, de acordo com o n?o de pessoas que ser?ouvidas.

Folha de São Paulo

17/02/2009
Os dois principais partidos da oposi?, o PSDB e o DEM, prometem ingressar amanh?o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com uma a? contra o governo federal por antecipa? de campanha da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. No documento, as siglas argumentam principalmente que o evento realizado na semana passada, em Bras?a, com prefeitos de todo o pa? serviu de palanque para a ministra, poss?l candidata do PT ?ucess?presidencial. O l?r do DEM, deputado Ronaldo Caiado (GO), alegar?ue Dilma est?m viagem pelo pa?para se apresentar ?opula?. L?res da base aliada negam o uso pol?co do evento e dizem que o governo n?pode parar. Na semana passada, o DEM tamb?foi ao TCU questionando o ?o sobre uso indevido de imagem e recursos p?cos para a realiza? do encontro dos prefeitos, que custou R$ 241 mil. A campanha da Dilma passou do limite. E ainda mais agora querem usar dinheiro p?co para promov?a?, afirmou Caiado. Crescimento Em palestra ontem na Associa? Comercial de S?Paulo, o presidente de honra do DEM, o ex-senador Jorge Bornhausen, disse que Dilma vem conquistando paulatinamente o eleitorado do presidente Lula e que, apesar de n?ter raiz, poder?er a herdeira do eleitor de Lula. Dilma n?tem voto de raiz. Come?que n?tem Estado. N??em mineira, onde nasceu, nem ga?, onde teve a? pol?co-administrativa. Viver?a possibilidade de transfer?ia de votos e do resultado de marketing. Ele afirmou que Lula n?tem compromisso com a verdade e sugeriu que os partidos de oposi? usem a propaganda partid?a para criticar o governo federal. Apontando Jos?erra como candidato natural da oposi?, ele defendeu uma composi? entre S?Paulo e Minas Gerais no PSDB.