UM DECRETO CONTRA A AMAZ?IA - libertatum.blogspot.com
Por duas vezes estive em Roraima. Na primeira vez, era o ano de 2004, outra no ano seguinte. Conheci a fronteira do Brasil com a Venezuela, Pacaraima, munic?o brasileiro, e Santa Helena de Uiar? do lado caribenho.
beira da estrada, filas intermin?is de caminh?carregando cereais em dire? ao mundo, por via dos portos venezuelanos. Antes disso, a produ? do P?Industrial de Manaus j?omemorava os n?os das exporta?s por este canal rec?descoberto, com uma economia milion?a por onde sa? do pa?caminh?abarrotados de produtos com alto valor agregado, tais como concentrados de refrigerantes, produtos de higiene pessoal, e motocicletas.
Boa Vista era uma capital em ebuli? e o estado de Roraima, o campe?em crescimento populacional, derivado de forte imigra? estimulada pelos bons ventos do agroneg?. Para quem n?conhece a geografia roraimense, a partir da capital, Boa Vista, a paisagem amaz?a cede lugar a suaves savanas, f?eis e naturalmente excelentes para o plantio. Todos os grandes conglomerados ligados ?rodu? rural estavam l?e instalando: lojas de insumos, avi? caminh? tratores e bancos, a trazer empregos de boa qualidade, gr? para o norte e divisas em d? para o pa?
Diante deste quadro, certamente desconhecido de dez entre onze ministros, jaz agora uma fic? jur?ca chamada Estado de Roraima, um territ? ilhado ao norte, pela reserva Raposa/Serra do Sol, e ao sul, pela reserva Waimiri-Atroari. Somente imagine o leitor que estes ?ios gozam oficialmente do usufruto da Uni? mas na pr?ca, o que eles possuem ?uito mais do que uma propriedade, e mais at?o que uma autonomia, j?erto de uma soberania plena. Para se ter uma id?, o tr?ito pela BR Manaus – Boa Vista ?egulado por eles, que estipulam hor?o para entrar na reserva, sen?o pagamento de ped?o.
De tudo o que Roraima significava em termos de Brasil, tudo o que sobrar?er?alguns quart? do ex?ito, alguns servi? p?cos indispens?is e um Banco do Brasil, para efetuar-lhes o pagamento. S?
Muita ingenuidade dos senhores ministros pensar que o nosso territ? estar?eguro t?somente pelas nossas For? Armadas. A hist? mostra a qualquer estudante secundarista que o que legitima um ato de soberania ? plena ocupa? civil. Foi assim com o Acre, ent?boliviano, mas habitado pelos seringueiros brasileiros.
No Par?a governadora Ana J? Carepa sistematicamente desobedece a todas as ordens judiciais de reintegra? de posse (atualmente, mais de cem!) h?ais de dois anos. Recentemente, foi denunciada pela Confedera? Nacional de Agricultura, pela iniciativa da senadora K?a Abreu (Dem-TO), que pediu a interven? federal no Estado. Ora, mas quem diria, tirando a raposa do galinheiro para colocar um lobo! O Par?enfim, consolidou-se como o laborat? de engenharia social do mundo.
O Julgamento sobre a demarca? destas terras ter?m futuro nada abonador para a regi?Norte. Ao ch?a confian?de qualquer investidor. Quem plantava ou criava, ir?os poucos abandonar ou ser desapropriado. Terra de Ningu?
* Bacharel em Ci?ias N?icas no Centro de Instru? Almirante Braz de Aguiar, em Bel? PA. T?ico da Receita Federal com cursos na ?a de planejamento, gest?p?ca e de licita?s e contratos administrativos. Em 2006, foi condecorado como Colaborador Em?to do Ex?ito, pelo Comando Militar da Amaz?. ?Editor do blog Libertatum.