Tibiriçá Ramaglio

10/04/2009
?poss?l babar (e n?chorar) pelo leite derramado? Sim, se o Leite derramado em quest?for o romance de Chico Buarque de Hollanda. A imprensa paulista derramou litros de baba e tinta por ocasi?do lan?ento do livro, em 28 de mar? O Caderno 2, de O Estado de S. Paulo, cedeu ?bra sua capa e mais quatro p?nas encomi?icas. A Ilustrada, da Folha, foi pelo mesmo caminho e a Veja tamb? embora bem mais parcimoniosa nos elogios. H?m motivo propriamente liter?o para tudo isso? N? Leite derramado n??enhuma obra-prima. ?um texto mediano. Torna-se um acontecimento cultural no pa?simplesmente pelo fato de ter sido gestado pela testa de Chico Buarque, que ?ma unanimidade nos meios acad?cos e nos meios de comunica? nacional. Meios onde impera a mentalidade esquerdista e um corporativismo desbragado. Vale a pena, portanto, comentar n?s?Leite derramado como as cr?cas que lhe sa?m na imprensa – e chorar por ambos. Leite derramado pretende tra? um panorama da hist? social do Brasil a partir do discurso de um decadente representante das nossas elites que, centen?o e moribundo, estaria a ditar suas mem?s para uma enfermeira do hospital onde se encontra. O personagem narrador pretende ser, de fato, uma caricatura do burgu?aristocrata brasileiro. Pelos cacoetes pretensiosos e autorit?os que seu discurso trai, iriam se revelando as mazelas dessa elite, bem como as que ela imp?o nosso povo – as classes dominadas, exploradas. ?muito significativo disso o desejo que o narrador, Eul?o d’Assump?, sente por Balbino, “um preto meio roli?, filho de um criado da fam?a e que foi seu amigo de inf?ia. Sobre ele, relata Eul?o, no cap?lo 4: “Durante um per?o, para voc?er uma id?, encasquetei que precisava enrabar o Balbino. Eu estava com dezessete anos, talvez dezoito, o certo ?ue j?onhecia mulher, inclusive as francesas. N?tinha, portanto, necessidade daquilo, mas do nada decidi que ia enrabar o Balbino. [...] S? faltava ousadia para a abordagem decisiva, e cheguei a ensaiar umas conversas de tradi? senhorial, direito de prim?as, pondera?s t?acima do seu entendimento, que ele j?ederia sem delongas”. Ora, essa imagem de o rico querer literalmente – desculpem – foder o pobre fala por si. Eu disse, portanto, que o livro pretende, porque n?chega efetivamente a realizar seu objetivo. Desde seu pr?o nome, a que o ap?ofe e o p?udo devem atribuir distin?, antiguidade e nobreza, Eul?o d’Assump? ? caricatura n?da elite, mas de um estere?o da elite e nada mais do que isso. A sociedade brasileira que Chico Buarque apresenta foi extra? dos velhos manuais de historiografia e sociologia marxista, escritos pelo pai do autor, por Caio Prado Jr. e Florestan Fernandes. Nada acrescenta a elas, al?da linguagem da fic?, mas se trata de uma fic? que n?ilumina nenhum aspecto da realidade. O problema n?est?m que nossas elites n?mere? cr?cas e caricaturas. Merecem sim, sem d?a nenhuma, por?cr?cas e caricaturas que a espelhem de fato e lancem alguma luz sobre sua alma e sobre a alma do pa? ?poss?l ser marxista e fazer uma literatura anal?ca e penetrante, sem recorrer a clich?sociol?os. Est?a??Bernardo e Vidas Secas, de Graciliano Ramos, como evid?ia disso, mas vamos adiante. N?se pode deixar de comentar a pretens?machadiana do texto de Chico Buarque que ?omente isso: pretens? pois, em termos de estilo, sua linguagem n?consegue atingir a gra?e a eleg?ia do autor de Dom Casmurro. E se Matilde, a amada do narrador de Leite derramado, tem, sim, um qu?e Capitu e sua rela? com Eul?o ?n?ga ?aquela com Bentinho, n?h?isso mais do que uma justa homenagem ao bruxo do Cosme Velho. No mais, Chico, por causa de sua sociologia barata, est?ais para nossos naturalistas menores, como Adolfo Caminha e J? Ribeiro, no sentido de que como eles – e muito ao contr?o de Machado – ?squem?co e determinista. Agora, vale a pena passar em revista a cr?ca recebida por Leite Derramado. Roberto Schwarz, o autor de As id?s fora do lugar, tem, como se sabe, as id?s fora do tempo... ?um frankfurtiano ortodoxo, que muito se orgulha dessa condi?. Nem por isso deixa de ser um erudito e, portanto, ?mposs?l que leve o romance de Chico a s?o. Quando diz, logo no in?o de sua resenha, que Leite derramado ?divertido”, faz seu julgamento de valor definitivo. N?chegar? elogio maior do que esse ao longo de toda a sua an?se. Quando muito suas ?mas palavras qualificam o romance como uma “soberba lufada de ar fresco” no panorama liter?o brasileiro de hoje. Ora, trata-se de um meio elogio, no caso um disc?lo de Benjamin e Adorno, como Schwarz, para quem a obra de arte deve ser muito mais do que mera divers? E um meio elogio que s?feito por corporativismo esquerdista, pois o deleite do cr?co est?o fato de os Assump? irem, como ele diz, “cumprindo o seu papel de classe dominante, europeizad?imos e fazendo tudo fora da lei”. Quanto ?cr?cas de Augusto Massi e de Samuel Titan Jr., ambos da USP, diga-se que elas n?t?o m?mo compromisso de ajudar o leitor aprofundar-se na compreens?do romance, compromisso sem o qual a cr?ca liter?a n?serve para nada. Os dois fazem elucubra?s vagamente elogiosas que mais visam a exibir a sensibilidade intelectual e a capacidade de racioc?o deles mesmos do que a abordar seu objeto de an?se. Massi ainda tem o desplante de terminar seu ensaio com um trocadilho alusivo ao t?lo da obra do pai do autor: “Ao revirar pelo avesso ideologias entranhadas fundamente em nossos h?tos cotidianos, talvez ele [Chico] avance rumo ?ra?s do Brasil”. ?uma brincadeirinha cretina que fica no mesmo n?l da do redator da Ilustrada, que chamou Chico Buarque de “o bruxo do Leblon”, multiplicando por dez a dist?ia que separa este bairro do Cosme Velho... Enfim, das cr?cas que li, prefiro a de Eduardo Gianetti da Fonseca, que d?onta de fazer uma s?ese bem feita do romance e de elogi?o com mais economia. Gianetti destaca as “solu?s felizes de linguagem espalhadas como d?vas pelo texto”. Mas deixa clara a falta “de ao menos um personagem com o qual se possa ter um v?ulo de empatia. Os Eul?os senhoriais s?calhordas; os Balbinos da estirpe servil [...] e Matilde n?tem vida interior”. E arremata com precis? “A sociologia festeja, mas a filosofia rasteja”. ?isso mesmo. Essa ? hist? da est?ca marxista. http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

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10/04/2009
A demarca? da Reserva Raposa/Serra do Sol ?ma fraude, um crime do come?ao fim. Come?pela manipula? de aldeias que n?existiam e a?oi se preenchendo a reserva com aldeias fict?as. x Do Plen?o, o senador Mozarildo Cavalcanti registrou reuni?entre o presidente do Tribunal Regional Federal, o Governador de Roraima e outras autoridades para discutir a retirada dos ocupantes n??ios da reserva. x Segundo Mozarildo, passa-se a imagem de que ?eia d? de arrozeiros que deve desocupar a ?a, quando seriam 500 fam?as, muitas das quais formadas pelo casamento entre ?ios e brancos, com filhos nascidos na regi? x ?importante que o Tribunal procure executar a retirada das fam?as com cautela, equil?io e justi? pois n?s?animais, s?pessoas humanas, com sentimentos e ra?s no local que est?sendo enxotadas, de suas terras – explicou o senador. x O parlamentar criticou ainda a falta de defini? de crit?os, por parte do STF, para a retirada de filhos de ?ios com brancos, nascidos na reserva, mas de pele branca. ?um absurdo que filho de ind?na n?possa ficar por causa da pele. x O Supremo tem que decidir como ser? procedimento em rela? a essas pessoas que l?asceram e l?st? Isso que se est?azendo ?m verdadeiro absurdo. ?uma malvadeza, criticou Mozarildo. x Ao concluir seu pronunciamento, o parlamentar defendeu a aprova? de uma norma para definir como devem ser as futuras demarca?s. Para ele, s?necess?as regras que definam as linhas gerais de uma pol?ca de Estado e n?de governo, como acredita estar ocorrendo na reserva Raposa Serra do Sol.

Espaço Vital

10/04/2009
O caxiense Cl? Victorio Mezzomo encaminhou ao Supremo Tribunal Federal, na quinta-feira (02), pedido de interpela? judicial contra o Presidente da Rep?ca Lu?In?o Lula da Silva pela declara? feita ?mprensa de que a atual crise econ?a mundial ?fomentada por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes da crise pareciam que sabiam tudo, e que agora demonstra n?saber nada (sic)”. A afirma? foi feita durante a recente visita do primeiro-ministro ingl? Gordon Brown, no dia 26 de mar? O autor da a? - que ?utor do livro Como Agem os Vencedores - alega ter se sentido pessoalmente ofendido pela declara? e pede que Lula seja “notificado a apresentar suas explica?s para a alega? de que a causa da crise mundial repousa em raz?gen?cas, ou seja, uma ra?ou etnia portadora de genes recessivos ?ulpada pela crise internacional, mais especificamente a ´gente branca, de olhos azuis´”. Cl? Mezzomo explica que ?rasileiro de ascend?ia italiana, com pele de tez extremamente alva e olhos verdes. Diz ainda que nasceu em Caxias do Sul (RS), foi criado em Est?ia Velha (RS) e trabalhou desde a inf?ia cercado por homens e mulheres de “pele branca e olhos azuis”, os quais, “juntamente com europeus ib?cos, negros e ?ios muito fizeram pela prosperidade e progresso da regi?. De acordo com a a?, Lula - ao afirmar, categ?a e publicamente, que o homem caucasiano engendrou e foi o culpado pelo atual estado de coisas - imputou a uma etnia a responsabilidade integral pela crise internacional, em uma postura intoleravelmente racista. Segundo o autor, o ordenamento jur?co reprime com veem?ia a pr?ca de racismo, a iniciar pelo pre?ulo da Constitui? Federal. S?citados ainda o artigo 5º, pelo qual “todos s?iguais perante a lei, sem distin? de qualquer natureza” e o inciso XLII, para o qual “a pr?ca de racismo constitui crime inafian?el e imprescrit?l”. Outros dispositivos que comp?a alega? do direito violado s?o artigo 140 do C?o Penal – “injuriar algu? ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro”; o Regimento Interno do Senado Federal, segundo o qual ?edado fazer pronunciamentos de preconceito de ra? a Lei nº 7.716, de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de ra?ou de cor; e o C?o de ?ica Profissional do Servidor P?co Civil do Poder Executivo Federal. O interpelante – que disse ter trabalhado no Rep?r Esso e no jornal ?tima Hora, al?de ter sido editor da revista “Parlamento” – deu como endere? para fins de intima?, o escrit? de Advocacia de seus filhos Adriano Mezzomo e Rodrigo Mezzomo (que assinam a peti?), situado na Avenida Franklin Roosevelt, no Rio de Janeiro. (Pet nº 4553 - com informa?s do STF e da reda? do Espa?Vital http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=14411). Tamb?na edi? do Espa?Vital

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10/04/2009
By Tania Quintero The first mortal victim of the Group of the 75 had just turned 50 years old, was black and always lived in P?aga, one of the humbler towns in Havana. Miguel Vald?Tamayo was born in Havana on December 20, 1956 and passed away in his native city on January 11, 2007. He worked in television, and was married to Barbarian Elisa Collazo. He was founder and president of the Movement of Brothers for Dignity and member of the Assembly to Promote Civil Society in Cuba. Shortly before his detention in March of 2003, he had survived two heart attacks. In the month of April, he was condemned to 15 years of imprisonment and sent to the Kilo 8 Prison - 533 kilometers east of the capital. Fourteen months later, on June 4, 2004, he was released under an extra penal license, due to his serious health problems. Vald?Tamayo suffered from heart problems and had to be hospitalized four times. The last time, he remained for 21 days in the intensive care unit of the hospital for inmates of the Combinado del Este Prison, in Havana, where they transferred him thanks to the continuous requests of his wife. Prison after imprisonment One week after Tamayo’s release, on June 11, 2004, a woman named Eva, from the governmental Federation of Cuban Women, carried out an act of repudiation in front of his home. She shouted worm and mercenary of the U.S. government, and warned him: they would not allow him to live there. Hardly a month after this incident, on July 3, 2004, another sinister character from the neighborhood, known as “the Coyote,” entered Miguel’s backyard, and began to insult him with obscene words in front of the window where he was with his wife. Miguel stood at the window and replied, “I am under conditional freedom, and am sick, and do not wish to have problems with anybody. Upon hearing these words, the aggressor looked for a sharpened machete and brandishing it he said, I do not believe in tough guys from prison.” Thanks to the intervention of his wife, father-in-law and several neighbors the incident did not end in bloodshed. Miguel and Barbara decided to move to another home within the same town: San Agust?Street, no. 691, between San Miguel and Gustavo, P?aga, Arroyo Naranjo. But the provocations did not stop. In October, two months before dying, he was detained. Previously, Vald?Tamayo had made Cuban regime responsible for anything that could happen to him and indicated that all the harassment towards him was orquestrated by Cuban State Security. During the fourteen months that Miguel remained in the Kilo 8 Prison he did not stop denouncing the beatings and continuous human rights violations. In a letter written to his wife, he says: they continue violating our personal correspondence, we do not get letters from our relatives, they lose them, they disappear or they withhold them. The few letters we are allowed to receive are already opened. In another letter he speaks of the threats that political prisoners are given by a band of common prisoners that follow orders of prison authorities in exchange for personal benefits. He also narrates the suicide attempts and auto-aggressions of prisoners due to bad treatment and inhumane conditions in the prisons. My way is straight and firm On February 19, 2004, Miguel Vald?Tamayo informed the public that he had been unable to seen his wife for three months, and when she went to visit, she was turned away and had to return home, which was over 500 km away. On February 20th, Barbara was informed that Miguel had been admitted onto the Amalia Simoni provincial hospital. She did not think twice, and returned to see her husband. The trip was a true odyssey: due to transportation difficulties, she took 24 hours. Finally, on a Saturday night she arrived at Camag? and was in the hospital lobby by dawn on Sunday. After much pleading, a guard granted her ten minutes with her husband. When she entered, she immediately saw him lying on bed number 33. He looked very thin. He is of black complexion and was too pale. He said to me that heart was not working properly, and they did were not giving him the treatment necessary for his condition. That was all we could speak, because just a few minutes later a military official came to look for me. I do not know which is worse, the prison cell or the hospital room. Miguel always detailed his life in the prison to his wife: The medicines that you sent me have not been given to me. They do not take my blood pressure. I live with seven other prisoners in a cell that is six by three meters wide, adjacent to a bathroom and washroom. The television set is located in a hall where 88 people meet, and the disputes are repeated, especially if the baseball game and the soap opera are on at the same time. I have only received religious attention once. They lie to the priest, and tell him that we do not want his presence, and they tell us that the priest does not want to visit us. There is a single telephone for 600 inmates. The daily food is boiled maize flour, mashed potatoes with unknown vegetables, bland soups, and when there are inspections in the prison, they give us meat in extremely small rations. In one of his letters, he finished with a declaration of principles: My way is straight and firm, until Cuba is free. Long live human rights!. Over a year ago, Vald?Tamayo and his wife had received a visa to travel as political refugees to Holland and the United States. But Cuban authorities did not grant them permission to exit to either country. If he had received adequate treatment in either Europe or the United States, Miguel Vald?Tamayo might still be alive today. Rest in peace, Miguel!

Jose Reyes

10/04/2009
“It’s time to talk to Cuba” these are the words which Rep. Babara Lee’s used to address the media she and her colleagues made after their visit with the Castro regime in Havana. As you know, she was in Cuba with the CBC (the Congressional Black Caucus) Read Here and More Here. I can show you how these specific individuals are and always have been working with the Castro regime in secrecy for decades, especially in the Communist indoctrination department. But, I will spare them and concentrate on that particular sentence, “It’s time to talk to Cuba.” Just this statement on its own is a literal crime because it could not be any more wrong and more contradictory. With this sentence, “It’s time to talk to Cuba”, I could actually write a book and title it, as is. It’s time, sure it’s time! Fifty years, that’s how long Cubans in Cuba have not been able to communicate with the world. It’s not just the US, they cannot communicate with anyone outside of the country. You might be able to call them on the phone. This would be expensive but money is no object when you need to talk to a family member. Let’s not forget “Big Brother” listening on the other end please. Nevertheless, a conversation of this kind with a family member would only produce an enormous list consisting of articles of clothing, food items and medicinal remedies. In that respect, Cubans can communicate their needs because the exuberant taxes accompanying the delivery of these essentials are collected by the ones who deprive them of these needs in the first place, the Castro regime. It is also necessary to be able to visit any of our family members in Cuba and at anytime, who are in very poor health and are either not a political prisoner or have unjustly and inhumanly been placed in Cuba’s Gulag. The later one is the main issue, because as an act of further embarrassment and mind torture, the love ones who wish to visit these noble individuals, inside and outside of Cuba are not allowed to, the Castro regime does not allow them and do not permit these outsiders to obtain a visa to enter their own country. There are other problematic communication issues and they are very evident, when anyone would attempt to mingle with Cubans who want to leave (escape) Cuba and their opinions are considered as a newsworthy item. A normal and ordinary chat with a news reporter from a foreign country, one who let’s say, would like to find out how the living conditions in Cuba really are. Or in the case when a news reporter would raise a question about human right conditions on the island, there, you will run into a stone wall. The repercussions and the punishment that accompany these illegal acts of expression are very severe, to the individual and their immediate family members. Yes, it sure is time for all Cubans on the island to communicate with America and to have the freedom to travel outside of the island as a migrant or as a tourist. Isn’t this the main reason why this meeting was organized? So the American tourist would be able to freely travel and visit the beautiful island of Cuba. But wait a minute, this is a one way deal, you see, the Cuban citizen would not be able to do the same. ‘It’s time to talk to Cuba”, they say. Hey, I want to talk to Cubans in Cuba, me, yes me, I was born there, why can’t I talk to Cubans, why can’t I freely travel to Cuba, talk to Cubans in Cuba, in person and have a conversation with them in a public forum, where all involved would be able to criticize the Castro regime. We all know what the consequences concerning that discussion would be. We would all be thrown in jail, tourist and all. It’s time to talk to Cuba? “It’s time to talk to Cuba”, yes they did, these leftist communist loving CBC members casually traveled and talked to there Cuba. And there Cuba is the Castro regime, the reason why Cuba is in shambles. Well, what did they talk about, no one really knows because they had a private meeting but according to them and only them, the Castro regime is willing to lift the travel restrictions. Also, according to them, Cuba is a free country and its citizens are allowed to do as they like. So, “It’s time to talk to Cuba”, they say. Cuba has 11 million inhabitants and they go to talk to their slave masters. The Cubans I would talk to are the ones who struggle and spend everyday trying to figure out what they are going to eat the next day. The ones that are deprived of turning on a computer and communicating with the world, the ones that cannot stand on the corner and demonstrate against the Castro regime, these are the real Cubans. Why don’t they talk to them? That’s Cuba to me but the Castro regime who never officially were elected as leaders, that’s the CBC’s definition of Cuba, that’s there Cuba and certainly not mine. “It’s time to talk to Cuba” they say.

Jayme Copstein

10/04/2009
Com frequ?ia, leem-se campanhas nos jornais para n?se emporcalhar as ruas com lixo. Motoristas jogando cascas de frutas, latas de cerveja, outras embalagens e at?oisas inimagin?is pelas janelas dos carros ?m espet?lo comum em qualquer cidade brasileira. Bueiros entupidos por garrafas de pl?ico e outros objetos, tamb?inimagin?is, ?ugar comum em notici?o de tev?os alagamentos dos dias de chuva. N??or falta de apelos e conclama?s que as pessoas continuam emporcalhando as ruas. O que h? uma vis?equivocada do p?co e do privado. Lembro-me de cena que testemunhei na Rua da Praia, em Porto Alegre, de um menina de 15 anos repreendida por uma senhora porque tinha jogado a embalagem do picol?o cal?? mesmo com uma lixeira dispon?l a dois metros de dist?ia. A menina respondeu: A rua ??ca e eu fa?o que eu quero. Se a rua & #233; p?ca – e de fato ? pertence a todos, n?a algu?em particular, ?enina em quest?ou a quem mais seja. N?pode ser usada ao arb?io de cada um. Dentro de casa – espa?privado – sim, o dono ou os seus familiares podem jogar o que bem entenderem no ch? escreverem o que bem quiserem nas paredes e at?azerem banheiro da sala de visitas. Este, ali? foi o tema de um comercial premiado em festival internacional de propaganda: se voc??faz dentro de casa, que ?ua, por que faz na rua que ?e todos? Se aprofundarmos a an?se da quest? vamos chegar ?onclus?de n?haver diferen?entre o aparentemente inofensivo porcalh?que joga lixo nas ruas e o pol?co ladr?que se ceva nos dinheiros p?cos. Se qualquer de um de n?eixar cair a carteira, ao passarmos perto de um governante, s enador, deputado ou vereador, tenham certeza: eles a devolver?intacta em comovedora demonstra? de honestidade. Por? quando se trata de dinheiro da Na? – sendo p?co, n??e ningu?– fazem o que bem entendem: pagam celular dos filhos, compram passagens a?as para os amigos, abastecem o carro da fam?a, contratam a empregada dom?ica como assessora, esbanjam em restaurantes caros e at? p?tranquilamente no bolso. De que nos queixamos, ent? De n?termos um mandato pol?co? No resto, parece que somos muito iguais.

Olavo de Carvalho

09/04/2009
Na? nenhuma tem o monop? da imoralidade, mas algumas foram dotadas com uma quota extra que as torna exemplos de escolha numa investiga? de filosofia moral. Ao incluir o Brasil entre elas, n?tenho em vista as famosas taxas nominais de corrup?, onde, ao contr?o, as compara?s com outros pa?s t?at?m efeito consolador sobre as almas dos nossos compatriotas. Refiro-me a fen?os de outra ordem, mais dif?is embora n?imposs?is de quantificar. J?bservei mais de uma vez que nossa literatura de fic?, escassa em personagens de grandeza excepcional, santos, her?ou monstros, ?ica em figuras de min?los farsantes, mentirosos, fingidores compulsivos e semiloucos de v?os matizes, que se abrigam numa esfera de irrealidade, fugindo da pr?a consci?ia. Com uma ou duas exce?s, os personagens do maior e mais significativo dos nossos romancistas s?todos assim. Tamb?o s?os de Lima Barreto, Raul Pomp?, Marques Rebelo, Annibal M. Machado e tantos outros, sendo at?ovardia lembrar a figura de Macuna?, na qual os brasileiros se reconhecem t?facilmente, e cuja veracidade sociol?a ?testada por um milh?de piadas populares que mostram os nossos conterr?os em tra? bem parecidos com os dele. Uma vaga consci?ia de que h?lgo de errado com os padr?de moralidade da nossa gente perpassa as conversas familiares, as cr?as de jornal, os espet?los de cinema e teatro, as novelas de TV etc., e alimenta algumas discuss?de mais alto n?l, como aquelas que aparecem em livros de Paulo Prado, M?o Vieira de Melo, J. O. de Meira Penna, Roberto da Matta, ®gelo Monteiro. O que a?e destaca n?? propens??riminalidade propriamente dita, mas uma tend?ia quase incoerc?l a preferir antes o fingimento do que a sinceridade, antes a apar?ia artificialmente constru? do que a realidade conhecida. ?como se o brasileiro n?acertasse jamais falar com a sua pr?a voz, sentindo-se antes compelido, por um intenso desejo de aprova? – tamb?ele camuflado –, a imitar o tom das conveni?ias moment?as. Desde os tempos de Lima Barreto, n?se atenuou nem um pouco o v?o nacional de sacrificar a ambi?s mesquinhas, se n??usca obsessiva de seguran?contra perigos imagin?os, os impulsos mais altos do esp?to humano, condenando-os, n?raro, como tenta?s pecaminosas, provas de vaidade, cobi? pedantismo ou desprezo pelos semelhantes. As voca?s intelectuais e art?icas s?a?specialmente sacrificadas, n?s?ando se veem esmagadas pela press?e pela chacota do ambiente, mas at?esmo quando se realizam, porque o fazem num sentido oportun?ico e farsesco, o ?o poss?l nessas condi?s, que as transforma em caricaturas de si mesmas. Nas ?mas d?das, por? essa deformidade moral cr?a foi se acentuando de tal modo que come?a assumir as fei?s de uma sociopatia alarmante, disseminada sobretudo entre as classes cultas com mais acesso aos meios de difus? As opini?dessa gente v?se afastando dia a dia de todo padr?universal de veracidade e moralidade, ao ponto de constituirem j?m sistema ?co peculiar, v?do s? territ? nacional, fechado e hostil ?exig?ias da consci?ia humana em geral, inacess?l a toda cobran?superior de idoneidade e racionalidade. O mais caracter?ico desse novo sistema ?ue seus criadores e representantes n?t?a mais m?ma id? de quanto suas falas, atitudes e julgamentos s?imorais, maliciosos e alheios ?ele m?mo de franqueza que uma alma deve ter ao falar consigo mesma para que, quando fala com os outros, se reconhe?nela a voz de uma consci?ia, um esp?to alerta, uma presen?viva. Falar numa linguagem de estere?os, com um automatismo sufocante, parece que se tornou obrigat?. O fator que mais contribuiu para isso foi decerto a tomada dos meios de comunica?, do sistema educacional, das institui?s de cultura e dos altos postos da pol?ca por uma gera? marcada pelo sentimento de vitimiza?, acompanhado, inevitavelmente, da cren?na sua bondade intr?eca e na recusa completa, radical, absoluta, de encarar seus supostos inimigos como sujeitos humanos portadores de consci?ia moral, capazes de dar raz?de seus atos e merecedores de um confronto justo. O sentimento de impec?ia essencial, que est?oje disseminado em todas as classes falantes deste pa? predisp? um discurso de acusa? indignada que encobre os mais ?os pecados pr?os sob a impress?– artificiosamente reiterada ao ponto de tornar-se uma carapa?invulner?l – de estar sempre discursando em nome de valores sublimes sufocados pelo mundo mau, quando, na verdade, o que torna o mundo mau ?cima de tudo o n?o excessivo de pessoas imbu?s desse mesmo sentimento. Um dos sintomas mais alarmantes dessa patologia ? f? justiceira com que as autoridades e seus ac?os, os formadores de opini? investem contra delitos menores, sobretudo de ordem financeira, ao mesmo tempo que toleram, como detalhe irris?, a taxa anual de 50 mil homic?os que faz do Brasil a na? mais cruel e assassina do mundo. Quando um magistrado exclama que 94 anos de cadeia s?puni? branda para a sonega? fiscal e delitos correlatos, ao mesmo tempo que assassinos em s?e, seq?radores e traficantes de drogas s?protegidos pela leni?ia das leis e ainda celebrados como v?mas da sociedade m?est?laro que uma nova classe falante subiu ao primeiro plano da cena p?ca, intoxicada de uma tal dose de rancor invejoso contra a burguesia, que n?hesita em conceber traficantes multibilion?os como pobres v?mas do capitalismo, fazendo deles aliados na epopeia revolucion?a da justi?social que pretende implantar. * Ensa?a, jornalista e professor de Filosofia

Olavo de Carvalho

09/04/2009
6/4/2009 - 22h20 T?logo o Papa Bento XVI anunciou a reintegra? da Igreja tradicionalista na ordem p?onciliar – o que de si j? uma ironia, pois a novidade n?pode reintegrar em si a tradi?, e sim ao contr?o --, desencadeou-se contra ele uma das mais maliciosas campanhas de ? j?istas na m?a mundial. Tr?epis?s marcaram os seus pontos altos. Primeiro veio o bispo Williamson – um fact? na mais plena acep? do termo. At? v?era, ningu?o conhecia. Quando o descobriram entre os milhares de sacerdotes e fi? beneficiados pela suspens?de uma pena eclesi?ica coletiva, saiu do anonimato e tornou-se repentinamente um perigo para a esp?e humana, por ter emitido numa igreja de bairro, ante umas poucas dezenas de fi? se tanto, uma opini?antijudaica. Por toda parte ergueram-se gritos de esc?alo, significativamente voltados n?contra o bispo, mas contra o Papa. Como se a revoga? do castigo n?viesse do simples reconhecimento de um erro judicial velho de quatro d?das, e sim do endosso papal ?convic?s pessoais do bispo – at?nt?ignoradas n?s? Vaticano, mas do mundo -- sobre mat?a alheia ao seu sacerd?, ??at?a, ?raz?da penalidade e ?da respectiva suspens? For?do a inculpa? por osmose at? ?mo limite do artificialismo, lan?a-se sobre toda a Igreja tradicionalista e, de quebra, sobre o Papa que a acolhera de volta, a vaga mas por isso mesmo envolvente suspeita de anti-semitismo. N?por coincid?ia, entre os mais inflamados denunciantes encontravam-se aqueles que tanto mais se esfor? para proteger os judeus contra perigos inexistentes quanto mais se devotam a entreg?os, inermes, nas m? de seus inimigos armados. Depois, veio o epis? das camisinhas. N?h?omo medir os gritos de horror, as l?imas de esc?alo, as gesticula?s fren?cas de abalo moral com que a grande m?a reagiu ?eclara? blasfema de que esses sacrossantos dispositivos n?protegem eficazmente contra a Aids. Na verdade, n?protegem nada. Edward C. Green, diretor do Projeto de Pesquisas sobre Preven? da Aids no Harvard Center for Population and Development Studies, informa que a revis?mundial dos resultados obtidos nos ?mos 25 n?mostra o menor sinal de que as camisinhas impe? a contamina?. O ?o m?do que funciona, diz Green, ? redu? dr?ica do n?o de parceiros sexuais. Uganda, que por esse m?do e com forte base religiosa reduziu os casos de Aids em 70 por cento, ? ?o – repito: o ?o -- caso de sucesso espetacular j?btido contra essa doen? Mas que importam esses dados? A camisinha n?vale pela efic?a, ?terialistas prosaicos. Ela ?m s?olo, a condensa? el?ica dos mais belos sonhos da utopia pansexualista, onde as criancinhas praticar?sexo grupal nas escolas, sob a orienta? de professores carinhosos at?emais (sem pedofilia, ?laro), e nas pra? os casais gays dar?li?s de sodomia te?a e pr?ca, para encanto geral do p?co civil, militar e eclesi?ico. De que vale a verdade, de que valem as estat?icas, de que valem as vidas dos ugandenses, diante de imagens t?radiosas da civiliza? p?rist?ue a ONU, o Lucis Trust, a m?a bilion?a e todos os pseudo-intelectuais do mundo almejam para a humanidade? ?em defesa desses altos valores que se ergueram gritos de revolta contra o Papa, esse estraga-prazeres, esse iconoclasta sacr?go. Por fim, veio o document?o da BBC, onde o ex-cardeal Ratzinger ?cusado de proteger padres ped?os, determinando que fossem removidos de par?a em vez de punidos. ?claro que a coisa j?stava pronta fazia tempo, aguardando a oportunidade pol?ca, que veio com os esfor? de Bento XVI para restaurar a unidade da Igreja, algo que os ap?los da nova civiliza? temem como ?este. A BBC, outrora uma esta? respeit?l, tornou-se uma central de propaganda esquerdista t?fan?ca e desavergonhada que o que quer que venha dela deve ser recebido a cusparadas, mas em todo caso vale lembrar que um padre formalmente condenado na justi?por pedofilia n?tem como ser removido de par?a, pois j?st?emovido para a cadeia. Restam os padres meramente acusados, sem provas judiciais v?das. A m?a quer que a Igreja os castigue assim mesmo, a priori, ?rimeira palavra que se publique contra os desgra?os. O cardeal Ratzinger ?cusado, no fim das contas, de n?ter feito isso. ?preciso toda a t?ica cinematogr?ca da BBC para dar a impress?de que se trata de coisa imoral, at?esmo vagamente criminosa. Mas, nesses casos, a realidade n?importa nada. A impress??udo. Destaco esses tr?epis?s s?mo amostras, no meio de um bombardeio multilateral, incessante e crescente, no qual s?estupidez volunt?a pode enxergar uma simples conflu?ia de casualidades, sem nenhuma coordena? ou planejamento. * Ensa?a, jornalista e professor de Filosofia

Márcio Luís Chila Freyesleben

09/04/2009
Revela-se inquietante o crescimento das a?s judiciais em que o Poder P?co ?ompelido a fornecer ao cidad?medicamentos e tratamentos m?co-hospitares. Eu confesso que j?vim com pedidos de tal jaez. Revi meu pensamento, pois dei de temer pela lisura das pretens?tantas vezes no foro deduzidas. De feito, sa??direito de todos, mas quando a locu? ?mpregada sem a precisa reflex?sobre a sua dimens? convola-se naquilo que foi objeto da cr?ca de Graciliano Ramos: A frase ?eles, clich?erfeito, chav?repetido mil vezes em versinhos alambicados de poetas de meia-tigela (Linhas Tortas, p. 85). ? o que tem ocorrido com a locu? sa??ireito de todos: chav?repetido mil vezes, por linhas tortas. O que come? como reconhecimento do direito de carentes, transformou-se, a passos largos, em trem da alegria, patrocinado pelo interesse da ind?ia farmac?ica, quando n?o ?os planos de sa? em prol de pessoas que, a bem da verdade, buscam t?somente aliviar o or?ento dom?ico das despesas m?cas, em preju? dos verdadeiramente necessitados. ?claro - eu reconhe?- que vez por outra h?inceridade e honestidade na pretens?judicial. Insisto, contudo, no argumento algures por mim sustentado de que a recusa do Poder P?co em fornecer o medicamento ou o tratamento n?pode ser, em si, fundamento do pedido. Para que se d?anho de causa ao cidad? h?ister de prova da recusa ilegal do Estado. ?for?que a recusa n?tenha fundamento t?ico ou or?ent?o. N?tem sido a opini?ordin?a do Judici?o, infelizmente. A result?ia: pacificado o entendimento de que o Estado ?brigado a fornecer medicamento e tratamento ?opula?, o Judici?o transformou-se na porta aberta ao abuso. De minha Procuradoria, tive ensejo de ver transitar de tudo: de fraldas geri?icas a pomadas epid?icas, passando por suplementos alimentares, at?esmo leite. A persistir a toada, ainda assistirei ao Poder P?co, sob vara, fornecer ao vivente Emuls? Scott e Emplastro Sabi?Formicida Tatu e p?-gafanhoto (BHC). Intriga-me, outrossim, a percep? de que m?cos indiquem tratamentos e medicamentos ditos mais modernos, sem qualquer fundamenta?. A cada novidade lan?a pela ind?ia m?co-farmac?ica, o SUS deita ?urtigas o estoque dos medicamentos ultrapassados. Para agravar, nutre-se a cultura de que ao Judici?o n??ado questionar a indica? m?ca. Pessoalmente, n?dou f? capacidade dos m?cos de certificar a efic?a dos medicamentos que atocham em seus pacientes. De h?uito que tais profissionais se prestam aos obs?ios de repassadores de medicamentos, em of?o de garoto-propaganda dos laborat?s. Tenho para mim que ?assado o tempo de se exigir a comprova? das reais vantagens das novidades iamol?as, para efeito de medidas judiciais. Outrossim, ?reciso p?obro ao estado de coisas que se est?escortinando, reservando a interven? do Judici?o ?eles que efetivamente dela necessitam. N?olvido que a sa? ?ema central no estudo dos direitos fundamentais, e integra as pol?cas p?cas do governo. Arguo, todavia, que pol?ca p?ca ?onceito jur?co indeterminado, categoria jur?ca pr?a dos atos discricion?os, em que a norma confere ao administrador ju? de conveni?ia e oportunidade, razoabilidade e equidade, na consecu? da atividade administrativa. No caso, tenho que a quest? passa justamente pela discricionariedade, uma vez que a concess?de medicamentos depende da avalia? que o Poder P?co far??somente do impacto or?ent?o, sen?tamb?das prioridades estabelecidas pelas pol?cas p?cas elegidas. Nisto, imp?e relembrar os limites da interven? judicial, pois a atua? do Judici?o n?pode ir ao ponto de imiscuir-se na esfera de compet?ia do Legislativo e do Executivo, interferindo no or?ento da entidade estatal, porquanto seja cedi?que a condena? do Estado ao fornecimento ilimitado de medicamentos e de tratamentos culminaria na inarred?l insufici?ia de recursos para o atendimento das demais demandas p?cas: educa?, limpeza urbana, seguran?p?ca, etc. Em suma: interferiria nas pol?cas p?cas do Estado. N? desconhe?a import?ia do servi?de sa? Objeto, por? que o seu atendimento est?trelado ?situa? econ?a do pa? ?de saben?semeada que o Estado n?disp?e recursos para assegurar de maneira plena todos os direitos garantidos ao cidad?na Constitui?. A l?a da teoria do poss?l diz que, quanto mais rico for o Estado, maior ser? sua capacidade de suprir as demandas p?cas. Logo, as quest?sociais, por seu conte?program?co, n?podem ser tratadas apenas pela ?ca jur?ca; a economia ?onditio sine qua non ?oncretiza? do preceito constitucional. Ademais, n?pode o Magistrado, no exerc?o da jurisdi?, ?uisa de dar efetividade ao direito, criar despesa p?ca n?prevista em or?ento. Admitir a interfer?ia do Judici?o nas pol?cas p?cas ?uind?o ?ondi? de gestor p?co, ?evelia da lei, ao arrepio da separa? dos Poderes. Sendo finitos os recursos financeiros, a imposi? de ? n?previsto no or?ento ir?er com o velho ad?o do cobertor curto, ou com a famosa m?ma de Friedmna de que n?h?lmo?gr?s. Como qualquer outro direito fundamental, o direito ?a?n??bsoluto ou ilimitado. Ao contr?o, encontra limites em direitos igualmente consagrados pela Constitui? e na capacidade econ?a do Estado. Da?ent? a minha insist?ia na mesma ladainha: interven? judicial deve ser reservada ?hip?es em que o Estado agir com abuso de poder. * Procurador de Justi?