Miguel Nagib

03/04/2009
No cap?lo 3º do livro did?co “Portugu?Linguagens - 5º ano”, de autoria de William Roberto Cereja e Thereza Cochar (Editora Atual, pertencente ao grupo Saraiva - clique aqui para ver), os estudantes encontram, logo abaixo do t?lo – “O gosto amargo da desigualdade” –, o seguinte par?afo: Voc?lguma vez j?e sentiu injusti?o? Seu amigo com duas bicicletas, uma delas novinha, e voc?em bicicleta tem... Sua amiga com uma cole? inteirinha da Barbie, e voc?ue n?ganha um brinquedo novo h?uito tempo... Se vai reclamar com a m? l?em ela dizendo: ‘N?reclama de barriga cheia, tem gente pior do que voc?. Ser?ue h?usti?no mundo em que vivemos? A resposta negativa ?presentada sob a forma de um texto, em estilo pretensamente liter?o, seguido de uma bateria de perguntas destinadas a ati? o “pensamento cr?co” dos alunos (supondo-se, ?laro, que crian? de 10 anos possuam conhecimento e maturidade para pensar criticamente). O texto consiste, resumidamente, no seguinte: ao ver o filho entretido com um globo terrestre, o pai lhe confessa a sua “birra contra geografia”, atribuindo a avers?a uma professora que tivera no gin?o. Um dia, conta o pai, a professora Dinah resolveu dar aos alunos uma aula pr?ca sobre a distribui? de renda no Brasil. Dizendo que o conte?de uma caixa de doces representava a riqueza do pa? a professora come? a distribuir os doces entre os alunos, dando a uns mais que a outros. Os primeiros da lista de chamada ganharam apenas um doce; da letra G at? M, dois doces; de N a T, tr? Vanessa e V?r ganharam seis, e Zilda, finalmente, ganhou a metade da caixa, 24 doces. A satisfa? inicial dos primeiros se transformava em revolta ?edida que percebiam a melhor sorte dos ?mos: “- Ningu?na sala conseguia acreditar que a Dinah tava fazendo aquilo com a gente. At?aquele dia, todo mundo era doido com ela, ?a professora, simp?ca, engra?a, bonita tamb?” A hist? termina com o filho, frustrado, entregando ao pai o globo terrestre: “- Toma esse neg?. Se a geografia ?ssim desse jeito que voc??alando, eu n?vou querer aprender tamb?n?. Seguem os questionamentos: – A distribui? dos doces promovida pela professora serviu para ilustrar como ?eita a distribui? de riquezas no Brasil. Associe os elementos da aula ao que eles correspondem no pa? • a caixa de [doces] • os patr? os empres?os, o governo, etc. • os alunos • o povo • a professora • a riqueza – Dos alunos da sala, quem voc?cha que reclamou mais? E quem voc?cha que n?reclamou? Por qu? – Na opini?da maioria dos alunos, como a professora deveria ter distribu? os doces? – A distribui? de doces feita pela professora ilustra a situa? de distribui? de renda entre os brasileiros. De acordo com o exemplo: a) Quem fica com a metade da riqueza produzida no pa? b) Para quem fica a outra metade? c) Na sua opini? a minoria privilegiada reclama da situa?? d) E os outros, deveriam reclamar? Por qu? – Dona Dinah, pela aula pr?ca que deu, talvez n?tenha agradado a todos os alunos. No entanto, voc?cha que eles aprenderam o que ?istribui? de renda? – No final do texto, Mateus diz ao pai: “Toma esse neg?!”. E come?a dormir sem o globo terrestre. a) O que voc?cha que o menino est?entindo pelo globo nesse momento? b) Na sua opini? ?ela geografia que ele deveria ter esse sentimento? – Segundo o narrador, a turma tinha entre onze e doze anos e n?estava interessada no assunto distribui? de renda. Na sua opini? existe uma idade certa para uma pessoa come? a conhecer os problemas do pa? Se sim, qual? Por qu? – Os alunos que ganharam menos doces sentiram-se revoltados com a divis?feita pela professora. a) Na vida real, como voc?cha que se sentem as pessoas que t?uma renda muito baixa? Por qu? b) Que consequ?ias a baixa renda traz para a vida das pessoas? D?xemplos. c) Na sua opini? as pessoas s?culpadas por terem uma renda baixa? – Muitas pessoas acham que uma das causas da viol?ia social (roubos, furtos e sequestros, por exemplo) ? m?istribui? de renda. O que voc?cha disso? Voc?oncorda com essa opini? Vejam voc?a que n?l chegou a educa? no Brasil. Decididos a “despertar a consci?ia cr?ca” dos seus pequenos leitores – miss?suprema de todo professor/escritor amestrado na bigorna freireana (ademais, se o livro n?for “cr?co”, a editora n?quer, porque o MEC n?aprova, os professores n?adotam e o governo n?compra) –, mas cientes, ao mesmo tempo, da incapacidade das crian? para compreender minimamente, em termos cient?cos, o tema da desigualdade social, Cerej?e Therezinha (permitam-me a liberdade euf?a) optaram por uma abordagem emocional do problema. Afinal, devem ter ponderado, embora os alunos n?tenham idade para entender o que ? o que produz a desigualdade na distribui? das riquezas, nada os impede de odiar desde logo essa coisa, o que quer que ela seja. A dupla de escritores assumiu, desse modo, o seguinte desafio (como eles gostam de dizer) “pol?co-pedag?o”: criar uma empatia entre os alunos e as “v?mas da injusti?social”; induzi-los a acreditar que toda desigualdade ?njusta, de sorte que para acabar com a injusti??reciso acabar com a desigualdade; e predisp?s, enfim, a aceitar ou apoiar a bandeira do igualitarismo socialista. Como na cabe?de Cerej?e Therezinha vida de pobre consiste em sentir inveja de rico, era necess?o lembrar ?crian? como ?riste n?ter uma bicicleta, quando o amigo tem duas, ou n?ter uma boneca, quando a amiga tem v?as. Mas, em vez de chamar essa tristeza pelo nome que ela tem desde os tempos de Caim, o livro a ela se refere como “sentimento de injusti?. Assim, al?de transmitir ?crian? uma vis?ideologicamente distorcida – e portanto falsa – dos mecanismos de produ? e distribui? da riqueza na sociedade e da realidade vivida por uma pessoa pobre, a dupla Cerej?e Therezinha as ensina a mentir para si mesmas, a fingir que sentem o que n?sentem e a berrar “injusti?” ao menor sintoma de inveja – pr?a ou de terceiro (essa ?ma presumida) – provocada por alguma desigualdade. Como se v?isto n??ma aula, ?ma inicia? nos mist?os do esquerdismo militante! Ou seja, no Brasil de hoje, os autores de livros did?cos j??se contentam em fazer a cabe?dos estudantes; eles querem danar as suas almas. Trata-se, em ess?ia, de uma par? sat?ca da par?la dos trabalhadores da vinha, onde Cristo nos ensina, entre tantas outras coisas, que n?existe correla? necess?a entre desigualdade e injusti?e que ?le pr?o – o justo por excel?ia – a maior, sen?a ?a, fonte de desigualdades do universo. “Amigo, n?fui injusto contigo. N?combinaste um den?o? Toma o que ?eu e vai. Eu quero dar a este ?mo o mesmo que a ti. N?tenho o direito de fazer o que eu quero com o que ?eu?” Que a palavra “sat?ca” – o esclarecimento ?o fil?o Olavo de Carvalho – “n?se compreenda como insulto ou for?de express? ?termo t?ico, para designar precisamente o de que se trata. Qualquer estudioso de m?icas e religi?comparadas sabe que as pr?cas de dessensibiliza? moral s?o componente mais t?co das chamadas ‘inicia?s sat?cas’. Enquanto o novi?crist?ou budista aprende a arcar primeiro com o peso do pr?o mal, depois com o dos pecados alheios e por fim com o mal do mundo, o asceta sat?co tanto mais se exalta no orgulho de uma sobre-humanidade ilus? quanto mais se torna incapaz de sentir o mal que faz”. Vem da? sentimento de superioridade moral da milit?ia esquerdista que h?ais de trinta anos deposita seus ovos nas cabe? dos estudantes brasileiros, parasitando, como solit?as ideol?as, o nosso sistema de ensino. Chamo a aten? para a mal?a empregada na montagem do experimento (pouco importa se fict?o ou real): se a professora houvesse distribu? os doces em conformidade com o desempenho alcan?o pelos alunos, eles entenderiam perfeitamente a raz?da desigualdade. Dificilmente algum deles se revoltaria. Mas, se isto fosse feito, o tiro sairia pela culatra, pois as crian? tamb?aceitariam com absoluta naturalidade o fato de na sociedade uns ganharem mais e outros menos. Para isso n?acontecer, a distribui? tinha de ser gratuita. S?sim o sentimento de inveja (que se pretendia instrumentalizar) n?seria contido pela percep? intuitiva de que, por justi?mesmo, uns de fato merecem receber mais e outros menos. A coisa toda ??p?ida e t?covarde que somos levados a pensar – sobretudo ?ista das perguntas, que parecem haver sido formuladas por pessoas com o mesmo n?l de conhecimento e maturidade do p?co a que s?dirigidas – que os autores n?t?capacidade para perceber a gravidade do delito que est?cometendo contra crian? totalmente indefesas. Sem descartar essa possibilidade – o que fa?em benef?o dos pr?os autores –, h?az?de sobra para atribuir esse crime a uma causa mais profunda e mais geral. “Hoje em dia – escreve Eduardo Chaves, Professor Titular de Filosofia da Educa? da Universidade Estadual de Campinas (http://chaves.com.br/TEXTSELF/PHILOS/Inveja-new.htm) –, “o sentimento pelo qual a inveja pretende passar, a maior parte do tempo, ? de justi?– n?a justi?no sentido cl?ico, que significa dar a cada um o que lhe ?evido, mas a justi?em um sentido novo e deturpado, qualificado de ‘social’, que significa dar a cada um parcela igual da produ? de todos – ou seja, igualitarismo. (...) Um postulado fundamental da ‘justi?social’ ?ue uma sociedade ?anto mais justa quanto mais igualit?a (n?s? termos de oportunidades, mas tamb?em termos materiais, ou de fato). ‘Justi?social’ ?portanto, o conceito pol?co chave para o invejoso, pois lhe permite mascarar de justi?(algo nobre, ao qual ningu?se op?seu desejo de que os outros percam aquilo que t?e que ele deseja para si, mas n?tem compet?ia ou ?n para obter. (...) A luta pelo igualitarismo se tornou verdadeira cruzada a se alimentar do sentimento de inveja. V?as ideologias procuram lhe dar suporte. A marxista ?hoje, a principal delas. A desigualdade ?pontada como arbitr?a e mesmo ilegal, como decorrente de explora? de muitos por poucos. Assim, o que ?penas desigualdade passa a ser visto como iniq?de. (...) O igualitarismo tornou-se o ? dos invejosos.” O que vemos nesse livro de Portugu?– inclu? pelos especialistas do MEC no Guia do Livro Did?co de 2008 – ? prepara? do terreno; ? fumiga? que pretende exterminar ou debilitar as defesas morais instintivas das crian? contra o ataque da milit?ia socialista que as aguarda nas s?es subsequentes. Mas, por favor, que ningu?desconfie da bondade desses educadores. Afinal, eles n?querem nada para si; s?apenas “trabalhadores do ensino” (como eles tamb?gostam de dizer), tentando contribuir para a constru? de uma sociedade mais justa. Vejam a Dinah: “?a professora, simp?ca, engra?a, bonita tamb?. Ora, quem somos n?ara discordar? Assim postas as coisas, s?s resta pedir a Deus que proteja as crian? brasileiras da bondade militante dos seus professores. * Coordenador do site www.escolasempartido.org

Agnaldo Del Nero Augusto

03/04/2009
Vers?sint?ca de um per?o importante da hist? do pa? destinada aos jovens, impregnados pela Mitologia Hist?a, criada pelos comunistas, em substitui? ?em? Nacional por eles deturpada. No in?o e meados do s?lo XX, nosso Pa?teve que enfrentar muitas dificuldades para manter a democracia e para vencer as barreiras que se opunham ao seu desenvolvimento, a fim de tir?o da posi? marginal que vinha ocupando na hist? e torn?o – ao contr?o do que parecia ser o destino dos pa?s perif?cos – um pa?vi?l. Se refletirmos sobre essa proposi?, constataremos que se trata de uma tarefa gigantesca. Poucos s?os que, pela pr?a idade, conheceram ou imaginam qu?atrasado era nosso pa?nessa ?ca. Por exemplo, uma liga? telef?a entre Pirassununga, no interior paulista e S?Paulo, capital do Estado mais avan?o, demorava de 4 a 6 horas, quando se completava. Por qu? A maioria das cidades tinha sua pr?a companhia telef?a que geria uma central para atender parte dos seus habitantes. Normalmente, n?se ligava lateralmente. Em dire? ?apital havia uma coordena? e as liga?s se faziam de cidade a cidade at?lcan? a capital. Os postes de sustenta? dessas linhas eram usualmente varas de eucalipto, mas havia at?idade em que eram de bambu-a? Em um e outro caso, uma ventania mais forte derrubava parte desses suportes e a liga? era interrompida por alguns dias e at?emanas, dependendo da presteza e capacidade das prefeituras Problema semelhante ocorria em uma viagem nesse mesmo trecho, de cerca de 200 km, de ?us ou autom?. Levava-se de 5 a 6 horas, quando se chegava. Por qu? As estradas, no centro do Estado de S?Paulo, ainda nos anos 50/60, eram de terra. N??reciso explicar mais nada, mas ?oss?l imaginar o que ocorria no restante do pa? Nossa infra-estrutura era precar?ima. Uma marcha carnavalesca complementava essa vis?deplor?l. Referia-se ?apital do pa? Seu t?lo: Rio de Janeiro cidade que seduz e seu estribilho: de dia falta ?a, de noite falta luz, retratava uma realidade insofism?l. Na ?a social a defici?ia ficava, no m?mo, no mesmo plano. Vejamos uma ?a da maior import?ia, a educacional. Em 1963, o Brasil aplicava somente 2,1% do PIB em educa?. A escolariza? obrigat? alcan?a apenas as crian? de 7 a 10 anos de idade, ou seja, um per?o de 4 anos, que s?a igual a de tr?pa?s africanos. T?amos 132 universit?os para cada bloco de 100 mil habitantes, enquanto a Argentina j?inha mais de 700 e o Chile e o Uruguai mais de 600. Das 135 mil escolas prim?as, 70% eram de uma sala s?om um s?ofessor lecionando para todas as s?es. De cada mil crian? que iniciavam o curso prim?o, menos da metade chegava ?a s?e. O contingente de analfabetos era assustador. No senso escolar de 1970, o primeiro do g?ro realizado no pa? apurou-se que 32% da popula?, correspondente a cerca de 30 milh?de brasileiros, eram analfabetos. Da oferta de ensino secund?o, 74% provinham das escolas particulares, negando-se, pois, ao pobre o acesso ao gin?o. N?havia cotas, nem diferen?de cor: preto, ?io, ou branco, sem dinheiro n?tinha como estudar, a car?ia era total. N?havia nem mesmo essas diferen? de cor e ra? que atualmente esfor?se a acirrar. Nas poucas escolas p?cas tinha-se que enfrentar o exame de admiss?ao gin?o, um primeiro funil. O homem do campo, ainda a maioria da popula?, n?tinha nenhum apoio do governo. N?tinha apoio de sa? educa? e previd?ia. N?tinha aposentadoria, pens? ent? nem pensar. O idoso vivia da caridade da igreja ou de parentes, ou ia para as ruas pedir esmola para sobreviver. Algo parecido acontecia com os empregados dom?icos e outras categorias profissionais que n?contavam com previd?ia. A mudan?dessa situa? era uma aspira? permanente. Podemos perceb?a nitidamente no Tenentismo. Este foi um movimento que surgiu nos anos vinte entre a jovem oficialidade militar. Considerava a corrup? o v?o fundamental do regime. Agitava a vida nacional com a prega? do voto secreto, para moraliza? das elei?s fraudulentas que permitiam a manuten? das oligarquias e seus privil?os. Para diminuir o poder dessas, pretendia uma maior centraliza? do poder no governo federal. Propugnava pela regenera? nacional e pela moderniza?. Defendia mudan? radicais na Administra? e no n?l de consci?ia nacional. O desejo de desenvolvimento explica-se, por serem os recursos proporcionados pelo crescimento econ?o, que custeiam e permitem aprimorar os maiores benef?os sociais – os programas habitacionais e os servi? p?cos de sa? as aposentadorias e pens? o aux?o contra o desemprego, o ensino b?co gratuito e as bolsas educacionais, a reciclagem profissional, o planejamento urbano etc. Nada disso se mant?a contento e muito menos se melhora sem os recursos carreados pela vitalidade econ?a, inclusive a manuten? das vagas de trabalho j?xistentes e a cria? de emprego ao enorme contingente de jovens que ingressa anualmente no mercado de trabalho.Enfim, ? desenvolvimento, que permite aos pa?s bem sucedidos assegurar o que se convencionou chamar os direitos fundamentais: ao trabalho, ?duca?, ?a? ?revid?ia. Por que tivemos que lutar para manter a democracia e a liberdade ? que procuraremos responder no pr?o artigo. * General de Divis?Reformado

Ex-blog do Cesar Maia

03/04/2009
Este Ex-Blog j?omentou sobre a analogia que Paul Lazarsfeld -Universidade de Col?a, anos 30, que deu car?r cientifico ?pesquisas de opini?eleitoral- fez entre campanhas e fotografias (de sua ?ca). Ele diz que a campanha se divide em duas fases: a pr?ampanha e a campanha propriamente, os 60 dias finais. ?como a fotografia, diz: quando se tira, impregna-se a imagem no celul? e isso ? pr?ampanha. Quando se revela, vai ??ra escura e com lavagem qu?ca se mostra a foto. E isso ? campanha. 2. Lazarsfeld diz que sem pr?ampanha a campanha ?ma loteria: NÏ H`IMAGEM A REVELAR. Hoje, dir?os: a campanha fica submetida ??a publicit?a e n??ol?ca. 3. As pr?as v?se generalizando a partir das cl?icas prim?as dos Estados Unidos. Nelas os candidatos se apresentam, discutem suas vis?e propostas preliminares, ganham visibilidade, se aproximam de seus eleitores ou de suas bases e se apresentam a todos, iniciando o processo de conquista. Hoje, dezenas de pa?s usam esta pr?ca. 4. Se num partido h?esist?ias e fica um s?ndidato, o pr?o processo n?conclu? cumpre, no m?mo, a fun? de expor o candidato e d?he mais visibilidade. Inevitavelmente passar? ser convidado para reuni?e palestras para se conhecerem suas ideias. No Brasil ocorre o pior dos mundos. A inevit?l pr?ampanha ?eita com disfarce dos candidatos, inaugurando obras, sendo apresentado (a) como prov?l candidato (a), com cobertura da imprensa, etc. 5. O mais org?co seria introduzir o sistema de pr?as. Para isso, a lei ou o pr?o TSE, acionado, poderia regulamentar (oferecendo alternativas quanto a pr?as abertas ou fechadas), estimulando com isso, uma pr?ampanha vertebrada. Sem essa regulamenta?, muito dificilmente os partidos usar?pr?as. Na melhor hip?e, tem antecipado informalmente as conven?s, ?vezes at?brindo um pouco o universo dos votos, al?dos delegados oficiais. N?basta.

Ex-blog do Cesar Maia

03/04/2009
A preocupa? do G-8, na reuni?do G-20 de ontem, era como se comportaria Lula depois das declara?s que fez nos EUA, no encontro com Obama, e com Gordon Brown, no Brasil. Terminar a reuni?com Lula fazendo um discurso terceiromundista e emplacando nos pa?s desenvolvidos a marca da crise, produziria manchetes e nublaria o resultado da reuni? cujo objetivo principal era reverter expectativas. 2. Obama se encarregou da tarefa. Junto a outros chefes de governo apontou para Lula, olhou para os rep?res e disse: “Esse ? cara”! Em seguida arrematou: “Lula ? pol?co mais popular do mundo”. Lula engoliu a corda, como dizem os mineiros, e entrou na reuni?exultante com os elogios. 3. Seu comportamento foi o esperado: completamente domesticado pela vaidade. No final, Lula deu uma coletiva ?mprensa e disse: “Serei o primeiro presidente do Brasil a emprestar para o FMI. N??hique emprestar ao FMI”? Estava completamente domesticado. Do ponto de vista econ?o, muito mais grave que dever ao FMI ?ar dinheiro ao FMI. Um rep?r comentou em voz baixa a outro: “?o poodle do Obama”.

Joé Maria e Silva

03/04/2009
EM RECENTE defesa da descriminaliza? da maconha, Fernando Henrique Cardoso afirmou que o debate sobre a legaliza? das drogas enfrenta um tabu que precisa ser quebrado. Trata-se de miragem do ex-presidente, j?ue a descriminaliza? das drogas — incluindo a defesa expl?ta da legaliza? da maconha — n?sai da pauta da imprensa e das universidades, permeando at?s “temas transversais” do MEC, impostos ?crian? nas escolas. Na pr?ca, o uso de drogas j?oi legalizado no pa? com a b??de tucanos e petistas — ideologicamente ecum?cos quando se trata de subverter costumes. A lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que institui o Sistema Nacional de Pol?cas P?cas sobre Drogas, aboliu qualquer puni? para os usu?os. A pena m?ma ? presta? de servi? ?omunidade, que, se n?for cumprida, acarreta simples “admoesta?” por parte do juiz, at?ue o crime prescreva. E quem sofre as consequ?ias ? bolso do contribuinte. Para a nova lei, consumir drogas ?m direito inalien?l do usu?o, e curar sua depend?ia, um dever incondicional do Estado. Essa tend?ia j?avia sido antecipada pela Assembleia Legislativa de S?Paulo, que, em 9 de fevereiro de 2006, derrubou veto do governador do Estado e, num arroubo de independ?ia n?muito comum no Parlamento brasileiro, promulgou, por decreto legislativo, a lei estadual nº 12.258, que confere privil?os aos usu?os de drogas sem lhes impor nenhum dever. Essas leis nasceram de uma tese hegem?a nos meios acad?cos: a pol?ca de redu? de danos — eufemismo com que intelectuais universit?os disfar? sua apologia ao uso de drogas. O brasileiro nem sonha, mas existe at? “Declara? dos Direitos dos Usu?os de Drogas”, que, obviamente, n?foi feita por uma Constituinte de usu?os, mas por acad?cos financiados pelo contribuinte. Subscrita pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informa?s sobre Drogas Psicotr?as), da Universidade Federal de S?Paulo, a declara? finge-se arauto da ci?ia de ponta, mas n?passa de entulho ideol?o do Maio de 68. Nela se alicer? a nova lei sobre drogas e as pol?cas do MEC e do Minist?o da Sa?na ?a. Professores universit?os, a quem cabe a educa? da juventude, proclamam, na referida declara?, o seguinte mandamento: “Conclamamos as organiza?s n?governamentais e governamentais a incluir usu?os de drogas em seus conselhos, ger?ias e dire?s”. Ou seja, as universidades est?defendendo cotas para drogados nas mesas diretoras do Congresso, nos gabinetes ministeriais e nas cortes de Justi? Deve ser por isso que os autores da declara? condenam, veementemente, o exame antidoping. Mas, enquanto n?chega o mundo sonhado por essa esp?e de “Manifesto Consumista” dos acad?cos (vers?lis?ica do “Manifesto Comunista” de Marx), a deputada Cida Diogo (PT-RJ), apoiada por Rita Camata (PMDB-ES), contenta-se em impor ao mundo real dos usu?os do SUS os privil?os dos usu?os de drogas. Cida Diogo ?utora de projeto de lei que obriga o SUS a dar a eles, entre outros insumos, agulhas e seringas descart?is. A express?“outros insumos” abre brecha para que o SUS distribua a pr?a droga, como a maconha, usada como alternativa de redu? de danos para viciados em crack. O projeto est?endo aprovado sem passar pelo plen?o da C?ra, como se o luxo da distribui? de seringas para viciados n?merecesse debate diante da mis?a da falta de medicamentos para crian? nos postos de sa? Mais grave ?ue a atua? dos especialistas encarregados da redu? de danos oscila entre a incapacidade e a inconsequ?ia. O pr?o Minist?o da Sa? em um texto sobre ?ool e drogas recomendado em seu site para crian? de 12 anos, mistura vulgaridade, lasc?a e imprecis? ao comparar a “fissura” proporcionada pelo crack ao prazer do orgasmo — agu?do dupla e criminosamente a curiosidade das crian?. E ainda nega, taxativamente, que a coca? produza toler?ia e s?rome de abstin?ia, numa indisfar?el apologia da droga para menores, contrariando a lei e a ci?ia. Eis, portanto, a danosa pol?ca de redu? de danos. Ela se alicer?na cren?pueril de que o drogado — useiro e vezeiro em escarnecer da lei, da p?ia e da fam?a — vai obedecer feito crian?as recomenda?s dos engenheiros sociais. Ainda que quisesse faz?o, de nada adiantaria. A “Declara? dos Direitos dos Usu?os de Drogas” ?ma prova de que a ci?ia de muitos especialistas ?ais alucinada do que del?o de viciado. JOS?MARIA E SILVA, 45, jornalista, ?estre em sociologia pela Universidade Federal de Goi? com disserta? sobre viol?ia nas escolas. Fonte: Folha de S. Paulo, 23 de mar?de 2009

Folha de São Paulo

03/04/2009
Lula Marques/Folha A Pol?a Federal encerrou a primeira fase de um procedimento que deve levar ?xclus?de Prot?es Queiroz de seus quadros. O delegado Amaro Vieira Ferreira informou aos seus superiores que encerra nesta sexta-feira (3) o inqu?to que apura supostos desvios de conduta na Opera? Satiagraha. Depois de investigar o caso por oito meses, Amaro concluiu que Prot?es infringiu a lei ?poca em que comandava a opera?. Acusa-o de violar o sigilo funcional, vazando dados sigilosos do inqu?to que apura crimes atribu?s a Daniel Dantas e ao Grupo Opportunity. Sustenta que Prot?es desrespeitou a lei de intercepta?s telef?as. Anota que a participa? de agentes da Abin na Satiagraha foi ilegal. Afirma que n?houve autoriza? judicial para o recrutamento dos mais de 80 arapongas da Abin que atuaram na Satiagraha. A requisi? dos servidores da Ag?ia Brasileira de Intelig?ia tampouco foi formalizada nas inst?ias administrativas. Deu-se de forma oculta. De resto, Amaro empilha no relat? evid?ias que, a seu ju?, comprovam que os arapongas realizaram tarefas que, segundo diz, s?t?cas de pol?a judici?a. Manuseram senhas exclusivas de policiais federais. Senhas que d?acesso a um equipamento chamado Guardi? onde a PF armazena as escutas telef?as. Fizeram transcri?s de grampos telef?os cujo acesso lhes era vedado por lei. Realizaram registros fotogr?cos, filmagens e escutas ambientais. O miolo do relat? da Corregedoria traz conclus?relacionadas ?prova-m? de um inqu?to que levou ?nica condena? imposta, por ora, a Daniel Dantas. Trata-se da filmagem que exp?repostos do mandachuva do Opportunity oferecendo a um delegado federal propina de R$ 1 milh? Segundo o delegado Amaro Vieira a capta? e a edi? das imagens enviadas ?usti?foram feitas com a participa? de pessoas estranhas ?F. Profissionais da “TV Globo”. A fita foi decisiva para que o juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Criminal de S?Paulo impusesse a Daniel Dantas a senten?de 10 anos de reclus? mais multa. O texto de Amaro Vieira ser?emetido ao Minist?o P?co e ao juiz federal Ali Mazloum, respons?l pelo inqu?to. Cabe ao Minist?o P?co oferecer den?a contra Prot?es ou sugerir o arquivamento do processo. O parecer dos procuradores da Rep?ca pode ser acatado ou n?pelo magistrado Mazloum. Se discordar, o juiz pode recorrer a inst?ias superiores do Minist?o P?co para tentar reverter uma decis?da qual discorde. Em di?gos privados, Mazloum declara-se impressionado com as informa?s carreadas aos autos pelo delegado Amaro Vieira antes mesmo da conclus?do trabalho. A julgar pelas impress?do juiz, dificilmente Prot?es deixar?e responder a uma a? penal se depender de sua vontade. Al?do delegado, est?encrencados no inqu?to conduzido pela Corregedoria da PF pelo menos quatro integrantes da equipe de Prot?es. S?eles: Roberto Carlos da Rocha, Eduardo Garcia Gomes, Amadeu Ranieri e Walter Guerra. Esse ?mo ?pontado como bra?direito de Prot?es na primeira fase da Satiagraha. Indiciciados por Amaro Vieira no ?mo dia 17 de mar? todos eles negam os malfeitos que a Corregedoria lhes atribui. Alegam “persegui? pessoal”. Al?da a? penal que o juiz Ali Mazloum tenciona mover, Prot?es ter?e responder a um processo administrativo disciplinar a ser aberto pela PF. ?um tipo de procedimento que prev? demiss?como puni? m?ma. Algo que o ministro Tarso Genro (Justi? e o diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corr? tratam, reservadamente, como favas contadas. Prot?es vive o seu inferno astral no instante em que se prepara para depor, uma vez mais, ?PI dos Grampos, na C?ra. Marcado inicialmente para este 1º de abril, o depoimento do delegado foi adiado para a pr?a quarta-feira (8). Prot?es vai ao banco da CPI munido de uma liminar do STF que o autoriza a silenciar diante de perguntas que possam resultar em respostas autoincriminadoras.

Percival Puggina

03/04/2009
Poucas coisas afetam de modo t?danoso o ?mo de um time de futebol quanto o gol contra. Se o lance do gol for confuso, n?precisa olhar o teipe para reconhecer o culpado. Basta procurar pelo atleta mais cabisbaixo, mais deprimido. Ali est? r? Ele sabe que fez uma grande bobagem contra si e contra os seus. Imagine, agora, um jogador que mande a bola para o fundo das pr?as redes e saia desenhando cora?s com as m?, subindo o alambrado para festejar e convocando seus companheiros para participarem da pr?a alegria. Loucura? Nem sempre. 3 vezes, coisas assim acontecem sob nossos olhos, fora das “quatro linhas” como se dizia antigamente, sem que a gente perceba a incongru?ia entre o mal feito e a atitude de quem o fez. ?o que ocorre, por exemplo, em rela? a certos aspectos da atual Campanha da Fraternidade, que se volta para o tema da seguran?p?ca. Est?convocando a torcida cat?a para estimular gol contra. ?recorrente no texto da Campanha de 2009 o velho matiz ideol?o de muitas CFs anteriores. De cara, o documento deste ano exibe seu pincel, retratando fatos da nossa hist? com as cores que lhe servem. Assim, por sua leitura, ficamos informados de que a viol?ia chegou ao Brasil com os portugueses. At?nt? deduz-se, os ?ios viviam em paz. Nada tinham a ver com a mancada de Ad?e Eva e permaneciam no para?. S?avam suas flechas para ca? capivaras. E o bispo D. Pero Fernandes Sardinha acabou sendo partilhado (fraternalmente, claro) numa ceia dos caet?porque, de fato, era muito apetitoso. Os nativos daquele ?en onde se intrometeu o velho colega dos nossos prelados da CNBB jamais seriam levados, por maus sentimentos, a sacrificar e cozinhar um semelhante. O mesmo matiz ideol?o concede uma esp?e de indulg?ia plen?a ?riminalidade que mais asusta o pa? toda ela vista como conseq?ia do tipo de sociedade onde vivemos. Denuncia as penas de pris?como “vingan? social e convoca os fi? a “assumir sua responsabilidade pessoal no problema da viol?ia”. Trata-se, em resumo, da velha luta de classes, segundo a qual as v?mas da criminalidade s?socialmente culpadas, ao passo que os criminosos s?inocentados por inexist?ia de outra conduta exig?l. ?a tese do Marcola, sendo acolhida pela CNBB. Pela falta de qualquer men?, o documento abranda e envolve em compreens?quaresmais crimes hediondos, tais como estupro, pedofilia, seq?ros, tr?co de drogas, latroc?o, homic?o (a palavra assassinato, creiam, s?arece quando o texto fala da “luta pela terra”!). Em seguida, o documento da CNBB crispa os dedos, arreganha os dentes e evidencia santa ira quando denuncia “a gravidade dos crimes contra a ?ca, a economia e as gest?p?cas”. O erro n?est?qui, est??tr? Fica flagrante a ades??d? marxista e coletivista de que o crime contra o Estado e o interesse p?co ?ais grave do que o crime objetivamente dirigido contra a pessoa humana, imagem e semelhan?de Deus, como muito bem apontou em recente artigo o delegado de pol?a Rafael Vitola Brodbeck. Isso tudo ?ol contra. A doutrina cat?a ensina que o pecado corresponde ?egativa pessoal, consciente, livre e volunt?a contra a vontade revelada de Deus. A isso sobrev?o “cair em si”, o sentimento de culpa, o arrependimento, o remorso, a confiss? o pedido de perd? a repara?, a penit?ia. Trata-se de uma pedagogia extraordin?a para a forma? da consci?ia moral e para a consolida? das virtudes. Tente educar uma crian?sem isso e veja no que d? Busque a bola no fundo da sua rede, ent? quando ouvir esse serm?ideol?o sobre a socializa? do crime do “pobre” e sobre a individualiza? do crime do “rico”.

Ubiratan Iorio

02/04/2009
Embora hoje, 1º de abril, seja conhecido como o Dia Internacional da Mentira, o fato que vou contar, felizmente, ?erdadeiro. Acabei de ter conhecimento dele em um jornal de TV e corri para o computador, porque se trata de um exemplo auspicioso de que nem tudo est?erdido, neste mundo em que as m?not?as se sucedem em uma monotonia que lembra O Bolero de Ravel, inclusive com um crescendo que assusta a qualquer cidad?de bem. Na Rom?a, em um jogo de futebol, um dos times ganhava de 3 x 0, quando o seu centro-avante, em disputa com um zagueiro advers?o, caiu e o ?itro marcou p?lti. Os defensores da equipe punida puseram-se a reclamar, em v? como sempre acontece nesses casos. Mas a?ucedeu o fato extraordin?o, que serve como bom exemplo n?apenas para o esporte, mas para todos os in?os campos da a? humana: o centro-avante se levantou e foi diretamente dizer ao juiz que o lance fora normal, que o zagueiro n?tivera a inten? de derrub?o e que, portanto, ele – o ?itro – errara, porque n?fora cometido o p?lti! O diretor da partida, ent? marcou “bola ao ch? e o jogo foi reiniciado normalmente! Que bonito exemplo o do an?o atacante romeno! De bom car?r, de respeito ao verdadeiro esp?to esportivo, de obedi?ia ?regras do jogo, de corre?, enfim. Que bom seria se, em todos os setores da vida – na pol?ca, nas rela?s pessoais, no trabalho, na rua, em casa, no Estado – todos tivessem a atitude do centro-avante da Rom?a. ?um exemplo isolado do bem, em um mundo que parece cada vez mais ilhado pelo mal. Mas ?reciso exalt?o. Parab? ao correto atacante, que nos aponta que, se cada um de n?izer a nossa parte, ainda h?omo a sociedade moderna tomar jeito!

Folha Online

02/04/2009
PPS critica Pol?a e juiz por exclus?do PT de relat? sobre investiga? da Camargo Corr? Segundo ele, os partidos de oposi? foram os mais prejudicados com o vazamento das informa?s. O presidente nacional do PPS, Roberto Freire, criticou a Pol?a Federal e o e o juiz Fausto De Sanctis, pela exclus?do PT da lista de partidos supostamente beneficiados por doa?s da Camargo Correa. Na semana passada, a PF deflagrou a Opera? Castelo de Areia para desarticular um suposto esquema de lavagem de dinheiro diretores e secret?as da construtora chegaram a ser presos. A investiga? revelou inicialmente que a escutas revelaram doa?s da Camargo Corr?para diversos partidos pol?cos: PSDB, DEM, PPS, PMDB, PSB, PDT e PP. No entanto, reportagem do Jornal Nacional informou ontem que tr?partidos foram exclu?s do relat? da PF: PT, PTB e PV. A revela? de que o PT foi omitido no relat? final Opera? Castelo de Areia n?deixa d?a sobre o uso pol?co que a Pol?a Federal e o juiz Fausto de Sanctis fizeram de um caso de corrup?, disse Roberto Freire,. Segundo ele, os partidos de oposi? foram os mais prejudicados com o vazamento das informa?s. Corremos o risco de ter entre n?ma pol?a pol?ca; tudo isso facilitado por um juiz, advertiu Freire. Outro lado O diretor-geral da Pol?a Federal, Luiz Fernando Corr? negou nesta ter?feira que a Opera? Castelo de Areia tenha beneficiado legendas da base governista nas investiga?s sobre o suposto repasse irregular de recursos da Camargo Corr?para partidos pol?cos. Ele disse que o juiz Fausto de Sanctis, da 6ª Vara Federal de Justi? deve explicar o vazamento de informa?s sobre doa?s feitas pela Camargo Corr?a partidos de oposi? uma vez que tornou p?co trecho da sua decis?judicial que autorizou a opera?. A Pol?a Federal n?se moveu, n?praticou nenhum ato motivado por quest?partid?as ou pol?cas. Agora, os interlocutores ?ue referiram e falaram nomes de pessoas, institui?s e partidos. E essas pessoas estavam sendo interceptadas legalmente. O juiz, ao dar publicidade do seu despacho de decis?se fundamentou inclusive em alguns desses. Cabe ao juiz e somente ele pode fazer isso [explicar as informa?s], afirmou. A assessoria da Justi?Federal informou que De Sanctis est?esde domingo nos Estados Unidos e incomunic?l. Ele viajou a convite do governo norte-americano mas o motivo da viagem ?onfidencial. A previs??la retorne a S?Paulo na pr?a segunda-feira (6). Fonte: Folha Online