JC de Bauru

12/04/2009
Luiz In?o Lula da Silva disse no Chile que as “locomotivas t?mais responsabilidades que os vag?, querendo referir-se ao primeiro-ministro brit?co e ao vice-presidente dos EUA, atribuindo aos pa?s desenvolvidos a culpa pela crise internacional... Bem, como Lula adora met?ras, vou usar uma que lhes serve como uma luva: Lula ? nossa Maria-Fuma?que ainda usa bitola estreita, queima muito combust?l, carrega mais de 40 vag?vazios, amea?descarrilar em qualquer curva do caminho... e n?vai muito longe... Mas apita que ?ma beleza! M.M.Assaf

Percival Puggina

12/04/2009
Meninos e meninas, eu vi. Eu vi o senador Cristovam Buarque, na tribuna do Senado, sugerindo um plebiscito para que a popula? decida sobre se o Congresso deve ou n?ser fechado. Disse ele: “As raz?n?s?apenas as dos esc?alos. S?as raz?da inoper?ia e s?as raz?do fato de que estamos hoje numa situa? de total disfun? diante do poder. De um lado, tem as medidas provis?s do Executivo e, de outro, as medidas judiciais do Judici?o. N?omos quase que irrelevantes”. N?fosse o tom brando e adocicado, o discurso do senador Cristovam Buarque teria sido pe?padr?do papo pol?co nacional. T?co, t?co, mesmo seria proferi-lo em tom indignado, numa mesa de bar. Mas o roteiro foi cl?ico. Come? reprovando obviedades e terminou propondo uma asneira. Ele n?quer uma reforma pol?ca como precisaria ser feita. Ele sugere uma esp?e de AI-5 da “cidadania”. Ou haver?uem tenha d?as sobre o resultado de tal consulta popular, caso a ideia fosse levada a s?o? O senador, que diz ser contra o fechamento, mas prop? plebiscito, ? M?io Moreira Alves da vez. Eis, leitor, para onde desanda o Parlamento em nossa combalida democracia, por culpa de uma elite que s?v?omo palco do jogo de interesses e conveni?ias, de um modelo institucional que h?m s?lo n?consegue produzir algo melhor do que isso mesmo, e de um plen?o que se abaixa at?ostrar os fundilhos. O maior esc?alo do parlamento brasileiro, contudo, n?est?as m?condutas, nos abusos e nos descontroles. N?est?tampouco, no instituto das medidas provis?s nem na invas?de compet?ia por vezes promovida pelo Judici?o. Esses dois conjuntos de embara? apontados pelo senador, bem como a compra da base de apoio com dinheiro (mensal? ou com os rotineiros cargos, favores e emendas parlamentares s?consequ?ia do problema institucional brasileiro. Saibam todos: foi, ? continuar?endo assim enquanto n?mudarem as regras do jogo. Escandaloso ?ue, embora todos estejam cientes da crescente repulsa que a sociedade nutre pela fun? que exercem, a pauta da reforma pol?ca sensibilize t?poucos congressistas. Esse ?ent? o maior de todos os esc?alos porque depende exclusivamente deles, dos congressistas, acabar com a pr?a irrelev?ia, corrigir os v?os do sistema, conferir nobreza ?ua fun? e atribuir responsabilidades ao Poder que integram. O governo federal encaminhou ao Congresso sete projetos de – como direi? – “reforma pol?ca”. Nenhum deles, ou todos juntos, desatam nossos n?orque n?atingem o cerne do problema: a) separar Estado, governo e administra?; b) atribuir o governo ?aioria parlamentar; c) inibir a representa? congressual dos grupos de interesse. Mas est?eaberta a porta para promover isso mediante propostas e emendas capazes de fazer com que as institui?s nacionais, enfim, ganhem qualidade em forma e conte? Se ?erdade que cada povo tem o governo que merece, n??enos verdade que cada povo tem o sistema de governo que suas elites preferem. A intelig?ia brasileira, infelizmente, n?vai al?dessa geringon?que temos a?N?se espere do cidad?comum, do homem da rua, que aponte as origens das mazelas que observa nem que conceba modelos institucionais para corrigi-las. Isso cabe ?lite pol?ca, acad?ca, cultural. E ela ?hoje, nosso maior problema. ZERO HORA, 12 de abril de 2009

Ivanaldo Santos

11/04/2009
Ningu?sabe ao certo a origem do comunista de Taubat?H??as vers?sobre sua origem e sua hist?. Quase tudo em torno dessa figura folcl?a ?ito. N?se sabe se quer se ele realmente ?atural da cidade de Taubat?m S?Paulo ou se apenas a sua m??atural dessa cidade, ou seja, a famosa Neide Taubat? O fato ?ue o comunista de Taubat? uma figura c?a. Ele ? eterno estudante de gradua? – e por conseguinte eterno l?r estudantil – de algum curso da ?a de ci?ias humanas (hist?, sociologia, filosofia, etc) de alguma universidade do sudeste do Brasil (PUC-SP, USP, UFRJ, etc), sempre usa a camisa vermelha com o rosto de Che Chevara, sempre profetiza o “fim do capitalismo” e diante de qualquer problema, por mais simples que seja, ele n?pensa duas vezes. Simplesmente ele repete: “a culpa ?a burguesia”. O comunista de Taubat?dora tomar umas cervejas em algum bar perto da universidade ou da sede de algum partido de esquerda e sempre tenta explicar aos seus colegas de copo a “psicologia da direita”. Obviamente que ningu?presta aten? ao que ele diz. Conta-se que ele nunca trabalhou. Segundo ele o trabalho ?um valor burgu?. Ele vivi da eterna mesada que a m?lhe d?Algumas pessoas dizem que ele foi beneficiado com uma das v?as indeniza?s milion?as que o atual governo federal pagou e ainda est?agando aos companheiros de caminhada ideol?a. Essas indeniza?s foram apelidadas de “bolsa terrorismo”. Entre tantas informa?s que nos chegam sobre o folcl?o comunista de Taubat? grande fato concreto ?ue ele ?ma grande figura c?a. Ningu?acredita em suas profecias e na an?se pol?ca por ele realizada. Entretanto, todo mundo ri quando ele b?do, com um copo de cerveja na m? proclama: “Vivi Fidel Castro, vivi a revolu?”. O problema ?ue at?lguns anos atr?s? encontrava o comunista de Taubat?m lugares espec?cos como, por exemplo, os centos acad?cos de cursos universit?os da ?a de ci?ias humanas. Ele era uma esp?e de “animal em extin?”. Entretanto, atualmente o comunista de Taubat?st?e multiplicando. Ele pode ser visto na maioria das universidades brasileiras e n?apenas na regi?sudeste. Ele pode ser encontrado na maioria dos partidos pol?cos e n?apenas nos partidos de esquerda. E o pior ele pode ser encontrado dentro dos c?ulos de intelectuais, na reda? dos jornais e revistas. Ele est?anhando notoriedade. Est?e transformando em um fen?o social. O que aconteceu para que de figura c?a o comunista de Taubat?e transformasse em um fen?o social? ?dif?l d?ma resposta a essa pergunta. Mas, ?oss?l apontar pelo menos dois grandes fatores. O primeiro fator ? aus?ia de uma oposi? s?a no Brasil. Desde que houve a redemocratiza? – sem fazer nenhum tipo de apologia ao regime militar – o Brasil vivi a ditadura do pensamento ?o. Ditadura que ?ancada pela ideologia da esquerda. N?h?o Brasil um pensamento alternativo. Tudo se resume a agenda da esquerda. A conseq?ia ?ue n?h?ebate pol?co s?o neste pa? A universidade, os jornais e revistas terminam reproduzindo – como faz o comunista de Taubat? os jarg?da esquerda, sem refletir sobre se esses jarg?se aplicam ou n?a realidade. O segundo fator ? tipo de educa? que as pessoas est?recebendo na atualidade. ?uma educa? voltada, em sua ess?ia, para a mediocridade. Mesmo no ambiente universit?o – que teoricamente deveria formar pessoas com senso cr?co – reina a leitura de manuais que apresentam a realidade de forma simples e esquem?ca. Atualmente n?se l?ais Plat? Arist?es, Tom?de Aquino, Kant e toda a grande riqueza do pensamento Ocidental. Tanto no ensino m?o como na universidade se l?s manuais que ensinam as pessoas a serem ricas e bonitas. O pior ?ue a TV e os jornais passam pelo mesmo processo de embrutecimento. Diante desses dois graves fatores n?se admira que um professor universit?o diga a seus alunos que os problemas do mundo s?causados pelo capitalismo. Se isso fosse verdade a Correia do Norte seria o para? na Terra. Tamb?n?se admira que todos os dias apare?nos jornais e na TV as mais simpl?s an?ses da vida social. An?ses que – em ?ma inst?ia – colocam a culpa em Deus. ?triste, mas a verdade ?ue o folcl?o comunista de Taubat?st?e multiplicando. Atualmente ele est?or toda parte. E com a multiplica? dessa figura folcl?a multiplica-se tamb?a mediocridade na vida pol?ca, social e acad?ca. A ?a vantagem dessa multiplica? ?ue haver?ais oportunidades para as pessoas darem boas risadas com os velhos e superados jarg?proferidos pelo comunista de Taubat?

Reuters

10/04/2009
LA PAZ - O presidente da Bol?a, Evo Morales, declarou nesta quinta-feira uma greve de fome para pressionar o Congresso a aprovar uma pol?ca lei de transi? constitucional, que representaria um passo rumo a sua reelei? no pleito nacional previsto para dezembro. Morales come? o jejum ?9h50 (hor?o local) no pal?o presidencial, acompanhado de uma dezena de dirigentes das organiza?s sociais, entre eles Pedro Montes, secret?o-executivo da Central de Trabalhadores Bolviana. O secret?o disse que o protesto foi decidido frente ?eglig?ia de alguns parlamentares neoliberais para defender o voto e o mandato do povo, j?ue o Congresso n?chegou a um acordo sobre a lei de transi? determinada pela nova Constitui?. (Reportagem de Carlos A. Quiroga)

Percival Puggina

10/04/2009
“Veio o dia dos zimos, quando devia ser imolada a P?oa. Jesus ent?enviou Pedro e Jo?dizendo: ‘Ide preparar-nos a P?oa para comermos’. Perguntaram-lhe: ‘Onde queres que a preparemos?’ Respondeu-lhes: ‘Logo que entrardes na cidade, encontrareis um homem levando uma bilha d’?a. Segui-o at? casa em que ele entrar’” (Lucas 22, 7-10). Sempre que leio essa passagem do Evangelho de Lucas chama-me a aten? a maneira um tanto misteriosa como Jesus indicou a Pedro e Jo?o local onde queria que a ceia fosse celebrada. Creio que aquele homem, com a ?a que levava, representa algo. Tem que representar. O sujeito n?est?li, parado numa esquina de Jerusal? como personagem de um thriller sobre o servi?secreto israelense, o Mossad, tipo assim: - “Acompanhem o sujeito com um cachecol vermelho e com uma edi? do Haaretz embaixo do bra?. Penso que, diferentemente, o epis? entra nos Evangelhos como met?ra, com uma pedagogia, para informar que cabe a todos os batizados mostrar o caminho do local da ceia; que nos incumbe palmilhar, sobre as pedras do cotidiano, o percurso que leva ?asa do Pai. E para dizer-nos que devemos fazer com que outros nos sigam, de modo que se cumpra tudo que foi institu?. Quando eu me dei conta disso, o sujeito deixou de ser um estranho numa esquina de Jerusal? De fato, an?o perante a posteridade, sem rosto, porque seguido pelos que vinham atr?de si, o homem com a bilha d’?a, de certo modo e do modo certo, serviu a Cristo como a Igreja O deve servir, sem perguntar qual seria seu lugar na mesa e sem posar para a fotografia. O que aconteceu no local para onde ele conduziu os ap?los, transformado no mais importante templo material da hist? humana, seria mais do que suficiente para produzir alguma express?de vaidade. Mas n? N??ssim que acontecem as coisas na hist? da Salva?. Tamb?os sacerdotes comparecem ao altar da Santa Ceia como o homem da bilha d’?a. Orientadores do povo de Deus, eles abrem as portas da grande sala e a confiam ao Mestre para que opere, ali, o imenso dom da Eucaristia, “como aquele que serve”. Quando querem ser os astros da celebra? agem como simples burros carregando ?a. No domingo de P?oa, no dia do Pessach para os judeus, os crist? celebram a Ressurrei?. E mais uma vez se mostra, inteiro, o zelo dos evangelistas pela verdade dos fatos que narram. A Ressurrei? de Jesus ? fato mais extraordin?o da Hist?. ?essencial ao cristianismo. A P?oa da Ressurrei? ? data magna dos crist?. “Se Cristo n?ressuscitou, v?eria a nossa f? diria Paulo de Tarso, alguns anos mais tarde. No entanto, como esse fato n?foi testemunhado por ningu? os evangelistas n?lhe dedicam uma ?a palavra. Limitam-se a descrever o t?o vazio e as posteriores apari?s de Jesus. “Sigam esse homem” ?ma esp?e de reiterado mandamento, em cuja ess?ia o pr?o Jesus ?quele que deve ser seguido. Sigam-no e Feliz P?oa!

Tibiriçá Ramaglio

10/04/2009
?poss?l babar (e n?chorar) pelo leite derramado? Sim, se o Leite derramado em quest?for o romance de Chico Buarque de Hollanda. A imprensa paulista derramou litros de baba e tinta por ocasi?do lan?ento do livro, em 28 de mar? O Caderno 2, de O Estado de S. Paulo, cedeu ?bra sua capa e mais quatro p?nas encomi?icas. A Ilustrada, da Folha, foi pelo mesmo caminho e a Veja tamb? embora bem mais parcimoniosa nos elogios. H?m motivo propriamente liter?o para tudo isso? N? Leite derramado n??enhuma obra-prima. ?um texto mediano. Torna-se um acontecimento cultural no pa?simplesmente pelo fato de ter sido gestado pela testa de Chico Buarque, que ?ma unanimidade nos meios acad?cos e nos meios de comunica? nacional. Meios onde impera a mentalidade esquerdista e um corporativismo desbragado. Vale a pena, portanto, comentar n?s?Leite derramado como as cr?cas que lhe sa?m na imprensa – e chorar por ambos. Leite derramado pretende tra? um panorama da hist? social do Brasil a partir do discurso de um decadente representante das nossas elites que, centen?o e moribundo, estaria a ditar suas mem?s para uma enfermeira do hospital onde se encontra. O personagem narrador pretende ser, de fato, uma caricatura do burgu?aristocrata brasileiro. Pelos cacoetes pretensiosos e autorit?os que seu discurso trai, iriam se revelando as mazelas dessa elite, bem como as que ela imp?o nosso povo – as classes dominadas, exploradas. ?muito significativo disso o desejo que o narrador, Eul?o d’Assump?, sente por Balbino, “um preto meio roli?, filho de um criado da fam?a e que foi seu amigo de inf?ia. Sobre ele, relata Eul?o, no cap?lo 4: “Durante um per?o, para voc?er uma id?, encasquetei que precisava enrabar o Balbino. Eu estava com dezessete anos, talvez dezoito, o certo ?ue j?onhecia mulher, inclusive as francesas. N?tinha, portanto, necessidade daquilo, mas do nada decidi que ia enrabar o Balbino. [...] S? faltava ousadia para a abordagem decisiva, e cheguei a ensaiar umas conversas de tradi? senhorial, direito de prim?as, pondera?s t?acima do seu entendimento, que ele j?ederia sem delongas”. Ora, essa imagem de o rico querer literalmente – desculpem – foder o pobre fala por si. Eu disse, portanto, que o livro pretende, porque n?chega efetivamente a realizar seu objetivo. Desde seu pr?o nome, a que o ap?ofe e o p?udo devem atribuir distin?, antiguidade e nobreza, Eul?o d’Assump? ? caricatura n?da elite, mas de um estere?o da elite e nada mais do que isso. A sociedade brasileira que Chico Buarque apresenta foi extra? dos velhos manuais de historiografia e sociologia marxista, escritos pelo pai do autor, por Caio Prado Jr. e Florestan Fernandes. Nada acrescenta a elas, al?da linguagem da fic?, mas se trata de uma fic? que n?ilumina nenhum aspecto da realidade. O problema n?est?m que nossas elites n?mere? cr?cas e caricaturas. Merecem sim, sem d?a nenhuma, por?cr?cas e caricaturas que a espelhem de fato e lancem alguma luz sobre sua alma e sobre a alma do pa? ?poss?l ser marxista e fazer uma literatura anal?ca e penetrante, sem recorrer a clich?sociol?os. Est?a??Bernardo e Vidas Secas, de Graciliano Ramos, como evid?ia disso, mas vamos adiante. N?se pode deixar de comentar a pretens?machadiana do texto de Chico Buarque que ?omente isso: pretens? pois, em termos de estilo, sua linguagem n?consegue atingir a gra?e a eleg?ia do autor de Dom Casmurro. E se Matilde, a amada do narrador de Leite derramado, tem, sim, um qu?e Capitu e sua rela? com Eul?o ?n?ga ?aquela com Bentinho, n?h?isso mais do que uma justa homenagem ao bruxo do Cosme Velho. No mais, Chico, por causa de sua sociologia barata, est?ais para nossos naturalistas menores, como Adolfo Caminha e J? Ribeiro, no sentido de que como eles – e muito ao contr?o de Machado – ?squem?co e determinista. Agora, vale a pena passar em revista a cr?ca recebida por Leite Derramado. Roberto Schwarz, o autor de As id?s fora do lugar, tem, como se sabe, as id?s fora do tempo... ?um frankfurtiano ortodoxo, que muito se orgulha dessa condi?. Nem por isso deixa de ser um erudito e, portanto, ?mposs?l que leve o romance de Chico a s?o. Quando diz, logo no in?o de sua resenha, que Leite derramado ?divertido”, faz seu julgamento de valor definitivo. N?chegar? elogio maior do que esse ao longo de toda a sua an?se. Quando muito suas ?mas palavras qualificam o romance como uma “soberba lufada de ar fresco” no panorama liter?o brasileiro de hoje. Ora, trata-se de um meio elogio, no caso um disc?lo de Benjamin e Adorno, como Schwarz, para quem a obra de arte deve ser muito mais do que mera divers? E um meio elogio que s?feito por corporativismo esquerdista, pois o deleite do cr?co est?o fato de os Assump? irem, como ele diz, “cumprindo o seu papel de classe dominante, europeizad?imos e fazendo tudo fora da lei”. Quanto ?cr?cas de Augusto Massi e de Samuel Titan Jr., ambos da USP, diga-se que elas n?t?o m?mo compromisso de ajudar o leitor aprofundar-se na compreens?do romance, compromisso sem o qual a cr?ca liter?a n?serve para nada. Os dois fazem elucubra?s vagamente elogiosas que mais visam a exibir a sensibilidade intelectual e a capacidade de racioc?o deles mesmos do que a abordar seu objeto de an?se. Massi ainda tem o desplante de terminar seu ensaio com um trocadilho alusivo ao t?lo da obra do pai do autor: “Ao revirar pelo avesso ideologias entranhadas fundamente em nossos h?tos cotidianos, talvez ele [Chico] avance rumo ?ra?s do Brasil”. ?uma brincadeirinha cretina que fica no mesmo n?l da do redator da Ilustrada, que chamou Chico Buarque de “o bruxo do Leblon”, multiplicando por dez a dist?ia que separa este bairro do Cosme Velho... Enfim, das cr?cas que li, prefiro a de Eduardo Gianetti da Fonseca, que d?onta de fazer uma s?ese bem feita do romance e de elogi?o com mais economia. Gianetti destaca as “solu?s felizes de linguagem espalhadas como d?vas pelo texto”. Mas deixa clara a falta “de ao menos um personagem com o qual se possa ter um v?ulo de empatia. Os Eul?os senhoriais s?calhordas; os Balbinos da estirpe servil [...] e Matilde n?tem vida interior”. E arremata com precis? “A sociologia festeja, mas a filosofia rasteja”. ?isso mesmo. Essa ? hist? da est?ca marxista. http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

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10/04/2009
A demarca? da Reserva Raposa/Serra do Sol ?ma fraude, um crime do come?ao fim. Come?pela manipula? de aldeias que n?existiam e a?oi se preenchendo a reserva com aldeias fict?as. x Do Plen?o, o senador Mozarildo Cavalcanti registrou reuni?entre o presidente do Tribunal Regional Federal, o Governador de Roraima e outras autoridades para discutir a retirada dos ocupantes n??ios da reserva. x Segundo Mozarildo, passa-se a imagem de que ?eia d? de arrozeiros que deve desocupar a ?a, quando seriam 500 fam?as, muitas das quais formadas pelo casamento entre ?ios e brancos, com filhos nascidos na regi? x ?importante que o Tribunal procure executar a retirada das fam?as com cautela, equil?io e justi? pois n?s?animais, s?pessoas humanas, com sentimentos e ra?s no local que est?sendo enxotadas, de suas terras – explicou o senador. x O parlamentar criticou ainda a falta de defini? de crit?os, por parte do STF, para a retirada de filhos de ?ios com brancos, nascidos na reserva, mas de pele branca. ?um absurdo que filho de ind?na n?possa ficar por causa da pele. x O Supremo tem que decidir como ser? procedimento em rela? a essas pessoas que l?asceram e l?st? Isso que se est?azendo ?m verdadeiro absurdo. ?uma malvadeza, criticou Mozarildo. x Ao concluir seu pronunciamento, o parlamentar defendeu a aprova? de uma norma para definir como devem ser as futuras demarca?s. Para ele, s?necess?as regras que definam as linhas gerais de uma pol?ca de Estado e n?de governo, como acredita estar ocorrendo na reserva Raposa Serra do Sol.

Espaço Vital

10/04/2009
O caxiense Cl? Victorio Mezzomo encaminhou ao Supremo Tribunal Federal, na quinta-feira (02), pedido de interpela? judicial contra o Presidente da Rep?ca Lu?In?o Lula da Silva pela declara? feita ?mprensa de que a atual crise econ?a mundial ?fomentada por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes da crise pareciam que sabiam tudo, e que agora demonstra n?saber nada (sic)”. A afirma? foi feita durante a recente visita do primeiro-ministro ingl? Gordon Brown, no dia 26 de mar? O autor da a? - que ?utor do livro Como Agem os Vencedores - alega ter se sentido pessoalmente ofendido pela declara? e pede que Lula seja “notificado a apresentar suas explica?s para a alega? de que a causa da crise mundial repousa em raz?gen?cas, ou seja, uma ra?ou etnia portadora de genes recessivos ?ulpada pela crise internacional, mais especificamente a ´gente branca, de olhos azuis´”. Cl? Mezzomo explica que ?rasileiro de ascend?ia italiana, com pele de tez extremamente alva e olhos verdes. Diz ainda que nasceu em Caxias do Sul (RS), foi criado em Est?ia Velha (RS) e trabalhou desde a inf?ia cercado por homens e mulheres de “pele branca e olhos azuis”, os quais, “juntamente com europeus ib?cos, negros e ?ios muito fizeram pela prosperidade e progresso da regi?. De acordo com a a?, Lula - ao afirmar, categ?a e publicamente, que o homem caucasiano engendrou e foi o culpado pelo atual estado de coisas - imputou a uma etnia a responsabilidade integral pela crise internacional, em uma postura intoleravelmente racista. Segundo o autor, o ordenamento jur?co reprime com veem?ia a pr?ca de racismo, a iniciar pelo pre?ulo da Constitui? Federal. S?citados ainda o artigo 5º, pelo qual “todos s?iguais perante a lei, sem distin? de qualquer natureza” e o inciso XLII, para o qual “a pr?ca de racismo constitui crime inafian?el e imprescrit?l”. Outros dispositivos que comp?a alega? do direito violado s?o artigo 140 do C?o Penal – “injuriar algu? ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro”; o Regimento Interno do Senado Federal, segundo o qual ?edado fazer pronunciamentos de preconceito de ra? a Lei nº 7.716, de 1989, que define os crimes resultantes de preconceito de ra?ou de cor; e o C?o de ?ica Profissional do Servidor P?co Civil do Poder Executivo Federal. O interpelante – que disse ter trabalhado no Rep?r Esso e no jornal ?tima Hora, al?de ter sido editor da revista “Parlamento” – deu como endere? para fins de intima?, o escrit? de Advocacia de seus filhos Adriano Mezzomo e Rodrigo Mezzomo (que assinam a peti?), situado na Avenida Franklin Roosevelt, no Rio de Janeiro. (Pet nº 4553 - com informa?s do STF e da reda? do Espa?Vital http://www.espacovital.com.br/noticia_ler.php?id=14411). Tamb?na edi? do Espa?Vital

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10/04/2009
By Tania Quintero The first mortal victim of the Group of the 75 had just turned 50 years old, was black and always lived in P?aga, one of the humbler towns in Havana. Miguel Vald?Tamayo was born in Havana on December 20, 1956 and passed away in his native city on January 11, 2007. He worked in television, and was married to Barbarian Elisa Collazo. He was founder and president of the Movement of Brothers for Dignity and member of the Assembly to Promote Civil Society in Cuba. Shortly before his detention in March of 2003, he had survived two heart attacks. In the month of April, he was condemned to 15 years of imprisonment and sent to the Kilo 8 Prison - 533 kilometers east of the capital. Fourteen months later, on June 4, 2004, he was released under an extra penal license, due to his serious health problems. Vald?Tamayo suffered from heart problems and had to be hospitalized four times. The last time, he remained for 21 days in the intensive care unit of the hospital for inmates of the Combinado del Este Prison, in Havana, where they transferred him thanks to the continuous requests of his wife. Prison after imprisonment One week after Tamayo’s release, on June 11, 2004, a woman named Eva, from the governmental Federation of Cuban Women, carried out an act of repudiation in front of his home. She shouted worm and mercenary of the U.S. government, and warned him: they would not allow him to live there. Hardly a month after this incident, on July 3, 2004, another sinister character from the neighborhood, known as “the Coyote,” entered Miguel’s backyard, and began to insult him with obscene words in front of the window where he was with his wife. Miguel stood at the window and replied, “I am under conditional freedom, and am sick, and do not wish to have problems with anybody. Upon hearing these words, the aggressor looked for a sharpened machete and brandishing it he said, I do not believe in tough guys from prison.” Thanks to the intervention of his wife, father-in-law and several neighbors the incident did not end in bloodshed. Miguel and Barbara decided to move to another home within the same town: San Agust?Street, no. 691, between San Miguel and Gustavo, P?aga, Arroyo Naranjo. But the provocations did not stop. In October, two months before dying, he was detained. Previously, Vald?Tamayo had made Cuban regime responsible for anything that could happen to him and indicated that all the harassment towards him was orquestrated by Cuban State Security. During the fourteen months that Miguel remained in the Kilo 8 Prison he did not stop denouncing the beatings and continuous human rights violations. In a letter written to his wife, he says: they continue violating our personal correspondence, we do not get letters from our relatives, they lose them, they disappear or they withhold them. The few letters we are allowed to receive are already opened. In another letter he speaks of the threats that political prisoners are given by a band of common prisoners that follow orders of prison authorities in exchange for personal benefits. He also narrates the suicide attempts and auto-aggressions of prisoners due to bad treatment and inhumane conditions in the prisons. My way is straight and firm On February 19, 2004, Miguel Vald?Tamayo informed the public that he had been unable to seen his wife for three months, and when she went to visit, she was turned away and had to return home, which was over 500 km away. On February 20th, Barbara was informed that Miguel had been admitted onto the Amalia Simoni provincial hospital. She did not think twice, and returned to see her husband. The trip was a true odyssey: due to transportation difficulties, she took 24 hours. Finally, on a Saturday night she arrived at Camag? and was in the hospital lobby by dawn on Sunday. After much pleading, a guard granted her ten minutes with her husband. When she entered, she immediately saw him lying on bed number 33. He looked very thin. He is of black complexion and was too pale. He said to me that heart was not working properly, and they did were not giving him the treatment necessary for his condition. That was all we could speak, because just a few minutes later a military official came to look for me. I do not know which is worse, the prison cell or the hospital room. Miguel always detailed his life in the prison to his wife: The medicines that you sent me have not been given to me. They do not take my blood pressure. I live with seven other prisoners in a cell that is six by three meters wide, adjacent to a bathroom and washroom. The television set is located in a hall where 88 people meet, and the disputes are repeated, especially if the baseball game and the soap opera are on at the same time. I have only received religious attention once. They lie to the priest, and tell him that we do not want his presence, and they tell us that the priest does not want to visit us. There is a single telephone for 600 inmates. The daily food is boiled maize flour, mashed potatoes with unknown vegetables, bland soups, and when there are inspections in the prison, they give us meat in extremely small rations. In one of his letters, he finished with a declaration of principles: My way is straight and firm, until Cuba is free. Long live human rights!. Over a year ago, Vald?Tamayo and his wife had received a visa to travel as political refugees to Holland and the United States. But Cuban authorities did not grant them permission to exit to either country. If he had received adequate treatment in either Europe or the United States, Miguel Vald?Tamayo might still be alive today. Rest in peace, Miguel!