Jose Reyes

10/04/2009
“It’s time to talk to Cuba” these are the words which Rep. Babara Lee’s used to address the media she and her colleagues made after their visit with the Castro regime in Havana. As you know, she was in Cuba with the CBC (the Congressional Black Caucus) Read Here and More Here. I can show you how these specific individuals are and always have been working with the Castro regime in secrecy for decades, especially in the Communist indoctrination department. But, I will spare them and concentrate on that particular sentence, “It’s time to talk to Cuba.” Just this statement on its own is a literal crime because it could not be any more wrong and more contradictory. With this sentence, “It’s time to talk to Cuba”, I could actually write a book and title it, as is. It’s time, sure it’s time! Fifty years, that’s how long Cubans in Cuba have not been able to communicate with the world. It’s not just the US, they cannot communicate with anyone outside of the country. You might be able to call them on the phone. This would be expensive but money is no object when you need to talk to a family member. Let’s not forget “Big Brother” listening on the other end please. Nevertheless, a conversation of this kind with a family member would only produce an enormous list consisting of articles of clothing, food items and medicinal remedies. In that respect, Cubans can communicate their needs because the exuberant taxes accompanying the delivery of these essentials are collected by the ones who deprive them of these needs in the first place, the Castro regime. It is also necessary to be able to visit any of our family members in Cuba and at anytime, who are in very poor health and are either not a political prisoner or have unjustly and inhumanly been placed in Cuba’s Gulag. The later one is the main issue, because as an act of further embarrassment and mind torture, the love ones who wish to visit these noble individuals, inside and outside of Cuba are not allowed to, the Castro regime does not allow them and do not permit these outsiders to obtain a visa to enter their own country. There are other problematic communication issues and they are very evident, when anyone would attempt to mingle with Cubans who want to leave (escape) Cuba and their opinions are considered as a newsworthy item. A normal and ordinary chat with a news reporter from a foreign country, one who let’s say, would like to find out how the living conditions in Cuba really are. Or in the case when a news reporter would raise a question about human right conditions on the island, there, you will run into a stone wall. The repercussions and the punishment that accompany these illegal acts of expression are very severe, to the individual and their immediate family members. Yes, it sure is time for all Cubans on the island to communicate with America and to have the freedom to travel outside of the island as a migrant or as a tourist. Isn’t this the main reason why this meeting was organized? So the American tourist would be able to freely travel and visit the beautiful island of Cuba. But wait a minute, this is a one way deal, you see, the Cuban citizen would not be able to do the same. ‘It’s time to talk to Cuba”, they say. Hey, I want to talk to Cubans in Cuba, me, yes me, I was born there, why can’t I talk to Cubans, why can’t I freely travel to Cuba, talk to Cubans in Cuba, in person and have a conversation with them in a public forum, where all involved would be able to criticize the Castro regime. We all know what the consequences concerning that discussion would be. We would all be thrown in jail, tourist and all. It’s time to talk to Cuba? “It’s time to talk to Cuba”, yes they did, these leftist communist loving CBC members casually traveled and talked to there Cuba. And there Cuba is the Castro regime, the reason why Cuba is in shambles. Well, what did they talk about, no one really knows because they had a private meeting but according to them and only them, the Castro regime is willing to lift the travel restrictions. Also, according to them, Cuba is a free country and its citizens are allowed to do as they like. So, “It’s time to talk to Cuba”, they say. Cuba has 11 million inhabitants and they go to talk to their slave masters. The Cubans I would talk to are the ones who struggle and spend everyday trying to figure out what they are going to eat the next day. The ones that are deprived of turning on a computer and communicating with the world, the ones that cannot stand on the corner and demonstrate against the Castro regime, these are the real Cubans. Why don’t they talk to them? That’s Cuba to me but the Castro regime who never officially were elected as leaders, that’s the CBC’s definition of Cuba, that’s there Cuba and certainly not mine. “It’s time to talk to Cuba” they say.

Jayme Copstein

10/04/2009
Com frequ?ia, leem-se campanhas nos jornais para n?se emporcalhar as ruas com lixo. Motoristas jogando cascas de frutas, latas de cerveja, outras embalagens e at?oisas inimagin?is pelas janelas dos carros ?m espet?lo comum em qualquer cidade brasileira. Bueiros entupidos por garrafas de pl?ico e outros objetos, tamb?inimagin?is, ?ugar comum em notici?o de tev?os alagamentos dos dias de chuva. N??or falta de apelos e conclama?s que as pessoas continuam emporcalhando as ruas. O que h? uma vis?equivocada do p?co e do privado. Lembro-me de cena que testemunhei na Rua da Praia, em Porto Alegre, de um menina de 15 anos repreendida por uma senhora porque tinha jogado a embalagem do picol?o cal?? mesmo com uma lixeira dispon?l a dois metros de dist?ia. A menina respondeu: A rua ??ca e eu fa?o que eu quero. Se a rua & #233; p?ca – e de fato ? pertence a todos, n?a algu?em particular, ?enina em quest?ou a quem mais seja. N?pode ser usada ao arb?io de cada um. Dentro de casa – espa?privado – sim, o dono ou os seus familiares podem jogar o que bem entenderem no ch? escreverem o que bem quiserem nas paredes e at?azerem banheiro da sala de visitas. Este, ali? foi o tema de um comercial premiado em festival internacional de propaganda: se voc??faz dentro de casa, que ?ua, por que faz na rua que ?e todos? Se aprofundarmos a an?se da quest? vamos chegar ?onclus?de n?haver diferen?entre o aparentemente inofensivo porcalh?que joga lixo nas ruas e o pol?co ladr?que se ceva nos dinheiros p?cos. Se qualquer de um de n?eixar cair a carteira, ao passarmos perto de um governante, s enador, deputado ou vereador, tenham certeza: eles a devolver?intacta em comovedora demonstra? de honestidade. Por? quando se trata de dinheiro da Na? – sendo p?co, n??e ningu?– fazem o que bem entendem: pagam celular dos filhos, compram passagens a?as para os amigos, abastecem o carro da fam?a, contratam a empregada dom?ica como assessora, esbanjam em restaurantes caros e at? p?tranquilamente no bolso. De que nos queixamos, ent? De n?termos um mandato pol?co? No resto, parece que somos muito iguais.

Olavo de Carvalho

09/04/2009
Na? nenhuma tem o monop? da imoralidade, mas algumas foram dotadas com uma quota extra que as torna exemplos de escolha numa investiga? de filosofia moral. Ao incluir o Brasil entre elas, n?tenho em vista as famosas taxas nominais de corrup?, onde, ao contr?o, as compara?s com outros pa?s t?at?m efeito consolador sobre as almas dos nossos compatriotas. Refiro-me a fen?os de outra ordem, mais dif?is embora n?imposs?is de quantificar. J?bservei mais de uma vez que nossa literatura de fic?, escassa em personagens de grandeza excepcional, santos, her?ou monstros, ?ica em figuras de min?los farsantes, mentirosos, fingidores compulsivos e semiloucos de v?os matizes, que se abrigam numa esfera de irrealidade, fugindo da pr?a consci?ia. Com uma ou duas exce?s, os personagens do maior e mais significativo dos nossos romancistas s?todos assim. Tamb?o s?os de Lima Barreto, Raul Pomp?, Marques Rebelo, Annibal M. Machado e tantos outros, sendo at?ovardia lembrar a figura de Macuna?, na qual os brasileiros se reconhecem t?facilmente, e cuja veracidade sociol?a ?testada por um milh?de piadas populares que mostram os nossos conterr?os em tra? bem parecidos com os dele. Uma vaga consci?ia de que h?lgo de errado com os padr?de moralidade da nossa gente perpassa as conversas familiares, as cr?as de jornal, os espet?los de cinema e teatro, as novelas de TV etc., e alimenta algumas discuss?de mais alto n?l, como aquelas que aparecem em livros de Paulo Prado, M?o Vieira de Melo, J. O. de Meira Penna, Roberto da Matta, ®gelo Monteiro. O que a?e destaca n?? propens??riminalidade propriamente dita, mas uma tend?ia quase incoerc?l a preferir antes o fingimento do que a sinceridade, antes a apar?ia artificialmente constru? do que a realidade conhecida. ?como se o brasileiro n?acertasse jamais falar com a sua pr?a voz, sentindo-se antes compelido, por um intenso desejo de aprova? – tamb?ele camuflado –, a imitar o tom das conveni?ias moment?as. Desde os tempos de Lima Barreto, n?se atenuou nem um pouco o v?o nacional de sacrificar a ambi?s mesquinhas, se n??usca obsessiva de seguran?contra perigos imagin?os, os impulsos mais altos do esp?to humano, condenando-os, n?raro, como tenta?s pecaminosas, provas de vaidade, cobi? pedantismo ou desprezo pelos semelhantes. As voca?s intelectuais e art?icas s?a?specialmente sacrificadas, n?s?ando se veem esmagadas pela press?e pela chacota do ambiente, mas at?esmo quando se realizam, porque o fazem num sentido oportun?ico e farsesco, o ?o poss?l nessas condi?s, que as transforma em caricaturas de si mesmas. Nas ?mas d?das, por? essa deformidade moral cr?a foi se acentuando de tal modo que come?a assumir as fei?s de uma sociopatia alarmante, disseminada sobretudo entre as classes cultas com mais acesso aos meios de difus? As opini?dessa gente v?se afastando dia a dia de todo padr?universal de veracidade e moralidade, ao ponto de constituirem j?m sistema ?co peculiar, v?do s? territ? nacional, fechado e hostil ?exig?ias da consci?ia humana em geral, inacess?l a toda cobran?superior de idoneidade e racionalidade. O mais caracter?ico desse novo sistema ?ue seus criadores e representantes n?t?a mais m?ma id? de quanto suas falas, atitudes e julgamentos s?imorais, maliciosos e alheios ?ele m?mo de franqueza que uma alma deve ter ao falar consigo mesma para que, quando fala com os outros, se reconhe?nela a voz de uma consci?ia, um esp?to alerta, uma presen?viva. Falar numa linguagem de estere?os, com um automatismo sufocante, parece que se tornou obrigat?. O fator que mais contribuiu para isso foi decerto a tomada dos meios de comunica?, do sistema educacional, das institui?s de cultura e dos altos postos da pol?ca por uma gera? marcada pelo sentimento de vitimiza?, acompanhado, inevitavelmente, da cren?na sua bondade intr?eca e na recusa completa, radical, absoluta, de encarar seus supostos inimigos como sujeitos humanos portadores de consci?ia moral, capazes de dar raz?de seus atos e merecedores de um confronto justo. O sentimento de impec?ia essencial, que est?oje disseminado em todas as classes falantes deste pa? predisp? um discurso de acusa? indignada que encobre os mais ?os pecados pr?os sob a impress?– artificiosamente reiterada ao ponto de tornar-se uma carapa?invulner?l – de estar sempre discursando em nome de valores sublimes sufocados pelo mundo mau, quando, na verdade, o que torna o mundo mau ?cima de tudo o n?o excessivo de pessoas imbu?s desse mesmo sentimento. Um dos sintomas mais alarmantes dessa patologia ? f? justiceira com que as autoridades e seus ac?os, os formadores de opini? investem contra delitos menores, sobretudo de ordem financeira, ao mesmo tempo que toleram, como detalhe irris?, a taxa anual de 50 mil homic?os que faz do Brasil a na? mais cruel e assassina do mundo. Quando um magistrado exclama que 94 anos de cadeia s?puni? branda para a sonega? fiscal e delitos correlatos, ao mesmo tempo que assassinos em s?e, seq?radores e traficantes de drogas s?protegidos pela leni?ia das leis e ainda celebrados como v?mas da sociedade m?est?laro que uma nova classe falante subiu ao primeiro plano da cena p?ca, intoxicada de uma tal dose de rancor invejoso contra a burguesia, que n?hesita em conceber traficantes multibilion?os como pobres v?mas do capitalismo, fazendo deles aliados na epopeia revolucion?a da justi?social que pretende implantar. * Ensa?a, jornalista e professor de Filosofia

Olavo de Carvalho

09/04/2009
6/4/2009 - 22h20 T?logo o Papa Bento XVI anunciou a reintegra? da Igreja tradicionalista na ordem p?onciliar – o que de si j? uma ironia, pois a novidade n?pode reintegrar em si a tradi?, e sim ao contr?o --, desencadeou-se contra ele uma das mais maliciosas campanhas de ? j?istas na m?a mundial. Tr?epis?s marcaram os seus pontos altos. Primeiro veio o bispo Williamson – um fact? na mais plena acep? do termo. At? v?era, ningu?o conhecia. Quando o descobriram entre os milhares de sacerdotes e fi? beneficiados pela suspens?de uma pena eclesi?ica coletiva, saiu do anonimato e tornou-se repentinamente um perigo para a esp?e humana, por ter emitido numa igreja de bairro, ante umas poucas dezenas de fi? se tanto, uma opini?antijudaica. Por toda parte ergueram-se gritos de esc?alo, significativamente voltados n?contra o bispo, mas contra o Papa. Como se a revoga? do castigo n?viesse do simples reconhecimento de um erro judicial velho de quatro d?das, e sim do endosso papal ?convic?s pessoais do bispo – at?nt?ignoradas n?s? Vaticano, mas do mundo -- sobre mat?a alheia ao seu sacerd?, ??at?a, ?raz?da penalidade e ?da respectiva suspens? For?do a inculpa? por osmose at? ?mo limite do artificialismo, lan?a-se sobre toda a Igreja tradicionalista e, de quebra, sobre o Papa que a acolhera de volta, a vaga mas por isso mesmo envolvente suspeita de anti-semitismo. N?por coincid?ia, entre os mais inflamados denunciantes encontravam-se aqueles que tanto mais se esfor? para proteger os judeus contra perigos inexistentes quanto mais se devotam a entreg?os, inermes, nas m? de seus inimigos armados. Depois, veio o epis? das camisinhas. N?h?omo medir os gritos de horror, as l?imas de esc?alo, as gesticula?s fren?cas de abalo moral com que a grande m?a reagiu ?eclara? blasfema de que esses sacrossantos dispositivos n?protegem eficazmente contra a Aids. Na verdade, n?protegem nada. Edward C. Green, diretor do Projeto de Pesquisas sobre Preven? da Aids no Harvard Center for Population and Development Studies, informa que a revis?mundial dos resultados obtidos nos ?mos 25 n?mostra o menor sinal de que as camisinhas impe? a contamina?. O ?o m?do que funciona, diz Green, ? redu? dr?ica do n?o de parceiros sexuais. Uganda, que por esse m?do e com forte base religiosa reduziu os casos de Aids em 70 por cento, ? ?o – repito: o ?o -- caso de sucesso espetacular j?btido contra essa doen? Mas que importam esses dados? A camisinha n?vale pela efic?a, ?terialistas prosaicos. Ela ?m s?olo, a condensa? el?ica dos mais belos sonhos da utopia pansexualista, onde as criancinhas praticar?sexo grupal nas escolas, sob a orienta? de professores carinhosos at?emais (sem pedofilia, ?laro), e nas pra? os casais gays dar?li?s de sodomia te?a e pr?ca, para encanto geral do p?co civil, militar e eclesi?ico. De que vale a verdade, de que valem as estat?icas, de que valem as vidas dos ugandenses, diante de imagens t?radiosas da civiliza? p?rist?ue a ONU, o Lucis Trust, a m?a bilion?a e todos os pseudo-intelectuais do mundo almejam para a humanidade? ?em defesa desses altos valores que se ergueram gritos de revolta contra o Papa, esse estraga-prazeres, esse iconoclasta sacr?go. Por fim, veio o document?o da BBC, onde o ex-cardeal Ratzinger ?cusado de proteger padres ped?os, determinando que fossem removidos de par?a em vez de punidos. ?claro que a coisa j?stava pronta fazia tempo, aguardando a oportunidade pol?ca, que veio com os esfor? de Bento XVI para restaurar a unidade da Igreja, algo que os ap?los da nova civiliza? temem como ?este. A BBC, outrora uma esta? respeit?l, tornou-se uma central de propaganda esquerdista t?fan?ca e desavergonhada que o que quer que venha dela deve ser recebido a cusparadas, mas em todo caso vale lembrar que um padre formalmente condenado na justi?por pedofilia n?tem como ser removido de par?a, pois j?st?emovido para a cadeia. Restam os padres meramente acusados, sem provas judiciais v?das. A m?a quer que a Igreja os castigue assim mesmo, a priori, ?rimeira palavra que se publique contra os desgra?os. O cardeal Ratzinger ?cusado, no fim das contas, de n?ter feito isso. ?preciso toda a t?ica cinematogr?ca da BBC para dar a impress?de que se trata de coisa imoral, at?esmo vagamente criminosa. Mas, nesses casos, a realidade n?importa nada. A impress??udo. Destaco esses tr?epis?s s?mo amostras, no meio de um bombardeio multilateral, incessante e crescente, no qual s?estupidez volunt?a pode enxergar uma simples conflu?ia de casualidades, sem nenhuma coordena? ou planejamento. * Ensa?a, jornalista e professor de Filosofia

Márcio Luís Chila Freyesleben

09/04/2009
Revela-se inquietante o crescimento das a?s judiciais em que o Poder P?co ?ompelido a fornecer ao cidad?medicamentos e tratamentos m?co-hospitares. Eu confesso que j?vim com pedidos de tal jaez. Revi meu pensamento, pois dei de temer pela lisura das pretens?tantas vezes no foro deduzidas. De feito, sa??direito de todos, mas quando a locu? ?mpregada sem a precisa reflex?sobre a sua dimens? convola-se naquilo que foi objeto da cr?ca de Graciliano Ramos: A frase ?eles, clich?erfeito, chav?repetido mil vezes em versinhos alambicados de poetas de meia-tigela (Linhas Tortas, p. 85). ? o que tem ocorrido com a locu? sa??ireito de todos: chav?repetido mil vezes, por linhas tortas. O que come? como reconhecimento do direito de carentes, transformou-se, a passos largos, em trem da alegria, patrocinado pelo interesse da ind?ia farmac?ica, quando n?o ?os planos de sa? em prol de pessoas que, a bem da verdade, buscam t?somente aliviar o or?ento dom?ico das despesas m?cas, em preju? dos verdadeiramente necessitados. ?claro - eu reconhe?- que vez por outra h?inceridade e honestidade na pretens?judicial. Insisto, contudo, no argumento algures por mim sustentado de que a recusa do Poder P?co em fornecer o medicamento ou o tratamento n?pode ser, em si, fundamento do pedido. Para que se d?anho de causa ao cidad? h?ister de prova da recusa ilegal do Estado. ?for?que a recusa n?tenha fundamento t?ico ou or?ent?o. N?tem sido a opini?ordin?a do Judici?o, infelizmente. A result?ia: pacificado o entendimento de que o Estado ?brigado a fornecer medicamento e tratamento ?opula?, o Judici?o transformou-se na porta aberta ao abuso. De minha Procuradoria, tive ensejo de ver transitar de tudo: de fraldas geri?icas a pomadas epid?icas, passando por suplementos alimentares, at?esmo leite. A persistir a toada, ainda assistirei ao Poder P?co, sob vara, fornecer ao vivente Emuls? Scott e Emplastro Sabi?Formicida Tatu e p?-gafanhoto (BHC). Intriga-me, outrossim, a percep? de que m?cos indiquem tratamentos e medicamentos ditos mais modernos, sem qualquer fundamenta?. A cada novidade lan?a pela ind?ia m?co-farmac?ica, o SUS deita ?urtigas o estoque dos medicamentos ultrapassados. Para agravar, nutre-se a cultura de que ao Judici?o n??ado questionar a indica? m?ca. Pessoalmente, n?dou f? capacidade dos m?cos de certificar a efic?a dos medicamentos que atocham em seus pacientes. De h?uito que tais profissionais se prestam aos obs?ios de repassadores de medicamentos, em of?o de garoto-propaganda dos laborat?s. Tenho para mim que ?assado o tempo de se exigir a comprova? das reais vantagens das novidades iamol?as, para efeito de medidas judiciais. Outrossim, ?reciso p?obro ao estado de coisas que se est?escortinando, reservando a interven? do Judici?o ?eles que efetivamente dela necessitam. N?olvido que a sa? ?ema central no estudo dos direitos fundamentais, e integra as pol?cas p?cas do governo. Arguo, todavia, que pol?ca p?ca ?onceito jur?co indeterminado, categoria jur?ca pr?a dos atos discricion?os, em que a norma confere ao administrador ju? de conveni?ia e oportunidade, razoabilidade e equidade, na consecu? da atividade administrativa. No caso, tenho que a quest? passa justamente pela discricionariedade, uma vez que a concess?de medicamentos depende da avalia? que o Poder P?co far??somente do impacto or?ent?o, sen?tamb?das prioridades estabelecidas pelas pol?cas p?cas elegidas. Nisto, imp?e relembrar os limites da interven? judicial, pois a atua? do Judici?o n?pode ir ao ponto de imiscuir-se na esfera de compet?ia do Legislativo e do Executivo, interferindo no or?ento da entidade estatal, porquanto seja cedi?que a condena? do Estado ao fornecimento ilimitado de medicamentos e de tratamentos culminaria na inarred?l insufici?ia de recursos para o atendimento das demais demandas p?cas: educa?, limpeza urbana, seguran?p?ca, etc. Em suma: interferiria nas pol?cas p?cas do Estado. N? desconhe?a import?ia do servi?de sa? Objeto, por? que o seu atendimento est?trelado ?situa? econ?a do pa? ?de saben?semeada que o Estado n?disp?e recursos para assegurar de maneira plena todos os direitos garantidos ao cidad?na Constitui?. A l?a da teoria do poss?l diz que, quanto mais rico for o Estado, maior ser? sua capacidade de suprir as demandas p?cas. Logo, as quest?sociais, por seu conte?program?co, n?podem ser tratadas apenas pela ?ca jur?ca; a economia ?onditio sine qua non ?oncretiza? do preceito constitucional. Ademais, n?pode o Magistrado, no exerc?o da jurisdi?, ?uisa de dar efetividade ao direito, criar despesa p?ca n?prevista em or?ento. Admitir a interfer?ia do Judici?o nas pol?cas p?cas ?uind?o ?ondi? de gestor p?co, ?evelia da lei, ao arrepio da separa? dos Poderes. Sendo finitos os recursos financeiros, a imposi? de ? n?previsto no or?ento ir?er com o velho ad?o do cobertor curto, ou com a famosa m?ma de Friedmna de que n?h?lmo?gr?s. Como qualquer outro direito fundamental, o direito ?a?n??bsoluto ou ilimitado. Ao contr?o, encontra limites em direitos igualmente consagrados pela Constitui? e na capacidade econ?a do Estado. Da?ent? a minha insist?ia na mesma ladainha: interven? judicial deve ser reservada ?hip?es em que o Estado agir com abuso de poder. * Procurador de Justi?

Reuters

09/04/2009
Membros da delega? do Congresso americano foram recebidos em Havana nesta ter?feira, 7, pelo ex-presidente cubano Fidel Castro, no primeiro encontro com representantes dos EUA desde foi submetido a uma cirurgia, em julho de 20006. A informa? foi confirmada por uma porta-voz do governo americano em Havana pouco depois que os oficiais voltaram para o Washington, encerrando uma visita de cinco dias que tamb?foi acompanhada pelo atual chefe de Estado, Ra?astro. Durante o encontro, os irm? Fidel e Ra?eiteraram que Cuba est?isposta a dialogar com os Estados Unidos, a poucos dias da C?a das Am?cas em Trinidad e Tobago. A mensagem foi bem recebida pelos legisladores do grupo afro-americano do Congresso. Nessa reuni? de acordo com um comunicado divulgado nesta ter?pelos jornais cubanos, o presidente expressou disposi? para dialogar sobre qua lquer assunto. A nota assinala, no entanto, que ele reiterou a posi? invari?l mantida por Cuba durante 50 anos, tendo como ?as premissas a igualdade soberana dos Estados e o absoluto respeito ?ndepend?ia nacional e ao direito ?etermina?. Al?disso, Fidel disse no domingo, em um de seus artigos denominados Reflex? que Havana n?teme o di?go com Washington, nem precisa do confronto para existir. Ele tamb?escreveu outro artigo intitulado Por que se exclui Cuba?, em alus???a das Am?cas que acontecer?e 17 a 19 deste m?em Trinidad e Tobago, com todos os pa?s do continente, exceto a ilha. Segundo Fidel Castro, essa reuni?ser?ma prova de fogo para os povos do Caribe e Am?ca Latina. ? por acaso, um retrocesso? Bloqueio e, al?d isso, exclus?ap?0 anos de resist?ia? Quem arcar?om essa responsabilidade? Quem exige agora nossa exclus? Por acaso n?se compreende que os tempos dos acordos excludentes contra nosso povo ficaram para tr?, perguntou. Fidel tamb?n?deixou passar a oportunidade de falar sobre a visita dos sete congressistas e destacou, entre os coment?os que eles fizeram, que um manifestou sua certeza de que (Barack) Obama mudar? pol?ca para Cuba, mas que Cuba devia ajud?o tamb? Al?disso, destacou cr?cas dos legisladores americanos ?ol?ca para Cuba seguida por Washington durante quase meio s?lo e a afirma? de um deles - que n?identifica - de que seu pa?deve pedir perd?por anos de hostilidade e bloqueio, sem se referir a pr?a pol?ca interna cubana, onde a oposi? pol?ica ?na pr?ca, vedada. Cuba amea?se transformar em protagonista da C?a das Am?cas embora n?vai, dado que nove presidentes latino-americanos visitaram Havana at?gora neste ano. Al?disso, todos os pa?s da regi?pediram em dezembro a Obama, que suspenda o embargo econ?a a Cuba - apelo que em nenhum momento manifestaram ao governo cubano por uma poss?l abertura pol?ca na ilha. O assessor da Casa Branca para a C?a, Jeffrey Davidow, disse na segunda-feira em Washington que seria infeliz se o principal tema passasse a ser Cuba, embora tenha afirmado que Obama n?se recusar? falar do processo de revis?da pol?ca americana para Havana. (Efe e Reuters/Agestado)

Zenit.org

09/04/2009
ROMA, quinta-feira, 9 de abril de 2009 (ZENIT.org).- A Igreja Cat?a na China vive em condi?s de semiclandestinidade h?0 anos. Para sensibilizar sobre a situa? destes crentes, a Funda? Lepanto organizou uma confer?ia, em 1º de abril passado, em Roma, sobre a persegui? dos crist? na China. No encontro, moderado pelo professor da Universidade Europeia de Roma e vice-presidente do Conselho Nacional de Investiga?s Roberto de Mattei, participaram Antonello Brandi, fundador e presidente da Funda? Italiana de Investiga? Laogai (www.laogai.it) – um centro de investiga? que procura informar ?pini?p?ca sobre os terr?is campos de concentra? chineses do terceiro mil?o –, e o Pe. Bernardo Cervellera, mission?o do PIME (Pontif?o Instituto para a Miss?de Rela?s Exteriores) e diretor da ag?ia de not?as Asianews (www.asianews.it). Brandi apresentou uma investiga? de seu centro de pesquisa titulada «O Laogai, as execu?s e a venda de ?os humanos na China». O especialista explicou que atualmente, na China, milh?de pessoas s?detidas, torturadas e exploradas em Laogai. Este termo, que significa literalmente em chin?«atrav?da forma trabalhista», designa na realidade modernos campos de concentra?;o onde os seres humanos s?obrigados a trabalhar, em condi?s de absoluta prostra?, f?ca e moral, 16 horas por dia, para fabricar produtos para o regime comunista chin? sem seguran?social. Em 2008, foram registrados cerca de 1400, mas se desconhece o n?o exato. Sua cria? se remonta a Mao Ts?ung (1893-1976), que os instituiu em 1950, aconselhado por seus aliados sovi?cos. Neles est?presos dissidentes do regime (pol?cos e civis) e todo tipo de religiosos (monges tibetanos, bispos cat?os, pastores protestantes...), assim como delinquentes comuns. O regime de Pequim busca um duplo objetivo com os Laogai: por um lado, oprimir os dissidentes pol?cos e enfraquecer a resist?ia ?deologia do partido ?o e, por outro, conseguir m?de obra gratuitamente. Por sua parte, o Pe. Cervellera disse que a China «continua sendo hoje um pa?comunista devido ao forte controle social sobre a vida das pessoas» e foram analisadas quest?mais especificamente religiosas. ?uma press?que afeta todos os aspectos mais ?imos da vida das pessoas: desde a liberdade de associa? (sob a autoriza? do governo) at? de culto (igualmente limitada), passando pela internet (muitos sites que n?se consideram na linha da ideologia do sistema s?ocultados), explicou. As condi?s de vida dos bispos cat?os que querem continuar sendo fi? ao Papa s?particularmente alarmantes: a obedi?ia «espiritual» de um cidad?chin?a um Estado estrangeiro (a Santa S??onsiderada como uma trai? ??ia e castigada com penas muito severas. Cabe assinalar que numerosos bispos desapareceram durante d?das e n?se teve mais not?as: o mais prov?l ?ue muitos deles tenham sofrido uma morte violenta e que tenham queimado imediatamente seus corpos para ocultar qualquer rastro do delito. Contudo, no horizonte parece surgir ainda a esperan? Cervellera destacou que nos ?mos anos, diante desta situa? de persegui?, ou talvez devido a ela, produziu-se um «impressionante renascimento religioso» que encheu as igrejas mais que nunca.

Osmar José de Barros Ribeiro

09/04/2009
Bem sei, ?ansativo e redundante voltar a esse assunto. Por? caso a sociedade brasileira n?se d?onta da necessidade de evitar que o tema caia no esquecimento, jogado nas sombras pelos elogios do Barack Hussein Obama ao atual presidente da Rep?ca, nada mudar?os h?tos dos parlamentares, do Executivo e do Judici?o. A grande verdade ?ue grande parte, se n?a esmagadora maioria nossos homens p?cos, seja qual for a sua extra? partid?a ou o Poder que integrem, espelha-se nas benesses dos altos executivos da ind?ia, do com?io e das finan?, para buscar mordomias do mesmo n?l ou superiores. Parece-me meridianamente claro que procurar analogias entre uns e outros peca pela base e termina por desaguar numa situa? esdr?a, na qual os grandes perdedores, sem d?a alguma, somos n?simples pagadores de impostos e consumidores obrigat?s do muito que a propaganda nos empurra goela abaixo. Assim, vamos por partes. Um executivo de alto n?l, um propriet?o de grande empresa, um banqueiro, chegou a tal condi? por m?tos pr?os e, caso n?saiba manter suas conquistas, logo ser?ubstitu? por outro ou ter?ue por ?enda sua empresa ou seu banco. E um apadrinhado pol?co, ter? mesmo fim? Sabemos todos que n? que ele ser?eslocado para uma fun? de menor import?ia, embora nesta continue a praticar os mesmos ou outros e piores erros. Acontece que o modo de vida dos bem situados provoca, nos pol?cos e nos seus apaniguados, uma inveja mals?ue os leva a querer gabinetes suntuosos, com ?as absurdas, mobili?o moderno, secret?as, modernos meios de comunica? ?isposi?, cortinas, viagens (nem sempre necess?as) em primeira classe e o que mais seja. Tudo bem diferente daquela simplicidade que deveria caracterizar e ser o apan?o do funcion?o (e eles, ao fim e ao cabo, nada mais s?que isso) de um Pa?cujo povo apresenta enormes disparidades sociais e econ?as. Isso, sem falar no sonho de enriquecer ?usta de manobras escusas e que n?podem vir ?uz do dia. Meu velho pai, que os azares da vida levaram a que morresse com a menor das pens?do INSS, sempre nos dizia que um funcion?o p?co n?ganha para ficar rico, mas para levar uma vida normal, sem grandes luxos, embora com conforto compat?l ?ua posi?. As exce?s, pois sempre as h?ficaria com aqueles que dessem o “golpe do ba?u tivessem a sorte de um grande pr?o da Loteria. O Senado Federal, atualmente a “bola da vez”, ? exemplo de tais absurdos que, infelizmente, nada mais provocam que um desanimado coment?o de que “sempre foi assim...”. Ser?Segundo a imprensa, a farra, embora sempre tenha existido se bem que em menores propor?s, tomou tal vulto ap? fim dos governos militares. ?que, ?poca, corrup? descoberta rimava com cassa? e hoje? Mas n?fiquemos apenas no Senado Federal, pois vivendo num Pa?cuja Constitui? consagra, sem meias palavras, mais direitos que deveres, n??e estranhar que o mal tenha se espalhado como uma praga pelos mais diversos setores do funcionalismo, seja ele municipal, estadual ou federal. Claro est?existem exce?s e s?elas que fazem andar a paquid?ica m?ina p?ca. Em seu artigo “Os sanguessugas do Brasil”, Cleber Benvegn?ixa claro que “Na pol?ca, o patrimonialismo se encaixa tanto na esquerda quanto na direita retr?das. N?tem prefer?ias partid?as e ideol?as. Seu esp?to ?ervir-se do bolo. Basta ver que agora o governo Lula fomenta um processo de inchamento da m?ina p?ca sem precedentes, enquanto antes um coronelismo reacion?o distribu?benesses a amigos do ‘rei’. S?muitos os que constru?m sua autonomia pol?ca e financeira nesse entorno do poder. Como sanguessugas da for?de trabalho alheia, fazem pouco, descansam muito, colocam o palet? cadeira e saem a defender teses politicamente corretas. ...”. Triste e melanc?a conclus? A sa? para tal situa? existe e depende ?a e exclusivamente de n?sociedade brasileira. H?ue exigir dos administradores, em todos os n?is da administra? p?ca, nos Executivos, Legislativos e Judici?os, a mais extrema probidade no trato do dinheiro a eles confiado. Afinal, conforme era voz comum na Roma antiga, “?ulher de C?r, n?basta ser honesta. ?tamb?preciso parecer honesta”.

Ubiratan Iorio

09/04/2009
Embora Dante Alighieri (1265-1321), o genial florentino e poeta maior da bel?ima l?ua italiana, tenha advertido com sabedoria que I posti pi?ldi nell’inferno sono riservati a coloro che in tempo di grandi crisi morali mantengono la propria neutralit?os lugares mais quentes no inferno s?reservados aos que, em tempos de grandes crises morais, escolhem a neutralidade), poucos parecem dar-se conta de que, primeiro, o mundo de hoje atravessa uma enorme crise moral, talvez sem precedentes na hist? da civiliza? e, segundo, bem poucos acreditam que o inferno existe, que n??ero produto de uma escatologia “medieval”. E a maioria das pessoas, aqui e ali, algures e alhures, c? l?ou seja, no planeta inteiro, permanecem caladas em rela? ao veneno do relativismo moral, que j?ontaminou toda a sociedade. Subjugadas pela propaganda gramsciana subliminar, as massas limitam-se a repetir, qual bois guiados pelo berrante, os motes “politicamente corretos” propagados e amplificados ininterruptamente pelos holofotes da m?a. N?h?m dia sequer em que n?tomemos conhecimento de esc?alos de corrup?, em que os chamados meios de comunica? deixem de publicar linhas e mais linhas criticando o Papa – por ser o mais expressivo dos guardi?da moral – e em que novelas, filmes, reportagens e pe? de teatro n?espalhem a malignidade relativista por todos os cantos. ?dever das pessoas de bem – n?por temor a Dante, mas a Deus, ou, mesmo que n?creiam em sua exist?ia, por mero respeito ?r?a dignidade – colocar a boca na trombeta e chamar a aten? para o grave fato de que os bons, quando silenciam, tornam-se c?ices do mal, mesmo que n?o percebam como tal. Creio que muitos perderam, diante do avan?relativista, a pr?a capacidade de indignar-se diante do que ?oralmente errado; outros tantos s?simplesmente covardes; mas a maioria, infelizmente, perdeu a no? de que existe uma linha bastante clara que separa o certo do errado, o acerto do erro e a virtude do v?o! Um simples exemplo disso ?ue a Semana Santa, que at?ais ou menos os anos 60 do s?lo passado era respeitada por todos, mesmo os n?crist?, transformou-se em mais um “feriad? e a P?oa, que comemoraremos no pr?o domingo, virou apenas um farto almo?com chocolates de sobremesa. Muitos veem esse fato como fruto da “modernidade” e o encaram com a maior das naturalidades. Mas n??eutramente moderno, ?bjetamente desrespeitoso. Essa falta de respeito vai muito al?da pura rejei? ?eligiosidade e ??ela campeia em todos os cantos, em todos os setores da vida das pessoas. O mundo est?oralmente doente e, em boa parte, por causa do sil?io dos “bons”. Combata esse estado de coisas, antes que ele se volte contra voc?Se j??se voltou... Se cada um cooperar individualmente para a recupera? da import?ia da transcend?ia da pessoa humana, o mundo ir?elhorar bastante. Fa?a sua parte!