• Nivaldo Cordeiro
  • 13/05/2009
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OS JUROS DA POUPAN? - www.nivaldocordeiro.net

Um grande debate se abriu sobre a necessidade de modifica? da remunera? das cadernetas de poupan? institui? que tem servido de capta? dos super?ts financeiros dos brasileiros, especialmente daqueles de mais baixa renda. Tal debate s?t?contecendo porque o Governo Federal n?tem como deixar de tomar alguma medida que viabilizem as demais formas de intermedia? financeira. Uma eleva? permanente dos juros da poupan?al?da remunera? recebida pelos demais instrumentos financeiros seria a decreta? do seu fim. Esse debate ?til tamb?para mostrar as distor?s e mazelas de nosso sistema financeiro, estruturalmente formatado para ser financiador da d?da p?ca e para maximizar o rendimento do sistema banc?o. Com a redu? da Taxa Selic e a grave crise financeira internacional essas distor?s ficaram vis?is. Em primeiro lugar, deve-se ressaltar a ir?a situa? de que a remunera? financeira na aplica? dos t?los do Tesouro sofre taxa?. Ora, os juros da d?da p?ca s?pagos precisamente por impostos e parece acaciano que seria mais razo?l a pr?ca de uma taxa de juros nominal menor, isentando-se o aplicador dessa taxa? ilus?. ?como se parte do custo da d?da fosse paga pelo pr?o investidor. Mas isso tem uma raz?de ser, e da?rota a segunda grave distor?: a elevada taxa de administra? cobrada pelos bancos para intermediar a venda dos t?los p?cos e administrar as carteiras dos fundos de investimento, alguns bancos cobrando at?uatro pontos percentuais ao ano. Com a elevada taxa nominal esconde-se a exorbit?ia dessa pr?ca, que fora do Brasil n?passa de meio por cento. Por longos anos os banqueiros p?ios tiraram da?oa parte de sua rentabilidade exuberante. A queda da taxa nominal simplesmente est?brigando ?evis?desse abuso. Um terceiro ponto ?inda interessante notar. Como o governo ? grande monopsonista na capta? de recursos, ele deveria captar a taxas inferiores ?a poupan? e n?o contr?o. Aqui se coloca uma quest?de fundo grave. Os formuladores das pol?cas de financiamento do d?cit p?co est?fornecendo aos financiadores da d?da remunera? descabida e indevida, al?do que o mercado cobraria se o governo fizesse valer o seu poder de monops?. Resta a pergunta do porque isso foi feito, em preju? do Er?o e dos pagadores de impostos, em benef?o de uma restrita minoria. Agrava a situa? as pol?cas monet?as expansionistas de praticamente todos os pa?s do mundo, que reduziram os juros da d?da p?ca daqueles pa?s a algo pr?o de zero. S?Brasil est?a contram? Por qu?Temo que investigar o motivo leve ?napel?l conclus?de que sempre houve um vi?na administra? da d?da p?ca ao longo dos anos, contra os leg?mos interesses dos pagadores de impostos. Lula est?iante de uma escolha de Sofia. Ter?ue sacrificar o interesse dos intermediadores financeiros, grandes financiadores de campanhas pol?cas, para acomodar a quest?da caderneta poupan? A remunera? deste ativo, a caderneta de poupan? ter?ue sofrer tamb?e bem sabemos o quanto custar?oliticamente, vez que os brasileiros t?muita sensibilidade quanto a essa institui?. Toda a poupan?popular est??mparada. Uma solu? que beneficie os agentes banc?os impor?ovas distor?s. N??ais poss?l manter as apar?ias: os banqueiros precisam aprender a ganhar dinheiro financiando a produ?, n?o governo. As hesita?s p?cas de Lula d?bem o grau dessa sensibilidade e da dificuldade na tomada de decis? Nunca na hist? recente os interesses gerais se chocaram de maneira t?frontal com os interesses particulares dos banqueiros como agora. Vamos ver como Lula sair?essa sinuca de bico. * Economista