Gazeta do Povo, editorial
“Perdeu, mané, não amola.” Com essas palavras, não muito diferentes das que um assaltante usa diante de sua vítima, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso quis se livrar de um brasileiro que insistia em lhe fazer questões sobre o processo eleitoral brasileiro, como “o senhor vai responder às Forças Armadas?” e “o senhor vai deixar o código-fonte ser exposto?” – a abordagem, a julgar pelas imagens, se deu sem nenhum tipo de xingamento ou agressão da parte de quem, ao mesmo tempo, filmava e perguntava. O episódio ocorreu nesta terça-feira, em Nova York, para onde Barroso e outros colegas de STF haviam viajado para um evento organizado pela Lide, entidade fundada pelo ex-governador paulista João Doria, e é um resumo perfeito de muito do que vem ocorrendo no Brasil atual.
A insatisfação dos brasileiros com os tribunais superiores não surgiu com o processo eleitoral recentemente encerrado. Há tempos o Supremo adotou uma linha de ativismo judicial que atropela os demais poderes, e desde a abertura do abusivo inquérito das fake news por Dias Toffoli, que entregou a relatoria a Alexandre de Moraes, o Estado Democrático de Direito vem sendo abalado por uma série de decisões. Ataque sistemático à liberdade de expressão, violação da imunidade parlamentar, medidas cautelares desproporcionais ou inexistentes no ordenamento jurídico, criminalização de meras opiniões manifestadas privadamente – tudo isso tem aparecido no arsenal do Supremo, independentemente de quais sejam as intenções e convicções dos ministros. A eleição veio para exacerbar o que já existia, e o Tribunal Superior Eleitoral apenas contribuiu para elevar a temperatura. A Justiça Eleitoral agiu de forma completamente desigual nas restrições impostas às campanhas de Jair Bolsonaro e Lula, além de ressuscitar a censura prévia e de transformar em tabu qualquer menção às urnas eletrônicas, escolhendo o porrete em vez do esclarecimento para lidar com os questionamentos sobre a lisura do processo eleitoral.
Já há muito tempo o princípio segundo o qual “juiz só se pronuncia nos autos” – e também na docência ou em publicações acadêmicas, como permite a Lei Orgânica da Magistratura – é letra morta nos tribunais superiores
Os brasileiros que interpelaram Barroso – que nem pertence mais ao TSE, tendo deixado a corte em fevereiro de 2022 – e seus colegas durante essa breve temporada nova-iorquina não são uma minoria de tresloucados; eles dão voz a milhões de cidadãos indignados com a maneira como os tribunais superiores se tornaram verdadeiros agentes políticos, deixando de lado a imparcialidade que se espera do Judiciário, principalmente daqueles que compõem a cúpula deste poder. É é preciso admitir que, se neste caso específico a pessoa que fazia perguntas a Barroso se portou com certa civilidade, o mesmo não pode ser dito de outros episódios ocorridos durante a mesma viagem; na Times Square, o mesmo ministro ouviu de uma brasileira, em tom de ameaça, que ele deveria tomar “cuidado” porque “o povo brasileiro é maior do que a suprema corte”, enquanto Moraes foi chamado de “ladrão”, “vagabundo” e “juiz de m...”.
Por estarem nos Estados Unidos, um país que coloca pouquíssimas restrições à liberdade de expressão, esses brasileiros indignados podem até estar a salvo de qualquer consequência legal, mas ainda assim há manifestações que cruzam os limites da moralidade e da crítica bem apresentada (e também da licitude, caso tudo isso ocorresse no Brasil). Se é verdade que personalidades públicas devem estar mais preparadas que um cidadão comum para suportar uma barragem de críticas e até mesmo de agressões verbais, em algum momento o copo transborda. O “perdeu, mané” pode ter sido este momento, mas não deixa de ser emblemático que exatamente essas palavras tenham sido ditas exatamente por esse ministro, que tanto se gaba do seu papel de “empurrar a história” por meio do papel “iluminista” do Supremo, movido pela “razão humanista”, para citar termos usados pelo próprio Barroso em célebre artigo de 2018 na Folha de S.Paulo. O desprezo pelo povo, por suas convicções e suas preocupações é evidente – tanto na forma mais articulada quanto na forma mais deselegante.
Um último aspecto de todo este episódio ainda merece menção. Afinal, trata-se de ministros da mais alta corte brasileira indo ao exterior para palestrar sobre o Brasil – ironicamente, em um painel intitulado “Brasil e o respeito à liberdade e à democracia”. Já há muito tempo o princípio segundo o qual “juiz só se pronuncia nos autos” – e também na docência ou em publicações acadêmicas, como permite a Lei Orgânica da Magistratura – é letra morta nos tribunais superiores, embora seja convenientemente invocado de tempos em tempos para punir magistrados como a juíza Ludmila Lins Grillo. Ministros do STF são presença constante em eventos como o de Nova York, mas também na imprensa e em várias outras instâncias das quais eles deveriam se abster, mesmo que convidados. Falam tranquilamente sobre pessoas e assuntos que podem muito bem ter de vir a julgar, quando já não os estão julgando. Será difícil encontrar exibicionismo semelhante entre seus pares de supremas cortes de democracias sólidas do Ocidente.
Portanto, quando ministros nada discretos, que não raro manifestam opiniões políticas, que desprezam as convicções da população e que se acostumaram a rebater questionamentos não com respostas claras, mas com medidas cautelares, se encontram em “ambiente neutro” com brasileiros insatisfeitos, cansados e convictos de que sua única arma é a desmoralização, o resultado só pode ser o que ocorreu em Nova York. Este é um retrato fiel de todas as tensões que tomam conta do país, e que a cúpula do Judiciário brasileiro vem alimentando com suas ações. E, neste retrato, por mais que a imprensa e os ministros tentem pintar com as piores cores possíveis a atitude de brasileiros indignados, é preciso dizer que a pior figura quem faz são aqueles que têm por missão institucional defender a Constituição e a democracia, mas cujas atitudes só têm levado à erosão de ambas.
Gilberto Simões Pires.
NEO DITADURA
A expressão -PERDEU, MANÉ. NÃO AMOLA-, empregada -intencionalmente- ontem, em NY, pelo tirano-ministro Luis Barroso, do STF- para se ver livre de um brasileiro -PATRIOTA- que perguntou ao MALCRIADO MAGISTRADO se ele “VAI RESPONDER ÀS FFAA" e se “VAI DEIXAR O CÓDIGO-FONTE SER EXPOSTO", numa referência às urnas eletrônicas, serve como MOLDURA do RETRATO da NEO DITADURA que o Brasil está experimentando.
HOMENAGEM
Como Barroso se tornou ministro do SFT por indicação da filósofa contemporânea Dilma Rousseff, não se pode descartar que a expressão - PERDEU, MANÉ- tenha sido utilizada pelo tirano-ministro como forma de homenagear a célebre frase cunhada pela petista: - NÃO ACHO QUE QUEM GANHAR OU QUEM PERDER, NEM QUEM GANHAR OU PERDER, VAI GANHAR OU PERDER. VAI TODO MUNDO PERDER. Que tal?
MINISTRO LULISTA
Entretanto, deixando fora as ironias, o fato é que a grosseria de Luis Barroso espelha o seu lado MILITANTE POLÍTICO. O mais nojento nisso tudo é que a MÍDIA ABUTRE, de forma uníssona, imediatamente rotulou o BRASILEIRO -PATRIOTA- como -BOLSONARISTA-. Ora mesmo que isto seja verdade, este posicionamento deve ser visto e interpretado como algo plenamente aceitável dentro daquilo que se entende como DEMOCRACIA. Já o comportamento do ministro do STF é criminoso, pois age, escancaradamente, como MILITANTE LULISTA. Isto, infelizmente, não é notícia para a MÍDIA ABUTRE. Pode?
VAMOS AMOLAR SEM PARAR
Pois, no meu entender, meus caros MANÉS BRASILEIROS, a hora é de AMOLAR bastante. SEM PARAR. Isto significa que VAMOS GANHAR!
Stephen Kanitz
Existe uma frase no capitalismo “nunca pergunte como um empresário obteve seu primeiro milhão”.
A premissa é que todo novo negócio começa, ou sonegando impostos, ou por contrabando, ou por um acordo generoso com uma estatal.
Mas a outra parte dessa premissa é que uma vez alcançado o primeiro milhão, a empresa entra nos eixos sem corrupção.
Na política é a mesma coisa, só que ela continua sem limites.
Achei este texto de um especialista em campanhas eleitorais.
“O brasileiro é tolerante com a corrupção, pois se puder, de algum modo, também recorre a meios ilícitos para subir na vida.
Faço campanhas eleitorais há muito tempo e as pesquisas revelam isso.
Nas conversas informais as pessoas também deixam entrever essa complacência com o crime.
O brasileiro é dinheirista.
Curso superior no Brasil é meio para ganhar dinheiro.
Lecionei economia e ciência política muitos anos, e a maioria dos alunos nunca me pediu uma indicação de livro.
Não é a educação que é valorizada, mas o diploma.
O brasileiro quer uma fórmula eficiente de ganhar dinheiro e subir na vida.
O conhecimento é solenemente desprezado.
Lemos em média 1,2 livros por ano, aí incluídos livros didáticos, que são obrigatórios.
Mais de 70% das pessoas são analfabetas funcionais, ou seja, têm sérias dificuldades em ler corretamente e compreender o que leram. Você mesmo anda sofrendo com isso aqui.
Enfim, antes de aspirar o poder, a esquerda revolucionária devastou a cultura e a educação brasileira.
Não sobrou nada.
Cursos universitários são centros de formação de militantes.
São espaços para moldar a cabeça de uma geração extremamente materialista, vazia, que só pensa em obter sucesso na vida.
Mais uns 10 anos e a direita nem eleitorado terá.
Essas eleições estão revelando toda a miséria cultural, intelectual, moral e espiritual do brasileiro.”
* Reproduzido do Blog do Kanitz, em https://blog.kanitz.com.br/por-que-nossa-elite-tolera-a-corrupcao/
Alex Pipkin, PhD
De louco todos nós temos um pouco.
Ainda bem que eu disse “um pouco”, impondo-se a razão.
No comportamento tribal, nos grupos enlouquecidos pelo pertencimento e pelo reconhecimento, e em partidos políticos evidentemente insanos a loucura é a lei.
Se bem que nesse Brasil varonil “demais”, o faroeste verde-amarelo, já não existem mais leis.
Certo que essas não são aplicadas igualmente para todos, imperando o carteiraço.
A loucura rubra apoderou-se de quase todas as instituições da terra de Macunaíma, e a utopia e a safadeza explícita transformaram-se na regra deletéria.
Freud, em Psicologia das Massas e a Análise do Eu, afirmava, cientificamente, uma platitude que por aqui todos nós constatamos a olhos nus: as massas nunca desejam a verdade objetiva, pois elas vivem e apreciam ilusões.
Se não bastasse um louco e megalomaníaco, “venceu” às eleições um “L”, de ladrão, suportado por uma ex-mídia putrefata e, especialmente, uma suprema INJUSTIÇA MARXISTA E “ILUMINISTA”.
A insanidade, a desfaçatez e o ódio do bem estão poluindo nossos ares.
A patrola vermelha vai destruir tudo que encontrar pela frente, ou por desconhecimento e incompetência, ou por sem-vergonhice.
Afora a “gratidão” declarada - não sei se rio ou choro -, a bondade extrema expressada pelas cínicas demonstrações de virtudes, as experiências concretas da trupe encarnada em políticas públicas, agora sob nova roupagem, conduzem os mais necessitados a mais pobreza e miséria.
Para mim, há um equívoco trivial na cartilha marxista, aquela que não sai da cabeça de jovens idealistas e de velhos “modernos”, eternamente ludibriados. A luta de classes e a opressão ficaram objetivamente muito “desgastadas”…
O capital não é adversário do trabalho, eles são complementares, porém, o problema é que a ladainha esquerdista insiste em aludir a existência de um jogo de soma zero - eles sequer sabem o que é isso.
A loucura instalada irá nos conduzir com esmero ao desastre anunciado.
A mistura explosiva de loucos e incompetentes vai engrossar o caldo do feijão já aguado do Estado do Bem-estar social, gigantesco e ineficiente - sei lá quantos novos ministérios o ex-presidiário irá criar para agraciar sua turma do amor.
O devaneio de chutar o balde do teto de gastos, a fim de solucionar o problema dos mais pobres, demonstra cabalmente a inépcia e a irresponsabilidade dessa turma vermelha do amor.
Eles não sabem o que dizem, o déficit fiscal gera uma disparada dos preços, inflação, que afeta principalmente os mais pobres. Gasto não é igual a investimento. Déficit fiscal cria incertezas e, portanto, constitui-se na principal barreira para a entrada de capitais no país.
Preparemo-nos para a tragédia: políticas nacional-desenvolvimentistas vermelhas só deram certo para “empresários” do compadrio, o assistencialismo estatal burro só deseja preservar eleitores para o próximo pleito, como se viu, e em especial, a suposta “salvação” pelo Estado inflado, fortalece cada vez mais os parasitas estatais, em detrimento dos genuínos criadores de riqueza: pessoas e empresas.
Loucura, psicopatia ou burrice? Tudo junto, misturado?
Desalento racional.
Cel. João Batista Pinheiro
Às vezes ficamos andando a esmo pelos mistérios da vida, sem acreditar no que está acontecendo ao redor de nós. Aos 92, já enxergando a linha de chegada, a nossa estiagem de vida parece que foi uma mentira. Tudo o que nós aprendemos nesse longo caminho não serviu para nada. Cada dia que passa, um absurdo desponta no horizonte de nossa virtude do não saber nada. Será que ainda estamos vivos ou já morremos e não sabemos?
Em um país que enfrentou tantos perigos nos últimos quatro anos e subsistiu bravamente com alguns arranhões, fica difícil acreditar que o órgão máximo da nossa Justiça STF, coadjuvante do Poder Central, fosse buscar no cárcere para presidir o Brasil, um indivíduo desagradável, velho, doente, semianalfabeto, julgado e condenado a mais de onze anos de reclusão por crime contra o patrimônio financeiro nacional. Ficamos de queixo caído ao meditar como pode acontecer tanta incoerência e insensatez nas hostes da política brasileira.
Nessa última eleição para presidente da nossa República, seria normal qualquer brasileiro derrotar o candidato da situação presidente Bolsonaro. O que seria anormal foi constatar que o inelegível, incompetente e desagradável Lula da Silva fosse derrotar todos os candidatos. Não gostaríamos de ver os mesmos fantasmas de um passado esquecido, voltar ao picadeiro do circo da vida para dar cambalhotas no ar e receber os apupos da plateia entorpecida.
A nossa insistência em retornar ao mesmo assunto da eleição do Lula à presidência do Brasil é para lembrar que somos uma população de 215 milhões de brasileiros, habitando um dos países mais ricos do mundo em tudo, povo ordeiro e generoso, clima, solo, vegetação, posição geográfica com 9.200 km de extensão de costa em um mar manso e belo.
Não apreciamos o retorno do inelegível Lula da Silva ao poder, portador de uma ficha pessoal sempre sujíssima, especialista em corromper consciências, despedaçar novamente o Brasil, como o fez no passado, em dezesseis anos consecutivos. Este país colossal não merece mais uma vez ser vilipendiado e estagnado por um mentiroso picareta, pouco afeito às salas de aula das escolas, ser alçado ao maior alto cargo do poder civil, em detrimento a muitos brasileiros ilustres, sob o manto protetor do órgão máximo da nossa Justiça, representada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os demais brasileiros que frequentaram escolas regulares em todos os níveis, estão se sentindo diminuídos e injustiçados. Perdemos os melhores momentos da nossa mocidade, dos 17 aos 22 anos de idade, trancafiados entre os muros das escolas militares do Exército, levando trotes e estudando feito uns loucos, para colocar uma singela estrela de 2º tenente nos ombros. Estamos arrependidos? Não, estamos ressentidos. Nunca imaginamos assistir a tanto retrocesso na vida política do nosso país.
Sempre almejamos deixar para os nossos descendentes um Brasil em desenvolvimento, governado por mãos competentes, com futuro garantido. Vamos ter mais quatro anos de estagnação. Grande tristeza para quem está vislumbrando o manto protetor da eternidade.
* José Batista Pinheiro Cel EB Ref, articulista do jornal Inconfidência (Rio de Janeiro, 13.11.2022)
Roberto Rachewsky
A diversidade que realmente deveria receber destaque, e ser levada à última instância, não se refere a homens, mulheres, gays ou lésbicas. Nem a negros, brancos, amarelos ou vermelhos. Nem a judeus, muçulmanos, cristãos ou ateus.
Diversidade de verdade, universal, é aquela que inclui indivíduos com nome e sobrenome, com corpo e alma, propósitos, vitórias e derrotas, seres humanos que acordam, criam valor e dormem para reiniciar de novo a construção dos seus caminhos em direção ao destino que escolheram na vida.
O que importa para os seres humanos não aparece perante nossos olhos, por isso não julgue antes de saber o que tem guardado naquele corpo, naquela mente.
Características congênitas como cor, sexo, nacionalidade, nos identificam e distinguem, mas isso não deveria nos separar. Há outros critérios ainda: altura, peso, largura, comprimento do todo e das partes, velocidade, força, inteligência, feiura e beleza. Tudo isso nos identifica e nos distingue, mas não nos separa.
Somos todos seres humanos dotados de aparência que se herda e de caráter que se constrói. O caráter é essencial e a aparência é acessória. Não é à toa que dizem que o amor é cego. Que seja cego para o corpo, mas não para o caráter.