• Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 21 Julho 2024

 

Gilberto Simões Pires

DIREITO DE ESFOLAR

Ontem, finalmente, o tão aguardado e pra lá de necessário CORTE DE GASTOS PÚBLICOS foi anunciado pela área econômica do governo. Entretanto, por mais que Lula tenha dado o AVAL para o CONGELAMENTO DE R$ 15 BILHÕES, a sua fisionomia revela, com total transparência e vontade, que, a exemplo do agente secreto James Bond - conhecido como Agente 007 - que tem PERMISSÃO PARA MATAR, ele não pretende abrir mão do -DIREITO DE ESFOLAR- OS PAGADORES DE IMPOSTOS.

NÚMEROS...

Para que não paire dúvida e tampouco euforia com a tardia e pouco confiável atitude do governo, ontem a equipe econômica fez uma mera apresentação de números, os quais, não por acaso, agradou muito os jornalistas de plantão, do tipo que sorriem iguais hienas para qualquer coisa dita e ou prometida pelo governo. A rigor, a proposta completa, segundo disse Fernando Taxadd, será detalhada no relatório de despesas de julho, a ser anunciado na próxima segunda-feira, 22. 

INGENUIDADE EXPLÍCITA

O mais curioso é que muitos analistas do mercado financeiro ficaram muito satisfeitos com o CONTINGENCIAMENTO DE 15 BILHÕES, pois achavam que o governo anunciaria um corte de apenas R$ 10 bilhões. Ou seja, tomados por um incompreensível sentimento de INGENUIDADE, os analistas ficaram felizes e crentes que Lula está realmente disposto a CORTAR GASTOS. Pode? 

DESPESA X INVESTIMENTO

Vale lembrar, antes de tudo, que durante a entrevista que concedeu nesta semana ao Jornal de Record, o presidente Lula, com todas as letras, afirmou que -NÃO É OBRIGADO A CUMPRIR A META FISCAL. Mais do que sabido e comprovado, Lula só tem compromisso com a DESPESA. Mais: ao confundir, espertamente, DESPESA COM INVESTIMENTO, não admite que o INVESTIMENTO exige a SAÍDA DE DINHEIRO (INEXISTENTE) DO CAIXA DO GOVERNO. 

RELATÓRIO DO IFI

A propósito: segundo o Relatório de Acompanhamento Fiscal, da Instituição Fiscal Independente (IFI), divulgado ontem, o DÉFICIT PRIMÁRIO recorrente do Brasil foi de 1,6% do PIB nos 12 meses encerrados em junho de 2024. Com isso, a IFI calcula que será necessário um esforço fiscal equivalente a 1,3 pp do PIB para que seja alcançada a META FISCAL de DÉFICIT PRIMÁRIO ZERO DO GOVERNO EM 2024. Atenção: enquanto as RECEITAS crescem 6%, o AUMENTO DAS DESPESAS chegou a 10,9% no primeiro semestre de 2024. Que tal? 

 

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 21 Julho 2024

 

Alex Pipkin, PhD
      Definitivamente, o propósito de uma empresa é gerar lucro para os seus donos, ou seja, seus acionistas. Importante destacar que entre tais donos, encontram-se pequenos poupadores que buscam remuneração para seus recursos de toda uma vida.

Até então me parecia algo intuitivo. Sem lucro, não há investimentos, e sem investimentos não existe geração de empregos, de inovações e, notadamente, estímulo para o crescimento organizacional. Aliás, sem lucratividade, governos arrecadariam menos tributos das empresas para financiar serviços públicos básicos e essenciais.

Disse que parecia intuitivo, entretanto, nesse "novo mundo "progressista"", emergiu vorazmente a grande indústria do ESG - Governança, Social e Ambiental.

Como liberal, considero que os mercados devem ser livres, a fim de estimular a concorrência e as inovações. Uma empresa só sobrevive no longo prazo se for capaz de satisfazer as necessidades e os desejos de seus clientes-consumidores, visando o lucro. Sem lucratividade, seguramente, não haverá empresa no futuro.

Tal missão é alcançada por meio do fornecimento de soluções para os consumidores, materializadas através de melhores produtos e serviços, a preços, cada vez mais, competitivos. A missão da organização é exatamente essa, não a utopia da salvação da humanidade. Empresários que satisfazem, efetivamente, os consumidores, de fato, estão gerando bem-estar social para todos. Ponto.

No entanto, nesse "novo mundo "progressista"", a sanha coletivista, anticapitalista, crê que são as políticas autoritárias e intervencionistas impostas pelo Estado grande, aquelas que devem ser protagonistas, em nome da "justiça social". Portanto, impõem-se práticas ESG no seio empresarial.

Note-se que a exigência estatal quanto ao ESG, ao cabo, impacta negativamente nos mercados, impulsionando um comportamento discriminatório e anticompetitivo. Verdadeiramente, as escolhas estratégicas das empresas, devem ser tomadas por seus próprios acionistas que, em tese, desejam e operam mirando a maior lucratividade possível.

Evidente que uma organização deve praticar ações antidiscriminação, porém, a diversidade, equidade e inclusão, tão propaladas por "progressistas", ideologicamente, têm se restringido à questões de raça e gênero. Nada de idosos, de pessoas de "todas as cores", de indivíduos em más condições socioeconômicas, de diferentes etnias, entre outras.

Se os governos deixassem de se intrometer na economia - e na vida privada das pessoas -, certamente haveria maiores e melhores oportunidades para os indivíduos, e de maneira genuína, para todos. Inquestionavelmente, onde existe liberalismo econômico, há mais prosperidade.

Mesmo com a imposição governamental, uma série de empresas têm abandonado tais práticas ESG, por entender que o ativismo não tem contribuído para a verdadeira melhoria das condições daqueles que verbalizam defender.

Repito, são os acionistas aqueles que devem decidir se o ESG faz sentido para o seu negócio ou não, não burocratas estatais interesseiros, tampouco a turma "moderna de marketing". Essa, surpreendentemente, anda tomando decisões "estratégicas", isto é, realizando maquiagens nas comunicações, que contradizem a realidade objetiva das operações pragmatizadas pelas empresas.

Importante mencionar que apesar do estardalhaço e da retórica da indústria do ESG, estudos científicos fidedignos atestam que não há evidências de que os fundos de alta sustentabilidade superem os fundos de baixa sustentabilidade, como também, de que os fundos ESG tenham um desempenho social superior.

Quando se sai da retórica para a vida real das ações, ficam claras as contradições da narrativa ESG. Em síntese, são os donos das organizações, não os governos, aqueles que devem determinar o que deve prevalecer no ambiente empresarial.

Penso eu que é a lucratividade superior quem manda, embora algumas empresas possam continuar a investir no ESG, às custas de uma baixa lucratividade. Parecer "verde e bondoso" não basta. É necessário, preto no branco, ganhar dinheiro, visando a ser sustentável. Sustentável? Sim, alcançando uma lucratividade sustentável ao longo do tempo.

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  • Dartagnan da Silva Zanela
  • 16 Julho 2024

 

Dartagnan da Silva Zanela

         Lembro-me que, quando era jovenzinho, tinha altas rusgas com Deus. Na verdade, desde minha infância. E não era mero ateísmo com leite e pera não, nada disso. Eu, naqueles idos, nutria homéricas discussões com o Altíssimo; discussões as quais perdi todas, de forma vexaminosa.

 Não sabia eu que com aquele bate-boca estava rezando com meu coração na mão e, hoje, de barba branca, vejo que o Sapientíssimo respondeu a todas as minhas dúvidas e questionamentos porque, admitamos ou não, a nossa vida, de fio a pavio, é uma só oração, um grande diálogo com Deus.

Por essa razão, podemos dizer, sem medo de errar que, a prática da oração, sempre ocupa um lugar central em nossa vida, sejamos nós pessoas religiosas ou não.

Há em nosso peito, como nos ensina Santo Agostinho, um vazio imenso, tão grande, tão grande, que apenas Deus pode preenchê-lo sem deixar lacuna alguma; há em nosso coração uma sede imensurável pelo infinito e, por isso, procuramos Deus em todos os lugares, em cada uma das nossas paragens, em todos os cantos e recantos e, essa procura, reconheçamos ou não, é uma oração. A grande oração da nossa vida.

Todo grito aflito por justiça, por amor, todo grito que clama por esperança, é uma oração e, por isso, nesse sentido cristalino e profundo, todo clamor é uma perene oração e é aí, justamente aí, que a porca torce o rabo e não é num ato de contrição.

Muitas e muitas vezes, todos nós nos sentimos pra lá de aturdidos diante da vastidão do mundo, da imensidão de seus mistérios e dos abismos insondáveis que existem na alma humana e, por isso mesmo, sem nos darmos conta, acabamos por confundir nossos desejos conflitantes, que esbravejam por ordem e sossego, com a imagem do trono do todo poderoso.

Teimosos que somos, acabamos por colocar no centro da nossa vida os bens mundanos, materiais e imateriais, que tanto almejamos e, deste modo, terminamos por fazer deles nossos ídolos de barro, dobrando os nossos joelhos para um trem que é a imagem escarrada da nossa vontade desordenada. Da nossa má vontade.

Aí, sem nos darmos conta, fazemos da procura pela satisfação dos nossos anseios mesquinhos a nossa oração, desdenhando a procura humilde e perseverante pela realização da vontade de Deus em nossa vida, que deveria ser a nossa contínua prece de todo santo dia.

Não é à toa, nem por acaso, que o homem moderno procura diminuir a grandeza de Deus para que Ele caiba "direitinho" nas dimensões do nosso coração apequenado. Não queremos que Ele dilate o nosso peito para que possamos receber o seu amor; para que ele, deste modo, possa transbordar abundantemente em nossa vida.

Podemos afirmar, sem medo de errar, que todas as vezes que temos a grata felicidade de encontrar, no interior de uma Igreja, uma senhora de joelhos dobrados a rezar, vestida de simplicidade, com suas mãos calejadas unidas, próxima ao rosto, estamos diante de uma pessoa que está sendo misteriosamente tocada pela graça. Seu coração está voltado para o alto, diferente do nosso, que está, muitas e muitas vezes, voltado para o que há de mais rasteiro em nós.

Quando Nosso Senhor Jesus Cristo diz (Lucas IX,58) que as raposas têm tocas e os pássaros têm ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde repousar a cabeça, podemos compreender, se assim nosso entendimento permitir, que Cristo está nos perguntando se nós iremos ou não deixar que ele recline a sua cabeça em nosso peito para nele repousar e, deste modo, podermos Nele descansar.

Enfim, é aí, justamente aí que reside todo o problema porque, como todos nós sabemos, nosso coração está cheio, até a tampa, com boleiras de traquitanas que nós elevamos a dignidade de "nossas divindades". Por isso, para deixarmos de ser as tranqueiras que somos, deveríamos refletir a respeito das nossas orações, a respeito do que está no centro delas e, principalmente, para que direção elas estão direcionando o nosso coração.

*       O autor,  Dartagnan da Silva Zanela, é  professor, escrevinhador e bebedor de café. Autor de "A QUADRATURA DO CÍRCULO VICIOSO", entre outros livros.

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 16 Julho 2024


Alex Pipkin, PhD


       Já afirmei, em várias ocasiões, que desconfio de todos aqueles "profetas", que lucram com suas profecias. Muitas dessas apocalípticas.

Evidente que na esteira do fim do mundo, sempre se incluem aqueles "grandes e nobres ativistas" que, factualmente, desejam e advogam pelo decrescimento. A ordem do dia é limitar o uso de recursos, e decrescer.

Seria providencial que esses indivíduos, e as pessoas em geral, pelo menos, se educassem quanto ao fenômeno ludista na Inglaterra, entre o final do século XVIII e início do século XIX. Invasão de fábricas e quebra de máquinas, buscando barrar o progresso. O medo - potencializado - do progresso é o caminho seguro para a estagnação, retrocesso e pobreza, inclusive moral.

A história está repleta de alarmismos sobre malefícios dos avanços tecnológicos. Dito de outra forma, de profecias que se mostraram completamente bizarras. Interessante notar que esse “fim do mundo”, por sua vez, varia de acordo com a visão ideológica do vivente. Por terras tupiniquins, no governo do Capitão, a Amazônia estava sendo devastada pelo fogo, motivando ativistas, tais como a menina ambientalista Greta Thunberg e o ator Leonardo DiCaprio, a prognosticarem o desastre verde-amarelo. Interessante, de fato. Agora no desgoverno vermelho, em que o fogaréu ainda é maior, onde eles foram parar? Interessante mesmo.

Decrescimento virou mais uma nobre palavra a ser proferida por qualquer "progressista" que se preze. Claro que faz parte da cantilena e cartilha vermelha afirmar que o decrescimento nas economias planificadas, é muito mais auspicioso do que a eficiência econômica capitalista, aquela que, legitimamente, gera o maior bem-estar individual e para todos.

De minha parte, como ratificado pela história e pelo progresso moral e material das sociedades civilizadas, o desenvolvimento tecnológico e científico - às inovações - é, cada vez mais, fundamental para que possamos buscar e encontrar soluções para os problemas e riscos envolvidos na vital questão relacionada ao crescimento econômico.

Aliás, foi sempre desta forma que o progresso aconteceu, gerando empregos, renda e riqueza, capazes de tirar milhões e milhões de pessoas da linha da miséria e da pobreza. Vacinas contra epidemias, fontes de energia mais baratas e equipamentos para o saneamento básico, para mencionar alguns exemplos, são dependentes do crescimento econômico. Milhões de pessoas no mundo passam fome, e é somente pela via do crescimento econômico que essas barrigas serão alimentadas, verdadeiramente.

Preto no branco, sem narrativas, retóricas e falsas verdades "progressistas", grosseiras desinformação, os fatos corroboram que o crescimento econômico é o remédio santo que melhora e amplifica todos os indicadores de florescimento humano.

Aquilo que literalmente mata e aniquila o progresso das pessoas é, indubitavelmente, a fome avassaladora do Estado pelos recursos dos criadores de riqueza, e pelo abusivo e extorsivo intervencionismo estatal. Foi o crescimento econômico que retirou milhões e milhões de pessoas da miséria, não o populismo ideológico que produz programas sociais contraproducentes, que retiram e inibem investimentos e a geração de empregos daqueles que produzem. Esse último, redistribui, de maneira coercitiva, para aqueles que nada produzem. Neste ambiente coletivista, a única coisa que cresce de verdade, é a renda de uma "deselite rubra", em detrimento dos mais pobres que aludem defender.

Para que possamos crescer e mitigar as mazelas sociais, temos que evoluir e impulsionar as inovações tecnológicas, a destruição criativa, gerando menos intervencionismo do Estado ineficiente e mais liberdade nos mercados. Maior concorrência, aportando melhores produtos e serviços, e fazendo com que os preços desses diminuam.

O crescimento econômico, via progresso tecnológico, é a fonte de melhoria, não só da condição econômica do indivíduo, como também para o próprio progresso da condição humana. Minha recomendação; confie nos fatos e dados genuínos quanto ao crescimento econômico e ao respectivo progresso.

Claro que é preciso contornar as objeções e seus efeitos colaterais. As redes sociais descortinaram “verdades verdadeiras”. Contudo, deram voz a uma legião de idiotas e de sectários ideológicos dotados, até o último fio de cabelo, da dissonância cognitiva. Qualquer idiota, consciente ou não, pode hoje digitar uma grande inverdade, rotunda asneira malvada, que é viralizada por outros idiotas, e que tem o poder de se disfarçar sobre o véu da verdade. Atualmente, abundam “informações”. O antídoto contra esse veneno é, primeiro, enxerga-lo. Segundo, e mais importante, exercitar a razão, possuir e/ou buscar efetivo conhecimento, e pensamento crítico para saber peneirar as tais “informações”.

Enfim, exerço meu poder de síntese: intervencionismo estatal demasiado, decrescimento e desinformação, são como a malária do século XIV. Tomam café, almoçam, jantam e dormem conosco em pleno século XXI.

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  • Stephen Kanitz, em Blog do Kanitz
  • 15 Julho 2024

Stephen Kanitz

  1. É simplesmente um absurdo taxar mais as empresas que mais valor acrescentam ao consumidor, e taxar menos as empresas que menos valor acrescentam à sociedade. Duas empresas, de mesmo faturamento e número de funcionários, aquela que acrescenta valor e deveria ser estimulada, é penalizada, aquela que menos valor acrescenta é menos taxada.
  2. Simplicação de 6 impostos para 2. Empresas fazem 3.000 pagamentos por mês, para funcionários ou fornecedores. Reduzir em 4 pagamentos gerando essa confusão toda é o absurdo do absurdo.
  3. Bernard Appy, sendo economista, nada entende de contabilidade, não sabe que empresas elaboram o Demonstrativo de Valor Adicionado, com valor X, que multiplicado por 26%, bastava. Mas não, continua o sistema absurdo de pinçar o imposto de cada venda, e subtrair o imposto de cada compra.
  4. Estados eficientes, estados com governadores da direita, não mais poderão reduzir seus impostos, repassando esses ganhos de produtividade para atrair novas empresas. O governo federal determinará uma alíquota única.
  5. Contadores ficarão malucos contabilizando 2 sistemas paralelos por 20 anos. Os custos contábeis irão simplesmente dobrar, e os erros contábeis irão triplicar.
  6. Impostos devem corresponder aos serviços prestados pelo governo, estado e municípios, a rigor deveríamos ter um imposto específico para cada serviço prestado. Empresas que não importam bens nem exportam não deveriam custear o Itamaraty. Empresas que não contratam alunos de Faculdades Estatais, não deveriam pagar pelo seu ensino, empresas que reciclam seu lixo, assim por diante.
  7. Companhias de Seguro Saúde não estão acrescentando valor quando lhe tratam de uma doença, elas estão simplesmente devolvendo suas anuidades de forma atuarial, tirando os riscos daqueles menos afortunados em termos de saúde. Agora vão pagar 26%.
  8. A ideia populista e petista do cash back para os mais pobres é simplesmente eleitoreira, e prejudica os mais jovens. É um absurdo taxarmos jovens de 18 a 28 anos, no início de suas vidas, agora em 26% de IBS, mais 28% de INSS, quando precisam comprar casa, fogões e móveis. Cash back deveria ser para eles no início de suas vidas, mas não pensaram nisso.
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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 14 Julho 2024

Gilberto Simões Pires

DESORDEM FISCAL

Por mais que o DESEQUILÍBRIO FISCAL seja um tema bastante árido e como tal de difícil entendimento tanto para a grande maioria da nossa população quanto para praticamente todos os meios de comunicação, esta clara e preocupante situação que o Brasil está vivendo, sob o comando -prazeroso- do governo Lula, volto a insistir no assunto na esperança de que mais brasileiros entendam que as consequências produzidas pela DESORDEM FISCAL são desastrosas. 

PÉ NO ACELERADOR DAS DESPESAS

 

Pois, antes de tudo, para que fique bem claro, RISCO FISCAL se manifesta, matematicamente, através do DESEQUILÍBRIO ENTRE RECEITAS E DESPESAS DO GOVERNO e, por consequência, pela PREOCUPAÇÃO DE QUE O GOVERNO NÃO CONSIGA HONRAR SUAS OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS. Mais: a TAXA DE DESEQUILÍBRIO FISCAL cresce na medida em que o GOVERNO, ao invés de conter a encrenca, resolve colocar o pé no acelerador das DESPESAS PÚBLICAS.

RISCO-PAÍS

 

Para quem ainda não sabe, a capacidade do governo de pagar suas dívidas é constantemente avaliada e pontuada pelos agentes econômicos. Como tal, o RISCO-PAÍS espelha, numericamente, o grau de possibilidade dos governos poderem honrar com seus compromissos. Ou seja, quando A TAXA DE RISCO-PAÍS aumenta, os investidores (pessoas ou empresas que financiam governos comprando títulos públicos) passam a PERDER A CONFIANÇA na capacidade do governo de honrar suas dívidas e manter a estabilidade econômica. Esse sentimento ruim faz com que aumente as RETIRADAS dos recursos do país, que por sua vez provoca, pelo efeito DEMANDA, o aumento da cotação do DOLAR.

CICLO VICIOSO

 

O que precisa ser enfatizado é que a DEPRECIAÇÃO DO REAL EM RELAÇÃO AO DÓLAR, tem EFEITO IMEDIATO NA ELEVAÇÃO DE PREÇOS DE INÚMEROS PRODUTOS IMPORTADOS. E, para conter esta situação o BANCO CENTRAL -INDEPENDENTE- é forçado a AUMENTAR AS TAXAS DE JUROS (SELIC). Pois, estas importantes e necessárias decisões tomadas pelo BC, infelizmente, são tratadas sistematicamente pelo presidente Lula através de xingamentos ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, que se esforça diariamente para manter o tal de EQUILÍBRIO FISCAL. Vou mais além: caso o RISCO FISCAL siga em MODO ALTO, nem os aumentos da TAXA SELIC se mostrarão capazes para estabilizar a moeda, resultando, assim, em um CICLO VICIOSO DE DEPRECIAÇÃO CAMBIAL E INFLAÇÃO EM ALTA, como aliás, o país já viveu no passado recente.

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