• Alex Pipkin, PhD
  • 11/09/2023
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O mercado e a cooperação social

 

Alex Pipkin, PhD


       Estudo de 2023, desenvolvido pela IEA (Associação Internacional para a Avaliação de Conquistas Educacionais), conduziu análises com crianças do 4º ano do ensino fundamental em 57 países, referente as habilidades de leitura.

Nenhuma surpresa: o Brasil ocupa a 52a. posição.

Quem não lê, não pensa. Quem não pensa, objetivamente, participa de modo ativo do jogo do telefone sem fio em suas respectivas bolhas de pertencimento. Parasitas ideológicos, desse modo, mantêm suas hordas de ineptos, manipulando-os ao seu bel prazer.

Triste, mas a grande massa do Pau Brasil é constituída de incautos. Não leem, não pensam.

Um dos lemas mais badalados, atualmente, nessas bolhas de ineptos, tem sido vociferar contra o capitalismo.

Sou obrigado a reiterar que eles não sabem o que, de fato, significa o sistema econômico capitalista, baseado nas economias de mercado.

O que eles ouviram falar, é que o malvado capitalista sem coração, explora os pobres e oprimidos trabalhadores.

Evidente que estamos diante de uma grosseira falácia.

Essas hordas de ineptos nunca leram, principalmente, Teoria dos Sentimentos Morais (1759), e A Riqueza das Nações (1776), ambos do grande Adam Smith.

Uma economia de mercado é baseada na divisão do trabalho e na propriedade privada dos meios de produção.

É mister deixar claro que pela divisão do trabalho se tem a cooperação entre pessoas, a cooperação social.

Cada indivíduo age por sua própria conta, entretanto, buscando satisfazer suas próprias necessidades como também necessidades de outras pessoas. Simples de compreender.

O IPhone, por exemplo, que os guerreiros sociais ostentam e utilizam, é resultado do trabalho e da produção de muita gente. Indivíduos produzem para si próprios e para os outros, numa economia suportada por trocas - especializadas.

Numa economia de mercado há o estabelecimento de relações voluntárias e colaborativas entre as pessoas, isentas de coerção.

São tais trocas que criam um mercado.

Talvez o componente mais importante de uma economia de mercado seja a presença da competição. Quando essa inexiste, os benefícios escorrem para os bolsos de burocratas estatais mancomunados com empresários do “e” minúsculo.

A turma da memória fixa na opressão não sabe o que diz. O mercado, de fato, é aquilo que produz a cooperação social entre as pessoas, de forma voluntária, possibilitando as inovações em produtos e serviços que melhoram as condições humanas e que engendram os frutos da civilização.

Mas e o Estado? Esse nada produz!

Além de me dar náuseas, estou cansado de ler economistas marxistas de carteirinha enaltecerem o decrescimento econômico em prol de baboseiras, tais como a tal “justiça social”.

Reitero que o melhor e mais eficiente programa social é o crescimento econômico.

Esse só ocorre com a liderança do setor privado, baseado no alcance de um efetivo aumento de produtividade.

Para tanto, parece-me essencial que existam certas condições básicas, tais como a melhoria do ensino, focado nos desafios da economia da digitalização, uma tributação justa, políticas públicas que incentivem o empreendedorismo e um mínimo intervencionismo estatal na economia, se e  quando absolutamente necessário.

Penso que políticas públicas deveriam ajudar os criadores de riqueza - pessoas e empresas -, porém, o que se vê é o intervencionismo estatal destruindo valor e, assim, prejudicando a geração de empregos, renda e riqueza. São os fatos.

O maior de todos, Adam Smith, foi um ferrenho defensor das trocas de mercado, que atuaria como um mecanismo potencializador das interações sociais e econômicas, e dos respectivos ganhos por meio da cooperação social nos mercados.

Smith já previa os eventuais desvios nefastos que tristemente comprovamos nesse país chamado Brasil.

Aqui o compadrio opera intensamente. “Empresários” negociam intervenções do governo nos mercados para se locupletarem, repartindo pedaços do bolo com agentes estatais.

O verdadeiro capitalismo é o sistema que incrementa a cooperação social, de forma voluntária.

Em Teoria dos Sentimentos Morais, Smith afirma que há princípios na natureza humana que interessam ao homem ver a fortuna e a felicidade dos outros, e que são necessários para ele. Assim funciona a vida social, embora tenhamos uma série de maldosos livres e soltos por aí.

Não, caros membros tribais. Não é o sistema capitalista que não funciona, definitivamente não é.

O problema real é que no Brasil temos uma (des)elite política e alguns “empresários” - “e” minúsculo - que constituem um clã extrativista, concentrador de poder, que manda e desmanda há séculos no país.

Triste, mas esses só pensam naquilo: em roubar e em extorquir recursos do restante da sociedade.

Além de roubar o dinheiro dos criadores de riqueza, surrupiam as oportunidades e a esperança dos brasileiros.

Por menos retóricas contraproducentes e bom-mocistas, por mais capitalismo de fato!