Alex Pipkin, PhD
Encontro-me combalido pela gripe; não é a peste da Covid-19.
Ontem, com tempo convidativo, resolvemos ir ao Cais Embarcadero, a fim de apreciar o pôr do sol do Guaíba.
Quando me acomodei em uma cadeira de um restaurante no local, repleto de gente de todas as idades, colorações e classes sociais, minha mente insistiu em me atiçar.
Seitas ideológicas, fisiológicas, tais como PT e PSOL, se opuseram ao projeto do Cais Mauá, em razão de vários aspectos (si hay capitalismo, yo soy contra), notadamente em função dos impactos ambientais.
Essa “esquerda” é contra a opressão dos fracos e oprimidos, é contrária à efetiva liberdade individual, é detratora do capitalismo e, de fato, deseja o decrescimento econômico e social.
A narrativa e o desgastado discurso é claro, como a água colorada: luta pela igualdade social - impossível -, e a “defesa” intransigente do meio ambiente.
O fato objetivo é que a revitalização do Cais Mauá transformou positivamente Porto Alegre, gerando empregos, renda, e riqueza para a cidade, por meio das atividades de comércio, de lazer, de cultura e de turismo.
A turma do “beautiful people”, dos guerreiros sociais, não enxerga muita coisa, especialmente, os impostos gerados neste local, que alimentam o famigerado assistencialismo, verdadeiramente, generosas esmolas sociais.
Lembrei do antigo livro do David Gertner, com o Kotler, Marketing de Lugares, em que eles defendem que países e cidades, devem desenvolver pontos e espaços que representem a marca e a imagem desses lugares. Isso se traduz em atração de investimentos.
Definitivamente, o Cais Embarcadero se constitui numa poderosa marca de Porto Alegre, atraindo e incluindo seus moradores, e transformando a cidade num polo turístico diferenciado.
Enquanto mirava para o lado de fora do restaurante, constatava a multidão de homens, mulheres, jovens, velhos, brancos, negros, judeus - como eu -, católicos, famílias inteiras, enfim, e jovens de 20 e poucos anos trabalhando nos restaurantes, bares e comércio locais. Minha cabeça não parava de pensar em como alguma mente racional poderia se posicionar contra um projeto desses?
Os guerreiros sociais petistas e psolistas desejam o Estado cada vez maior, a fim de acomodar a sua camarilha, enquanto reduzem os diretos e a ação dos indivíduos e das empresas, os genuínos criadores de riqueza.
A turma do intervencionismo estatal persiste em se concentrar na “governança” da aparência, deixando de lado o essencial conteúdo e os resultados dos projetos que são avaliados.
Essas “elites dos setores públicos”, estão preocupadas com seus processos formais - inexiste qualquer análise lógica de eficiência versus eficácia - que garantem seus empregos, mesmo que comprovadamente ineficientes e, em alguns casos, fraudulentos.
Pobre povo gaúcho e brasileiro, acredita no inacreditável.
O PT e assemelhados sempre lutarão por um governo cada vez maior, com mais empresas estatais, com maiores gastos com assistencialismo para o “voto certo”, e um maior grau de intervenção no mercado.
Em nossa Republiqueta das bananas, é desolador atestar a sempre presente mentalidade do “nós”, governo, versus “eles”, indivíduos e empresas. Lamentável.
O Cais Embarcadero representa, claramente, o êxito do capitalismo.
Por isso, essa esquerda religiosa não o quer. Pregam, intensamente, o decrescimento econômico!
Veem, mas não enxergam, que são os indivíduos e as empresas os reais criadores de emprego, renda e riqueza.
Inexiste melhor programa social que o emprego, somente possibilitado pelo crescimento econômico. Isento de crescimento, não há como bancar gastos sociais!
Mas quem viabiliza o crescimento? Elementar, meu caro Watson tupiniquim! A liderança, o esforço e a eficiência do setor privado.