• Alex Pipkin, PhD
  • 10 Maio 2023

Alex Pipkin, PhD

Penso que, cada vez mais, é preciso reiterar que democracia de verdade, não a cleptocracia tupiniquim, para gerar real crescimento econômico e social sustentado, é dependente de um sistema econômico de mercado eficiente.

Neste sentido, assistindo o ministro do STF, Gilmar Mendes, no programa Roda Viva, mais uma vez, surpreendeu-me negativamente, sua explícita satisfação com a vitória do candidato esquerdista Lula, francamente beneficiado por tal Corte Suprema.

A alegria contagiante desse ministro, correlacionava-se com a “volta da democracia” no país, e o afastamento da “extrema direita” e do autoritarismo, expresso na figura do ex-presidente.

A turma dos grandes vinhos premiados e das lagostas, juntamente com quase todos os “progressistas” que fizeram o “L”, só pensam no retorno do “amor e da democracia” ao país verde-amarelo.

Conforme a ministra do governo petista, Marina Silva, metade da população brasileira passa fome, mais isso aparenta ser desimportante, tendo como fatos cabais dessa omissão, a compra de cama e de sofá a preços estratosféricos, e o luxo e a pompa exibidos nas intermináveis viagens internacionais do casal presidencial Lula-Janja.

Políticas econômicas progressistas, que cheiram à naftalina, associadas as nacionais-desenvolvimentistas, são a receita certa para o atraso e para a estagnação econômica.

Qualquer estudante de economia e/ou de gestão e negócios sabe que uma política econômica adequada para o caixa do governo e, fundamentalmente, para a satisfação dos consumidores e dos contribuintes, é a privatização de monopólios estatais. Inquestionável.

A turma petista quer não só a manutenção do Estado grande, como também engrandecê-lo ainda mais.

Não existe qualquer sentido lógico de defender o indefensável, ou seja, a presença do Estado, a estatização, em setores econômicos em que, comprovadamente, não há vocação deste para operar.

A grande preocupação e obra desse (des)governo é o aumento de tributação.

Inexiste qualquer preocupação e foco, com ações pragmáticas, para realizar o que tem que ser feito, ou seja, a redução dos gastos públicos. Pelo contrário, o que se vê - e o que não se vê - é a gastança do dinheiro do contribuinte.

A necessária reforma tributária vermelha, ao contrário do que deveria acontecer, aumentará o gasto público.

O dublê de bravateiro-turista internacional, o adorador das benesses do capitalismo - para o povaréu o socialismo -, Luiz Inácio, sistematicamente tem falado asneiras de todas às ordens, concentrando-se na sua luta para derrubar o presidente do Banco Central independente que, ironicamente, beneficia o governo petista.

A inflação, a fome, a falta de crescimento econômico, enfim, tudo isso é, para dizer o mínimo, secundário para os militantes coletivistas do governo e da Corte nacional.

O que importa é que o amor venceu, e a “extrema direita autoritária” de Bolsonaro, claro dentro da institucionalidade, foi afastada.

Não, esse não é o governo do povo, em absoluto. É o reino do compadrio, da extrema felicidade dos grupos de interesse, dos amigos do rei de Garanhuns.

Seguramente um governo maquiavélico, expresso em sua retumbante frase: “Aos amigos os favores, aos inimigos a lei”.

Terrível, mas mais uma vez, em função de princípios doutrinários esquerdistas, ditos “progressistas”, demagógicos e atrasados, o país caminha para uma crise econômica e social, e para o recrudescimento da fome e da desunião nacional.

 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 07 Maio 2023

 

Gilberto Simões Pires

EXÉRCITO VERMELHO

Como bem narra o pensador Roberto Rachewsky, no seu imperdível livro - O GREGO, O FRADE E A HEROÍNA-, ao discorrer sobre a vida da filósofa Ayn Rand, em 1917, com a vitória do -EXÉRCITO VERMELHO- foi implantado o REGIME DOS SOVIETES e, sob a liderança de Lenin, o COMUNISMO DE INSPIRAÇÃO MARXISTA começou a ser implantado na Rússia, e se expandiu após a criação da URSS -União das Repúblicas Socialistas Soviéticas-, uma enorme nação que existiu entre 1922 e 1991. 

106 LONGOS ANOS

Mais do que sabido, ao final da década de 1970, atingido por uma forte crise econômica, a -URSS-, símbolo mundial do SOCIALISMO, começou a se fragmentar por conta de profunda RECESSÃO. Esta encrenca, por sua vez, deu início a uma intensa CRISE POLÍTICA que levou ao fim, em 9 de novembro de 1989, do BLOCO COMUNISTA, com a histórica QUEDA DO MURO DE BERLIM. Como se vê, foram 106 LONGOS ANOS de pesadelo para os povos dominados pelos sanguinários do leste e centro europeu.

CUBA

No lado de cá do mundo, mais precisamente numa Ilha do Caribe que leva o nome -CUBA-, em 1º de janeiro de 1959, sob a liderança de Fidel Castro e Ernesto Che Guevara, se transformou no PRIMEIRO PAÍS COMUNISTA DA AMÉRICA. Como tal já se passaram 63 ANOS de muita miséria e pouca esperança daquele sofrido povo dominado por mãos de ferro pela DITADURA, por vários anos sustentada, sob medida, pela velha URSS.

URSAL

Vale lembrar que de 1º a 4 de julho de 1980, no extinto Hotel Danúbio, na cidade de São Paulo sob o comando de Lula e Fidel Castro, nasceu o FORO DE SÃO PAULO, uma organização COMUNISTA voltada para a criação da URSAL -UNIÃO DAS REPÚBLICAS SOCIALISTAS DA AMÉRICA LATINA-, usando CUBA como benchmark ou referência a ser seguida na implantação do COMUNISMO LATINO. 

SEM LIBERDADE

Estas lembranças acima descritas se fazem necessárias principalmente para aqueles que acreditam que o COMUNISMO BRASILEIRO que está sendo imposto aos poucos por Lula & Cia, não vai prosperar por muito tempo. Pois, para esses brasileiros vale lembrar que: 1- a DITADURA DA URSS DUROU LONGOS 72 ANOS; 2- a DITADURA CUBANA já completou 64 ANOS; 3- e a DITADURA DA VENEZUELA, iniciada em 2002, já tem 21 ANOS. Mais: pela forma como os DITADORES desses países agem e reagem às manifestações, deixando seus cidadãos encurralados e sem ação, tudo leva a crer que ficaremos SEM LIBERDADE por muito tempo. 

 

 

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  • Jorge Hernández Fonseca
  • 07 Maio 2023

Jorge Hernández Fonseca

       Hoje Cuba enfrenta um futuro perigoso, a implantação na ilha do capitalismo mafioso russo. É a derrota da ideologia comunista, sem disfarces nem meias medidas. Mas é também a vitória da continuação do Castrismo, agora sem ideologia, a reinar na ilha. O capitalismo russo funciona, embora não da maneira democrática que deveria. É o "presente" de despedida que Raúl Castro dá aos cubanos, que -como Fidel-- sempre ignorou.

Um acordo para a implementação do experimento acaba de ser assinado na ilha entre um enviado direto de Putin e as autoridades de Castro. Anteriormente, Díaz Canel e os líderes russos haviam assinado um acordo para implementar o "sistema político-econômico russo" na ilha, como uma declaração de incompetência de Cuba para governar e dar o mínimo ao seu povo.

Já entregaram à Rússia a usina uruguaia de Jatibonico e os russos entrarão na ilha fingindo fazer "investimentos", que nada mais será do que dar conta de todas as empresas produtivas do país que Díaz Canel se mostrou incapaz de fazer eles produzem, para apoderar-se de todo o setor produtivo, dividindo-o com a nomenclatura comunista local e incompetente.

Como parte do jogo --claro-- eles terão que dar aos camponeses cubanos alguma liberdade econômica para produzir e então veremos o excedente da produção agrícola que sempre que o castrismo deu um mínimo de liberdade para produzir, os camponeses cubanos encheu o país de farta produção de todo tipo de alimento.

A ditadura política continuará intacta, a repressão aos opositores aumentará para manter as prebendas materiais e de poder, e os inovadores bem-intencionados fora do partido terão ação limitada, porque a ideia é, como na Rússia, apenas os "parceiros" do partido ditador pode ser "oligarca", associado à ditadura para proteger o poder político.

Muito provavelmente haverá "comida", alguns bens materiais e o dia a dia será mais suportável. Faltará liberdade política e social, e a única esperança estará com o ditador e sua gangue, que, como na Rússia, oprime seu povo, mas sem uma caderneta de racionamento.

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 06 Maio 2023

 

Alex Pipkin, PhD
       Nesse país chamado Brasil, em que se cultuam e se iluminam os vícios do fracasso, em detrimento dos valores virtuosos da prosperidade, faz tempo que a virtude moral se escafedeu para bem longe. Difícil de encontrar.

Ainda mais que, além do falho espectador imparcial tupiniquim de Adam Smith, essa virtude-mor aparenta ter pouco impacto em relação aos outros. Na verdade, banalizou-se a moral virtuosa.

Cá entre nós, esse comportamento se baseia em normas adquiridas pela educação, pela vilipendiada tradição, segundo o figurino marxista, e pelo corriqueiro dia a dia.

Evidente que a virtude moral se sustenta no uso da razão, assim, quando quase tudo é embuste e pura paixão, o que menos se mira são comportamentos virtuosos.

Na década passada, estudando Antropologia, debrucei-me sobre a obra “Ensaio sobre a Dádiva”, de Marcel Mauss.
De acordo com a Teoria da Dádiva, alicerçada no dar, receber e retribuir, essas ações criam vínculos entre as partes envolvidas.

Nada há de errado na demonstração de afeto e de estima com a doação, e Mauss atribui o maná ao doador, como uma espécie de força espiritual, que representa dar algo de si mesmo. A noção de dádiva gera uma relação de reciprocidade, criando-se uma “certa” dependência para com o outro, o doador.

Reciprocidade faz parte da natureza humana, em todos os tempos, um valor subjetivo, embora eu creia que exista algum tipo de interesse em qualquer tipo de relação humana.

No entanto, os brasileiros, especificamente, estão contaminados por uma reciprocidade maligna, que vai muito além do terreno das gentilezas.

No meio político, das paixões cegas, o doador usa e abusa de suas dádivas, a fim de exigir fidelidade aos seus correligionários mesmo que a partir de atos espúrios, e/ou pressão sobre populares que recebem migalhas e favores em troca do sagrado e “democrático” voto.

Na grande maioria dos governos, partidários devotos entram de lambuja na administração pública, fazendo a festa com o dinheiro público, e asfaltando os caminhos para a vergonhosa corrupção. Cabe destacar que o esporte nacional favorito público-privado, é o compadrio, em que a bola rola livremente para que grupos econômicos manipulem seus compadres agentes públicos com enormes dádivas, na forma de apartamentos, de sítios, de viagens e de outras coisas à mais. Bela dádiva, compartilhada somente entre agentes estatais, seus comparsas e os amigos do rei! Triste banalização!

É justamente por isso que penso que aquela máxima que diz que o Brasil é o país do futuro, parece-me correta, apenas com uma adição, futuro esse que nunca chega.

A nossa principal crise, além de todas as outras, é de ordem moral, já que houve uma ruptura da ética, tanto em nível de grupos sociais quanto de indivíduo. O Brasil de hoje é palco do vale tudo, com direito a milhões de aplausos.

O presente, e o futuro, aparentam ser sombrios.

Evidente que as soluções são claras, porém, o que adianta conhecê-las se não há disposição nas distintas esferas para corrigir o que qualquer comum enxerga. Pelo contrário, os incentivos institucionais retroalimentam às dádivas do mal.
Numa cultura ética, as dádivas representam coisas benéficas para o bem comum, já no Brasil, a reciprocidade verde-amarela tem sido um ingrediente infeccioso para a harmonia no tecido social, e para o desastre político, econômico e social.

No país, as dádivas da gentileza e da tradição, transmutaram para o mecanismo central da maracutaia e da corrupção em geral.

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  • Valdemar Munaro
  • 05 Maio 2023

Valdemar Munaro

Insensatez é o repúdio da razão e a demência, sua deterioração. Viajando no bagageiro da alma humana produzem infelicidades. Ausentes, não são notadas, presentes, causam sofrimentos.

Michel Foucault (1926 – 1984), fértil autor consumido em academias e universidades, herdou fenomenologia existencialista a molde Jean Paul Sartre e argamassou inteligência com demência dando a esta última chamegos e afagos que nos confundem e nos arrepiam.

Escritos e preleções desse autor fazem da loucura uma usina de lucidez e da lucidez uma usina de loucura nublando os contornos da culpa e inocência, esperteza e enfermidade, mentira e verdade, malandragem e decência. Teias patológicas contaminam a todos, por isso, segundo ele, as insanidades não devem ser confinadas nem punidas.

Quaisquer relacionamentos, mesmo belos e benfazejos, para Foucault, estão contaminados pelas estruturas de 'poder' e doidice. A deterioração mental, portanto, adquire 'legitimidade' e nos deve obrigar, enfim, ao hábito da 'doideira geral', solta e difusa.

Notável, paradoxalmente, é gente 'doida' e 'insana' subindo palcos e pedestais, recebendo aplausos, ganhando holofotes, dirigindo nações, inspirando e orientando comunidades. Com maluquices garimpadas em obscuros engenhos culturais amedrontam e entontecem pessoas.

Da insensatez e da demência colhemos tragédias. Elas habitam parasitariamente altos cargos e nichos políticos, nutrem governantes e autoridades para fazer estragos. Astutamente, escanteiam 'estranhos no ninho' até removê-los do bom senso e reinar incólumes mesmo em recônditos lugares (creches, escolas, igrejas e lares).

M. Foucault alavancou intelectualmente o fechamento definitivo de internatos psiquiátricos e manicômios ou hospícios pelo mundo. Loucuras, estigma de poucos, reverberaram-se, inutilizando o esforço de identificação territorial que distingue lucidezes de doidices. O ônus da demência passou a ser de todos, a responsabilidade por seus efeitos de ninguém. Transformamo-nos, assim, em bombeiros que choram enquanto recolhem caídos.

O filósofo alemão, G. F. Hegel (1770 - 1831), século e meio antes, ensinava sobre contradições e conflitos que, sua tese, não são princípios maus, mas fundamentos palatáveis e essenciais ao devir qualitativo e ontológico da natureza e do espírito. Portanto, não devem ser tratados como inimigos, mas como aliados metafísicos da racionalidade.

Desse modo, afagando 'oposições' que mutuamente se 'desdizem' e se 'negam', o maior iluminista da história desrespeitou o princípio de não contradição e mandou às favas honestidades intelectuais imprescindíveis à diaconia científica.

Porém, os princípios descompromissados de suas correlativas consequências se transformaram em libertinos fomentadores de dissociações mentais e comportamentos éticos desavergonhados.

Ante loucas ilogicidades e contradições, o hegelianismo não recuou. Sua contribuição essencial à estratégia comunista foi habilitar os seus discípulos para a arte de um raciocínio convulsivo e dialético. O objetivo deixou de ser científico (a busca pela verdade) e passou a ser aquilo que é pragmático e conveniente. Karl Marx embebedou-se de filosofia hegeliana tornando-se, por meio dela, em exímio mercador de contradições.

A dialética hegeliana, como já disse, cooptou e capacitou marxistas para serem atletas e comerciantes de mentiras. Negociando ilusões e adamantinos paraísos surrealistas, os herdeiros de Hegel, com empulhações intelectuais, transacionam produtos inexistentes. O impudor e a sem-vergonhice acompanham essas transações e as mercadorias sempre são ideais, nunca reais.

Dos princípios Foucaultianos, amalgamados à dialética marxista, tirou-se, enfim, a inversão de ponteiros consuetudinários: doravante, insanidades não mais pertencem a 'manifestantes', mas a recalcitrantes.

Assim: a) insanidade e preconceito é não aceitar o marmanjão canadense Stefonknee Wollschtt (pai de família), ora autopercebendo-se criança de 8 anos; b) insanidade e preconceito é não acolher nem aceitar argentino autopercebendo-se cão siberiano, trans espécime; c) Insanidade é não compactuar com a Suprema Corte colombiana legalizando aborto para seis meses de gestação ao mesmo tempo em proíbe pesca esportiva (peixes sofrem traumas com anzóis, dizem os juízes); d) insanidade e preconceito é não aceitar o homem que se diz marido de uma manequim inflável; e) insanidade e demência é repudiar decisão de nosso STF que prende pessoas sem processo legal e liberta criminosos processados; f) insano e demente é Nayd Bukele, presidente salvadorenho, implacável combatente de 'pandilleros', traficantes e assassinos que sangram o país (corroborados e protegidos por organismos internacionais, OEA, a ONU, etc., ora defensores de seus direitos, por décadas indiferentes às vítimas); g) insanidade e demência é horrorizar-se ante malandragens e palavras do nosso ilegítimo, mentiroso e atual governo posando-se artífice da paz enquanto incendeia o seu próprio país; h) insanidade é abominar hipocrisias de socialistas esbanjando fortunas em jantares fartos, salários estratosféricos (Dilma e afins), viagens inúteis, hospedagens luxuosas, roupas chiques, móveis caríssimos e privilégios sem fim dizendo-se amantes e defensores de pobres e famintos.

Nesses e noutros casos, insanidades e demências, pela lógica invertida, não pertencem aos que as cometem, mas aos que reagem a elas e as repudiam. Atingimos o brejo.

A marcha da insensatez, conforme a escritora B. Thuchman, segue sua iracunda estrada. Colada, sobremaneira, à alma de governantes, intelectuais, líderes políticos e religiosos, produz efeitos tristes, desola e inferniza indefesos e inocentes.

Insensatos, Príamo e seus ministros não ouviram súplicas e advertências de Laocoonte e Cassandra. A ardilosa geringonça deixada pelos gregos às portas de Troia não foi destruída, mas ovacionada e conduzida para dentro da cidade pondo fim aos troianos.

Insensato, Roboão, herdeiro de Salomão, ouvidos moucos às advertências de anciãos, preferiu voz de rebeldes e violentos. A comunhão, então, quebrou-se dentro das tribos de Israel separando amargamente os de Judá (sul) e de Siquémn (norte) durante séculos.

Insensato, o asteca Montezuma inauscultou sinais e advertências de sábios lhe dizendo ser Hernán Cortez e seus soldados homens comuns, não deuses. O reino das Américas recostou-se na vaidade, arrogância e superstição do grande guerreiro que abriu tesouros e palácios ao inimigo.
Insensatos, papas renascentistas Sisto IV, Inocêncio VIII, Júlio II, Clemente VII, Alexandre VI e Leão X envolveram-se nas simonias, esbanjamentos, negligências e depravações servindo a ambições pessoais mais que a Cristo. Surdos ante reformas e decências, apressaram rupturas que rasgariam o manto cristão nos séculos vindouros.

Insensato, Chiang Kai-Shek ignorou vozes que pediam e indicavam estratégias e reformas ante reais intenções do revolucionário Mao Tse Tung. O general, ambicioso e vaidoso, contribuiu ao colapso comunista-maoísta que assassinou milhões de chineses.

Insensatos, Jorge III e governo inglês, olhar fixo nos tributos coloniais mais que no bem-estar de seus habitantes, fomentaram a independência americana (1776) emoldurada na oposição à preconceituosa e arrogante política do império britânico.

Insensatos, Luís XVI e aristocratas franceses, chafurdavam-se em frivolidades sustentadas por iníquos impostos enquanto cresciam miséria e fome populares. Clamores que subiam também desciam insuflando revolucionários de 1789.

Insensatos, Romanov, Rasputin e nobreza russa, desdenhavam lamentos de camponeses e retornantes de guerra (1914-1919). A Revolução de 1917 encontrou ali faíscas para seu fogo demencial.

Insensatas, as presenças francesa e americana em terras indochinas estimularam tristes eventos vietnamitas de 1965 a 1975. Camboja, Laos e Vietnã experimentaram indescritíveis horrores que demências de líderes e governantes causaram.

Insensata é a manifestação do Papa Francisco santificando Dilma e Lula antes do tempo. As palavras do pontífice desconcertam fiéis que abominam a corrupção, a mentira, a hipocrisia, o cinismo, a malandragem.

Insensata foi a Igreja nicaraguense que apoiou causas revolucionárias sandinistas em recente passado. Daniel Ortega, então, juntou-se a sacerdotes (Miguel D'escoto, Ernesto Cardenal e Fernando Cardenal) para iniciar sua demência tirânica. S. João Paulo II advertira sobre riscos daquela escolha eclesial. A semeadura no passado, tem no presente a colheita propícia.

Espeluncas imorais tornam-se canteiros de insensatez e demência. Dos tristíssimos fatos blumenauenses compreendemos que a insanidade machuca, desconcerta e amedronta. Todos aqueles, porém, sobretudo intelectuais e políticos que desprezam valores e princípios morais e espirituais, fazem o mesmo.

Segundo Eric Voegelin, os males que nos curvam e nos ferem têm raízes nas enfermidades do espírito cultivadas em hortas culturais desonestas e imorais. No século das infelicidades, expressão de Besançon, vemos demolirem-se na alma humana sensibilidades pelo sagrado, sentimentos de eternidade e pertença a Deus, amor à Verdade, confiança no destino último, pleno e feliz da nossa existência.

No leito de morte, o insano revolucionário russo, Vladimir Ulianov, (popular Lenin 1870 – 1924) teve um lampejo de lucidez e afirmou: "Cometi um grande erro. Meu pesadelo é ter o sentimento de que estou perdido num oceano de sangue de inúmeras vítimas. É tarde demais para retornar. Para salvar nosso país, a Rússia, teríamos precisado de homens como Francisco de Assis. Com dez homens como ele, teríamos salvado a Rússia".
*        O autor é professor de Filosofia em Santa Maria/RS

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 03 Maio 2023

 

Gilberto Simões Pires

BOLETIM MÉDICO

Se levarmos em conta as descabidas e estapafúrdias declarações que são proferidas a todo momento, SEM MODERAÇÃO, pelo incompetente presidente Lula e pelos seus ministros,  Fernando Haddad, da Fazenda (??), Simone Tebet, do Planejamento (??) e todos os demais, que nada entendem de economia e por isso atacam -SEM PARAR- o competente presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, tido e havido desde sempre pelos petistas como o -VILÃO DA ECONOMIA-, para o bem do Brasil seria mais do que oportuno substituir o -BOLETIM FOCUS- por um BOLETIM MÉDICO. 

ESTADO DE SAÚDE

Ou seja, da mesma forma como o BOLETIM FOCUS resume as estatísticas calculadas por economistas, as quais consideram as expectativas de mercado divulgadas a cada segunda-feira, o BOLETIM MÉDICO cuidaria de informar, semanalmente, o estado de saúde do paciente Brasil. Esta providência se justifica mais ainda por conta do manifestado interesse do PT & Cia em readotar a velha e criminosa -MATRIZ ECONÔMICA BOLIVARIANA- que vigorou ao longo do trágico governo Dilma, quando a economia brasileira precisou ser internada na UTI, com INFECÇÃO SOCIALISTA GENERALIZADA.

CHECK-UP

A rigor, por tudo que o Brasil já colheu durante os 14 anos de governo petista, com Lula e Dilma a frente, o CHECK-UP, ou a avaliação -médica- associada a exames específicos, de acordo com o histórico econômico do Brasil sob o comando de socialistas/comunistas, pode ser dispensado. Afinal, o mundo todo sabe, por experiência própria ou de países vizinhos, tudo aquilo que o CHECK-UP pode apresentar. Começando, por exemplo, com o BAIXO GRAU DE CONFIANÇA NA ECONOMIA, como bem mostram os recentes dados divulgados pelos SETOR INDUSTRIAL, COMERCIAL E DE SERVIÇOS.

SOBERANO

Outro dado preocupante, já devidamente DIAGNOSTICADO, é o elevado endividamento das famílias e das empresas, motivos mais do que suficientes para que o CRÉDITO, além de caro fique ainda bem mais seletivo, o que implica em REDUÇÃO DAS ATIVIDADES EMPRESARIAIS. Mais do que sabido, menos pelos ministros e apoiadores do governo petista, no BOLETIM MÉDICO constará, com toda certeza, que a única chance da economia sair da UTI, e como tal voltar a respirar sem a ajuda de aparelhos, depende da compreensão (improvável) de que na ECONOMIA o verdadeiro soberano é o MERCADO e não o ESTADO-. Mais: quanto maior a FÚRIA TRIBUTÁRIA, que já é MARCA REGISTRADA DO GOVERNO LULA, menos o apetite por INVESTIMENTOS.

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