• Silas Velozo
  • 21 Maio 2023

 

Silas Velozo

         Após quatro congelamentos ineficazes de preços no Brasil, inflação a mais de 1.000% ao ano, detonando principalmente o bolso dos pobres, essa receita fracassada não foi reprisada em 1994.

Em vez disso, instituiu-se a URV (unidade real de valor),

que seria nosso câmbio comercial atrelado ao dólar americano,

sem mudar nossa moeda na tora.

Mesmo sem compreender economia nos meus 39 anos na época, senti firmeza.

Foi um rearranjo gradual da economia, prudente, sólido

e, como os anos subsequentes mostram, dos mais bem-sucedidos contra hiperinflação.

O PT e a esquerda tupiniquim foram contra, pra variar,

agourando iminente fracasso da ação de respeitados e responsáveis economistas.

E bateram sem dó, criticando isso e toda estruturação necessária após.

Óbvio, não foi a primeira fake news da turma vermelha,

talvez sim, uma das mais evidentes até então.

Mas a esquerda sempre se supera na difamação e mentiras.

Hoje um corrupto condenado em três instâncias desgoverna o país, ladeado por outros condenados, alegando não terem feito nada de errado, mantidos por um sistema jurídico inconstitucional e antiético.

Enquanto empreiteiros também corruptos e outros criminosos desfilam livres, manifestantes são presos, jornalistas e parlamentares cassados e perseguidos, assim como fizeram Lênin, Stálin, Mao, Fidel e fazem Maduro, Putin, Xi Jinping e tantos ditadores ao redor do planeta pra esconder seus podres.

Querem fugir do elementar: liberdade de expressão e equanimidade jurídica são itens básicos ao bem-estar geral, trazem segurança, inovação e prosperidade.

 “Proteger” a democracia enquanto censura e caruncha o estado de direito, dissimulando sua ditadura, é a mais nova fake news da esquerda tupiniquim.

*        Silas Velozo é escritor, compositor e instrumentista em MG.

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  • Marcos A. F. Martins (Marcos Canaã)
  • 20 Maio 2023


Marcos A. F. Martins (Marcos Canaã)

Cansado de ouvir os cantos
e ver flores nas janelas,
ele nos impôs o pranto,
nos encerrou numa cela
e se esqueceu, entretanto,
que a vida é, por si só, bela.

Não amando a liberdade
dos pombos, pardais e garças,
decretou o fim das tardes
e fechou todas as praças,
mas o sol que, no alto, arde
não se deteve em mordaça.

Por lhe afligir o futuro,
por temer a esperança,
ele nos ergueu um muro,
sustou o riso das crianças,
mas não percebeu que o puro
sobrevive na lembrança.

Contra livres pensamentos
e opiniões dos vassalos,
não ouviu a voz do vento
nem o gorjear dos galos,
se perdeu em seu tormento
e se fechou no seu valo.

Vestido de negra toga,
de cátedra, a comandar,
não leu a rima que advoga
pelo direito de amar
nem o poema que roga
ante o bramido do mar!

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  • Sílvio Munhoz
  • 19 Maio 2023

 

Sílvio Munhoz

            Novamente a censura... Vocês devem estar pensando isso e achando chato, mas nunca esqueçam que a liberdade de expressão é a maior e mais fundamental das liberdades, sem a qual as outras podem perecer e esvair-se, por entre os dedos, a própria democracia. Tal aspecto é reconhecido pela declaração de princípios sobre liberdade de expressão (leia), da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ao estabelecer no artigo 1º: “A liberdade de expressão, em todas as suas formas e manifestações, é um direito fundamental e inalienável, inerente a todas as pessoas. É, ademais, um requisito indispensável para a própria existência de uma sociedade democrática”.

            Nos anos da intervenção militar no Brasil, para quem não viveu ou não lembra, as notícias que seriam publicadas eram submetidas a um CENSOR (agente do Governo, termo relembrado por editorial do Estado de São Paulo), o qual lia o texto e liberava ou não a publicação, quando não concordava com o teor apunha um carimbo na matéria com o termo  “censurado”. Os jornais ou revista, para evitar o espaço em branco criaram o costume de colocar no lugar uma receita, normalmente, de bolo.

         Embora tardio o protesto do Estadão, mostra como a preocupação deve ser de todos, inclusive, dos membros da ex-imprensa, pois pau que bate hoje em Chico pode bater amanhã em Francisco e a história bem o demonstra. Porém, o que estamos vivenciando no atual momento do Brasil vai além...

         O Censor, segundo o Estadão, está muito mais para “ministro”, do Ministério da Verdade do seminal “1984”. Na distopia de Orwell, a função de Wiston, personagem central, não era censurar, mas alterar a verdade, mudando as matérias para ficarem de acordo com o pensamento dos donos  do poder. Em suas palavras: “Nenhuma notícia ou opinião que conflitasse com as necessidades do momento poderiam permanecer gravadas. Toda a história era um palimpsesto, raspado e regravado quantas vezes fossem necessárias. Uma vez feita a alteração, era impossível provar que qualquer falsificação fora aplicada”.

            Não foi exatamente o que ocorreu com o Telegram? Não bastava censurar. O aplicativo além de não poder expressar sua opinião sobre tema que impacta fortemente sua atividade, o PL 2630, foi obrigado a colocar no lugar – não a receita de bolo, mas como Wiston fazia – a versão oficial “do censor”, segundo a qual estaria desinformando (mentindo), conceito que inexiste legalmente no Brasil e será incorporado caso o PL seja aprovado. O desespero para aprovar o PL parece a necessidade de justificar legalmente os atos praticados há algum tempo, ao arrepio da Lei.

         Como diz um dos considerandos da declaração de princípios, acima citada: “ao se obstaculizar o livre debate de idéias e opiniões, limita-se a liberdade de expressão e o efetivo desenvolvimento do processo democrático”.

         Suprimida a principal liberdade, não duvidem, muitas outras serão suprimidas. Vejam, não à toa, já surgiu proposta para regulamentar a “liberdade de manifestação”, e a filha do autor de tal proposta, “falando em nome da OAB”, sugere a criação de um órgão para fiscalizar as redes sociais e, ao que parece, em breve será proibida a liberdade de oposição em nossa Pátria. Na decisão de cassação de um Deputado Federal foi criada a jurisprudência heptadimensional da bola de cristal, pois baseada em previsões futurísticas, que se soma, no rol de grandes novidades do processo penal brasileiro ao flagrante perpétuo com expedição de mandato!.. Pobre Brasil

         Será que chegaremos à tão sonhada, por tantos, “democracia” de Partido único!... Rezo com muito fervor para que o Brasil não seja testemunha disso!..

“Quando a liberdade de expressão nos é tirada, logo poderemos ser levados, como ovelhas, mudos e silenciosos, para o abate.” George Wastington.

Que Deus tenha piedade de nós!..

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 18 Maio 2023

 

VIRTUDES ESSENCIAIS

Gostem ou não da filósofa Ayn Rand, o fato é que é impossível não reconhecer a importância das SETE VIRTUDES ESSENCIAIS apontadas pelo OBJETIVISMO, como bem descreve o pensador Roberto Rachewsky no seu livro -O GREGO, O FRADE & A HEROÍNA-.

RACIONALIDADE

A primeira VIRTUDE é a RACIONALIDADE, ou o reconhecimento de que a RAZÃO é a nossa única FONTE DE CONHECIMENTO, nossa única ferramenta para julgar o que a REALIDADE e a LÓGICA nos apresentam e nosso único guia para a AÇÃO. Não querer enxergar a realidade, é não querer aprender, saber e conhecer o que a -realidade e a lógica- nos oferecem para termos uma vida melhor, próspera e pacífica.

VIRTUDES

2- HONESTIDADE - ato de não falsear a realidade, nem para si mesmo, nem para os outros. A MENTIRA prejudica a mente. Manter o foco nas coisas da realidade se torna impossível quando temos que preencher nossa mente com falsidades.

3- INTEGRIDADE - agir de acordo com os princípios que entendemos serem verdadeiros e corretos.

4- INDEPENDÊNCIA - usar a própria mente para lidar com a realidade e/ou manter nossa vida de forma autônoma, ou seja, por nosso próprio esforço, sem depender do sacrifício de ninguém. Não aceitar dogmas.

5- PRODUTIVIDADE- manter materialmente nossa vida por meio da geração de valor, possível apenas com a aplicação da nossa mente e das nossas virtudes para transformar em bens aquilo que a natureza nos oferece.

6- JUSTIÇA- dar a cada um o que MERECE.

7- ORGULHO - autorreconhecimento de que se está, a cada dia, moralmente melhor. Atenção: não confundir orgulho com arrogância ou soberba.

INSTITUIÇÕES E ORGANISMOS PÚBLICOS

Pois, olhando com alguma atenção praticamente todos aqueles que estão à frente das inúmeras INSTITUIÇÕES, ou ORGANISMOS PÚBLICOS, ideologicamente adeptos incondicionais do modelo SOCIALISTA, o que mais falta são as VIRTUDES ESSENCIAIS apontadas pelo OBJETIVISMO. Falta, por exemplo, a RACIONALIDADE, a INTEGRIDADE, a PRODUTIVIDADE e a JUSTIÇA. E no tocante ao ORGULHO, este sentimento se manifesta e cresce quanto maior a DESTRUIÇÃO de tudo que se oferece como melhor para o povo brasileiro. 

 

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 17 Maio 2023


Alex Pipkin, PhD

       Fico espantado quando converso com alguns amigos dotados de pensamentos “modernos”, ou como diriam eles, “progressistas”.

Para alguns desses progressistas, este negócio de defesa das liberdades não passa de um papinho morfético de liberais, de conservadores, e até mesmo da extrema direita.

Evidente que é ridículo considerar a liberdade somente como sendo um “sentimento”, esse é um princípio basilar, orientador de um modo de vida, individual e comunitário.

Liberdade tem, a meu ver, um caráter simbólico e transcendente essencial, embora precise estar resguardada na forma de direitos.

Uma vez que desaparece esse aspecto transcendente, banalizando-se a questão, a porta fica escancarada para que um contexto cultural, social e econômico seja tiranizado.

Eis o motivo do meu pavor, pois as pessoas não enxergam isso tal como eu entendo.

Tá certo, sou conservador, creio nos fatos e nas evidências, não somente nas “modernas” experiências de vida, algumas dessas, de fato, completamente incoerentes.

Todos nós sabemos - ou deveríamos saber que o bicho-homem é um ser falho, portanto, sempre é salutar dar uma olhadinha no passado, a fim de se tirar lições sobre o que pode acontecer no presente e/ou no futuro.

É bom não acreditar piamente nos princípios nobres que edificaram determinadas instituições, sendo mais prudente analisar o histórico passado e presente. A lógica da realidade, do que efetivamente acontece faz bem à saúde.

A coisa anda tão braba que nem com reza braba se soluciona.

Vejam só como é o bicho-homem. Nelson Rodrigues dizia que a paixão política é capaz de imbecilizar o homem. Sem dúvida, a razão também é suscetível a paixões e a erros.

Pois como acreditar - e não gargalhar de raiva - que agora os “modernos progressistas” abandonaram sua firme crença e compromisso sagrado com os princípios da liberdade de expressão, de pensamento e de imprensa?

Quando se perde o transcendente, quando se deixa a moral no armário, tudo, mas tudo mesmo, pode acontecer.

Claro, contra o indivíduo e o genuíno bem comum.

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  • Thomas DiLorenzo, em RothbardBrasil.com
  • 16 Maio 2023

 

Thomas DiLorenzo

        No famoso livro de Hayek de 1944, O Caminho da Servidão, ele alertou que as classes políticas e intelectuais das democracias da época estavam adotando algumas das mesmas ideias que inspiraram a Alemanha de Hitler, a Itália de Mussolini e a Rússia de Stalin: planejamento governamental abrangente, hiperregulamentação da indústria, nacionalização, estatismo assistencialista e coletivismo em geral. Ele não previu que essas sociedades acabariam “em servidão”, como alguns afirmaram erroneamente. Pelo contrário. Em seu primeiro capítulo, ele afirmou claramente que esperava que as ideias do livro ajudassem esses países a evitar esse destino desastroso. Ele esperava que as ideias do livro fossem um obstáculo no caminho para a servidão.

O décimo primeiro capítulo de O Caminho da Servidão é intitulado “O FIM DA VERDADE”, e é sobre o imperativo histórico em todos os estados totalitários ao longo da história de destruir a liberdade de expressão para que a única crença verdadeira seja “o plano social” imposto pelo estado, independente de qual plano seja este. Isso é alcançado através de mentiras e propaganda institucionalizadas implacáveis, juntamente com a censura severa de todas as ideias contrárias ou mesmo questões sobre a conveniência de impor à força um único “plano social”. Em outras palavras, esta é a nossa sociedade de hoje, caso você não tenha notado. (O socialismo, disse Hayek, sempre tratou de substituir os planos dos políticos pelos planos que todos os cidadãos fazem para si mesmos. Não é uma questão de planejar ou não planejar, mas de quem deve fazer o planejamento).

A importância da propaganda em países totalitários, escreveu Hayek, é que “Se todas as fontes de informação atuais estão efetivamente sob um único controle, não é mais uma questão de meramente persuadir as pessoas disso ou daquilo. O hábil propagandista então tem poder para moldar. . . mentes em qualquer direção que ele escolher. . .” Jeff Deist, entre outros, comentou que nosso país hoje se tornou uma “sociedade pós-persuasão” e ele está certo, quase oitenta anos depois que Hayek emitiu este alerta. A esquerda não está mais disposta a debater nada seriamente – pelo menos enquanto eles controlam as universidades, os três ramos do governo, a mídia, indústrias de “entretenimento” e muito mais. Até o estúpido príncipe Harry denunciou publicamente a Primeira Emenda em uma tentativa patética de cair nas boas graças dos esquerdistas de Hollywood, como sua esposa, logo após ele se divorciar de sua família e se mudar para Hollywood. Se você discordar da versão mais recente do totalitarismo socialista (“woke-ismo” junto com histeria ambientalista e apelos por planejamento central mundial), então você pode ser cancelado, tachado de racista, supremacista branco ou até mesmo demitido de seu emprego e impedido de obter um novo.

As consequências morais da propaganda totalitária são ainda mais profundas. Ela é “destruidora de toda a moral” porque “mina um dos fundamentos de toda a moral: o sentido e o respeito pela verdade”. Uma avalanche de Mentiras Oficiais sempre foi a ferramenta de “vários teóricos do sistema totalitário”, escreveu Hayek, citando as “nobres mentiras” e os “mitos sociais” de Platão defendidos pelo filósofo francês Georges Sorel. Os fins justificam os meios mentirosos para os totalitários em todos os lugares. Quando foi a última vez que um “porta-voz da Casa Branca” não mentiu em público? (Veja meu livro de 1992, Official Lies: How Washington Misleads Us, com James T. Bennett).

É claro que as opiniões minoritárias “devem também ser silenciadas” e “todo ato do governo deve tornar-se sacrossanto e isento de críticas”. Isso nunca foi tão visível quanto nas respostas do governo à “pandemia” de 2020, seguida pela campanha de Biden e seu conluio com a “Big Tech” para censurar até mesmo o presidente dos Estados Unidos, juntamente com evidências maciças da colossal criminalidade e corrupção do sindicato do crime da família Biden. Este foi sem dúvida o maior ataque governamental à Primeira Emenda, aparentemente organizado pelo FBI e pela CIA, uma vez que foi essencialmente eliminada pela “Lei de Sedição” do governo John Adams.

A academia também deve estar totalmente corrompida, disse Hayek, pois “a busca desinteressada pela verdade não pode ser permitida em um sistema totalitário”. As universidades americanas percorreram quase todo o caminho até o fim do caminho da servidão a esse respeito. Muitas caíram completamente do penhasco. Isso é especialmente verdadeiro, disse Hayek, nas disciplinas de história, direito e economia. Elas devem ser comprometidas de forma a apoiar o estado em vez de criticá-lo, mesmo que moderadamente. A profissão de história americana é quase completamente dominada por marxistas, por exemplo, e a economia tem sido atormentada por planejadores centrais keynesianos e “teóricos de falhas de mercado” por décadas. Como Doug Casey observou certa vez, a maioria dos economistas hoje “são apologistas políticos disfarçados de economistas”. Eles “prescrevem a maneira como gostariam que o mundo funcionasse e elaboram teorias para ajudar os políticos a demonstrar a virtude e a necessidade de sua busca por mais poder”. O campo da economia, disse Casey, “foi transformado em servo do governo para dar uma justificativa científica para as coisas que o governo . . . quer fazer.”

Nas sociedades totalitárias, escreveu Hayek, a verdade não é algo que se descobre por meio do aprendizado, da educação, do autoestudo, da pesquisa, do debate e da discussão. Em vez disso, é “algo a ser estabelecido pela autoridade . . .” No mundo de hoje, por exemplo, a histeria do aquecimento global é “ciência estabelecida”, a frase menos científica já proferida. Um verdadeiro cientista sempre questiona o status quo, não necessariamente rejeitando-o, mas mantendo a mente aberta para que novas pesquisas possam alterar seu pensamento. Nada é “estabelecido”. Uma das coisas mais incríveis do mundo é como um político escorregadio como Al Gore é considerado um especialista em filosofia da ciência – e ciência atmosférica. (Não se esqueça de que a noção de que a Terra era plana já foi declarada como “ciência estabelecida” pelos Al Gores daquela época).

A ciência médica não é ciência, disseram-nos; Anthony Fauci é a ciência médica. Ou melhor, a “autoridade” de Anthony Fauci, um burocrata do governo grotescamente pago em excesso é a ciência. Novamente, nada é menos científico do que esses pronunciamentos ridículos, arrogantes e tirânicos de Anthony Fauci e seus parceiros políticos.

“[A] intolerância também é abertamente exaltada” nas sociedades totalitárias, disse Hayek, antecipando em décadas o herói da “Nova Esquerda” da década de 1960, o intelectual totalitário Herbert Marcuse, autor de um artigo amplamente celebrado sobre “tolerância repressiva”, a ideia de que apenas “as classes oprimidas” merecem liberdade de expressão. No mundo da “Nova Esquerda” dos anos 60, cujos estudantes e descendentes políticos agora controlam quase toda a academia, a televisão, a mídia em geral, grande parte do governo, corporações “woke” e outras instituições, a “classe opressora” é composta essencialmente por todos os homens heterossexuais brancos, especialmente os descendentes de europeus. Todo mundo é oprimido por eles, diz a teoria. Diz-se que o caipira branco mais pobre e humilde “oprime” milionários e bilionários negros. Questione essa teoria em nossa sociedade pós-persuasão e você será rotulado como racista, supremacista branco e provavelmente até nazista.

Hayek baseou essas ideias em seus anos de estudo da história mundial e dos regimes totalitários do início do século XX. O “wokismo” não apareceu de repente e passou a dominar quase todo o mundo ocidental. Ele é apenas a última manifestação do totalitarismo que marcha pelas instituições há várias gerações. Sempre há totalitários em nosso meio, título do capítulo 13 de O Caminho da Servidão, e os totalitários de hoje se consideram como estando sobre os ombros de todos aqueles que os precederam, por mais desagradáveis ??que tenham sido. É por isso que muitos na esquerda comemoraram após o colapso mundial do socialismo no final dos anos 1980 e início dos anos 1990. “Não precisamos mais ser associados a monstros como Stalin, Mao, Nicolae Ceaucescu e outros comunistas assassinos em massa do século XX”, disseram eles. E como todos os outros totalitários que vieram antes deles, eles entendem perfeitamente que a liberdade de expressão é para eles o que a luz do sol ou uma cruz cristã é para Drácula. É por isso que todos eles agora estão empenhados em destruir Elon Musk, um homem que está tentando adicionar um pouquinho de liberdade de expressão ao politicamente correto sufocante e estatista da sociedade. O tratamento que deram a Musk acabará por fazer com que o tratamento a Donald Trump e Bolsonaro pareçam uma declaração de amor em comparação.

A propósito, seu ódio por Trump e Bolsonaro é derivado da mesma fonte que seu ódio por Elon Musk: assim como Musk, eles chamaram a atenção e divulgaram muitas das mentiras oficiais e dos mentirosos oficiais do establishment, especialmente aqueles que fazem parte do ramo das “fake news”. A esquerda considera a luta pela liberdade de expressão uma luta de vida ou morte política, e eles estão certos sobre isso. Se algo merece ser estrangulado em seu berço, é o atual ataque da esquerda à liberdade de expressão.

*         O autor, Thomas DiLorenzo é professor de economia no Loyola College, em Maryland e membro do corpo docente senior do Mises Institute. É o autor dos livros The Real Lincoln,Lincoln UnmaskedHow Capitalism Saved America: The Untold History of Our Country, From the Pilgrims to the Present e, mais recentemente, Hamilton's Curse:How Jefferson's Archenemy Betrayed the American Revolution - And What It Means for Americans Today

**    Texto reproduzido da Instituto Rothbard, em https://rothbardbrasil.com/a-esquerda-deve-destruir-a-liberdade-de-expressao-ou-sera-destruida/, onde foi publicado em 02/12/2022.

 

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