• Alex Pipkin, PhD
  • 22/04/2024
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Diversidade e inclusão passados em revista

 


Alex Pipkin, PhD

Não há um rasgo de dúvida de que o contexto atual é grotesco e hipócrita, constituindo-se, verdadeiramente, numa farsa. Nesse mundo da pós verdade, “progressistas”, donos da “verdade mentirosa”, das instituições e dos meios de comunicação do velho mundo, censores das modernas redes sociais, impõem suas verdades pelo simples fato de desejarem que suas narrativas sejam autênticas. De fato, são meros desejos, vontades e crenças.

Esses possuem a vontade de rejeitar o real em prol da realização de “suas verdades”. Tal situação reina em todas as esferas da vida. A ciência, o conhecimento e a razão se transformaram em “coisas desimportantes”. Somente tem sentido aquele que diz e, evidente, o seu claro viés de confirmação.

Os coletivistas de carteirinha possuem fortes compromissos ideológicos com pautas que “jogam para a torcida”, como é o caso da diversidade e inclusão. Tomemos o ambiente empresarial, em que se afirma que a diversidade melhora o desempenho de uma organização. Similarmente, de que um Conselho de Administração mais diversificado agrega valor a empresa.

Hoje se sabe que os “especialistas” criam uma série de novidades heterodoxas a fim de provar o que se deseja afirmar como uma verdade. Torcem intensamente os dados para que eles confessem aquilo que se quer demonstrar.

O fato real é que quando utilizados os métodos convencionais estabelecidos, não há nenhuma comprovação científica indicando uma relação direta entre diversidade e desempenho organizacional superior.

O que é certo é que esses “especialistas” escolhem o método que querem para que o resultado seja o esperado por eles. Neste sentido, sempre é salutar lembrar que correlação não significa causalidade. O objetivo desses estudos com resultados “fabricados” é, evidentemente, advogar em causa própria.

Diversidade e inclusão são temas importantes, porém, o que se vê é a politização interesseira de tal temática. Gênero e raça é o que se vê e o que não se vê. Não se fala no mesmo tom em questões de deficiência, de faixa etária, de situação socioeconômica, entre outros. Fundamentalmente, surgem como notas de rodapé às questões relativas as capacidades e as competências das pessoas.

Triste perceber que hoje se discrimina, recrutando-se pela fisionomia, pela aparência. O mundo factualmente é um mundo das aparências. O que vale hoje é cor e/ou gênero. As genuínas qualidades para a função que tem que ser executada, nem pensar…

Se for um sujeito negro está ok, desde que não seja de “direita”. Se for de um grupo minoritário ok, desde que não seja judeu. Feminismo ok, menos de for uma judia, de direita, e/ou uma ex-juíza da Lava Jato.

Além disso, pouco se fala da aderência de tal diversidade e inclusão à cultura organizacional. Pergunto, qual é a missão de um time de futebol? Ganhar a partida, por óbvio. A seleção da África do Sul não parece ter grandes chances de ganhar uma Copa do Mundo.

A politização da diversidade e inclusão é mais uma pauta para emplacar a agenda coletivista. Na prática serve mesmo para mais segregação e como uma alavanca para dividir ainda mais os contextos sociais. Evidente que existe uma indústria da diversidade e inclusão lucrando bastante com isso.

A ideia da diversidade e inclusão nas organizações é nobre e sedutora, muito embora as evidências de melhoria dos resultados organizacionais sejam parcas.

Não importa, o que importa é badalar tanto uma mentira para que essa se torne uma verdade, censurando-se o contraditório.
Sorte que existem legítimos cientistas que possuem o conhecimento, o pensamento crítico e a coragem de desnudar tais discursos e narrativas farsantes e interesseiras.