É sabido que a proposta do PT para "regulamentar a mídia" nada mais é do que a intenção de submeter a imprensa ao governo petista e ao próprio partido. Os petistas douram a pílula para convencer a opinião pública de que não se trata de uma forma de censura e, eventualmente, podem confundir os incautos. No entanto, quem ainda tiver alguma dúvida sobre qual é realmente o espírito que preside esse projeto do partido basta prestar atenção ao que disse o presidente da agremiação, Rui Falcão, em recente reunião com parlamentares do PT na Câmara: o caminho, sugeriu ele, é asfixiar os veículos de comunicação que ousarem portar-se com independência e espírito crítico em relação ao governo petista.
Segundo relatos de participantes do encontro, Falcão defendeu que o governo corte a verba de publicidade destinada a veículos de comunicação que, no seu entender, "apoiaram" e "convocaram" as manifestações populares do último dia 15. Para o presidente do PT, é necessária "uma nova política de anúncios para os veículos da grande mídia". Pode-se depreender que essa "nova política" seja, simplesmente, colocar anúncios do governo somente em jornais e emissoras de TV que sejam camaradas.
Para demonstrar a urgência de uma nova política de distribuição das verbas publicitárias, Falcão argumentou que o clima beligerante contra Dilma e o PT levou até mesmo a TV Record, segundo ele um veículo "simpático" ao governo, a participar da suposta mobilização nacional por parte da imprensa para incitar os protestos de rua - mas isso, disse Falcão, ocorreu somente em razão da "briga por audiência". O importante a se observar é que, ao mencionar a suposta existência de veículos "simpáticos", Falcão demarca o território em que o PT julga disputar a guerra da comunicação: há os amigos e os inimigos. Aos primeiros, tudo; aos segundos, a danação.
Falcão sugeriu que a estratégia usada até agora para enfrentar o que julga ser uma campanha orquestrada pela grande imprensa para desacreditar o partido e o governo não tem dado resultado. "Não se enganem. O monopólio da mídia não será quebrado apenas nas redes sociais. Isso é uma ilusão", disse o presidente petista, referindo-se à comunidade de blogueiros e ativistas digitais montada para defender o PT e agredir sistematicamente a imprensa livre.
Por um momento, os estrategistas do partido julgaram que a guerra da comunicação seria ganha no ambiente virtual. No entanto, como reconheceu um documento da Secretaria de Comunicação Social que criticou a política oficial de comunicação, "o governo e o PT passaram a só falar para si mesmos".
Mas o PT não perdeu espaço apenas nas redes sociais; parece ter perdido também as ruas, lugar onde reinava. Isso explica a aflição de Falcão e de seus companheiros. Como sempre acontece com aqueles que interpretam o mundo exclusivamente por meio da ideologia, e não da razão, os petistas atribuem esses reveses não aos erros que o partido e a presidente Dilma Rousseff cometeram, mas a uma grande conspiração das "elites" para derrubar o "governo popular".
Em flagrante estado de negação, Falcão atribuiu o enorme sucesso das manifestações do dia 15 "exclusivamente" ao suposto trabalho da "grande mídia" - responsável, segundo ele, por tirar as pessoas de casa e por inflar o número de participantes.
Com isso, o presidente do PT, bem como a maioria de seus pares, parece ter se convencido de que nada há de errado no País, que tudo vai às mil maravilhas e que, se não fosse a imprensa "golpista" a conclamar os brasileiros a se manifestar, a população não teria ido às ruas.
A receita petista para resolver esse problema é simples: tratar as verbas de publicidade do governo como se fossem do PT. O princípio da impessoalidade, que deve nortear qualquer administração pública - e está explicitamente inscrito na Constituição -, é estranho a um partido que se acredita proprietário do poder. Por enquanto, Dilma tem resistido aos insistentes apelos do PT para que submeta a imprensa aos desígnios autoritários do partido. Espera-se que seu enfraquecimento político não a faça capitular.
Em Caracas, no dia 5 de março de 2015, João Pedro Stédile, o comandante em chefe do exército ilegal do MST, foi aplaudido entusiasticamente por Maduro ao pregar a luta contra o capitalismo na América Latina e convocar as nações socialistas da região para lutarem pela implantação do socialismo também no Brasil. Naquele momento vieram-me à lembrança as palavras iniciais de Cícero no Senado Romano, protestando contra a revolução que Catilina preparava na periferia da cidade: até quando, Catilina, abusarás de nossa paciência?
Stédile está mobilizando nações estrangeiras para atuarem contra o sistema constitucional do Brasil que, ao contrário dos socialistas, assegura a livre iniciativa (art. 170), utiliza-a como fundamento da ordem econômica (art. 170, IV) e garante o livre exercício de qualquer atividade econômica (art. 170, parágrafo único). Princípios que não se compatibilizam com o sistema socialista.
Como se não bastasse, no dia 9 deste mesmo mês, li, no blog do jornalista Juca Kfouri, uma das páginas mais lamentáveis para esse velho leitor que teve a felicidade de passar a juventude em uma nação pacífica, progressista e feliz e encontra-se na iminência de legar a seus descendentes um País economicamente destroçado, socialmente rompido e politicamente desmoralizado.
Para começar, o Sr. Kfouri critica o povo brasileiro por ter votado em Collor, Maluf, Newton Cardoso, Roseana, Marconi Perilo e Palocci (mesmo sabendo que muitos brasileiros nunca votaram nesses candidatos). Isso porque, no mais perfeito estilo socialista, não aceita que o cidadão eleja quem quer, mas quer que ele seja obrigado a votar no Partido único (ou que se tem por único). Além disso, em um lapso que só Freud explica, ignora que Palocci faz parte da entourage dominante. Estranhamente, não critica esse mesmo povo por ter cometido o crasso erro de votar em Lula, Dilma et caterva.
Em seguida, ignorando fatos e distorcendo evidências, como se tivesse autoridade para interpretar intenções alheias, afirma peremptoriamente que o panelaço do povo não foi contra a corrupção... terá ele coragem de pensar que foi a favor dela? Não! Os favoráveis à corrupção finalmente estão sendo presos e nem ousam andar pelas ruas de nossas cidades. Em outra agressão à verdade dos fatos, diz que o panelaço ocorreu nas varandas gourmet, fingindo não ter visto as fotografias dos jornais e os filmes das televisões que revelam à saciedade, a quem tem olhos de ver e ouvidos de ouvir, que cenário dos acontecimentos foram mesmo as vias públicas das grandes cidades brasileiras.
Dando sequência à sua ousadia interpretativa, afirma que a causa do evento se encontra no que denomina o incômodo da elite branca contra a gente humilde. Não, Sr. Kfouri, a elite brasileira, branca, parda, vermelha, amarela ou negra, nunca se sentiu mal com o fato de seus coirmãos ultrapassarem a fronteira da pobreza e começarem a colaborar com o progresso do País. Sempre desejou isso. Nunca houve sentimento de luta de classes entre nós, antes da chegada ao Poder dos atuais dirigentes que, estes sim, estimulam o conflito, como a mídia já mostrou nas palavras furiosas de Lula e Stédile.
Do alto de meus 84 anos de idade, posso afirmar-lhe, Sr, Kfouri, que nunca tinha havido ódio político em nossa História. O brasileiro era pacífico, ordeiro e tolerante. Nunca um rico moveu uma palha contra um pobre apenas por ele ser pobre. Esse sentimento belicoso entre os brasileiros está sendo plantado pelos atuais detentores do Poder. Jogar os pobres contra os ricos, os pretos e os índios contra os brancos, os homo contra os heterossexuais, o norte contra o sul, é técnica marxista adotada rigorosamente pelo PT, às vezes acobertado pelos desordeiros de seu braço revolucionário, o MST, com o propósito de solapar a sociedade.
Não diga também, Sr. Kfouri, que o governo atual é de centro-esquerda. Não, não é. Ele é de esquerda-esquerda e só não é ainda mais esquerdista por temer reações e porque espera o momento adequado para fazê-lo. Nem diga também que seu Partido defende os pobres e os trabalhadores contra os ricos. Serão porventura pobres os seus correligionários que roubaram a mãos cheias as estatais, a ponto de, pela primeira vez no mundo, levar ao estado falimentar uma empresa petrolífera, precisando por isso serem aprisionados? Algum trabalhador ou algum pobre foi beneficiado pelos bilhões roubados por seus correligionários? Quem ajuda o trabalhador, Sr. Kfouri, é o capitalista que coloca seu patrimônio a risco, investindo para gerar empregos, graças aos quais os trabalhadores podem sustentar suas famílias. Não dá mesmo para perceber isso?
O senhor diz que os liberais e os ricos perderam a eleição, não aceitam isso e, antidemocraticamente, continuaram de armas em punho. Não posso nem suspeitar que o senhor seja cego. O senhor não percebeu realmente que os únicos portadores e usuários de armas são seus companheiros do MST, são seus colegas do exército de Lula e Stédile? Leia, então, os jornais e assista às televisões. É tão evidente que não creio possa passar despercebido a seus olhos.
Realmente, Sr. Kfouri, nunca dantes nesse País se roubou tanto no governo. Como jornalista, visite os arquivos dos jornais, revistas e TVs e terá a confirmação desse fato. Ou, se quiser, procure os arquivos de processos no fórum e nos Tribunais de qualquer Comarca e qualquer Estado. Certamente os fatos irão desmascarar a parcialidade de sua posição.
Mais ainda: protestar contra o estado de coisas do governo, com ou sem panelaço, não é falta de senso do ridículo, não. É patriotismo puro. Seus colegas devem até agradecer aos céus por esse povo ser tolerante; assiste abismado aos desmandos dos governantes e limita-se a gritar pacificamente fora, Dilma!
Não foi só na zona leste de São Paulo que não houve panelaço por falta de luz e de água. O senhor deve saber que o Brasil inteiro, além da carência de água e luz, não tem portos (embora seu Partido tenha construído um em Cuba com o dinheiro arrecadado à força dos brasileiros), aeroportos e rodoviárias adequadas; não tem linhas para a transmissão da energia gerada em suas usinas; não tem saúde nem educação nem previdência; não tem segurança... não tem nada! E já teve. Foi perdendo tudo isso na última década, em consequência à desastrada política econômica e fiscal de seu Partido.
Acho, enfim, arriscado afirmar que Dilma foi eleita democraticamente quando as provas estão se acumulando segundo as quais ela foi eleita graças ao dinheiro surrupiado dos cofres público das empresas estatais...
"Jamais se guie pelas aparências; sempre se funde em dados concretos. Não há regra melhor do que essa" [1].
O protagonista do romance de Dickens havia se enganado quanto à identidade do "benfeitor" que patrocinava suas "grandes esperanças". Perplexo, ouviu do advogado - e também seu tutor - uma orientação que, para os termos deste breve artigo, será preservada como princípio de investigação.
Ion Mihai Pacepa - um ex-agente do serviço de inteligência da Romênia comunista - revelou que os soviéticos utilizaram o Conselho Mundial de Igrejas (CMI) para chancelar a Teologia da Libertação. Um simulacro de teologia criado pela KGB para ser inoculado na Igreja Católica, capaz de distorcer maliciosamente o sentido da fé e instrumentalizá-la em favor do projeto de poder revolucionário. Pacepa - que participou diretamente da operação - conta o seguinte:
"O CMI, sediado em Genebra e representando a Igreja Ortodoxa Russa e outras pequenas denominações em mais de 120 países, JÁ ESTAVA SOB O CONTROLE DO SERVIÇO DE INTELIGÊNCIA INTERNACIONAL SOVIÉTICO. POLITICAMENTE, HOJE AINDA PERMANECE SOB O CONTROLE DO KREMLIN por meio de muitos sacerdotes ortodoxos que são proeminentes no CMI e ao mesmo tempo agentes da inteligência russa" [2].
Muito bem. O senhor Leonardo - ou melhor, Genézio - Boff é um dos mais conhecidos "apóstolos" da Teologia da Libertação. E - quem sabe, não por coincidência - é um ilustre participante dos eventos promovidos pelo CMI. Na foto abaixo, ele aparece ao lado de "frei" Betto - outro ícone da teologia revolucionária - em um tal "Fórum Mundial sobre Teologia e Libertação". Evento realizado em Porto Alegre, em 2005, e patrocinado pelo Conselho Mundial de Igrejas [3].
Para aproveitar o "fenômeno" Francisco, Genézio - um crítico contumaz dos antecessores do Pontífice argentino - transformou-se em um entusiasmado papista. Expressou todas as suas expectativas em um livro: "Francisco de Assis e Francisco de Roma: uma nova primavera na Igreja". Nele, não se envergonhou - em sua "grande esperança" de construir uma "nova igreja" - de sugerir ao Papa estabelecer "o Dicastério da UNIDADE dos cristãos em Genebra, perto do CONSELHO MUNDIAL DE IGREJAS" [4].
Seria apenas coincidência? Ou melhor, seria apenas "mais uma" coincidência? Porque, além da Teologia da Libertação, Pacepa ainda denunciou uma das bases utilizadas para disseminá-la pela América Latina: o "Christian Peace Conference" (CPC). Uma organização religiosa internacional sediada em Praga e que era mais uma criação dos soviéticos [5]. Brian Norris, que participou de uma das assembleias na Tchecoslováquia, confirmou o caráter "pró-comunista" do CPC [6]. Não faz muito tempo, o Christian Peace Conference mantinha um site na internet, e quem contribuía com a sua plataforma de "evangelização" era - ora, ora - o senhor Genézio Boff [7].
É momento então de retomar o conselho do personagem de Dickens: "Jamais se guie pelas aparências; sempre se funde em dados concretos. Não há regra melhor do que essa". Pois bem. Já não se sabe o bastante sobre Genézio Boff para apontar a sua verdadeira identidade? Para alertar os incautos e ingênuos - sobretudo os católicos - que, caso se deixem impressionar pela "aparência" de "teólogo" e de "intelectual", serão fatalmente levados ao engano? E que, pelos "dados concretos" - considerando o objetivo prático dos seus escritos e discursos, as suas companhias e o histórico de sua militância - Genézio Boff é um agente político a serviço de um projeto de poder? Talvez seja oportuno tomar outro trecho do "Grandes esperanças". Não é uma orientação. É apenas uma lembrança do protagonista, a de quando ele deixa a sua pequena aldeia em direção a Londres e diz: "E todas as névoas se haviam dissipado solenemente, e o mundo se abria para mim" [8].
REFERÊNCIAS.
[1]. DICKENS, Charles. "Grandes esperanças". Trad. Paulo Henrique Britto. Penguin Classics Companhia das Letras: São Paulo, 2012. p. 460.
[2]. Cf. "A KGB criou a Teologia da Libertação". Tradução do Capítulo "Liberation Theology" (15), que é parte do livro "Disinformation": former spy chief reveals secret strategis for undermining freedom, attacking religion, and promoting terrorism (WND Books: Washington, 2013) - escrito por Ion Mihai Pacepa e Ronald J. Rychlak [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/01/a-kgb-criou-teologia-da-libertacao.html].
[3]. Cf. [http://www.wcc-coe.org/wcc/what/jpc/wsf2005-events.html].
[4]. BOFF, Leonardo. "Francisco de Assis e Francisco de Roma": uma nova primavera na Igreja. Mar de Ideias: Rio de Janeiro, 2014. p. 60.
[5]. PACEPA, Ion Mihai. "A Cruzada religiosa do Kremlin". Trad. Bruno Braga [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/04/a-cruzada-religiosa-do-kremlin.html].
[6]. NORRIS, Brian. "Crítica do 'Christian Peace Conference'". Trad. Bruno Braga. Publicado no periódico "Religion in Communist Lands", Keston Institute, 1979, Vol. 7/3. pp. 178-179 [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/07/critica-do-christian-peace-conference.html].
[7]. Cf. Nota [6], Apenso I.
[8]. Cf. Nota [1], p. 234.
Notável foi o desconforto que faixa carregada por membros e amigos do Instituto Liberal do Centro-Oeste e idealizada pelo Professor Eduardo F. Sallenave a respeito de Paulo Freire causou em boa parte da esquerda brasileira - muitos destes que nunca sequer leram qualquer obra do referido autor, além de frases motivacionais de Facebook.
Ficamos felizes por este debate crucial finalmente estar em pauta, e de incentivar parte da sociedade a rever o lamentável estado da Educação brasileira.
Faz-se mister compreender Paulo Freire além de fanatismos, clichês e correntes das redes sociais.
Freire, o homem recentemente considerado "patrono da educação brasileira" [1], em sua "Pedagogia do Oprimido" [2], apresenta a pedagogia como um instrumento de revolução marxista.
Ao falar em "revolução", temos que ter ao menos duas coisas em mente. De acordo com o próprio Freire, em sua obra:
1) deverá ser operada uma "revolução cultural", incutindo o "pensar certo" no "oprimido" - isto é, a "consciência revolucionária", ou "consciência de classe". A pedagogia seria um meio para a revolução, e a revolução teria, em si, um "caráter pedagógico".
2) a revolução almeja e destina "chegar ao poder". Evidentemente, esta etapa é descrita com léxico recheado de expressões que remetem a "humanismo", "amor", "liberdade".
O leitor já acha que parece um panfleto marxista? Pois acomode-se; estamos só começando.
Diz Freire: "Consciente ou inconscientemente, O ATO DE REBELIÃO DOS OPRIMIDOS, QUE É SEMPRE TÃO OU QUASE TÃO VIOLENTO QUANTO A VIOLÊNCIA QUE OS CRIA, este ato dos oprimidos, sim, PODE INAUGURAR O AMOR." (grifo nosso)
Lindo, não? O ódio e a violência podem "inaugurar" o amor. Este (dupli)pensamento quase orwelliano poetiza a brutalidade marxista como poucas passagens. Naturalmente, coletivistas são atraídos pela ideia de poderem infligir mal e sofrimento a outros com algum objetivo "nobre" - e muitas aspas nesta hora.
Ou ainda: "A revolução é biófila, é criadora de vida, ainda que, para criá-la, seja obrigada a deter vidas que proíbem a vida."
Além do ato de rebelião dos "oprimidos" ser "violento" - podendo, ainda assim, "inaugurar o amor" - Paulo Freire vai além e justifica toda e qualquer matança em nome do projeto marxista. O "humanista" Paulo Freire consegue justificar com relativa elegância as matanças em nome do socialismo. Se estivesse vivo, mereceria o cargo de Ministro do Amor.
Aliás, Freire não esconde sua admiração por nomes bastante conhecidos em fartas citações ao longo de sua obra: Che Guevara, Mao Tsé-Tung (lembram da "revolução cultural" mencionada acima?), Lenin, Marx.
Por exemplo, ao citar Che Guevara, remete a um dos "cuidados" que deve ter o "revolucionário":
"Desta maneira, quando Guevara chama a a atenção ao revolucionário para a "necessidade de desconfiar sempre - desconfiar do camponês que adere, do guia que indica os caminhos, desconfiar até de sua sombra", não está rompendo a condição fundamental da teoria da ação dialógica. Está sendo, apenas, realista."
Paulo Freire ainda narra a "liderança de Fidel Castro", retratando-o como um exemplo de "coragem", de "valentia de amar o povo" e de "sacrifício":
"A liderança de Fidel Castro e de seus companheiros, na época chamados de "aventureiros irresponsáveis" por muita gente, liderança eminentemente dialógica, se identificou com as massas submetidas a uma brutal violência, a da ditadura de Batista.
Com isso não querermos afirmar que esta adesão se deu tão facilmente. Exigiu o testemunho corajoso, a valentia de amar o povo e por ele sacrificar-se".
Belo "sacrifício" de Fidel e Guevara em promover fomes, racionamentos, torturas e assassinatos de dezenas de milhares em Cuba,[3][4] piorando significativamente a qualidade de vida da população,[5] enquanto hoje o ditador cubano vive em luxo, sendo um dos homens mais ricos do planeta.[6]
Para o amigo leitor, já não deve ser surpresa alguma que o cidadão considerado "patrono" (sic) da nossa "educação" (sic) tenha tanto apreço por carniceiros e ideólogos das maiores chacinas da História da humanidade - "somente" 100 milhões de mortos em nome do Paraíso na Terra só no século XX.[7]
As vazias tautologias freireanas seguem inclusive beirando outros campos, como o da Economia:
"Esta é a razão por que não pode haver desenvolvimento sócio-econômico em nenhuma sociedade dual, reflexa, invadida. É que, para haver desenvolvimento, é necessário: 1) que haja um movimento de busca, de criatividade, que tenha no ser mesmo que o faz, o seu ponto de decisão; 2) que esse movimento se dê não só no espaço, mas ao tempo próprio do ser, do qual tenha consciência."
Mal sabia o teórico marxista que o segredo para a riqueza das nações não tem qualquer coisa a ver com retórica desgastada e nebulosa, mas com Liberdade Econômica. A possibilidade de criar, de ter, de trocar livremente, de fazer contratos, enfim, de ser proprietário de si mesmo garante o melhor caminho para a prosperidade.[8]
Quantos às críticas recebidas pelo protesto, seria ingenuidade demais achar que a faixa "Basta de Paulo Freire" é direcionada a frases sem qualquer substância prática e emuladoras de um bom-mocismo - por exemplo, aquelas que falam vagamente de "amor", de "educação para libertar", de "amar árvores e bichos".
Entretanto, boa parte da esquerda brasileira se ofendeu justamente por não conhecer, em substância, o que o autor representa, ficando presos na surpresa de ver qualquer manifestação contrária a seu pensamento.
Faz-se necessário apontar que o centro da crítica está na filosofia pedagógica freireana, em sua visão de mundo marxista, classista e consequente e inexoravelmente violenta, que obviamente ainda ressoa na formação de professores brasileiros - muitos, infelizmente, desavisados quanto ao caráter político do ideólogo.
Também metodologicamente Paulo Freire é amplamente criticado por sua óbvia ênfase política e ideológica, em vez de pedagógica e educacional; pelas óbvias contradições de se dizer um "libertador" enquanto, na prática, promove doutrinação; pela a vagueza e o vazio prático em seus diversos enunciados; pela dúvida que há até mesmo quanto à originalidade de boa parte de seu trabalho[9][10][11]:
“Ele deixa questões básicas sem resposta. Não poderia a ‘conscientização’ ser um outro modo de anestesiar e manipular as massas? Que novos controles sociais, fora os simples verbalismos, serão usados para implementar sua política social? Como Freire concilia a sua ideologia humanista e libertadora com a conclusão lógica da sua pedagogia, a violência da mudança revolucionária?”[12]
“[No livro de Freire] não chegamos nem perto dos tais oprimidos. Quem são eles? A definição de Freire parece ser ‘qualquer um que não seja um opressor’. Vagueza, redundâncias, tautologias, repetições sem fim provocam o tédio, não a ação.”[13]
“Não há originalidade no que ele diz, é a mesma conversa de sempre. Sua alternativa à perspectiva global é retórica bolorenta. Ele é um teórico político e ideológico, não um educador.”[14]
“Sua aparente inabilidade de dar um passo atrás e deixar o estudante vivenciar a intuição crítica nos seus próprios termos reduziu Freire ao papel de um guru ideológico flutuando acima da prática.”[15]
Quando a instrução vira doutrinação, é fácil ver o nível da educação cair vertiginosamente.[16] E quando a educação, que deveria ser prerrogativa dos pais, passa a ser prerrogativa de burocratas, vemos todo o tipo de tentativa de manipulação possível.
É claro que Paulo Freire enxergava a pedagogia como uma possibilidade de doutrinar, de pavimentar o caminho para uma suposta revolução - que sabíamos, desde o século XX, ser falida em si mesma, impossível economicamente e inerentemente injusta e brutal.
Freire aponta o "educador humanista" como um "autêntico revolucionário". Aos pais e pagadores de impostos do Brasil: é esta a Educação que você quer para suas crianças? É este tipo de filosofia e ética anti-capitalista que você deseja que permeie o ensino dos pequenos?
Muitos "educadores" do MEC, inspirados no panfleto marxista de Freire, já pararam para se perguntar se os pais e pagadores de impostos desejam que seus filhos recebam este tipo de "educação de classes"?
Esta é uma pergunta retórica: para um marxista, como para qualquer outro coletivista, o desejar individual é a menor das preocupações. O indivíduo é um mero detalhe descartável perante os planos "da revolução".
O que queremos, finalmente?
Queremos Educação com Liberdade. Queremos que pais possam ser livres para escolher o que seus filhos estudam, onde eles estudam - se em casa, por homeschooling, em colégios, com tutorias.
Queremos que nossos pequenos não tenham ideologias empurradas goela abaixo por gente que acha que sabe decidir pelos filhos dos outros.
Queremos uma educação descentralizada e não sujeita aos caprichos de um pequeno corpo de burocratas em Brasília que intrusivamente decide até o currículo a ser estudado por alunos nos quatro cantos do Brasil.
Queremos o fim da doutrinação marxista sustentada com dinheiro público. Basta de Paulo Freire.
[2] Todas as citações de Freire seguem de sua obra "Pedagogia do Oprimido", enfocada neste texto.http://www.letras.ufmg.br/espanhol/pdf%5Cpedagogia_do_oprimido.pdf
[3] http://www.therealcuba.com/page5.htm
[4] http://www.cubaverdad.net/genocide.htm
[5] http://ctp.iccas.miami.edu/FACTS_Web/Cuba%20Facts%20Issue%2043%20December.htm
[6] http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u94408.shtml
[9] http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2014/11/paulo-freire-e-miseria-educacional.html?m=1
[10] http://www.libertarianismo.org/index.php/artigos/pedagogia-opressor/
[11] http://www.jornalopcao.com.br/posts/reportagens/o-brasileiro-que-elegeu-obama
[12] David M. Fetterman, “Review of The Politics of Education”, American Anthropologist, Março 1986.
[13] Rozanne Knudson, Resenha da Pedagogy of the Oppressed; Library Journal, Abril, 1971.
[14] John Egerton, “Searching for Freire”, Saturday Review of Education, Abril de 1973.
[15] Rolland G. Paulston, “Ways of Seeing Education and Social Change in Latin America”, Latin American Research Review. Vol. 27, No. 3, 1992.
[16] http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/brasil-so-nao-pior-em-educacao-que-mexico-e-indonesia
A SOCIEDADE ADORA INTERVENÇÕES
DECISÃO
A maioria dos cidadãos brasileiros (se é que realmente podem ser considerados cidadãos), decididamente, não gosta de tomar decisões. Por força da péssima educação que recebe na escola pública e em casa, inclusive, deixa a entender que cabe ao governo ( e à mídia) a tarefa de decidir o que cada um deve fazer e como deve se comportar. Pode?
A LIBERDADE É QUE LEVA À PROSPERIDADE
A DEMOCRACIA, para quem não sabe, se apoia em três princípios fundamentais:
o direito de votar;
o direito de concorrer a um cargo público;
a maioria decide.
Não consta em lugar algum que a DEMOCRACIA garante o direito à LIBERDADE. Isto nos leva a entender que não é a DEMOCRACIA que gera prosperidade. Isto só é possível com LIBERDADE.
SUPRESSÃO DA LIBERDADE
Confuso, ou muito mal informado (ou educado, melhor dizendo), o povo, ajudado por boa parte da mídia, acredita que as cotidianas intervenções governamentais, nas mais diversas atividades, acontece por vontade da maioria. Mal sabe que a intervenção é a supressão da LIBERDADE.
SER CELESTIAL
Pois, o que causa ainda maior espanto é que em todos os assuntos e lugares onde o governo se mete a incompetência ganha sempre nota máxima. E mesmo assim, o povo aceita as ordens do governo-interventor, que, decide tudo como se fosse um Ser Celestial.
AJUSTE
A última intervenção aconteceu ontem. No futebol. O governo petista, que sempre condenou a atitude do FMI, que só concede socorro financeiro à países que concordem com os programas de ajuste, fez o mesmo com os falidos clubes de futebol. Em qualquer lugar do mundo, onde a seriedade impera, clube ou empresa que sonega impostos deve fechar as portas. Ponto.
SEM PROTESTOS
Pois, lamentavelmente, os dirigentes de clubes de futebol testaram o governo por vários e vários anos e ainda saíram vitoriosos. Nas barbas do governo sonegaram impostos usando o dinheiro para contratar atletas a peso de ouro. Só que quem paga a conta não são os associados e/ou torcedores dos clubes. São, como sempre, os pagadores de impostos. O pior de tudo é que, até agora, nenhum brasileiro protestou. Que tal?
O cientista político Francisco Ferraz, meu ex-professor de mestrado, responsável pelos conhecimentos teóricos mais importantes que adquiri sobre política, em sua análise sobre a hegemonia do Estado sobre a sociedade e o mercado na formação histórica do Brasil, afirma que as nações, assim como os indivíduos, possuem uma espécie de “personalidade”. Nos indivíduos, a personalidade, o caráter e a índole, resultam da soma da herança genética e das influências recebidas do meio social durante a vida. Nos países, essa “personalidade”, ou matriz estrutural, com ele a define, resulta dos ingredientes fundacionais da nação, agregadas às experiências decorrentes do processo histórico em seu ciclo evolutivo.
O conceito de Patrimonialismo, que alguns dos mais importantes pensadores políticos brasileiros tomaram emprestado de Max Weber, é atualizado pelo enfoque de Ferraz como sendo o que ele define por “paradigma do Estado hegemônico”. Em síntese, essa perspectiva da análise da formação política do Brasil trata de precedência e da proeminência do Estado sobre a sociedade e o mercado.
Em sua análise, Ferraz trata de um intrigante paradoxo entre a formação histórica dos EUA e do Brasil. Duas nações continentais, descobertas na mesma época, formadas por colonização multiétnica, com suas independências declaradas em período próximo e, no entanto, com processos fundacionais, trajetórias e resultados praticamente opostos.
Nos EUA, a sociedade e o mercado deram origem ao Estado. Indivíduos empreendedores construíram propriedades produtivas, comunidades e instituições antes de se formar a União. A independência dos EUA nasceu de uma guerra colonial contra o Império Britânico. A federação nasceu como opção dos estados que deliberaram em plebiscito de suas populações a decisão de converterem-se em Estados Unidos. O fim da escravidão e o salto da sociedade agrária para a sociedade industrial decorreu de uma guerra civil. Os indivíduos organizados em empresas e instituições civis constituíram a força motriz da nação. A sociedade e o mercado são mais fortes que o Estado. A riqueza é percebida com algo que se cria pelo trabalho e pelo mérito. Os saltos do desenvolvimento social e econômico decorrem da força e do protagonismo dos indivíduos, da sociedade e do mercado.
No Brasil os portugueses, criadores de um dos estados mercantilistas mais poderosos do século XVI, dizimaram os nativos, fundaram o Estado e esquadrinharam nosso território em capitanias hereditárias, que fracassaram porque não havia sociedade ou mercado por debaixo dessas estruturas. Indivíduos aboletaram-se nos cargos públicos, usando-os com se propriedade privada fossem, para usarem suas posições políticas como alavancas para o enriquecimento pessoal. A independência foi protagonizada pelo filho do rei colonizador, a pedido, antes que os colonizados o fizessem. O fim da escravidão foi concessão de uma princesa. O estamento dos controladores do Estado é protagonista do processo social e político. A passagem do Império à República resultou do primeiro de muitos golpes de Estado. O Estado é mais forte que a sociedade e o mercado. A riqueza é percebida como algo que se tira da natureza, do Estado ou dos outros. Os saltos de modernização social e econômica são protagonizados pelo Estado (Getúlio, JK, Regime de 1964).
Segundo Ferraz, características fundacionais e experiências históricas como essas que conformam as matrizes estruturais dos EUA e do Brasil, não mudam facilmente. Assim com os indivíduos só mudam radicalmente sua conduta e modo de perceber a vida após sofrerem traumas profundos, as nações também precisam viver seus traumas para mudarem seus paradigmas estruturantes.
Assim, os EUA somente adentraram a sociedade industrial após a guerra da sesseção. A Alemanha se industrializou e modernizou após perder duas guerras e viver a crise da hiperinflação no entre guerras. O Japão após levar duas bombas atômicas sobre sua população civil. A Coréia do Sul após sua guerra contra os comunistas. E, mesmo a Rússia e a China, se modernizaram e entraram na era industrial sob os auspícios do Estado Comunista, após passarem por suas revoluções.
Observe-se que a primeira tentativa de ruptura do paradigma do Estado hegemônico no Brasil foi protagonizada por Collor nos anos 1990, após os ventos liberais que sopraram do norte a partir das experiências de Thatcher e Reagan nos anos 1980. Alimentado pela influência das ideias de José Guilherme Merchior, um dos mais brilhantes liberais brasileiros, o intrépido coronel alagoano imaginou que derrotaria 500 anos de patrimonialismo com um único golpe de jiu jitso (Ippon) e apoiado por um partido com apenas 16 deputados federais, a partir de sua iniciativa individual como presidente eleito.
Collor começou a abrir nossa economia forçando empresários que o haviam financiado a competir com o mercado global num território que antes era reserva de mercado. Em seguida, fechou estatais na canetada e mandou funcionários públicos para casa sem gratificação. Negava-se a conceder 147% de reajuste aos aposentados. Reatou relações com o mercado financeiro internacional e voltou a pagar nossas dívidas. Suspendeu o programa nuclear militar brasileiro. Fechou as portas do governo para os partidos tradicionais compondo ministério sem nenhum deles. Pretendia comprar a falida rede Manchete para criar uma rede de TV para competir com a Rede Globo. Collor não era um liberal, pois se o fosse não teria confiscado a poupança dos brasileiros. Seguiu as orientações programáticas de Merchior, mas não tinha formação intelectual e nem um estrategista com quem se orientar. Foi derrubado num Ippon, não por causa de uma Fiat Elba, mas porque contrariou muitos e poderosos interesses ao mesmo tempo.
FHC, contido por Mário Covas, por muito pouco escapou de ser ministro de Collor. Conhecedor dos textos sobre o patrimonialismo no Brasil e observador da aventura collorida, o sociólogo tucano tentou retomar a experiência de modernização econômica do Brasil pelo caminho da menor resistência. Ao perceber a oposição do parlamento ao seu projeto de Reforma da Previdência, retirou-o da pauta do Congresso, substituindo-o pela reforma do capítulo da Ordem Econômica da Constituição. Surfando a onda boa dos ganhos econômicos do Plano Real, e sustentado pela opinião pública, aprovou, entre fevereiro e junho de 1995, todas as reformas constitucionais que quis, com maioria de 3/5 nas duas casas legislativas.
Como se pode ver, após o impeachment de Collor, não adveio o caos, como protagonizam os defensores enrustidos da perpetuação do petismo no poder ante a defesa do impeachment de Dilma. Ao contrário, criou-se, assim, o mais consistente período de prosperidade econômica e democracia que o país já experimentou.
Mas, FHC não é um liberal e nem o PSDB um partido de direita como querem fazer crer os petistas. Após reformar a Ordem Econômica e dar novo impulso à modernização da economia, era chegada a hora de reformar o Estado e a Ordem Política e deslocar o estamento que controla o Estado de suas posições de poder, abrindo as portas para o protagonismo da sociedade e do mercado. Reformar a Previdência, privatizar a Petrobrás e os bancos públicos, completar a privatização do setor elétrico, introduzir a meritocracia no setor público, reduzir o tamanho do Estado e aumentar sua eficiência, reduzir a carga tributária, etc. Essa seria a agenda liberal.
No entanto, FHC decidiu que havia uma mudança constitucional mais prioritária do que a agenda das reformas estruturais. Alegando que precisaria de mais um mandato para cumprir a missão, o tucano gastou todo seu capital político para, somente em dezembro de 1997, aprovar a emenda da reeleição no Congresso, à custa de enorme desgaste político e precisando elevar a carga tributária e a taxa de juros para financiar o Estado balofo. Reeleito, em janeiro de 1999 liberou a flutuação cambial provocando uma desvalorização de 40% do real frente ao dólar. Com isso, perdeu apoio popular, perdeu a força para fazer as reformas e pavimentou a chegada do lulopetismo ao poder.
A destruição dos fundamentos do Plano Real começou já no segundo mandato de Lula, com o ingresso de Mantega no Ministério da Fazenda, e completou-se com a remoção de Henrique Meireles do BC e sua substituição pelo submisso Tombini, sob comando da “economista” Dilma Roussef.
A presidente Dilma Rousseff teve sua personalidade forjada sob condições excepcionais. Na juventude, assaltou bancos, sequestrou, foi presa e torturada e, até onde se saiba, resistiu à tortura sem entregar seus camaradas. Ninguém passa impune por experiências como essas. Dilma está arrasada, com o semblante crispado, olheiras profundas e novas e recentes rugas, evidentes mesmo sob toneladas de maquiagem. Mesmo assim, não dá o braço a torcer, não admite erros, e semana passada fez o impensável para qualquer petista: peitou Lula aos gritos negando-se a submeter-se ao seu criador. Nesse traço de sua personalidade reside o descrédito de muitos analistas sobre a sinceridade de Dilma nas suas convicções sobre a necessidade do ajuste fiscal de Levy.
Pois bem, até o advento dos governos do PT, e em especial desse segundo mandato de Dilma Roussef, nunca na história da nação brasileira viveu-se a iminência de uma crise tão profunda como essa que se anuncia no início do décimo terceiro ano de petismo no poder, o quinto do reinado de Dilma.
Seria esta a crise traumática de que nos fala Ferraz em sua análise, e que nunca antes se apresentou na história do gigante eternamente deitado em berço esplêndido?
Quem quebrará primeiro, Dilma ou o Brasil?