Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba apresentaram um “incidente de falsidade”, relacionado aos 26 recibos dos aluguéis do apartamento vizinho ao de Lula em São Bernardo.
Pediram ao juiz Sério Moro uma perícia para apurar as circunstâncias de sua produção. Para eles, “sem margem de dúvida os recibos juntados pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva são ideologicamente falsos, visto que é simulada a relação locatícia representada pelo engendrado contrato de locação”, disseram. Inclusive, o MPF aponta que não houve movimentação financeira por parte de Lula que comprovasse os pagamento dos aluguéis como reais.
Tanto para o MPF, como para qualquer pessoa com raciocínio normal, Lula nunca pagou aluguel e o imóvel foi bancado pela Odebrecht como propina.
O suspeito de ser ‘laranja’ na operação, Glaucus da Costa Marques, disse em depoimento ao juiz Sérgio Moro que nunca recebeu qualquer valor no período indicado nos recibos e que não foi o responsável pela emissão deles. Segundo ele, os documentos foram fornecidos por um contador indicado por Roberto Teixeira, amigo de Lula, que pediu-lhe que os assinasse todos de uma só vez, em dezembro de 2015.
O juiz Moro deve decidir o caso nas próximas semanas, o que pode resultar na segunda condenação de Lula.
Isso foi o fato da quinta feira passada, dia 5. No dia seguinte, sexta, o MPF pediu aumento da pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no processo sobre outro apartamento, aquele tríplex do Guarujá, no qual Lula já foi condenado em primeira instância a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O caso está sendo reexaminado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre. Os procuradores acham que Lula deve responder por cada um dos três contratos fechados entre as empreiteiras e a Petrobras como crimes individuais, e nãocomo “crime continuado”, como na condenação da lavra do juiz Moro. Se o TRF 4 aceitar a tese dos procuradores, isso pode resultar em uma pena maior.
Não é fácil acompanhar o andamento de todas as falcatruas pelas quais Lula responde. Mas convenhamos, não conseguir explicar algo que deveria ser simples, um mero aluguel, é dose.
Apesar de ter adquirido o hábito de colocar a culpa de tudo o que não tem como explicar na falecida dona Marisa, o conteúdo do processo, os depoimentos dos delatores e agora mais recentemente, as revelações parciais de Palocci, deixam tão poucas dúvidas, que só mesmo aqueles “muito interessados” na pessoa de Lula consigam sustentar sua inocência.
*Publicado originalmente em https://eniomeneghetti.com
Fantástico ontem promoveu um verdadeiro show de horrores envolvendo uma alta produção com belas palavras, chavões e com trilha sonora comovente e envolvente.
A 1a matéria foi uma preparação para a lavagem cerebral. Mais uma vez, ideologia de gênero. Mostram pais que dizem que deixam seu filhos livres para serem o que quiserem, que querem que eles sejam felizes e por isso não definem para eles que existem brinquedos nem modos de agir específicos de meninos ou de meninas, chegando ao ponto de dizer que não se deve elogiar crianças com adjetivos padronizados, pois isso gera um trauma em suas vidas, dando o exemplo do adjetivo "princesa", que criaria na cabeça da garota a imagem de uma menina loira e delicada. A reportagem mostra meninos se vestindo de meninas e com uma atmosfera alegre e que iludiria qualquer incauto e ignorante. Em determinado momento surge uma "especialista" para falar sobre o tema, adivinhem: diretora do departamento de GÊNERO e FEMINISMO da UFBA.
Após preparar o subconsciente do telespectador, fazendo o crer num mundo preconceituoso em que se deve abordar gênero e quebrar padrões, veio a 2a reportagem falando sobre intolerância. Com a abertura mostrando estatísticas de "preconceitos" como homofobia e até GORDOFOBIA (sim, chegaram a esse ponto), entram repentinamente no preconceito religioso e colocando de forma canalha imagens de traficantes que supostamente seriam evangélicos destruindo imagens de entidades da umbanda, como se apenas as religiões africanas sofressem discriminação e por CRISTÃOS.
Logo em seguida, ingressaram na questão do Queer Museu, aquela exposição grotesca que faz vilipendio a elementos e símbolos do cristianismo, apologia à pedofilia e à zoofilia. Criaram uma narrativa de que não havia crimes nem apologia a esses crimes na exposição, colocando canalhas globais e defensores da "arte moderna" para distorcer tudo que temos presenciado, até falso pastor do PSOL colocaram para falar suas baboseiras distorcidas do cristianismo.
Para concluir, abordaram o caso do manifestação La Bête do MAM/SP, construindo o cenário de que não houve estímulo à pedofilia, fazendo a comparação intelectualmente desonesta e grotesca de que os mais renomados artistas retratavam nudez em seus quadros.
Existe uma grande diferença em representação do nu em obras de arte e naturalizar a nudez, preparando o terreno para a pedofilia. O que acontece se um adulto mostra suas partes íntimas para uma criança? Ela sabe que é errado e conta para seus pais. Desde o momento em que há esse incentivo para dessensibilizar a criança para a nudez adulta, ela não mais verá isso como algo errado, seja num museu, seja no ônibus, seja na escola com professores mal intencionados..
A Globo demorou a falar sobre esses casos grotescos, pois percebeu a reação da população, que é majoritariamente contra a pedofilia, zoofilia e o desrespeito às religiões, mas isso estava sendo uma ameaça a sua agenda globalista e sua instrumentalização para redefinir os conceitos morais da sociedade. Agora ela mostrou sua face e partiu para o ataque. E nós vamos ficar parados? É hora de agir ou daqui a alguns anos estaremos sendo processados por ser contra ideologia de gênero, presos por sermos contra a pedofilia e repreendidos por preconceito com a zoofilia.
* O autor é vereador em Niteroi
ATO DE RESPONSABILIDADE
O deputado estadual do RS, Marcel Van Hattem, para felicidade geral dos (poucos) gaúchos que têm noção clara do quanto é dramática e desesperadora a situação financeira do governo, tomou uma atitude lúcida e digna de um político responsável: está protocolando hoje, na Assembleia Legislativa do RS, um projeto que propõe a criação do FUNDO-RS, para DEPÓSITO e REINVESTIMENTO do valor arrecadado com a venda de ações do Banrisul.
FUNDO-RS
Ontem à noite, na esteira do anúncio feito pelo Governo do Estado de que venderá 49% das ações ordinárias do Banrisul e o restante das preferenciais sob seu controle, o deputado Marcel van Hattem anunciou a sua proposta que prevê a criação de um fundo para o depósito dos recursos arrecadados com privatizações.
FUNDO BLINDADO
Marcel Van Hattem, ao admitir, corretamente, que a sociedade gaúcha não concorda que o valor obtido com a venda das ações do Banrisul evapore, se colocado no caixa único para financiar despesas correntes, propõe que o dinheiro arrecadado seja depositado em um FUNDO BLINDADO a fim de que apenas o VALOR DOS SEUS RENDIMENTOS seja utilizado para o que for prioritário.
"Avalio, inclusive, a possibilidade de se fazer isso por meio de PEC – Emenda à Constituição – para ampliar a garantia de que o dinheiro da venda não seja gasto de uma vez, mas reinvestido para gerar lucros ao Estado", diz o excelente deputado.
PRIORIDADE
Perguntado sobre o que considera prioridade para o Estado, Van Hattem foi enfático: "em primeiro lugar, colocar as contas em dia. Se houver salário atrasado ou fornecedores com dinheiro a receber, eles devem ser pagos. Depois, segurança pública e o pagamento de precatórios. Estou discutindo com a minha assessoria e com colaboradores próximos, mas a ideia é que haja uma divisão de 50%-50% entre segurança pública e precatórios a pagar".
CÁLCULO OPORTUNO
O deputado Marcel reforça que a ideia é que este fundo seja também o destino dos valores em caso de privatização. "Fala-se muito que o banco não pode ser privatizado porque daria 'lucro'. Em 2016, os valores correspondentes ao repasse feito aos cofres do estado foram em torno de R$ 141,4 milhões. Hipoteticamente, portanto, se o valor especulado no mercado para a venda de R$ 2,6 bilhões se confirmar, se o Estado não reinvestir este dinheiro estará abrindo mão da parte dos lucros que lhe caberia ao transferir a propriedade das ações e não auferiria nenhum centavo de retorno no longo prazo". Segundo cálculos obtidos pelo deputado junto a especialistas no mercado, caso colocasse em um fundo o valor recebido com a venda das ações, o governo poderia receber anualmente, a juros de renda fixa (0,5% ao mês), R$ 156 milhões – mais do que o lucro de 2016 que refere-se não a uma parte de sua participação no banco mas a toda ela.
PARA TODOS OS ATIVOS
Na defesa do importante projeto, Marcel Van Hattem espera que esta proposta avance não apenas para o caso do Banrisul mas para todos os ativos hoje sob o poder do governo. Fruto de um descaso de décadas, há pouca transparência e gestão sobre o que o Estado possui. Passa da hora de criarmos algo como um "Fundo-RS", onde todo cidadão possa de forma transparente acompanhar o que está sob controle do Estado e, também, averiguar se o governo do dia está sendo responsável com a sua administração, gerando inclusive dividendos para o futuro e não apenas significando pesos-mortos na administração estatal.
O que é receita decorrente do resultado de investimentos – ou de alienação de ativos, que são finitos – não deve ser usado para cobrir despesas correntes permanentes. Pelo contrário: precisamos preservar o capital sob propriedade do governo – mesmo que em muitos casos já tivessem que ser alienados há muito tempo – para que se tornem ativos e não passivos, com governança responsável e respeitando as regras de compliance", conclui o deputado.
“E as crianças?” No programa ‘Encontro’, da Rede Globo, Dona Regina defendeu o bom senso e a sacralidade da infância contra enaltecimento cínico de performances que glamorizam a pedofilia.
O que tem Fernanda Montenegro em comum com Dona Regina?
Não é novidade para o grande público nacional que figuras públicas do eixo Leblon-Projac-Jardins-Nova Iorque e Paris, apoiam o regime que destruiu as reais chances de desenvolvimento do Brasil e impôs o que há de mais insalubre na América Latina. Neste sentido, a conhecida atriz Arlette Pinheiro Esteves Torres, também chamada de Fernanda Montenegro, trouxe suas pérolas e mostrou sua insatisfação com relação ao “careta” povo brasileiro.
Povo este que não vive na redoma global, que não está na mídia para exaltar ditadores e suas obras. Um povo como você, eu, nossa avó, nossa tia, nossos pais, nosso vizinho e milhões de brasileiros – que assistiram a implantação do mais ousado projeto de poder e manipulação já visto na humanidade. Um povo que quer trabalhar, criar seus filhos, ter seu lazer saudável e poder viver conforme suas tradições familiares; herdadas na simplicidade da vida e daqueles que acreditam em um Deus. Um povo que não vive do delírio, ou de uma utopia barata que perdeu há décadas seu glamour para se tornar a máxima do atraso e do egoísmo – a antítese do que pregam.
Dona Arlette, a badalada atriz de festivais, uma fiel escudeira da escumalha que afundou o Brasil, sua arte, seus conceitos político-ético-morais, sua educação e seu futuro, está inconformada com a atual conjuntura mundial, em que nós – os ex-bovinos acordamos para a realidade e tentamos interpretar como ocorreu a transformação do mundo em um enorme hospício. Dona Arlette está amedrontada com tantos questionamentos e críticas. Dona Arlette quer que seu povo permaneça mudo, aceitando goela abaixo aquilo que criam nos Projacs da vida, nos laboratórios de engenharia sócio-comportamental que são capazes de mudar conceitos, relativizar valores seculares, “desconstruir“ padrões e em suma…Acabar com tudo de bom que conhecemos da bela civilização ocidental, trazendo o novo, a nova sociedade moldada na falta de valores morais e éticos, onde é proibido proibir e o limite é o além do infinito. Onde o Deus-Estado se encarregará de nos proteger e dirimir nossos passos.
Segundo a iluminada global, “há um desserviço a serviço de um poder político estranhamente poderoso. Isto está tendo uma amplidão assustadora para um mundo absurdamente reacionário onde só vale um único conceito. O conceito que traz alternância, no fundo, no fundo, [para eles] deverá ser morto — diz a mãe de Fernanda Torres, ressaltando ser a favor da liberdade mas contra radicalismos: — O careta deve ter o direito de ser careta, de pensar e de querer o que for, mas o fato de distinguir o contrário diante de um fato, de um fenômeno ou de uma postura humana, é amedrontador”.
A decadente Dona Arlette não deve ter gostado nada quando viu Dona Regina, uma senhora do povo, que poderia ser qualquer um de nós, que não suporta mais tanta “desconstrução lacradora“, tanta inversão de valores, tantos crimes, tantos bandidos oficiais e tanta cara de pau em defender o indefensável. Uma brasileira que não tem PhD em Arte Moderna, frequenta vernissage hodierna movida ao cheiro de cânabis, ou sente orgulho em assistir seu país afundar numa pseudodemocracia que prendeu o brasileiro na mais nefasta escravidão, a patética escravidão ideológica, mas, claro, muito bem remunerada para seus altos expoentes como Dona Arlette.
Dona Regina, uma brasileira simples que pensa como o senso comum, que não deve achar graça na miséria ou glorificar favelas, que muito provavelmente não defende bandidos, que quer proteger seus netos – para quem a infância é sagrada, que abomina a liberação de drogas e que também não é obscurantista, reacionária, racista, homofóbica ou fascista. Ela é o povo do Brasil: farto de uma falsa cultura sem arte e sem conteúdo, que atende apenas à superficialidade de imbecis endinheirados que são pagos para destruir a nossa sociedade e depois mudarem-se para o remanso do primeiro mundo.
Dona Arlette é aquela senhora que tapa o nariz para andar e desviar-se dos cem milhões de cadáveres que o comunismo produziu. Uma senhora que nos acusa de atraso enquanto ela mesma parou de respirar há um século. A simples Dona Regina aos setenta anos é o futuro do Brasil, já a Dona Arlette com seus quase noventa anos, é o atraso dele e não pela idade. Ela é a marca evidente da desfaçatez e da hipocrisia a serviço de um sistema nefasto e caquético – que só sobrevive através de boas transfusões de dinheiro, via Lei Rouanet e ainda graças a notória ignorância do povo brasileiro.
Voltando à pergunta: o que tem Dona Arlette em comum com Dona Regina?
Nada! Ademais, a “careta” Dona Regina é adorável e sensata. Já a “progressista” Dona Arlette é uma lástima.
Claudia Wild, articulista, é colaboradora do Mídia Sem Máscara, onde este artigo foi publicado originalmente, e apresenta o programa ‘A Hora de Europa’, na Rádio Vox.
VOCÊS SÃO “INÚTIL”
Guilherme Fiuza
Mais um festival de rock se vai, deixando mensagens no ar. Mas quem quiser decifrá-las para entender, afinal, o que é que muda o mundo, poderá se assustar: mantidas as tendências atuais, logo o rock’n’roll estará servindo para protestos contra a Guerra do Vietnã e em defesa da pílula anticoncepcional. Será que o mundo está mudando de marcha a ré? Existe rock reacionário?
Foi comovente ver aquelas bandas brasileiras caricaturando o passado que nunca tiveram, soltando brados heroicos contra o governo e a política nacional. Se tivessem gritado com metade desse entusiasmo nos 13 anos de rapinagem do PT... Bem, não teria acontecido nada, porque esses rebeldes não fazem mal a ninguém.
A rebeldia empalhada do Rock in Rio não se lembrou de Luiz Inácio Lula da Silva, o comandante do maior assalto da história republicana. Num país mais ou menos saudável, os acordes ensurdecedores do mensalão, do petrolão e das revelações obscenas da Operação Lava Jato imporiam, sobre qualquer outro som, o brado pela prisão de Lula. No entanto, o heptarréu (já condenado em um dos processos) não inspira os revolucionários da tirolesa.
É a onda purificadora mais poluída da história da rebeldia cívica (alô, vigilância sanitária!). No embalo do bordão carne assada “fora Temer”, que virou até brinco no festival, os intelectuais de porta de assembleia resolveram classificar o impeachment da senhora Rousseff (que também está solta) como a mera substituição de uma quadrilha por outra. Não, companheiros da limpeza. Não foi isso o que aconteceu.
Notícia em primeira mão para vocês que estão chegando de Woodstock: a Petrobras, maior empresa nacional, jogada na lona pelo estupro petista, foi saneada e reerguida no espaço inacreditável de um ano. A mesma transfusão de gestão aconteceu no Banco Central, no Tesouro e nas principais instituições que comandam a economia nacional. Vocês não poderiam saber de nada disso porque estavam assistindo a Jimmy Hendrix, mas aí vai: o dólar, os juros, o risco país e a inflação despencaram, também em tempo recorde. Portanto, companheiros revolucionários, avisem ao pessoal da limpeza que, no coração do estado brasileiro, não houve a substituição de uma quadrilha por outra. A não ser que a que entrou seja uma quadrilha do bem, como vocês fingem que a gangue do Lula é.
Quem está bancando esse saneamento da orgia petista na máquina pública, contra tudo e contra todos, queridos metaleiros de playground, é o mordomo! Ele mesmo, um cacique do velho e fisiológico PMDB, que tem de ser investigado sempre. Mas o que se viu foram denúncias fajutas montadas por um falso justiceiro para fazer política – ou, mais precisamente, retomar o poder central para a turminha do progressismo trans.
Em outras palavras, os rebeldes de festival que pagam 500 pratas por um ingresso gritavam por uma virada de mesa a favor de quem esfolou o povo. Não esse povo imaginário que eles defendem, mas o povo que jamais passará nem na porta do Rock in Rio, muito menos participará de protesto fashion bem na hora que o emprego começa a reaparecer.
O banco Santander, utilizando cerca de R$ 800 mil em isenções fiscais da lei Rouanet, realizou em Porto Alegre uma “mostra” – Queermuseu- em que, sob o pretexto de estimular a chamada “diversidade cultural”, especialmente entre crianças e jovens (como explicitava a página do departamento dito “cultural” do banco), foram exibidas peças – apelidadas de “arte alternativa” – que retratavam cenas de pedofilia, zoofilia, homossexualismo infantil, racismo, bestialismo, tortura e ataques blasfemos a símbolos cristãos em geral, especialmente aos da religião católica. Para começo de conversa, todos esses comportamentos são, sem meias palavras, crimes devidamente tipificados em nosso Código Penal.
O evento provocou imediatamente forte reação de protesto, que se manifestou principalmente nas redes sociais e que culminou por levar o banco, após milhares de correntistas encerrarem suas contas, ao seu cancelamento. Imediatamente, os falsos paladinos da “liberdade de expressão” – que, hipocritamente, em sua maioria, são os mesmos que defendem regimes políticos que não permitem a liberdade que dizem defender, bem como alguns “libertários de fraldas” -, colocaram as bocas em seus desafinados trombones, emitindo grunhidos raivosos de “censura”, “cerceamento da liberdade de expressão artística”, “fascismo” e outros chavões comumente usados como xingamentos do mesmo gênero, embora a maioria dos que os usam nem saibam o significado dessas palavras e expressões. São meros papagaios repetidores de chavões, cujo comportamento beira a vigarice e o sectarismo.
Não vou entrar no mérito da qualidade artística das obras, uma vez que as avaliações de pinturas, esculturas e da arte em geral são sempre subjetivas. Tampouco vou questionar se o objetivo da arte é retratar beleza, simplesmente chocar, ou usá-la como meio de doutrinação. Mas não posso deixar de entrar no mérito moral da questão e começo afirmando que, sob esse ponto de vista, o evento não passou de um lixo fétido e asqueroso, de uma imundície catinguenta e nauseabunda, de um refugo fedorento e repugnante. E que a reação de boa parte dos defensores da mostra assemelha-se a uma inusitada relação adulterina entre Karl Marx e Hans-Hermann Hoppe que deixaria perplexo até mesmo o libertário Murray Rothbard, que não era maluco nem caduco.
Usar o argumento da liberdade sempre é um prato feito para os fiéis de ambas as seitas, inclusive para os que dela desconfiam, no sentido de que todos, sem exceção, sempre se dizem favoráveis a ela ou mesmo a rejeitam nos campos da economia e da política, mas que, em termos morais, comportam-se como relativistas extremados. Por isso, devemos sempre analisar que conceito de liberdade cada um desses que se declaram seus defensores tem em mente. Nunca devemos nos esquecer que liberdade e virtude devem ser indissociáveis, o que significa, simplificando um pouco as coisas, que só faz sentido falarmos em liberdade se a essa liberdade estiver associada alguma obrigação, que é a de respeitar os direitos de terceiros. Se por liberdade entendermos simplesmente fazer o que nos dá na veneta, então podemos justificar qualquer tipo de crime, dizendo, por exemplo, “Fulano matou, ou estuprou, ou roubou” simplesmente porque “teve vontade de fazê-lo”.
Deveria ser evidente, então, que o conceito de liberdade relevante é o que chamamos de liberdade situada, que leva em conta que todos nós temos que nos deparar e lidar com costumes, tradições, leis, objetos, pessoas e tudo o mais que nos rodeia e de que não podemos escapar, a não ser que optemos, voluntariamente, por sermos seres solitários, como um Robinson Crusoé, e não os seres solidários que o convívio social exige. Assim, nossa liberdade é condicionada por tudo o que existia antes de nós, ou seja, é uma liberdade situada. Estamos limitados por nossa natureza, por muitos condicionantes, como nossas próprias habilidades ou talentos, inteligência, inclinações e debilidades, por nosso ambiente de trabalho e pelas pessoas com quem convivemos ou com quem trocamos algo, mesmo que a troca seja virtual, como o caso de uma compra pela Internet.
Escrevi que isso deveria ser evidente, mas, infelizmente, não o é. Por que digo tudo isso? Será que defendo a censura de eventos como promovido pelo banco, sua proibição sumária, a prisão de todos os envolvidos, pintores, curadores e até o presidente do banco? É rudimentar que não, mas a patrulha gramsciana, reforçada por quem pensa que liberdade é simplesmente poder fazer o que se deseja sem preocupar-se com os demais, confunde desonestamente censura – que é sempre de viés autoritário – com boicote ou protesto, que expressam sempre a vontade livre de se gostar ou não gostar de qualquer coisa e de ter liberdade para manifestar a opinião. Infelizmente, alguns libertários, inocentemente e por falta de estudos, engrossam esse caldo, ao assumirem que a liberdade é alguma divindade com poderes para ditar valores morais.
O que sucede, contudo, é que, quando boicotamos algo, estamos simplesmente nos abstendo de manter alguma relação, seja ela comercial ou pessoal. Como escreveu Helio Beltrão,
“O boicote é 100% liberal, ao contrário do que uns neófitos liberais desavisados têm propagado. A real democracia se dá pelo 'voto' a cada transação, ou seja, a cada compra e pelo prestígio a determinadas relações sociais, OU, por abster-se, pelo não-voto, a tais compras ou relações sociais. Esta é uma forma tolerante e civilizada de influenciar comportamento, e representa um divisor de águas entre liberais e não-liberais”.
A crítica, por sua vez, envolve uma avaliação minuciosa e a conseqüente formação de um juízo; o patrulhamentoconsiste no ato ditatorial de fiscalizar as ações dos outros; a proibição é tornar impraticáveis, mediante legislação, determinadas ações e, por fim, a censura – que é indefensável sob qualquer ponto de vista - ocorre quando um funcionário do Estado tem o poder de julgar se determinadas ações devem ser permitidas ou não. A crítica e o boicote são características de qualquer sociedade aberta; o patrulhamento, especialmente o ideológico – que é uma atitude moralmente viciada, porque se escora no vício da intolerância – é, contudo, tolerável, no sentido de que não deve ser motivo de proibição.
A censura, obviamente, é característica dos regimes totalitários. É um termo que pressupõe alguma ação do Estado. Nenhuma ação privada pode ser denominada de censura! No âmbito privado, ninguém pode silenciar indivíduos ou suprimir uma peça ou publicação: somente o governo pode fazê-lo. E a liberdade de expressão individual inclui o direito de não concordar, não ouvir e não financiar os próprios antagonistas.
No caso Queermuseu o que ocorreu, cristalinamente, não foi nem censura, nem patrulhamento e nem proibição, mas uma crítica e o conseqüente boicote por parte dos que se sentiram ofendidos pela exposição das peças. Quem chama de censura ao boicote que aconteceu revela profundo desconhecimento das diferenças a que aludi linhas acima e, sobretudo, mostra o deplorável vício moral conhecido como “um peso, duas medidas”: se alguém mostrar que não concorda com o que defendem, é desqualificado por ser um “censor”; mas, quando são eles que promovem algum boicote, quem se manifestar contra é também desqualificado como “inimigo da liberdade”, “fascista”, “ultraconservador”, etc., etc., etc.
O caso da Alezzia, ocorrido em dezembro de 2016, é apenas um exemplo dessa última afirmativa. Essa empresa, que produz e vende móveis, foi alvo de ataques por parte da militância das ativistas feministas, por causa por de uma campanha de marketing que mostrava uma modelo usando um maiô, o que motivou diversas avaliações negativas na página da empresa.A empresa respondeu com uma campanha: se até o último dia do mês de janeiro de 2017 as avaliações negativas atingissem certa escala, uma das feministas ganharia um voucher no valor de 10 mil reais para gastar na loja virtual, mas, se a avaliação positiva da empresa ficasse acima dessa escala, a Alezzia doaria o mesmo valor a uma instituição beneficente. O resultado é que avaliação positiva passou a aumentar incessantemente. Os ataques das ativistas acabaram provocando efeito oposto ao pretendido: em apenas um dia, a página da empresa ganhou 10.230 novos seguidores, um aumento de 95% em relação ao número anterior. A ação das feministas, contudo, não pode ser criticada pelo simples fato de ter acontecido, porque foi um protesto legítimo, embora saibamos quais são seus reais motivos.
Outro exemplo da hipocrisia desse comportamento de duas medidas para o mesmo peso aconteceu em Pernambuco, quando sete cineastas retiraram seus filmes do festival Cine PE em protesto contra a exibição do documentário O Jardim das Aflições, sobre a obra de mesmo nome de Olavo de Carvalho e o filme Real – O Plano Por Trás da História, de Rodrigo Bittencourt. Após a direção do evento ter negado seu pedido de retirada desses dois filmes, esses cineastas de mão única simplesmente disseram que seu protesto era contra filmes de “direita”. Arthur Leite, diretor do curta Abissal, declarou abertamente que não imaginava “que a direção do festival fosse claramente dar espaço a filmes claramente alinhados a uma direita extremista”. Mais uma vez, um protesto legítimo, embora de uma estultice sem limites. Houve repercussão grande repercussão, mas "O jardim das aflições" foi consagrado o melhor filme da 21ª edição do festival Cine PE, saindo premiado tanto pelo júri quanto pelo público.
Os motivos que levam a esse comportamento patológico da esquerda são mais do que conhecidos e não vou me estender aqui sobre eles. Devem ser estudados no campo da filosofia política e – para não voltarmos em demasia no tempo – são derivados de Marx, de Nietzsche, que na segunda metade do século XIX baixou “medida provisória” decretando a “morte de Deus”, pela Escola de Frankfurt (Horckheimer, Habermas, Adorno, Marcuse e Fromm, entre outros), já no século XX e, naturalmente, de Gramsci. A mensagem de todos eles foi bem clara: para a implantação do comunismo é necessário: (a) abster-se de impô-lo pelas armas; (b) destruir os valores morais judaico-cristãos, que sempre foram o pilar da civilização ocidental e (b) promover a ocupação de todos os espaços nas áreas da linguagem, da educação e da cultura.
Esses quesitos vêm sendo implantados com paciência e competência inegáveis, há pelo menos cinco décadas, mas se intensificaram tanto que passaram a gerar reações por quem não aceita o socialismo-comunismo como formas de se organizar uma sociedade honrada e ordeira. Para citar um exemplo, ficamos com a nota dirigida ao presidente do Santander pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, de São Paulo, um protesto bastante firme e digno de menção.
Mas nem só de comunistas vive o lado dos ativistas. Há alguns libertários, em geral bastante jovens e empolgados com a fascinante ideia de um mundo livre, mas que carecem de vivência e de estudos, que vêm reforçando esse time, o que é de se lamentar. A respeito deles eu diria como meu saudoso pai, que “escutaram o vento soprar, mas não sabem de onde vem o ruído”. Sim, sabem que Estado (coerção) e liberdade são antitéticos, mas não atinam que a liberdade não pode ser absoluta, que precisa ser subordinada a valores morais que devem gerar as leis no sentido hayekiano de normas de justa conduta. E, sem que ao menos se deem conta disso, estão contribuindo para fortalecer a agenda politicamente correta da esquerda, que tanto desejam – acertadamente – combater. A eles, só há um conselho: continuem defendendo a liberdade, mas, antes, procurem saber qual liberdade querem defender e estudem, mas estudem bastante.
O objetivo dos ativistas vigaristas é, mediante a destruição dos valores do judaísmo e do cristianismo, desmontar todos os princípios milenares da civilização ocidental, como regras de conduta moral, religião, família, liberdade, respeito aos semelhantes, substituindo-os pela introdução de supostos conflitos entre sexos, cor da pele, heterossexualidade e homossexualidade e outros, que nada mais são do que toda a agenda nefanda da ditadura politicamente correta.
Quem escreve estas linhas é alguém que vem há muitos anos fazendo o possível e o impossível para defender os princípios, valores e instituições de uma sociedade virtuosa, a saber: os princípios da dignidade da pessoa humana, do bem comum, da solidariedade e da subsidiariedade, os valores da verdade, da liberdade e da justiça e as instituições do Estado de Direito, da economia de mercado e da representatividade do cidadão. Sem princípios morais sólidos, o homem deixa de ser humano: bestializa-se. Exemplos claríssimos dessa bestialização do homem são a referida mostra Queermuseu, a peça O Evangelho Segundo Jesus Rainha do Céu, promovida pelo Sesc em Jundiaí (onde um juiz a proibiu) e São José do Rio Preto, em que Jesus é retratado como uma transexual e muitos outros.
Chegou, enfim, o tempo de reagir contra o verdadeiro bombardeio ao qual estamos sendo permanentemente submetidos pelos ativistas de esquerda. Pode-se sentir que isso já está acontecendo e de modo crescente. As perspectivas são boas. Pede-se, contudo, aos leftlibs que, se não quiserem ajudar, que ao menos não atrapalhem...
Finalizo repetindo que nesses casos do Queermuseu e da peça do Ses, estamos tratando de crimes, como ridicularizar a fé alheia, expor crianças à pornografia, incentivar zoofilia, pedofilia, homossexualismo infantil, tortura e racismo. E crimes não são praticados para serem discutidos ou para gerar “reflexões”, mas para serem punidos!
* Publicado originalmente em www.ubirataniorio.org