Todo mundo sabe - ou deveria saber - que com a desgastada ladainha da luta de classes - socialistas e "socialdemocratas" elegeram a pauta dos direitos humanos, das minorias raciais, da igualdade de gênero, de grupos como LGBTs, da diversidade e, é claro, da "proteção" do meio ambiente, como pautas preferenciais em sua plataforma política. Nessa linha, o belo "tudo é permitido" passou a ser a regra. Muito poucos se atrevem a exercer o seu livre arbítrio e julgar. O julgamento logo assume a forma de preconceito e de discriminação. Que homofobia, racismo, misoginia... Nesta atmosfera, não tenho dúvida de que nossa cultura foi mediocrizada e banalizada. Nas artes, na literatura, na música, na arquitetura, na poesia, o belo autêntico - aquele que evoca nossas necessidades de cunho moral e espiritual e nos auxilia na ponte com o transcendente (divino) - foi substituído pelo pós-moderno "original e cool", aquilo que inova e choca. Tudo é cultura, tudo é arte! O tributo a feiura impera e degrada. A nudez foi banalizada e os segredos entre quatro paredes foram expostos ao mundo. Quanto mais, melhor! Tudo pode! Quanto mais desaforado e grosseiro mais eficiente e bonito. Tudo que é do "povo", compulsoriamente é sinônimo de belo! É o diferente que agora críticos "especialistas" definem como o melhor e o padrão a ser seguido. Pergunto-me, aonde foi parar a tão necessária criatividade, ou seja, talento e inteligência reais?!
Sem me preocupar com rótulos, sou fervoroso defensor do livre mercado e da livre iniciativa. Só com a liberdade encontraremos o caminho do desenvolvimento econômico e social. No que diz respeito aos costumes, devo ser conservador, pois para mim o copo já transbordou e faz tempo. O choque de feiura e hediondez "inovador", pelo efeito da repetição sistemática é extremamente entediante e estúpido.
Todo mundo sabia que Bolsonaro representava não só o antipetismo, como também enfatizado em promessa de campanha, a suposta defesa e introdução nas políticas e instituições, de valores considerados conservadores, ligados a família, a religião, aos costumes e a moral tradicionais. Para uma parcela da população, por isso foi eleito.
Grande parte dos intelectuais e da mídia, defensores intransigentes da pauta do tudo é permitido, critica veementemente o presidente e todos aqueles que pensam distintamente deles e que discordam desta agenda "liberalizante". Ninguém deve julgar! Claro que as feministas, os gays e outras minorias devem expor livremente seus pontos de vista e interesses. Defenderei até a morte o direito das pessoas de se expressarem, embora possa discordar! Ironicamente, todos esses grupos, querem impor a sua própria verdade para toda a sociedade, transformando-se eles mesmos nos verdadeiros discriminadores.
O que choca e me incomoda, na verdade, é a forma! A gritaria e o ranço que vem da mídia, de intelectuais e de certos indivíduos, uma vez que são tomadas ações pelo governo, segundo suas promessas conservadoras de campanha, é intolerante, parcial e interesseiro. Quer dizer que só um lado pode se manifestar? É a liberdade de expressão?
Falando em beleza - harmonia não pode; é old fashioned - como são belas as pichações nas universidades federais, não? É a expressão popular... No recente caso da propaganda do Banco do Brasil, posso até discordar de que continha alguma "coisa extravagante", embora o único representante faltante tenha sido o que realmente é diferente da diversidade! O que me preocupou mesmo foi o custo envolvido! Que horror!
Enfim, da mesma forma que a pauta dos ditos de esquerda tem todo o direito de ser apresentada e defendida dignamente, sem entrar no mérito da questão, impressiona-me como esses mesmos esquerdistas criticam severamente e querem cercear a liberdade daqueles que defendem iniciativas contrárias e outras. A liberdade irrestrita deve ser ampla e para todos! A discriminação é nefasta e deve ser sempre combatida. O que não se pode querer proibir é a liberdade para todos os lados expressarem suas visões de mundo. Tá muito berrante e chato só um lado! Podem, logicamente, é discordar de maneira sensata!
Já mencionamos de passagem em diversos artigos desta série sobre os oito benefícios fundamentais da Educação Clássica, a importância do reconhecimento da herança cultural greco-romana sobre o desenvolvimento da inteligência e do pertencimento a uma civilização. A influência greco-romana sobre o modo como vivemos em nosso país e nossa civilização é assunto para muitos milhares de páginas, estendendo-se, por exemplo, a Tecnologia (odômetro, a roda d’água e o relógio despertador), à Política (república, democracia, senado, eleições periódicas, voto), ao Direito (leis, procedimentos judiciais, terminologia jurídica), à Arte (conceitos de teoria musical, escultura, pintura), à Arquitetura e Engenharia (arcos, colunas, anfiteatros, estádios), à Literatura (poesia, narrativas, teatro), aos costumes (feriados, esportes e competições, jogos olímpicos, procissões religiosas, festas públicas, carnaval), à Ciência e à Filosofia (por herança direta), entre muitos outros.
Pela óbvia limitação de espaço e tempo, enfatizaremos neste artigo apenas um aspecto fundamental da Educação Clássica que, por si, já representa um inarredável compromisso com nossas origens: o estudo do latim.
Estudo do Latim e a formação da inteligência
O historiador argentino Rúben Calderón Bouchet (1918-2012) expôs de forma muito clara o modo como o latim é um elemento definidor de nossa civilização:
“O idioma latino, cunhado com justeza nas exigências da expressão jurídica, tem o privilégio de se adequar com precisão ao intercâmbio das ideias mais universais. É, provavelmente, a melhor língua feita para dizer tudo aquilo que os homens necessitam dizer quando se tratam de assuntos de interesse geral. Léxico de juristas, se converteu facilmente em veículo idôneo da filosofia grega e de tudo o que havia de radicalmente essencial nos helênicos. Ao ser expressado em fórmulas latinas, o pensamento grego ganhou em concisão e segurança denotativa o que perdeu, talvez, em riqueza expressiva”.
É fato que, sem conhecer a origem histórica das palavras que pronunciamos, é impossibilitada a compreensão mais profunda de seu sentido e, consequentemente, esteriliza-se toda a discussão em torno delas num oceano de confusões, ambiguidades, enganos e, no limite, engodos. Alceu Garcia, em elucidativo artigo, apresenta-nos alguns exemplos:
“JUSTIÇA SOCIAL – Justiça deriva do latim justitia, exprimindo conformidade com o Direito, não necessariamente o Direito Positivo, legislado, que pode ser, e frequentemente é, injusto (…), mas os princípios gerais derivados dos valores que formam a Ética de um determinado grupo, que antecedem e informam as leis objetivas e sua interpretação, consubstanciado no mister de dar a cada um aquilo que é seu, como diziam os juristas romanos. (…). Social vem de sociale, relativo à sociedade (do lat. societate), ou seja, uma coletividade humana. Ora, se justiça é dar a cada um o que é seu, infere-se necessariamente que a existência de mais de um indivíduo é sua condição sine qua non. (…) O adjetivo “social” é, pois, redundante e dispensável”.
O autor multiplica os exemplos, demonstrando como, a partir da origem grego-romana das palavras, expressões tão em voga nos debates públicos como “justiça social”, “política pública”, “direitos humanos”, “desigualdade social”, “lógica do capitalismo” e “direitos das minorias”, não passam de redundâncias destinadas a induzir o raciocínio a conclusões equivocadas.
Olavo de Carvalho observa que a degradação da herança linguística de um povo pode conduzir, no limite, ao seu desaparecimento:
“Mas o fato é que as nações nascem das línguas, e não estas daquelas. Por isto mesmo é impossível conservar um senso de identidade nacional quando, à força de conformar-nos a uma atualidade sociológica criada pela mídia e pelo imperialismo cultural, abdicamos de conservar o senso de unidade histórica da língua, o qual só pode ser sustentado com base na tradição literária perpetuamente revivificada pelo ensino. (…) Ora, se o ensino da gramática rompe com a tradição literária, adaptando-se ao fato consumado sociológico determinado por fatores extranacionais e antinacionais, a tradição mesma acaba sendo rompida, o gosto literário cai, a língua se torna confusa e tosca, os debates públicos caem para o nível dos slogans brutais, o próprio nacionalismo assume o sentido de uma revolta suicida”.
George Orwell, em seu célebre artigo “Politics and the English language” (A Política e a Língua Inglesa) explica como esse uso “ligeiro” da linguagem sem o domínio do real alcance e significado das palavras representa uma solução cômoda para quem deseja apenas escrever sem realmente pensar:
“Com o uso de metáforas, símiles e expressões idiomáticas requentadas, você poupa muito esforço mental ao custo de deixar vago o seu significado, não somente para seu leitor, como para si mesmo. (…) O único objetivo de uma metáfora é conjurar uma imagem. Quando essas imagens colidem – tal como em ‘O polvo fascista emitiu seu canto de cisne…’ – dê-se por certo de que o escritor não contempla uma imagem mental dos objetos que nomeia; em outras palavras, que, de fato, não está pensando”.
O Professor mestre Ricardo Santos David, em resumo bibliográfico simples e didático, reconhece o quanto o estudo do latim é necessário para um autêntico estudo da Gramática de nosso idioma. Um trecho de significado inequívoco:
“O latim é necessário nos estudos de gramática da língua portuguesa, uma vez que é necessário compreender o significado das palavras em sua origem e terminologia, e a partir disto melhor compreende também os significados do sistema linguístico cultural brasileiro”.
Para além do estudo da Gramática, Napoleão Mendes de Almeida1, no prefácio à sua “Gramática latina”, após afirmar enfaticamente e demonstrar com fatos que é totalmente falsa ideia de que o principal benefício do estudo do Latim seria a facilitação do aprendizado da Língua Portuguesa, explica porque é um desastroso equívoco uma concepção de Educação que exclua o estudo do Latim:
“Não encontra o pobre estudante brasileiro quem lhe prove ser o latim, dentre todas as disciplinas, a que mais favorece o desenvolvimento da inteligência. Talvez nem mesmo compreenda o significado de ‘desenvolver a inteligência’, tal a rudeza de sua mente, preocupada com outras coisas que não estudos.
O hábito da análise, o espírito de observação, a educação do raciocínio dificilmente podemos, pobres professores, conseguir de um estudante preocupado tão só com médias, com férias, com bolas, com revistas.
Muita gente há, alheia a assuntos de Educação, que se admira com ver o latim pleiteado no curso secundário, mal sabendo que ensinar não é ditar e educar não é ensinar. É ensinar dar independência de pensamento ao aluno, fazendo com que de per si progrida: o professor é guia. É educar incutir no estudante o espírito de análise, de observação, de raciocínio, capacitando-o a ir além da simples letra do texto”.
Sobre o papel do estudo do Latim no desenvolvimento da inteligência, Cheryl Lowe (1945-2017), fundadora da editora Memoria Press e da Highland Latin School, observa que os objetivos de uma disciplina estão muito além do seu conteúdo informativo, imprimindo seus princípios, métodos e fundamentos ao próprio funcionamento da mente do estudante:
“As disciplinas escolares fazem mais do que prover informação. Elas são formativas. As disciplinas formam a mente do estudante quando nela imprimem suas próprias qualidades. (…) Por exemplo, a disciplina de Literatura ensina a compreender, perceber e a compadecer-se da condição humana. A disciplina de História desenvolve o julgamento, o discernimento, o acume e a sabedoria; a disciplina de Matemática ensina a precisão e a Lógica. Analogamente, a mente do estudante educado em Latim assume as qualidades do Latim: lógica, ordem, disciplina, estrutura. O Latim exige e ensina a atenção aos detalhes, a acurácia, a paciência, a precisão e o trabalho completo e honesto”.
Esse ponto de vista é partilhado pelo Padre Milton Luís Valente, S.J.2, na introdução da obra “Ludus Primus”, onde disserta sobre o latim como requisito imperativo para estudo de uma Ciência:
“A Ciência jurídica baseia-se no Direito Romano. Estudar o Direito Romano sem conhecer o latim é absurdo.
A maioria dos termos da Medicina e de todas as Ciências Naturais é de origem latina, e decorar esses termos sem lhes penetrar a força íntima não é digno de um ser racional, muito menos de um cientista.
Por isso, costumava dizer Carlos de Laet: ‘Admitindo aos cursos superiores moços não devidamente preparados em Letras Clássicas, seria criar não médicos, mas curandeiros, ainda que peritos; não jurisconsultos, mas rábulas; não engenheiros ou arquitetos, mas simples mestres de obras’.
Mas o maior bem que vos ministra o Latim é a sólida formação preparatória para a Ciência. O que o ensino do Latim pretende em nosso ginásio é ainda aguçar a vossa inteligência, é fortalecer a vossa vontade, é desenvolver vosso espírito para, quando chegardes aos complexos problemas da Ciência, poderdes observar, raciocinar, discutir, julgar com critério e emitir com clareza vossa opinião. Assim formados, estareis aptos para seguir nas universidades os professores de qualquer Ciência em suas pesquisas e lucubrações”.
Observações finais
O estado de absoluta confusão que podemos testemunhar em todas as discussões públicas no Brasil de hoje e, especialmente, o baixíssimo nível das conversas entabuladas por brasileiros portadores de diploma de cursos superiores sobre todos os assuntos imagináveis nas redes sociais são um indício bastante claro da degradação coletiva, em massa, da inteligência em nosso país, como resultado do abandono dos estudos clássicos e do idioma Latim por nosso sistema educacional, indício ainda mais eloquente quando os comparamos com a situação de 50-60 anos atrás, quando nosso país ainda contava com excelentes escritores e oradores. A ausência das ferramentas essenciais do raciocínio impede a definição apropriada dos problemas nacionais; a ausência de definições precisas dos problemas impossibilita seu equacionamento; a falta de equacionamento reduz a uma quimera as expectativas de que um dia esses problemas verão a luz de uma solução. A esperança de melhorias efetivas em nosso país não deve recair neste ou naquele governante ou partido, cujo poder é sempre transitório, mas numa nova geração de homens e mulheres formados nos princípios da Educação Clássica, com raciocínio e inteligência refinadas, movidos por interesses muito mais elevados do que, no amargo dizer de Napoleão Mendes de Almeida, “médias, férias, bolas e revistas”. As crianças homeschoolers, educadas no amor do lar, com o coração enternecido pela fé cristã e com a inteligência forjada pela Educação Clássica representam uma grande fonte de esperança para que nosso país recupere a trilha da Verdade, da Beleza e da Justiça, com todas as consequências benéficas dela resultantes.
• Por Géssica Hellmann em Educação Clássica, Valorizando o conhecimento
1ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Gramática latina. São Paulo: Saraiva, 2000, 29ª edição, p. 8.
2VALENTE, Pe. Milton Luís. Ludus Primus: 1ª série ginasial. Porto Alegre: Livraria Selbach, 1949, pp. 12-13.
PREVENÇÃO CONTRA DOENÇAS
O Brasil, para quem não sabe, é reconhecido mundialmente pelos bons resultados que obtém nas campanhas de VACINAÇÃO, que tem como propósito PREVENIR as mais variadas DOENÇAS. A rigor, este reconhecimento ganhou força a partir de 1973, com a criação do PNI -Programa Nacional de Imunizações- que definiu calendários de VACINAÇÃO voltados para crianças, adolescentes, adultos, idosos e população indígena.
ADESÃO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
É importante registrar que o sucesso das CAMPANHAS DE VACINAÇÃO sempre teve como aliado direto os meios de comunicação que, na sua totalidade, sempre se preocupam em fazer alertas constantes chamando a atenção da população sobre os reais benefícios das imunizações e/ou prevenção de doenças virais.
CAMPANHA PARA RECUPERAR O BRASIL
O que muito me chama a atenção é que as graves doenças que estão dilacerando, a olhos vistos, o adoecido tecido ECONÔMICO E SOCIAL do nosso empobrecido Brasil, não consegue fazer com que a maioria dos meios de comunicação entre, de corpo e alma, numa FORTE E DECISIVA CAMPANHA PARA RECUPERAR O PAÍS.
REFORMAS
Considerando que são muitas as REFORMAS que o Brasil precisa para se livrar das mais variadas doenças que adquiriu ao longo dos últimos 30 anos, o processo exige um decisivo engajamento do povo, com efetiva participação dos meios de comunicação. Deveria seguir um calendário, como acontece com as CAMAPANHAS DE VACINAÇÃO.
A MAIOR E MAIS PERIGOSA
De novo: como são muitas as doenças, o calendário determina que a VACINAÇÃO, cujo calendário deve iniciar pela maior e mais perigosa, ou seja, pela tentativa de IMUNIZAÇÃO dos fabulosos ROMBOS FISCAIS. E neste particular, sem sombra de qualquer dúvida estamos falando da REFORMA DA PREVIDÊNCIA SOCIAL.
CALENDÁRIO
Volto a afirmar que por serem muitas as doenças que precisam ser atacadas, apenas a REFORMA DA PREVIDÊNCIA, ainda que muito bem feita, não será suficiente para tornar o nosso Brasil um país definitivamente saudável. O calendário já identifica que depois de concluída a VACINAÇÃO da PREVIDÊNCIA é preciso dar início imediato à CAMPANHA pela REFORMA TRIBUTÁRIA. E assim por diante...
Acabei de assistir a um vídeo que transita pelo território livre da Rede Mundial de Computadores, no qual o jovem jornalista Caio Copolla, na Rádio Jovem Pan de São Paulo, descreve com riquezas de detalhes o comportamento dos Deputados Federais da oposição na Comissão de Constituição de Justiça, durante a votação do projeto da nova previdência social. Citando nominalmente aquela gente da esquerda delinquente representada pelos Deputados Paulo Pimenta, Erica Kokai, Gleise Hoffmann, Clarissa Garotinho, Zeca Dirceu, Maria do Rosário e outros revela, então, o ousado teatro ou a encenação dos ordinários lutando desesperadamente para obstruir na CCJ a proposta da Reforma da Previdência. O que ele torna público em relação ao procedimento dos quadrilheiros (segundo a Operação Lava Jato) – tudo apoiado, insuflado e incensado pela extrema imprensa presente na ocasião – não constitui só mera oposição ideológica e, muito menos ainda, grave falta de decoro parlamentar. Ao contrário é, sem dúvida, uma afronta aos interesses da Nação e verdadeira violação à sobrevivência de sua sociedade. Concluiu ele, com outras palavras: “aqueles calhordas não estão nem aí para o Brasil. A obsessão deles é destruir Bolsonaro”.
Não estou falando aqui por conta de censura ou de cerceio à liberdade de expressão no Legislativo. Refiro-me ao desserviço e à trama insolente, vazia e inconsequente contra o País numa hora em que a população enfrenta um caos iminente que o levará à banca rota, caso medidas extremas não sejam urgentemente adotadas. A atitude é tão vil e criminosa que deveria estar tipificada na Lei de Segurança Nacional e é agravada sobremaneira por conta da circunstância de que aqueles servidores públicos estão se valendo do mandato popular, que o povo soberanamente a eles confiou, para traí-lo da forma mais soez e vil.
Certamente que ao caro leitor chegou a notícia que a min também foi transmitida dias atrás de que se teria visto um desses paus mandados cativos do Sistema Goebells dizer, em cadeia nacional, que ouviu numa dependência do próprio Congresso a conversa entre três parlamentares da esquerda maldita fechando questão entre eles no sentido de que trabalhariam diuturnamente objetivando não permitir que a reforma da previdência trouxesse uma economia maior que meio bilhão de reais, certos de que desta maneira Bolsonaro não se reelegeria, pois o Brasil não sairia do atoleiro em que eles mesmos o meteram. Solertemente combinavam isto e riam-se, riam-se a bandeiras despregadas. A situação é tão repugnante que o tal jornalista do telejornal, mesmo indo contra seu severo e exigente patrão não conseguiu deixar de vomitar a notícia. Depois deve ter levado uma boa reprimenda, mas já era tarde e as Redes Sociais espalharam para os quatros cantos da Nação.
Confesso que estou ficando um pouco cansado de bater firme na extrema imprensa, porém acompanho a mesma com muita atenção e estou convicto de sua má intenção e de sua falta de sinceridade de propósito. Diariamente, os doentes que a compõem dão motivo de sobra para apanhar ou para levar bordoada e o que mais me irrita é sua nojenta covardia. Nunca dizem realmente quais são suas verdadeiras intenções, isto é, a real causa de sua vindita e de seu ódio contra o Governo atual. Por que não declaram em alto e bom som seus motivos verdadeiros? Por quais razões não escrevem que nunca se conformam de estarem sendo-lhes arrancados os privilégios, as benesses e a grana que os governos civis de Sarney a Temer pagavam a todos os jornalistas, deformadores de opinião, colunistas, editores, diretores e, principalmente, aos donos dos Conglomerados das Comunicações? Por que escondem esta verdade? De sã consciência alguém acredita que se esses vermes não tivessem há mais de trinta anos sendo cevados, direta ou indiretamente, com o dinheiro público que a classe política canalha arranca dos nossos bolsos, qualquer daqueles patifes teria sobrevivido ou mesmo que viveriam como nababos, como hoje vivem? É claro que não.
Entretanto nem tudo está perdido. Como canta nosso Hino da Independência: Já raiou a liberdade, já raiou a liberdade no horizonte do Brasil! Isto mesmo! Desde outubro de 2018 e, em seguida, com a pose do novo Presidente da República e de sua equipe simplesmente surpreendentemente competente, honesta e Verde e Amarela até a medula, já podemos ver raiar um novo sol para esta “Terra Brasillis”. Percebam como a vermelhada que antes dominava livre, leve e solta e que mandava e roubava está agora acuada nos cantos dos locais aonde ainda conseguem entrar. Nada mais podem fazer senão dar vexame e se desmoralizar. O antigo establishement que a apoiava mergulhou e a imprensa hiena que deles se alimentava é sistematicamente desmentida e ridicularizada pelas “Lives” semanais do Capitão. Quem quiser se deleitar e ver esta corja do mal apanhar sem dó, basta ir para as Redes e acessar “Bolsonaro no Twitter”, toda quinta feira às 19 horas.
Além disso, nos conforta enxergar que os bons e os patriotas já têm voz. Por exemplo, é realmente reconfortante ver a independência e a coragem do jovem Caio Copolla antes mencionada, bem como as do nobre e competente jornalista Alexandre Garcia que bate sem dó nos capadócios da comunicação, muito mais do que faço e com maior autoridade também, sem falar que a todo instante nova revelação acerca de malversações ou sobre antigos ataques aos cofres públicos é por ele denunciada. No mínimo é instrutivo ouvir o que fala o velho ícone da boa imprensa. Ainda esta semana recebi um vídeo, pela Rede de Computadores, que traz seu comentário acerca da atual realidade do bando guerrilheiro que se intitula MST. Explicando que, em razão da chegada do Capitão bem como da prática de umas poucas medidas administrativas, disse que aquele movimento terrorista – com o qual o “Ogro Encarcerado” um dia bazofiou dizendo que enfrentaria até nossas Forças Armadas – em março do ano passado matou, assombrou, depredou e invadiu mais de quarenta propriedades e que nesta nova era só tentou contra uma e assim mesmo, como se sabe, de lá saiu com o rabo entre as pernas. Ouso recomendar que assistam com prazer ao vídeo que se encontra no endereço: https://www.youtube.com/watch?v=sHDQiXCU0Ok.
O Brasil se desmoralizou perante o mundo e chegou à beira do precipício por conta do domínio de uma esquerda, sobretudo incompetente e nociva. Todavia é justo por causa dessa incompetência e de sua consabida covardia que agora mais facilmente dela nos livraremos. A cada dia que passa a corda vai apertando no pescoço daquela gente do mal. A julgar pelos sinais que aqui revelo, já tenho até a esperança de ver em breve no Brasil uma nova imprensa, uma nova corrente de pensamento e, sobretudo de ver esta Nação voltar a seu berço esplendido e de ocupar o lugar de destaque que um dia teve na Comunidade de Nações Livres e Soberanas.
*Jose Mauricio de Barcellos ex Consultor Jurídico da CPRM-MME é advogado.
**Publicado originalmente no Diário do Poder
POPULISTAS DA ESPÉCIE -SÁDICOS-
Depois de ter sido brutalmente saqueado, estuprado, agredido e enganado inúmeras vezes, por vários POPULISTAS da espécie -SÁDICOS-, o nosso empobrecido Brasil, já inconsciente e em péssimo estado de saúde ECONÔMICA E SOCIAL, foi jogado numa mal cheirosa e precária UTI.
VEIAS DA ECONOMIA
Sem forças para reagir, devido às múltiplas fraturas, o Brasil, desde o ano 2002, quando o PT assumiu o governo, segue na UTI, respirando com a ajuda de aparelhos, na esperança de que o Congresso Nacional aprove a REFORMA DA PREVIDÊNCIA, considerada como o primeiro e importante passo para que o sangue volte a correr nas veias que alimentam a nossa combalida economia.
CORREDORES CHEIOS DE DESOCUPADOS
Mesmo diante deste quadro dantesco e complicado, onde mais de 12,5 milhões de DESOCUPADOS ocupam os corredores que levam à UTI, clamando por urgência no tratamento, os sádicos deputados da Comissão Especial da Câmara, escolhidos com o propósito de dar vida ao doente em ESTADO TERMINAL, parecem felizes com o agravamento do sofrimento.
EXAMES DE LABORATÓRIO
Nem mesmo os péssimos resultados dos exames divulgados, constantemente, pelo laboratório oficial (IBGE) tem sido capazes de acelerar a tramitação da REFORMA DA PREVIDÊNCIA. Hoje, por exemplo, o instrumento que mede a PRODUÇÃO INDUSTRIAL apontou dramática queda 1,3% em março, o que elimina por completo o crescimento de 0,6% verificado no mês anterior. Que tal?
MAIS INTENSA DESDE MAIO 2018
Na comparação anual, a PRODUÇÃO INDUSTRIAL já recuou 6,1%, na queda mais intensa desde maio de 2018, mês considerado FATÍDICO por força da inesquecível greve dos caminhoneiros, movimento que simplesmente impediu, por vários dias, que o Brasil pudesse respirar, mesmo através dos aparelhos.
PASSO FIRME PARA VOLTAR À RECESSÃO
Aliás, a julgar pelo que revelam os tristes resultados dos exames que medem o desempenho da economia, a continuar nesta batida caracterizada pela irresponsabilidade dos nossos legisladores do atraso o Brasil está dando um passo firme e certeiro para entrar novamente no árido terreno da RECESSÃO, com início marcado para o segundo semestre deste ano.
Virou coringa a expressão “ponto fora da curva” e tem sido empregada nas mais diferentes acepções. Umas lisonjeiras; outras, nem tanto, envolvem censura, às vezes até carregam nota depreciativa. Vou usá-la como censura. Boi do couro grosso, de há muito acostumado a bordoadas, mesmo as mais inesperadas, posso bem levar mais umas hoje. Paciência. Segue a vida.
Vem da curva de Gauss (1777-1855), parece, sua origem. É uma fórmula matemática utilizada na Estatística, que se exprime, graficamente, à maneira de um sino. A imensa maioria dos eventos analisados estatisticamente cai dentro do sino. Um ou outro fica fora da curva. É o dito ponto fora da curva. Por analogia, aplica-se aos que se destacam, estão além do universo considerado. Daí “fulano é ponto fora da curva em seu meio”. Sicrano, pelo contrário, desceu muito, ficou “ponto fora da curva entre seus amigos de infância”. E assim por diante. Multiplicam-se ao infinito as aplicações analógicas da expressão com raiz na Estatística.
Vou falar do decreto 9.758 de 11 de abril de 2019, triste ponto fora da curva — bagatela para os superficiais, golpe sério para quem enxerga fundo. O diploma legal obriga os membros do Poder Executivo a um só tratamento: senhor (claro, senhora, senhores, senhoras). Por óbvio, exclui da esdrúxula imposição o Legislativo, o Judiciário, comunicações com autoridades estrangeiras e outras exceções.
Vossa Excelência não pode mais, agora é só senhor. Vossa Magnificência, excluído, basta o senhor. Vossa Senhoria, rifado. Doutor, o simples e familiar doutor, banido, onde já se viu chamar alguém de doutor em comunicação oficial? Já está muito bom o senhor, para que mais? Ilustre, fora. Digno, expulso. Respeitável, idem. O tratamento nivelador vale para todos, presidente, vice-presidente, ministros, reitores, poupa ninguém. Majestade e alteza já haviam sido enxotadas faz mais de século. Ficou mais simples, é bom, ruminam alguns. Caminhemos devagar, escapando das armadilhas simplificadoras; nessa uniformizante e igualitária toada, acabaríamos despencando logo nos buracos do cumpanhero e do camarada para todo mundo. Camarada presidente.
Entro por atalho, um exemplo conhecido vai cortar caminho. À vera, até envolto na legenda, tantas as versões sobre os diálogos, ainda que no cerne concordantes. O protagonista é Talleyrand (1754-1838), o “príncipe dos diplomatas”, causeur, brilhante presença de espírito, inteligência superior. À mesa, em ambiente fidalgo, tratava os assuntos da França e da Europa com rapidez, objetividade, leveza; eficácia. Sob as formas refinadas, um auge de senso prático. Em jantares de convívio ameno, depois de cortar a carne, um de seus recursos, com senso da medida honrava a cada conviva ao regalar um pedaço. Com o pitéu, ia junto nas palavras, no tom e no gesto certos o reconhecimento das superioridades devidas à idade, à condição social e ao mérito. Postura sempre simples e natural; nunca postiça ou enfatuada. A um eclesiástico destacado ou um príncipe: “Monseigneur, me daria a grande honra de aceitar um pedaço?” A um duque: “Poderia ter a alegria de lhe oferecer este pedaço?”. A um marquês: “Me daria a alegria de aceitar este?” E assim ia, até o mais simples dos convivas.
Ambiente de século XIX, restos do Ancien Régime, Paris, outros hábitos, sei bem. Resta uma constatação, sem gosto e cultivo do senso do matizes, sem apreço às variadas fulgurações do espírito, inexiste civilização. O esplendor das formas constituía ali expressão refinada da “unidade na variedade” — a palavra universo vem daí. Busco em Isaac Newton: “A variedade na unidade é a lei suprema do universo”. Variedades harmônicas. Não agridamos inconsideradamente a variedade. Em resumo, o grande espetáculo de cultura do salão de jantar de Talleyrand anos a fio, repetida com variações sem-número de vezes, animou conversas, perenizou-se nas páginas das memórias do tempo, foi degustada em biografias célebres. Chegou viva até nós com seu fulgor de alta civilização. Formou personalidades.
Ao longo dos séculos admirações e imitações sensatas foram nutridas por cenas como a acima descrita em duas pobres pinceladas. Pedagógicas, alimentam o impulso da perfeição pessoal (e social), assim como um exemplo de um santo nutre o desejo da ação virtuosa. E aqui repito: precisamos buscar a simplicidade, mas fugir dos simplismos e simplificações. É raro uma solução niveladora não padecer pelo menos de simplismo; com frequência, empobrece o convívio; e, em decorrência incoercível, a própria personalidade.
Amplio. Valores do Brasil antigo levavam naturalmente a distinguir pessoas e situações com apenas um gesto, uma palavra rápida. Faziam parte do ambiente cultural que encantou muita gente de relevo que viveu por aqui. Sempre me impressionou o comentário de Fernand Braudel, dos maiores historiadores do século XX: “Foi no Brasil que me tornei inteligente. O espetáculo que tive diante dos olhos era um tal espetáculo de história, um tal espetáculo de gentileza social que eu compreendi a vida de outra maneira. Os mais belos anos de minha vida, eu passei no Brasil”.
O que ele viu, espetáculo de gentileza social — de convívio — que fez entender a vida de forma diversa. Para Braudel, o fundamental em um historiador era conservar o coração da criança (maravilhar-se), surpreender-se com os fatos. E olhar o passado como uma criança percebe as primeiras imagens. Entre 1935 e 1937, floriu no Brasil o coração de criança do historiador, aperfeiçoou antenas.
Corta. Vamos ser realistas, o Brasil já não está conseguindo fazer inteligentes os homens potencialmente muito inteligentes. Porque está morrendo a nossa forma própria de enxergar a realidade, sufocados os ambientes familiares, onde ela florescia. Corremos risco iminente de já não termos o olhar que nos distinguia.
E aqui volto ao decreto 9.758 de 11 de abril. Esse malencontreux texto, para ser benévolo, é ponto fora da curva, pois vem de um governo que já editou muitas medidas saneadoras — teve muita coisa dentro da curva. Nivelador, simplificador, aproxima-nos de autômatos. Vira as costas para o Brasil que cultivava matrizes de juízo e conduta, apreciava diversidades, harmonizava-as, sabia estimular umas a fortalecer as outras. E com isso criava condições para convívio enriquecedor de personalidades.
No mesmo pacote do decreto 9.758 veio o revogaço. Sugestão: incluam o 9.758 no revogaço.
*Publicado originalmente em http://www.abim.inf.br/