• Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 01 Favereiro 2019

 

APÓLICES DE SEGURO
De tudo que li, ouvi e assisti sobre as graves consequências provocadas pelo rompimento da barragem de Brumadinho, o que mais estranhei é que até o presente momento ninguém fez qualquer referência quanto ao tamanho e abrangência das apólices de seguro obviamente contratadas pela Vale.


SEGURADORAS APAVORADAS
Como a Vale é, no mundo todo, reconhecida como empresa bem administrada, neste momento em que muita gente especula sobre os prejuízos que a tragédia de Brumadinho já causou, e continuará causando por um bom tempo, às atividades da empresa, é importante que seus acionistas saibam o quanto deste prejuízo ficará por conta das -apavoradas- seguradoras.


LEITE DERRAMADO
Enquanto esta importante resposta não vem, e mesmo que todos os noticiários estejam dando total e absoluta atenção à catástrofe que resultou em muitos mortos e/ou desaparecidos, o fato é que, gostando ou não, o leite já está derramado, ou seja, a barragem de Brumadinho já foi rompida e não há como voltar atrás no tempo.


MEDIDAS PREVENTIVAS
Assim, por mais que estejamos muito tristes e amargurados com as perdas (todas) causadas pelo rompimento da barragem, é preciso olhar para frente. Isto significa que não basta apenas ficar buscando culpados pela tragédia. É preciso aprimorar e colocar em prática medidas preventivas, visando diminuir ao máximo a probabilidade de ocorrência de acidentes do tipo.


ATENÇÃO DOBRADA
Como chegamos ao último dia de janeiro, e amanhã, 01 de fevereiro, quando deverão ser eleitos os presidentes da Câmara e do Senado, inicia o ANO LEGISLATIVO BRASILEIRO, tudo que vou fazer daqui para frente é redobrar atenção aos projetos que serão enviados pelo Executivo (governo Bolsonaro) e as consequentes decisões que serão tomadas pelos ocupantes das duas Casas.


REMÉDIOS E TRATAMENTO ADEQUADOS
Como o nosso empobrecido Brasil é vítima escancarada de centenas de TRAGÉDIAS, que destruíram por completo o tecido social e econômico do País, tudo que mais quero é que o novo governo ministre remédios e tratamentos fortes e adequados que resultem em efetiva cura dos nossos males.
Chega de colocar esparadrapos que só escondem do povo brasileiro a gravidade da infecção e do tamanho dos talhos.



PENSAR+ APRESENTA ESTUDO PARA O MINISTRO DA EDUCAÇÃO 

Ontem, o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, se reuniu com seis integrantes do PENSAR+ (Cezar Roedel, Paulo Moura, Percival Puggina, Paulo de Tarso Machado, Ana Paula Megiolaro e Marcos Paulo Quadros). No encontro o Pensar+ entregou em mãos um estudo que o próprio ministro havia solicitado ao pensador Winston Ling, para que o grupo produzisse um documento visando reverter a triste situação da educação do nosso País.
Após o encontro Ricardo Velez escreveu na conta pessoal do Twitter: "Nossas ações têm como base o planejamento e a interlocução com a sociedade. Agradeço aos pesquisadores do Grupo Pensar+ (que tem pensadores em vários estados do País) pelas informações e sugestões para a educação brasileira."
O Pensar+ que estará completando 10 ANOS em julho deste ano, reúne um grupo de pensadores com o objetivo claro de discutir, esclarecer, apresentar e difundir soluções para os problemas do País, sempre levando em conta a necessária relação -CAUSA/EFEITO- no que se refere às mais variadas decisões dos governantes, em todos os níveis.


  

Continue lendo
  • Junia Turra
  • 29 Janeiro 2019

 

Resumo

Bolsonaro optou por agendas fechadas. Não cancelou "Press Konferenz". Porque tanto faz. Cadê a grande cobertura da imprensa brasileira? Já está com o texto pronto em cima do Press Release. Vai descer o pau.

 

Mas eu vim, gente!

E corri de um lado para o outro. Chamei mais a atenção que o Bolsonaro . Perdi a equipe, óculos, celular, uma luva e torci o pé.

Fake news.... Yes, Bolsonaro chamou mais a atenção por não querer chamar a atenção. Sem verde e amarelo, sem bater tambor, foi discreto. Sem abre-alas. Em nada lembrava os cucarachas Lula, Dilma e FHC fanfarrões com grandes comitivas e gastos de sultão. A turma da esbórnia!

Bolsonaro ouviu e foi ouvido. Questões de Estado. Deixou todos confortáveis pque ele mostra as coisas como são. E sem falar muito . Que alívio para os outros. Não vão ter que sorrir na foto e mandar o assessor falar com o outro assessor ali no cantinho.

Agora é sem atravessador. O presidente do Brasil conseguiu abrir a possibilidade de parceria com todos. Menos aqueles que correm por trás. Eles não tiveram lugar à mesa.

Novo Brasil

Os brasileiros precisam deixar de ser deslumbrados. Chega do modelo " quero conquistar meu primeiro milhão de dólares e fazer sucesso na rede social e no Instagram postar fotos de viagens escalafobéticas".

Coloque em primeiro lugar o todo e como parte dele você, brasileiro, vai se destacar. Observe que começa um tempo de trabalho em grupo: parceria, ajuda mutua. Precisamos uns dos outros. Aos resistentes? O boicote!

Recuperar a identidade

Chefes de Estado europeus agem como funcionários do povo. Assim se coloca Bolsonaro e sua equipe.

O chanceler austriaco Sebastian Kurz de 32 anos, da mesma linha oposicionista de Bolsonaro encanta o mundo por preservar valores e cultura, estudar , trabalhar.

Viaja na classe econômica e como qualquer um do povo - assim funciona na Europa - usam a bike, nadam em rios e lagos, não tem piscina em casa e não comem em selfie-service (a expressão é "Mensa" - referência aos restaurantes de universidade) e significa: " cada um sirva-se". Alguns são carésimos e não aceitam gente que tem dinheiro e não sabe se portar.

A impressão por onde passou

Bolsonaro encerra hoje a participação no Fórum Econômico de Davos e deixa a melhor das impressões. Tem nivel, educação e não dissimula.

Muito parecido com os suíços das montanhas. Foi o que me disseram os funcionários que o atenderam em Davos. " Ele é simples , o primeiro a fazer as coisas . Não é como os outros".

Os outros quem, pergunto.

"Ah, de outros anos que falavam muito alto, muita gente, muita comilança. E chamavam sem parar. Reclamavam de tudo. "

O que a turma da vila está falando do presidente do Brasil ?

"Ah, Herr Bolsonarô parece com o povo daqui. Não dorme até tarde e não esquenta lugar. Tá certo , se nós aqui temos muito pra fazer, ele lá num país tão grande e com situação complicada, sabe, a violência, e governos assim que roubam. Os brasileiros , conheço muitos, eles contam cada coisa. Mas esse homem aí , se deixarem , faz a coisa andar na linha. Conhece o Brasil? Queria ir - suspiro - Rio de Janeiro. Lá tem montanhas assim , que eu quero escalar. Gosta de alpinismo? "

Também sou de montanha, disse eu. E o Rio de Janeiro é lindo !

Esperança

Bolsonaro não gritou que o gigante acordou, nem que somos melhores em nada. Pela primeira vez resgatou nossos valores de brasileiro naquilo que o povo é: imigrantes de várias partes do mundo, do Japão a Suíça. É cultura brasileira!

Respeito mútuo.

Nos respeite. Em contrapartida, brasileiro, quando for à casa do outro, respeite também. Observe. Aprenda. Se não gostar, volte pra casa. Não falam alto na Suíça. Nem em pubs. Ninguém berra na rua. Há disciplina e leis. Punição. Dói no bolso. Impostos caros, saúde pra todos. Educação pra todos. Mas nao tem mamata. As casas são pequenas, sem empregados. Esqueça as mordomias. Tire os sapatos antes de entrar.

A imagem do Brasil para negócios

O Brasil vive uma situação catastrófica , um pós guerra , mas com resistentes no local.

"Mas queremos recomeçar, nossa equipe está pronta , vamos adiante".

"Estaremos entre os 50" (não fez como FHC que disse não existir crise e nem Lula que esqueceu de contar ao povo que pagou apenas os juros da dívida externa brasileira) . A verdade dói, mas é a verdade!

.... E aparecem as mãos estendidas ao novo governo.

Sinto informar aos da elite caviar bunda suja: perderam!
Correndo na redação em Zurich pra ver se consigo dar uma de tiete e pedir "tira uma foto comigo, Bolsonaro? "

(Coisa que no local enquanto imprensa, fui imprensa. Mas depois do dever cumprido....)

E o Brasil começa uma nova era.

Foto de capa do Wiener Zeitung , jornal austriaco de maior circulação mostra que : "se aparecerem Adélios jogarão livros neles"
Pra bom entendedor , um pingo é letra.

 

*Publicado originalmente em http://www.oboletim.com.br/2019/01/24/cronica-de-davos-resumo/
**A autora é jornalista sediada, há muitos anos na Suíça e na Alemanha
 

Continue lendo
  • Renato Sant’Ana
  • 28 Janeiro 2019

 

Na relação imprensa versus políticos, é imprescindível que governos sejam criticados e que governantes saibam responder às críticas com boas ações. Mas não se pode confundir “crítica” com “guerra ideológica”. Nem exigir passividade a quem é atacado com truculência.

O que grande parte da mídia vem fazendo nos primeiros dias do novo governo beira a infâmia, revelando um notado propósito de produzir crises e atingir a pessoa do presidente da República. A título de exemplo, faça-se a análise de um caso apenas.

Antes, porém, convém explicitar duas premissas. Uma é que o governo Bolsonaro tem, sim, pontos a serem criticados e, embora qualquer avaliação definitiva em tão curto tempo seja indevida, não é razoável pretender blindá-lo.

Outra é que cidadãos com clara noção de democracia não fazem apologia de governo algum, mas contribuem sempre que possível, inclusive com críticas, para que o governo realize o melhor, tenham ou não votado nele.

Posto isso, é abjeta a forma com que Igor Gielow, colunista da Folha de S. Paulo, se empenha em deslegitimar o governo Bolsonaro. Recorrendo à tática do “sem dizer, dizendo”, ele é só mais um a fazer um terceiro turno de 2018. Pretenderá deseleger o presidente?

Em 23/01/19, sua coluna começa pela desonestidade do título: “Marielle surge no caso Queiroz para assombrar começo do governo Bolsonaro”. Ora, uma afirmação categórica, usada como título, tende a fixar uma “verdade” para o leitor médio, que não se caracteriza pelo salutar cepticismo nem pelo hábito de pesquisar. É na cabeça desse leitor que Gielow se empenha em meter uma suposta ligação entre Bolsonaro e o “caso Marielle”.

E vai em frente: “É portanto irônico que a maior dor de cabeça dessa alvorada de governo (…) esteja se aproximando lentamente de um outro cadáver famoso [o de Marielle]”. Ah, mas ele depois até admite “total desconexão entre o papel dos protagonistas e o enredo”, isto é, entre quem matou Marielle e o entorno do presidente. Mas a ressalva vem só depois de instilar alta dose de veneno!

Ele cuida de teatralizar certa isenção, aludindo a que o espectro de Celso Daniel (morte até hoje não esclarecida) esteve presente durante o governo do PT (os 13 anos “com fracassos e sucessos”, faz ele questão de salientar). E logo diz (sem dizer) que o envolvimento do PT no assassinato de Daniel é “teoria conspiratória”. Será que ele, sobre esse caso, não leu o minucioso relato de José Nêumanne Pinto nem a análise do experiente policial Romeu Tuma Junior?

“Do ponto de vista de imagem”, prossegue Gielow, “a coisa fica particularmente complicada porque Marielle virou um símbolo, dentro e fora do Brasil, de vítima de um país truculento e autoritário que não dá certo, que não protege suas minorias.”

Gielow explora um panorama que a mídia, em vez de alimentar, deveria questionar e transformar, no qual a maior distinção de uma pessoa não é ter alta eficiência, não é a retidão de caráter, mas, isto sim, a qualidade de vítima. O esquerdismo investe nesse quadro, fomentando o vitimismo, dividindo a sociedade e atribuindo um estatuto e um discurso reivindicatório a cada nova categoria de vítima ou “minoria” credenciada (racial, etária, sexual, etc.).

A Marielle Franco que a mídia badala é um símbolo criado para esse fim ideológico e destoa da pessoa real. Marielle não é heroína. Mártir não é. Ela é só mais uma, entre milhares de vítimas. Merece compaixão e, sim, respeito. Só isso. Tudo mais é mistificação. Ao contrário do que a mídia insinua (sem dizer, dizendo), ela não serve de exemplo a ninguém. A Marielle Franco da mídia é ficção ideológica!

Ela é um ícone, um módulo imagético criado para substituir a explicitação de conceitos, driblar o discernimento dos simples e propagar preconceitos. Ao usar seu nome, Igor Gielow apresenta o ícone que, no computador mental dos desavisados, carrega o aplicativo da indignação e ativa sentimentos de injustiça, o que ele pretende colar na imagem do novo governo. Isso é crítica ou guerra ideológica?

Renato Sant’Ana é Psicólogo e Bacharel em Direito.

  

Continue lendo
  • Alexandre Garcia
  • 27 Janeiro 2019

 

A manchete do jornal do último domingo gritava: “Mercado da bala, uma disputa de R$12 bilhões”. O título não poderia ser mais opinativo. Como boa parte dos meios de informação, o jornal demonstrava estar contra o direito de autodefesa das pessoas e a favor de dar tranquilidade aos bandidos. Insegurança para os leitores e audiência; segurança para os que forem assaltar suas casas e lojas. A mesma mídia que fez barulho contra o decreto que ampliou a validade do registro de arma, fingiu não ter lido o decreto que, além disso estabeleceu que arma deve ficar inacessível a menores de idade e mentalmente incapazes, o que o Exército já exigia. O resto ficou igual. Comprar quatro armas? Você já podia registrar duas na Polícia Federal e duas no Exército.

Na verdade, o “mercado da bala” é o mercado da autodefesa e certamente será bem menor que o mercado que forma o arsenal dos bandidos, sem pagar impostos, gerando, sim balas, inclusive as perdidas, que matam crianças e pessoas dormindo em casa. O parágrafo único do primeiro artigo da nossa Constituição, diz que todo poder emana do povo. Pois desde 2003 se sente, com o Estatuto do Desarmamento, a vontade de usurpar, do povo, o poder da posse de arma, que representa o direito natural da autodefesa e da defesa de sua família e seus bens. A arma em casa ou na empresa é a primeira linha de defesa contra invasão de bandido. Depois, e nas ruas, é com a polícia.

Na vigência do Estatuto, os homicídios só aumentaram, e deram mais segurança aos assaltantes de residências, lojas e propriedades rurais, confiados de que não haverá resistência. O referendo de 2005 vetou a proibição do comércio de armas, na proporção de dois em cada três eleitores. Os governos fingiram desconhecer a vontade do povo. No Rio Grande do Sul, com a tradição de ser a primeira linha de defesa da Pátria, 80% foram favoráveis às armas, no referendo. Até o Exército mantém essa cultura: 90% dos blindados do Brasil estão no Comando Militar do Sul.

Armas de fogo, como carros, não matam; é a violência humana que mata – com faca, pau, pedra, veneno, arma de fogo. Por que querem a população desarmada, impotente na defesa de seu direito à vida, propriedade e liberdade? Na Venezuela, em Cuba, na Alemanha de Hitler, foi assim. Tiranos – bandidos ou ditadores – dominam se não houver resistência. Como lembrou o “presidente virtual” dos Estados Unidos, Bill Whittle: se o leopardo ataca a gazela, não deve ela usar os chifres para se proteger? Ou devemos cortar-lhe os chifres?

 

* Publicado originalmente no facebook do autor, em https://www.facebook.com/alexandregarciaoficial/

Continue lendo
  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 23 Janeiro 2019

 

SENTIMENTO DE ÓDIO EXPLÍCITO
Se por algum tempo pairou alguma dúvida de que a mídia brasileira, em geral, não suporta e/ou muito menos aprova tudo que diz e/ou pretende fazer o presidente Jair Bolsonaro, hoje, face aos constantes e indisfarçáveis ataques que são disparados a todo momento, qualquer possibilidade de que este sentimento de -ódio explícito- não passa de uma fantasia, ou um sonho de verão, deve ser considerada como nula.

MELHOR PARA TODOS
Na real, tudo começou a partir do momento em que Bolsonaro se lançou como candidato. Foi quando boa parte da mídia brasileira, sem dar a mínima trégua, tratou de bombardear as suas boas ideias e propostas, pouco importando que a maioria delas tem como propósito apenas fazer do nosso empobrecido Brasil um País efetivamente melhor para todos.

ARTE DE INFLUENCIAR ELEITORES

Pois, mesmo fazendo uso da sua força -descomunal- na arte de INFLUENCIAR os leitores, ouvintes e telespectadores, para que abandonassem a ideia de querer eleger Jair Bolsonaro, ainda assim a maioria dos meios de comunicação, liderada pelas organizações Globo, que sabidamente detém mais de 50% da audiência nacional, amargou uma derrota acachapante.
A comprovação disto é que o candidato do PSL resultou eleito, de forma inquestionável, com mais de 57 milhões de votos. Mais, também elegeu vários governadores, deputados e senadores Brasil afora.

ESPORTE PREFERIDO
Como se vê, nem mesmo o sagrado e claríssimo desejo do povo brasileiro, que foi às urnas para eleger o REFORMISTA BOLSONARO, consegue mudar a cabeça de tantos maus jornalistas, cujo esporte preferido é, exclusivamente, bater no presidente. Mais: para tanto se valem do apoio irrestrito de praticamente todas as também derrotadas corporações, que não admitem perder as absurdas vantagens obtidas nos governos socialistas.

APOIAR AS MEDIDAS
Ora, uma vez que estamos diante de uma nua e crua realidade, onde grande parte da mídia brasileira, gostem ou não, seguirá bombardeando, sem trégua, o governo Bolsonaro, a minha proposta é a seguinte: ao invés de ficar perdendo tempo discutindo e reprovando este ódio constante que os meios de comunicação nutrem, sem parar, o melhor a fazer é APOIAR AS MEDIDAS/REFORMAS que o Brasil precisa para sair do imenso atoleiro que está metido.

AMANTE DAS REFORMAS
Como integrante deste universo de sensatos, desde já informo que pouco me importa o que está acontecendo (ou vai acontecer) com os filhos de Jair Bolsonaro. Só estou ligado, e muito, naquilo que pode, enfim, fazer do nosso Brasil um País realmente próspero e com mais liberdade. Em outras palavras, me defino como UM INVETERADO AMANTE DAS REFORMAS. Nada me tira deste foco!
Bom seria se todos aqueles que pensam da mesma forma viessem a participar de um MOVIMENTO PELAS REFORMAS. Que tal?

 

Continue lendo
  • Alfredo Marcolin Peringer
  • 22 Janeiro 2019


É momento de lembrarmos a célebre frase de Mises: “O progresso é precisamente aquilo não previsto pelas regras e regulamentos governamentais”

O Presidente Jair Bolsonaro foi eleito com o compromisso de não haver, em seu governo, aumento da carga tributária. Mas no dia 4 de janeiro passado, ao sancionar a continuidade dos incentivos fiscais da SUDAM e SUDENE até 2023, orçados em algo próximo a R$ 10 bilhões, o presidente falou que a alta dos impostos só ocorrerá “se for necessária”, no caso, para cobrir tais despesas.

Mas o meu foco não é a ação do Presidente em si, ou seja, se ele vai acionar o aumento da carga tributária ou não. O foco é outro. Na verdade, a minha ideia é levar avante o debate sobre um assunto paralelo: o de haver a possibilidade de o governo conseguir aumentar a arrecadação orçamentária, de uma maneira sustentada, com a alta dos tributos.

Trago o assunto à baila, com receio de que a equipe econômica do governo possa não perceber a impossibilidade, no médio prazo, do aumento da carga tributária. A Economia é uma ciência da ação humana. Diferente das ciências físicas, em que os objetos de estudo permanecem fixos, ou seja, não se alteram nem reagem quando acionados, nas ciências humanas eles mudam ou resistem, e às vezes de maneira contundente, quando há uma ação que lhes impinja um custo financeiro.

Frédéric Bastiat ensina que há uma diferença entre o bom e o mau economista. O bom economista, segundo esse autor, analisa todos os efeitos de uma ação, os de curto prazo (ou os que se veem) e os de longo prazo (os que não se veem), enquanto o mau economista só se detém nos primeiros efeitos, os que se veem.

Embora não seja o caso da equipe do governo, que acho bem preparada, há vários exemplos que podem representar as ações de curto e de longo prazo enfocadas por Bastiat. Uma delas é quando a empresa aumenta, de uma hora para outra, o preço do produto que vende, sem perceber que isso pode levar à queda das quantidades vendidas, e às vezes em percentuais maiores dos que os da alta dos preços, situação em que ela terá perda de receita, e poderá vir a enfrentar dificuldades financeiras.

Da mesma forma, também há o bom e o mau agente do governo nos aspectos tributários. Praxeologicamente, há duas alíquotas de imposto em que a receita governamental é nula: a de zero por cento e a de 100 por cento. Isso implica que, partindo de uma alíquota tributária de zero por cento, na medida em que ela for aumentada pelo governo, a receita correspondente crescerá, porém proporcionalmente menos do que o crescimento anterior. E a cada novo incremento, torna-se cada vez menor, podendo tornar-se negativa, ocasião que em vez de ganhar com a alta do tributo, o governo perde receita.

Exemplificando: partindo de um PIB de 1000 unidades monetárias (UM) e de uma carga tributária de 10%, a receita do governo será, digamos, de 100 UM. Mas se o governo aumentá-la para 12%, a receita governamental não aumentará, provavelmente, para 120 UM, pois a alta do tributo causará uma queda da produção, representada aqui pelo PIB. Pressupondo que ele caia para 950 UM, a nova receita governamental será de 114 unidades monetárias (0.12*950). Semelhantemente, se o órgão público continuar aumentando a carga tributária, desta vez para 14%, e o PIB cair mais do que proporcionalmente, digamos para 800 UM, a nova receita governamental será de 112 UM (0,14*800), menor do que a de antes, com uma carga tributária de 12%.

O fato é que se o governo insistir em aumentar ainda mais os tributos, esperando um crescimento da arrecadação, ele vai se frustrar. O setor empresarial, diante dos crescentes custos tributários, começará a produzir cada vez menos, pois a ação estatal afetará as expectativas de lucro.

Não se tratam de meras elucubrações aritméticas ou argumentativas, mas do que pode ocorrer à realidade econômica, com possibilidade inclusive de bancarrota, quando o país é presidido por um déspota. Aliás, na América Latina temos um exemplo vivo, o do governo de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, onde o crescimento tributário mastodôntico, acoplado à megainflação — cujos jornais indicam que já alcançou a casa dos seis dígitos—, levou o país à calamidade econômica e social.

Felizmente, no Brasil há um comprometimento do presidente Bolsonaro de que, num prazo relativamente curto, a carga tributária deve voltar aos patamares do ano de 1995, de 26,0% — bem diferente dos de Lula e Dilma, em cujo governo a carga tributária média foi de 32,7%. Mas o mais estimulante, é que, num prazo mais longo, o presidente visa a uma carga tributária que considera ideal ao país, a de 20% do PIB.

Rezo que Bolsonaro tenha sucesso na redução da carga tributária para 20% do PIB, pois a produção, a renda, o emprego e os salários darão um grande salto no Brasil, sendo um exemplo para os países da América Latina, inclusive para a Venezuela, país que ainda pode soerguer a sua economia, desde que o seu tirano governo desista de intervir nas lides sociais, políticas e econômicas, e passe a acreditar nas ideias de Ludwig von Mises, de que “O progresso é precisamente aquilo não previsto pelas regras e regulamentos governamentais”.

*Economista, é autor de “Monetarismo vs keynesianismo vs estruturalismo – inflação, desemprego e taxas de Juros” (Editora Globo) e “Economia heterodoxa vs economia ortodoxa – Os planos econômicos brasileiros” (Editora Ortiz).
**Enviado pelo autor e publicado originamente em https://exame.abril.com.br/blog/instituto-millenium/alfredo-peringer-o-desentendimento-das-funcoes-dos-tributos-na-economia/

Continue lendo