Boatos e especulações são como feijão e arroz. Todos os dias na dieta brasileira. Adoramos sensacionalismos e gostamos do inextricável. Sangue latino pesa!
O obscuro, ambíguo e complexo abrem porta à controvérsia, misturada com paixões e (triste) baixa escolaridade nacional.
Não deveria surpreender ninguém precariedade atual do Estado e aquilo que necessita ser empreendido para sua própria sobrevivência - e a nossa!
Alguém duvida de que precisamos de reformas estruturais na Previdência, tributária e do próprio Estado, que todos compreendem, mas muitos dos corporativistas não desejam arredar um milímetro? A contabilidade do déficit público, com crescimento da dívida, não é autoexplicativa?
Embora eleição maciça do capitão, evidente que domina a cena hesitação e falta de consenso político para fazer! Dói, mas não há como procrastinar processos reformadores. Populismo e voto!
A batalha cultural não se materializa meramente no plano simbólico, estarrecedoramente por meio de ações espúrias para "não deixar acontecer". Boataria semanal contagiante. Dólar em queda depois da exclusão de estados e municípios da reforma da Previdência; possíveis decisões sobre juros nos EUA; em alta, em razão da tentativa de barrar a tramitação da Previdência, com vazamento de supostas conversas do ministro Moro.
Evidente que arremedos de fatos, influenciam e aumentam a temperatura dos mercados, impactando no rotineiro vai e vem da taxa cambial. A experiência pragmática, porém, tem demostrado que fatores e iniciativas fundamentais, na direção do que tem que ser feito - e urgentemente - não se alteram na essência. Tomara! A sede do poder e suas estratégias perversas se espraiam pelas veias do parlamento oposicionista, da mais alta Corte e de parte da impressa, desejosa de ver o circo pegar fogo.
Oh, céus! Querem eliminar o último reduto da esperança nacional: Lava Jato! (Espírito e ação quadrilheira).
Certo que o parlamento nunca foi lugar para conciliar, mas simplesmente, para oficializar desacordos. Discussões apaixonadas, bizantinas, para uma trupe partidária ovacionar, e render votos!
Não disponho de boa - e mágica - receita para aclarar boatos travestidos de notícias, contudo, medidas fortes, das autoridades e da sociedade civil, precisam ser empreendidas para o esclarecimento total dos fatos!
Se a batalha cultural ficasse restrita a ideologia e ideias, natural. Entretanto, é desalentador e perigoso, que nebulosa situação passe do plano democrático para o terreno policial. Enfim, por que não há uma genuína autocrítica de políticos alinhados a esquerda? Jogo sujo!
Posicionamentos ideológicos, sim, atitudes criminosas devem ser amplamente combatidas, repudiadas e afastadas do cenário político, a todo custo!
Menos mistérios - atiçadores de emoções - e foco mais forte na rejeição do inconcebível e, sobretudo, nas reformas essenciais.
Alex Pipkin, PhD