Fernando de Barros e Silva - Folha

05/05/2009
SÏ PAULO - Para um governo que se empenha em misturar p?e circo, as comemora?s do 1º de Maio cumpriram a sua parte: entre shows e sorteios, sobraram palavras de elogio ao Estado nos eventos das centrais sindicais. Justo. Em 2008, elas receberam s? imposto sindical quase R$ 150 milh?livres de qualquer fiscaliza? (10% do que foi descontado de forma compuls? do trabalhador) -uma inova? do lulo-getulismo. Foi-se o tempo em que a CUT brigava para libertar o sindicalismo da tutela estatal e a For?pregava contra ideologiza? da pauta trabalhista pelo PT. Hoje est?unidas e satisfeitas sob o mesmo guarda-chuva, usufruindo o peleguismo de resultados. Reclamar do qu? Quem aproveitou para reclamar no 1º de Maio foi Lula, mas da hipocrisia dos que se levantam contra o descalabro do Legislativo. E por que decidiu comprar essa briga, desqualificando a justa indigna? do p?co? Defesa da democracia? Antes fosse. Lula ouviu um apelo dos amigos Jos?arney e Michel Temer, segundo quem a press?popular por compostura est?eixando muita gente insatisfeita no Congresso e isso cria riscos para o Planalto. Afinal, quem quer uma CPI da Petrobras, por exemplo? Uma m?suja a outra, por assim dizer. Os eventos do 1º de Maio nos d?um retrato polaroid do lulismo. N?se trata s? coopta? e aliciamento. Este ? governo do arrast? De Sarney a Paulinho, do Congresso aos sindicatos, dos usineiros (her?nacionais) ao MST, dos banqueiros ?assa miser?l do Bolsa Fam?a, dos empreiteiros (que ressuscitaram) ?ONGs que beliscam as bordas do Estado -todos parecem participar da nova comunh?nacional, uma esp?e de CarnaLula que prescinde de regras claras e tripudia da moral. Pai dos pobres, m?dos ricos. S?r pregui?mental ou m??lgu?ainda chama isso de esquerda. Reinven? do patrimonialismo com ganhos sociais, esse arremedo do getulismo tem data de vencimento e alto custo institucional. Quem ?ue vai pagar a conta?

Rogério Mendelski

05/05/2009
O Supremo Tribunal Federal (STF), por decis?do ministro-presidente Gilmar Mendes, suspendeu o curso de medicina veterin?a criado na Universidade Federal de Pelotas (Ufpel) para assentados do programa de reforma agr?a. Tal curso era uma esp?e de Lei do Boi ao contr?o, ou seja, enquanto esta lei de 1968 tomou um vi?equivocado, privilegiando filhos de abastados fazendeiros, a que foi suspensa, no in?o da semana, poderia ser a “Lei” da Enxada, pois iria beneficiar os militantes do MST. A Lei do Boi foi revogada, anos depois, pelo absurdo nela contido e pelo isolamento dos estudantes ungidos pela quota “bovina” no meio acad?co. Num conv?o celebrado entre o Incra, a Ufpel e a Funda? Simon Bol?r, de Pelotas, tentou-se privilegiar os assentados e seus filhos atrav?de um processo de sele? que iria proporcionar o ingresso dessas pessoas em turma exclusiva. O curso de medicina veterin?a era de tal maneira direcionado aos simpatizantes e militantes do MST que a inscri? no processo seletivo estava condicionada ?ndica? do candidato pelo assentamento onde residia e com a anu?ia do superintendente regional do Incra. Gilmar Mendes fulminou a manobra dizendo que “tais dispositivos violam a Constitui?, que preconiza a igualdade de condi?s para acesso e perman?ia nas institui?s de ensino”. ?importante ressaltar que o STF s? manifestou porque foi provocado, depois que o Incra apresentou um recurso contra a decis?do Tribunal Regional Federal da 4ª Regi?que aceitara uma a? proposta pelo Minist?o P?co Federal do RS. Na a? do MPF foi sustentada a tese de inconstitucionalidade do curso “por afrontar o princ?o da igualdade ao privilegiar apenas um grupo”. O populismo universit?o que se procurou criar na Ufpel recebeu a seguinte li? democr?ca do ministro Gilmar Mendes: “Causa perplexidade a participa? do Incra e de ‘movimentos sociais’ na supervis?pedag?a. Ou seja, indiv?os n?pertencentes aos quadros universit?os poder?influir de forma decisiva no programa do curso a ser ministrado”. VETERINRIOS DO MST Mesmo que o MST n?tenha aparecido no conv?o assinado entre o Incra, a Ufpel e a Funda? Simon Bol?r, n?estaria impl?to que o movimento, informalmente, controlaria a sele? dos indicados para cursar medicina veterin?a? E surge outra d?a: para filhos de assentados n?seria mais interessante cursarem agronomia? Ou ainda: por que n?cursos de t?ico agr?la? O CURSO Caso vingasse, o curso de medicina veterin?a para os assentados do MST teria 60 vagas, todas preenchidas por alunos indicados pelas comunidades dos assentamentos, depois de uma sele? na pr?a Faculdade de Veterin?a da Ufpel. A indica? teria como crit?o a participa? e os interesses dos alunos nas atividades realizadas nos assentamentos. O CURR?ULO Seria bem diferenciado o curso para os militantes escolhidos para serem os futuros veterin?os do MST. Haveria uma abordagem interdisciplinar contemplando “aspectos bi?os (plantas, animais, organismos do solo), abi?os (clima e solo) e socioecon?o-culturais (economia, sociologia, antropologia) do meio ambiente rural, com vistas ?ua gest? O curso funcionaria em regime de altern?ia, composto basicamente de Tempo Escola (TE) e Tempo Comunidade (TC). AULA INAUGURAL Se o STF n?tivesse acabado com curso, n?seria exagero imaginar uma aula inaugural com o coronel Hugo Ch?z ou com o jur?ico Eduardo Galeano, depois que o catecismo da esquerda “As Veias Aberta da Am?ca Latina” voltou para as prateleiras das livrarias ao ser presenteado ao presidente Barack Obama pelo presidente da Venezuela.

Reinaldo Azevedo

05/05/2009
Est?confundindo pragmatismo com amoralidade. Essa hist? de que devemos nos fixar nas oportunidades de neg?s com o Ir?n?nas suas op?s pol?cas, ?oisa de vigaristas. E de vigaristas ideol?os: ou seja, o presidente do Ir?star?o Brasil, depois de amanh?justamente em raz?do motivo oficialmente negado: POL?ICA. O governo brasileiro quer demonstrar sua independ?ia. E agora tem ainda um falso pretexto para justificar sua simpatia pelos delinq?es: “Obama tamb?est?uerendo conversar com o Ir? Na Am?ca Latina, fazemos parte de um fant?ico grupo de amigos do Ir?que aceitam receber Ahmadinejad: Venezuela, Nicar?a, Bol?a, Equador... Se a conversa com Ir?tende a interesses estrat?cos do Brasil — seria preciso dizer quais —, importantes para o futuro, que se espere ent?o futuro... Ahmadinejad n?vem liderando um grupo de empres?os iranianos. Conversa mole! Ele vem falar em nome de um governo que persegue a bomba at?a, nega o holocausto e defende que Israel seja destru? — “varrido do mapa”, na sua simp?ca express? Nem o empresariado brasileiro, como lembrou Diogo Mainardi ontem no Manhattan Connection, quer papo com o financiador do terrorismo em Gaza, no L?no, no Iraque e mundo afora. N?fosse por tudo o que Ir?epresenta hoje, haveria uma quest?continental importante: receber Ahmadinejad ?ingir as m? com o sangue das 85 v?mas do atentado terrorista de 1994, na Argentina, conta a sede da Associa? Mutual Israelense Argentina (AMIA). Mais: as palavras de Ahmadinejad prescindem de interpreta?. Elas s?muito claras. Foram pronunciadas recentemente na ONU de forma inequ?ca — ironicamente, numa reuni?que discutia formas de combater o racismo; aquela, voc?sabem, para a qual o Brasil levou um grande trem da alegria. A prop?o: quando a imprensa vai se interessar pelas passagens a?as e estadias do Executivo, hein? O mantra do nosso tempo, em nome de uma nova pol?ca externa, ?gnorar o que cada delinq?e faz em seu pr?o pa? ? Curiosamente, o Brasil vota sistematicamente contra Israel, mas ?ens?l ao discurso de humanistas como Ahmadinejad ou Omar el-B?ir, o genocida que governa o Sud? Finalmente, o argumento de que n?se deve levar a s?o a ret?a extremista de Ahmadinejad tem um fundo essencialmente imoral. Quer dizer que ele realmente precisaria cumprir as suas amea? e realmente destruir Israel para que o Brasil o repudiasse? Ele que est?entando, n??Quando financia os terroristas do Hamas e do Hezbollah e os que atuam na Tr?ice Fronteira, est?e dedicando a essa nobre tarefa. E tamb?quando se empenha em ter a bomba at?a. N??ara se defender que ele a quer. Defender-se de quem? A visita ?njustific?l e indecorosa. Observem que o terrorismo come?a ser aceito como um modo leg?mo de fazer pol?ca e como um fato consumado. PS: Ah, sim: o governo iraniano chegou a anunciar o cancelamento da visita de Ahmadinejad e depois cancelou o cancelamento... Tudo com a seriedade e o rigor habituais de quem visita e de quem ?isitado.

Jayme Copstein

05/05/2009
Pergunto a v?as pessoas se, por algum milagre, Hitler ressuscitasse e visitasse o Brasil – o que elas fariam? As respostas, em sua maioria, surpreenderam-me mais pela infantilidade que pelo ineditismo, algumas delas n?mencion?is ?esa das refei?s. De repente, troco a pergunta e pergunto o que elas far?amanh?quando a vers?atualizada de Adolf Hitler – Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Ir? visitar o Brasil, acolhido com pompas de estadista, gra? ?ol?ca internacional caolha que consiste, segundo o pr?o Itamaraty, em tapar o nariz, desde que haja perspectivas de bons neg?s. As pessoas ficam perplexas diante da pergunta, como ficaram, outrora, os contempor?os de Hitler, que nele s?am quando muito um demagogo amalucado, mas inofensivo por ser de f?l controle. No entanto, hoje, ?ais s imples fazer alguma coisa. Se algu?n?se dispuser a se incorporar ao protesto p?co de democratas, de entidades de defesa dos direitos humanos, de evang?cos, de judeus, de homossexuais, de feministas – em Porto Alegre, ser?a Esquina Democr?ca – basta enviar mensagens pela internet para o Pal?o do Planalto e para o Minist?o de Rela?s Exteriores Mahmoud Ahmadinejad traz um curr?lo bem mais fornido que o de Hitler no pref?o da II Guerra Mundial: com as mesmas ideias, arma um apocalipse nuclear. Se Hitler, depois, achava que o povo alem?n?merecia sobreviver a ele em caso de derrota, Ahmadinejad cr?ntecipadamente ter algumas d?s de virgens ?ua espera no outro mundo, mesmo que neste n?sobre ningu?para proclamar que Al? Al? Maom?eu maior profeta. Estes s?os fatos. Quem pensar que nada t em a ver com eles, lembre-se de uma mensagem do pastor Martin Niemoeller, pouco antes de ser preso nos idos de 1940, na Alemanha nazista: Primeiro eles vieram buscar os comunistas. N?falei nada, pois n?era comunista. Depois, vieram buscar os judeus. Nada falei, pois n?era judeu. Em seguida, foi a vez dos oper?os, membros dos sindicatos. Continuei em sil?io, pois n?era sindicalizado. Mais tarde, levaram os cat?os, e nem uma palavra pronunciei, pois sou protestante. Agora, eles vieram me buscar, e quando isso aconteceu, n?havia ningu?para falar. Quem se omitir, est?eservando lugar na fila.

Érico Valduga, em Periscópio

04/05/2009
O sindicato dos professores estaduais saiu da casinha de vez, ao substituir o debate da lament?l situa? da educa? pelo ativismo ideol?o N?parece a voc?que ocorre com o Cpers o mesmo que aconteceu com o movimento dos sem-terras? Assim como este deixou de representar a prega? pela reforma agr?a, para se transformar em entidade paramilitar que recorre ?iol?ia, ao invadir e destruir propriedades, e at?raticar homic?os, como se viu no caso recente do Par?aquele usa a educa? como mote para alcan? um objetivo pol?co-partid?o, que ?entar derrubar um governante eleito pela maioria da sociedade rio-grandense, e de quem at?gora n?se comprovou nenhum ato ilegal. Em consequ?ia, os dois movimentos tem em comum um apoio cada vez menor na opini?p?ca, e, sintom?co, tamb?nas categorias de trabalhadores que dizem representar. Quem acompanhou o encontro de menos de 500 professores (s?80 mil) na quinta-feira, no Gigantinho, ficou impressionado com a viol?ia verbal dos oradores, a indicar que os representantes sindicais daqueles funcion?os p?cos que pagamos para educar os nossos filhos perderam o senso de realidade. Quando, na hist? do Rio Grande, um governador foi acusado publicamente de autoria de corrup?, mentira, falcatrua e outras imputa?s infamantes – sem a menor prova? N?satisfeitos, os que deveriam dar exemplos de limites no comportamento deixaram o est?o e repetiram as agress?no percurso da passeata que promoveram at? Pal?o Piratini, ent?com o n?o de manifestantes engrossado por outro tanto de dirigentes sindicais de diversas classes e estudantes cooptados. Estes servidores agressivos, quase raivosos, est?a ponto de perder a cabe? pois o foco j? perderam. Nenhum cartaz ou faixa por eles portados na manifesta? referia a prec?a situa? do ensino no Estado, que h?ouco saiu do Enem (Exame Nacional do Ensino M?o) ainda mais rebaixado na qualidade da educa? prestada com o dinheiro de todos, a despeito do pequeno n?o de escolas que dele participaram. As palavras de ordem n?inclu?m provid?ias ou sugest?de como melhorar a educa?, ou, que fosse, explicar o fundamento do pouco razo?l pedido de 27% de aumento salarial, ante um ?ice oficial de infla? de 6%, e ap?ome? a receber os 22% da Lei Britto. Est?isto que, se a urgente melhora nos padr?do ensino ga? depender deles, estamos ferrados.

Nivaldo Cordeiro

04/05/2009
Quando o Olavo de Carvalho reformulou o MSM, propondo retomar sua proposta original de ser um p?vigilante contra a tomada dos meios de comunica? pelos esquerdistas a soldo da revolu? gramsciana, imediatamente me coloquei ?isposi? para ficar de olho no Estad? Descartei a Folha de S?Paulo porque este jornal por muito tempo foi objeto de meus coment?os e ?uito previs?l. Seus articulistas, t?descaradamente militantes, mereceram muitas notas minhas no passado. Ser o m?a watch da Folha de S?Paulo daria fartura de material, mas seria muito repetitivo, choveria no molhado, algo muito enfadonho. O desafio que me dei foi olhar o Estad? tido e havido por toda gente como o di?o conservador por antonom?a. Leio-o habitualmente h?nos e sabia que essa imagem ?alsa, que por detr?da casca conservadora seus editores n?apenas s?companheiros de viagem dos revolucion?os, mas tamb?transformaram o jornal?em fachada para manipular a opini?p?ca, especialmente a elite financeira e intelectual que o l?Era o desafio que eu queria. Muitas vezes a sutileza da manipula? das not?as ?e tal ordem que s?gu?como eu, que est?reinado para esse tipo de atividade, ?ue poderia faz?o. Entendi que seria essa a melhor contribui? da minha parte para o grande projeto do Olavo. Devo dizer-lhe, meu caro leitor, que essa tarefa muito tem me agradado, ?m si mesma gratificante e os resultados t?sido muito bons. Notei at?ue os editores agora t?sido mais cuidadosos na sua a? de manipula?, vez que sabem que estamos de olho no lance. Mas hoje resolvi ter uma reca? e quero comentar o jornal do Frias. Ser?ma fria? Nem tanto. Pode ser redundante, mas tem tamb?um lado divertido. Por primeiro, quero dizer que os editoriais principais do jornal em geral t?sido isentos e corretos nas cr?cas, exceto naquilo que tangencia as causas politicamente corretas abra?as por aquela casa editorial, como a milit?ia gay e o ativismo keynesiano da pol?ca econ?a. O que surpreende, devo dizer. A Folha, no espa?editorial, tem mantido um distanciamento cr?co do governo Lula. Em compensa?, a p?na 2 sempre foi o para? dos campe?revolucion?os. Cadeira cativa dos mesmos propagandistas que por anos e anos t?deformado a opini?p?ca paulista e brasileira. A edi? de hoje ?aradigm?ca, mas poderia ser a de ontem ou a de amanh?Irrelevante qualquer delas pela mesmice. Vejamos o que temos hoje, portanto. O dinossauro Clovis Rossi, que ultimamente tem batido no PT por n?ser suficientemente coerente na a? de governar, intitulou assim sua coluna: “A f?ica de desigualdade’. Para qualquer observador o t?lo j?astaria para ver a m??ilitante do jornalista. Desigualdade, esse mantra doentio da esquerda, vem desde as patifarias escritas por Rousseau, est?resente em tudo e tem a pretens?de dar superioridade moral no debate aos seus defensores, como se a tese em si n?fosse um absurdo, uma mistifica? il?a. Ele mesmo se declara como o chato militante contra a desigualdade. Disse-o bem: um chato. Discorrendo sobre o Exame Nacional de Ensino M?o, ele conclui do nosso sistema escolar: “Consequ?ia inexor?l: o filho do rico tem mais possibilidades, tamb?pela educa?, de continuar rico ou ficar mais rico, enquanto ao filho do pobre o que se oferece ?ma grande chance de perpetua? da pobreza -e, por extens? da desigualdade com o concorrente rico”. Nessa frase est?ontido todo o veneno que um socialista militante e propagandista da causa poderia inocular no leitor. O fim da leitura de algu?desavisado pode coincidir com uma explos?de raiva contra a ordem capitalista, a propriedade privada e tudo aquilo que n?for da cartilha socialista. Claro, tudo baseado em premissas falsas e no desconhecer maquinado da realidade como ela ? Abaixo a coluna da Eliane Cantanh? (“Fr?l esbo?de rea?”). ?um texto ainda mais venenoso. Temos visto nos ?mos meses uma sistem?ca campanha por parte da esquerda revolucion?a de desacreditar os dois pilares b?cos da democracia, o Congresso Nacional e a Justi?independente, especialmente na figura do atual presidente do Supremo Tribunal Federal. Chegaram at? ensaiar pedido de impeachment de Gilmar Mendes. Claro, ambos os poderes t?seus erros e desacertos, mas eles s?a garantia do Estado de Direito, da liberdade, da ordem constitucional que se baseia na separa? de poderes. Eliane hoje serviu de ve?lo para informar ao p?o que a campanha de descr?to n??e autoria de PT: “C?ara n?Lula nunca se identificou com o Congresso nem valorizou a sua import?ia. Mas setores do governo, ?rente o ministro da Justi? Tarso Genro, j?e mobilizam para tentar neutralizar o preocupante n?l de desgaste do Legislativo”. Algu?acredita que esse Tarso Genro se preocupa com o Congresso? Algu?s?o ignora que ele est?a linha de frente da montagem no estado policial no Brasil, tendo aparelhado a Pol?a Federal para isso? Algu?se ilude que ele ?digamos assim, a ala combatente da revolu?? Essa ? tipo de a? sopor?ra que transforma em not?a a mentira mais deslavada. Obviamente que uma nota dessas foi devidamente encomendada, sen?por terceiros, pela alma deformada da distinta autora. Mais abaixo, a coluna do Carlos Heitor Cony (“Dona Dilma”). Anci?comunista, Cony nunca perde a viagem. J?elo t?lo v?e o engajamento na campanha presidencial da Dilma, disfar?o de coment?o isento. “Inevit?l um coment?o sobre a principal not?a da semana, que deu louv?l transpar?ia ?oen?da ministra Dilma Rousseff”. A m?ina de propaganda est?osta em movimento para transformar o infort? da doen?da candidata do governo em seu oposto, um instrumento de angariar voto e cativar simpatia. Sempre que abro um jornal com texto do Cony o fedor sobe. ?podre. Paro por aqui. Escreveria um livro volumoso se fosse pegar no detalhe cada um dos textos. Ningu?poder?izer que n?falei da Folha de S?Paulo. www.nivaldocordeiro.net

Alejandro Peña Esclusa

04/05/2009
2 de mayo de 2009 El 1 de mayo, un grupo de activistas del Frente Farabundo Mart?ara la Liberaci?acional (FMLN), irrumpi?n palos y garrotes en el Sal?zul de la Asamblea Legislativa de El Salvador, para impedir que se eligieran las nuevas autoridades de ese organismo. Manifestantes que portaban distintivos del FMLN ingresaron al Sal?zul del Pleno Legislativo en se?de protesta por el nombramiento de Ciro Zepeda. FOTO EDH / Franklin Zelaya De esta manera –y sin haber asumido Funes todav? comienza en esa naci?entroamericana lo que Hugo Ch?z llama la “democracia participativa”, en sustituci?e la tradicional “democracia representativa”. Seg?h?z y dem?miembros del Foro de Sao Paulo, los funcionarios p?cos electos en comicios libres y transparentes, no tienen representatividad ni legitimidad. Esto ocurre, por ejemplo, con el Alcalde Metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, quien por ser de oposici?no es considerado leg?mo por el chavismo. Supuestamente, el poder lo ejerce el “pueblo” –entendido ?e como aquellos que usan camiseta roja– que “participa” en la toma de decisiones, mediante protestas cargadas de violencia. Estas acciones del “poder popular” se usan para “legislar” de facto, usurpando as?a funci?e los parlamentarios e, incluso, de los jueces. El FMLN se anot? primer tanto, porque logr?e la Asamblea suspendiera la sesi?Pero esto es apenas el principio. Despu?del 1 de junio, cuando asuman la Presidencia, los comunistas salvadore?querr?debilitar las instituciones nacionales, recurriendo a grupos de choque amparados por el gobierno, a fin de imponer por la fuerza lo que no pueden lograr por los votos: el Socialismo del Siglo XXI. Durante la campa?lectoral, se advirti?aramente que los comunistas salvadore?tratar? de imitar el modelo chavista. El FMLN lo desminti?teg?amente, alegando que tales acusaciones formaban parte de una “guerra sucia”; sin embargo, los hechos ya comienzan a revelar sus verdaderas intenciones. Cuando los factores democr?cos salvadore?quieran protestar en defensa de sus derechos, no ser?considerados “pueblo” por el nuevo gobierno socialista, sino agentes de la “oligarqu? y del “imperio”, que pretenden sabotear la “revoluci? tal como ocurri? 1 de mayo en Venezuela, cuando Ch?z aplast?n la fuerza bruta la marcha pac?ca del D?del Trabajador. Afortunadamente, la “democracia participativa” –o dictadura del proletariado– apenas est?omenzando en El Salvador, y los ciudadanos de ese pa?todav?pueden impedir que se imponga.

www.contrafcut.org.br

03/05/2009
[... o segredo banc?o sui?est?gonizando com a era Obama]. Eles est?assistindo a uma morte ou est?velando um moribundo? Viram-se obrigados a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por eles ajudados para fraudar o fisco do EUA. Agora est?exigindo que a UBS forne?o nome dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais. O banco protestou. A Su? est?emerosa! A coisa t?eia ! [Agoniza o segredo banc?o su?] por Gilles Lapouge - de Paris, fonte http://www.contrafcut.org.br para o Estado de S?Paulo A Su? tremula. Zurique se alarma. Os belos bancos, elegantes, silenciosos de Basileia e Berna est?ofegantes. Poderia se dizer que eles est?assistindo na penumbra a uma morte ou est?velando um moribundo. Esse moribundo, que talvez acabe mesmo morrendo, ? segredo banc?o su?. O ataque veio dos Estados Unidos, em acordo com o presidente Obama. O primeiro tiro de advert?ia foi dado na quarta-feira. A UBS - Uni?de Bancos Su?s, gigantesca institui? banc?a su? - viu-se obrigada a fornecer os nomes de 250 clientes americanos por ela ajudados para fraudar o fisco. O banco protestou, mas os americanos amea?am retirar a sua licen?nos Estados Unidos. Os su?s, ent? passaram os nomes. E a vida banc?a foi retomada, tranquilamente. Mas, no fim da semana, o ataque foi retomado. Desta vez os americanos golpearam forte, exigindo que a UBS forne?o nome dos seus 52.000 clientes titulares de contas ilegais. O banco protestou. A Su? est?emerosa. O partido de extrema-direita, UDC (Uni?Democr?ca do Centro), que det?um ter?das cadeiras no Parlamento Federal, prop?ue o segredo banc?o seja inscrito e ancorado pela Constitui? federal. Mas como resistir! A Uni?de Bancos Su?s n?pode perder sua licen?nos EUA, pois ?esse pa?que aufere um ter?dos seus benef?os. Um dos pilares da Su? est?endo sacudido. O segredo banc?o su? n??oisa recente. Esse dogma foi proclamado por uma lei de 1934, embora j?xistisse desde 1714. No in?o do s?lo 19, o escritor franc?Chateaubriand escreveu que neutros nas grandes revolu?s nos Estados que os rodeavam, os su?s enriqueceram ?usta da desgra?alheia e fundaram os bancos em cima das calamidades humanas. Acabar com o segredo banc?o ser?ma cat?rofe econ?a. Para Hans Rudolf Merz, presidente da Confedera? Helv?ca, uma fal?ia da Uni?de Bancos Su?s custaria 300 bilh?de francos su?s ou 201 milh?de d?es. E n?se trata apenas do UBS. Toda a rede banc?a do pa?funciona da mesma maneira. O historiador su? Jean Ziegler, que h?ais de 30 anos denuncia a imoralidade helv?ca, estima que os banqueiros do pa? amparados no segredo banc?o, fazem frutificar tr?trilh?de d?es de fortunas privadas estrangeiras, sendo que os ativos estrangeiros chamados institucionais, como os fundos de pens? s?nitidamente minorit?os. Ziegler acrescenta ainda que se calcula em 27% a parte da Su? no conjunto dos mercados financeiros offshore do mundo, bem ?rente de Luxemburgo, Caribe ou o extremo Oriente. Na Su?, um pequeno pa?de 8 milh?de habitantes, 107 mil pessoas trabalham em bancos. O manejo do dinheiro na Su?, diz Ziegler, se reveste de um car?r sacramental. Guardar, recolher, contar, especular e ocultar o dinheiro, s?todos atos que se revestem de uma majestade ontol?a, que nenhuma palavra deve macular e se realizam em sil?io e recolhimento?. Mas agora surge um outro perigo, depois desse duro golpe dos americanos. Na minic?a europeia que se realizou em Berlim, em prepara? ao encontro do G-20 em Londres, Fran? Alemanha e Inglaterra (o que foi inesperado) chegaram a um acordo no sentido de sancionar os para?s fiscais. Precisamos de uma lista daqueles que recusam a coopera? internacional, vociferou a chanceler Angela Merkel. No domingo, o encarregado do departamento do Tesouro brit?co, Alistair Darling, apelou aos su?s para se ajustarem ?leis fiscais e banc?as europeias. Vale observar, contudo, que a Su? n?foi convidada para participar do G-20 de Londres, quando ser?debatidas as san?s a serem adotadas contra os para?s fiscais. H?uito tempo se deseja o fim do segredo banc?o. Mas at?gora, em raz?da prosperidade econ?a mundial, todas as tentativas eram abortadas. Hoje, estamos em crise.Viva a crise!!! Barack Obama, quando era senador, denunciou com perseveran?a imoralidade desses remansos de paz para o dinheiro corrompido. Hoje ele ?residente. ?preciso acrescentar que os Estados Unidos t?muitos defeitos, mas a fraude fiscal sempre foi considerada um dos crimes mais graves no pa? Nos anos 30, os americanos conseguiram la? Al Capone. Sob que pretexto? Fraude fiscal. http://www.contrafcut.org.br/noticias.asp?CodNoticia=16056 http://maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&um=1&ie=UTF-8&q=Gilles+Lapouge+-+de+Paris&fb=1&split=1&gl=br&view=text&latlng=9140363109016863193 http://www.feteccn.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5979

Jayme Copstein

03/05/2009
H?itos que perambulam pela Hist? do Brasil como almas penadas. N?h? que consiga sepult?os. Ontem, em uma dessas conversas descompromissadas que se tem em fim de semana com os amigos, e mesa de caf?o suposto enigma da morte de Castello Branco, o primeiro presidente do regime militar, voltou ?ona. Lembrei de uma a? civil p?ca, em 2006, instaurada por iniciativa de um procurador-geral da Rep?ca, no Cear?para obter informa?s mais detalhadas. N?tive mais not?as desta a?? n?sei do seu desfecho, mas tenho uma pequena contribui? ao caso, colhida acidentalmente ao entrevistar Rachel de Queiroz para a R?o Ga?, em 1989, quando a Editora Jos?l?io reuniu sua obra adulta em cinco volumes. O nome de Castello Branco surgiu na entrevista porque eles eram primos distantes. O marechal tinha ido visit?a, em Quixad?no interior do Cear?Foi de l?ue partiu para a morte. A hip?e de assassinato pol?co j?ra rumor corrente, ent? Rachel refutou a vers? Contou que, ao partir para Fortaleza, Castello pediu ao piloto do avi?para sobrevoar, no trajeto, um conjunto habitacional, constru? na regi?em seu tempo de presidente. Tal como ocorrera com Salgado Filho muitos anos antes, e iria acontecer com Ulysses Guimar? poucos anos depois, o piloto se op?mas foi vencido pela teimosia de Castello. Di ferente do caso de Salgado e Ulysses, em que havia problemas de mau tempo, o piloto alertou Castello que a ?a era reservada ao treinamento dos ca? da FAB, portanto, vedada a avi?civis pelo alto risco de acidentes. Houve tamb?boatos de que pretendesse voltar ?resid?ia da Rep?ca e at?izera um pronunciamento contra o regime para cuja instaura? contribu? como l?r, n?como figura secund?a. N?confere com as informa?s que se tinha na ?ca. Castello discordava do grupo de Costa e Silva e defendia a volta ?emocracia. Para tanto, desejava concorrer a uma cadeira no Senado. Por isso, fora ao Cear?seu Estado natal, para coordenar apoios ?andidatura. Aproveitou a viagem para visitar Rachel, com quem esteve alguns dias.