Zenit.org

13/05/2009
Por Mirko Testa JERUSAL?, ter?feira, 12 de maio de 2009 (ZENIT.org).- No segundo dia da visita a Jerusal? Bento XVI destacou com palavras e gestos o comum patrim? espiritual de judeus e crist?, confirmando a inten? da Igreja de prosseguir pelo caminho da reconcilia? empreendido pelo Conc?o Vaticano II. Seguindo as pegadas de Jo?Paulo II no ano 2000, Bento XVI visitou o Muro das Lamenta?s, parede do primeiro Templo de Jerusal?(Templo de Salom?, contru? no s?lo X a.C. e destru? pelos babil?s em 586 a.C. O Papa foi rec ebido por Shmuel Rabinowitz, rabino do Muro das Lamenta?s e dos Santos Lugares de Israel, que lhe disse: “as pedras do Muro das Lamenta?s testemunham o glorioso passado do povo judeu, infundindo a for?para enfrentar as dificuldades e persegui?s”. “Assim como estas pedras sobreviveram a momentos dif?is –acrescentou–, o povo judeu sobreviveu a persegui?s e torturas, permanecendo como um povo moral e eterno, que n?foi derrotado por ningu? ?dever de toda pessoa de f?ssegurar que n?se causem danos ao povo judeu”. O rabino recitou em hebraico alguns versos tomados da ora? do rei Salom?(1 Reis 8) para a dedica? do Templo, em que o soberano pede que toda s?ca e ora? elevada por um judeu possa ser acolhida no Templo Sagrado. Por sua parte, o Papa r ezou em latim o Salmo 122 (121), o hino em honra de Jerusal? que diz: ‘Jerusal? cidade t?bem edificada... Pedi, v?odos, a paz para Jerusal? e vivam em seguran?os que te amam. Reine a paz em teus muros, e a tranq?dade em teus pal?os’. Em seguida, o Papa dirigiu-se ao Muro das Lamenta?s para introduzir em uma fenda, segundo a tradi? judaica, uma invoca? ao Senhor escrita num peda?de papel, recolhendo-se depois em ora?. Em sua s?ca, o Papa dirige-se ao “Deus de todos os tempos, em minha visita a Jerusal? a ‘Cidade da Paz’, morada espiritual de judeus, crist? e mu?manos”, para apresentar “as alegrias, as esperan? e as aspira?s, as prova?s, os sofrimentos e a dor de vosso povo em todo o mundo”. “Ou?s o clamor dos aflitos, dos temerosos, dos marginalizados; enviai vossa paz sobre esta Terra Santa, sobre o Oriente M?o, sobre toda a fam?a humana; movei os cora?s de todos que chamam por vosso nome, a caminhar humildemente no caminho da justi?e da miseric?a”, implora na ora?. O texto conclui com uma passagem do livro das Lamenta?s que abre espa??speran? “o Senhor ?om para quem nele confia, para a alma que o procura”. Logo depois, Bento XVI dirigiu-se de carro ao Centro Hechal Shlomo, sede do Gr?Rabinado, em Jerusal? para realizar uma visita de cortesia aos dois rabinos chefes de Israel: o asquenaze Yona Metzger e o sefardi Shlomo Amar. O rabino Shlomo Amar disse ao Papa que ele representa “uma grande na? de crentes que sabem o que ? B?ia, e vosso dever ?ransmitir a mensagem de que o povo judeu merece um renascimento, e tamb?respeito, para viver nesta terra”. Por sua parte, o gr?rabino asquenaze acrescentou: “se um encontro hist?o como este, no qual o chefe da maior religi?do mundo encontra-se com os chefes do juda?o, tivesse acontecido muitos anos antes, muito sangue inocente poderia ter sido salvo”. O Papa expressou posteriormente sua alegria pelos passos da comiss?da Santa S?ara as Rela?s Religiosas com os judeus e a delega? do Gr?Rabinado de Israel para as Rela?s com a Igreja Cat?a, criada ap? visita de Jo?Paulo II em 2000. Bento XVI reconheceu os pontos comuns entre os seguidores das duas religi? “Judeus e crist? est?preocupados em garantir o respeito pela sacralidade da vida humana, a centralidade da fam?a, uma educa? s?a para os jovens, e a liberdade de religi?e consci?ia para uma sociedade saud?l”, afirmou. Outro ponto do encontro assinalado pelo bispo de Roma foi a preocupa? m? com o “relativismo moral e as ofensas que este representa ?ignidade da pessoa humana”. “Ao abordar as quest??cas de nossos dias, nossas duas comunidades s?desafiadas a encorajar as pessoas de boa vontade ao n?l da raz? enquanto simultaneamente apontam os fundamentos religiosos que melhor sustentam valores morais dur?is”, assegurou. O Santo Padre aproveitou o encontro para “repetir que a Igreja Cat?a est?rrevogavelmente comprometida no caminh o escolhido pelo Conc?o Vaticano II para uma aut?ica e duradoura reconcilia? entre crist? e judeus”. “Vendo as conquistas alcan?as at?gora, e projetando nossa inspira? a partir das Sagradas Escrituras, podemos esperar com confian?uma coopera? ainda mais forte entre nossas comunidades – juntamente com todas as pessoas de boa vontade – para condenar o ? e a opress?em todo o mundo”, concluiu.

Nivaldo Cordeiro

13/05/2009
Um grande debate se abriu sobre a necessidade de modifica? da remunera? das cadernetas de poupan? institui? que tem servido de capta? dos super?ts financeiros dos brasileiros, especialmente daqueles de mais baixa renda. Tal debate s?t?contecendo porque o Governo Federal n?tem como deixar de tomar alguma medida que viabilizem as demais formas de intermedia? financeira. Uma eleva? permanente dos juros da poupan?al?da remunera? recebida pelos demais instrumentos financeiros seria a decreta? do seu fim. Esse debate ?til tamb?para mostrar as distor?s e mazelas de nosso sistema financeiro, estruturalmente formatado para ser financiador da d?da p?ca e para maximizar o rendimento do sistema banc?o. Com a redu? da Taxa Selic e a grave crise financeira internacional essas distor?s ficaram vis?is. Em primeiro lugar, deve-se ressaltar a ir?a situa? de que a remunera? financeira na aplica? dos t?los do Tesouro sofre taxa?. Ora, os juros da d?da p?ca s?pagos precisamente por impostos e parece acaciano que seria mais razo?l a pr?ca de uma taxa de juros nominal menor, isentando-se o aplicador dessa taxa? ilus?. ?como se parte do custo da d?da fosse paga pelo pr?o investidor. Mas isso tem uma raz?de ser, e da?rota a segunda grave distor?: a elevada taxa de administra? cobrada pelos bancos para intermediar a venda dos t?los p?cos e administrar as carteiras dos fundos de investimento, alguns bancos cobrando at?uatro pontos percentuais ao ano. Com a elevada taxa nominal esconde-se a exorbit?ia dessa pr?ca, que fora do Brasil n?passa de meio por cento. Por longos anos os banqueiros p?ios tiraram da?oa parte de sua rentabilidade exuberante. A queda da taxa nominal simplesmente est?brigando ?evis?desse abuso. Um terceiro ponto ?inda interessante notar. Como o governo ? grande monopsonista na capta? de recursos, ele deveria captar a taxas inferiores ?a poupan? e n?o contr?o. Aqui se coloca uma quest?de fundo grave. Os formuladores das pol?cas de financiamento do d?cit p?co est?fornecendo aos financiadores da d?da remunera? descabida e indevida, al?do que o mercado cobraria se o governo fizesse valer o seu poder de monops?. Resta a pergunta do porque isso foi feito, em preju? do Er?o e dos pagadores de impostos, em benef?o de uma restrita minoria. Agrava a situa? as pol?cas monet?as expansionistas de praticamente todos os pa?s do mundo, que reduziram os juros da d?da p?ca daqueles pa?s a algo pr?o de zero. S?Brasil est?a contram? Por qu?Temo que investigar o motivo leve ?napel?l conclus?de que sempre houve um vi?na administra? da d?da p?ca ao longo dos anos, contra os leg?mos interesses dos pagadores de impostos. Lula est?iante de uma escolha de Sofia. Ter?ue sacrificar o interesse dos intermediadores financeiros, grandes financiadores de campanhas pol?cas, para acomodar a quest?da caderneta poupan? A remunera? deste ativo, a caderneta de poupan? ter?ue sofrer tamb?e bem sabemos o quanto custar?oliticamente, vez que os brasileiros t?muita sensibilidade quanto a essa institui?. Toda a poupan?popular est??mparada. Uma solu? que beneficie os agentes banc?os impor?ovas distor?s. N??ais poss?l manter as apar?ias: os banqueiros precisam aprender a ganhar dinheiro financiando a produ?, n?o governo. As hesita?s p?cas de Lula d?bem o grau dessa sensibilidade e da dificuldade na tomada de decis? Nunca na hist? recente os interesses gerais se chocaram de maneira t?frontal com os interesses particulares dos banqueiros como agora. Vamos ver como Lula sair?essa sinuca de bico. * Economista

Aristóteles Drummond

13/05/2009
A paz e a prosperidade dos brasileiros andam amea?as neste momento de crise, em que dever?os estar mais do que nunca unidos no ideal da ordem e do progresso presentes em nossa bandeira e na forma? c?ca de boa parte da sociedade. A harmonia n?pode ser amea?a pela a? delet?a dos que carregam os ressentimentos dos equ?cos cometidos na mocidade em nome de ideais revolucion?os e totalit?os. Ideais estes que os levaram a irrespons?is atos de viol?ia, com mortes, sequestros, em que n?faltaram atos de dela? sob press?e dos chamados justi?entos em julgamentos sum?os. Na maioria das vezes, por motivos injustificados, como matar quem por raz?de arb?io pessoal queria abandonar a vida clandestina e sem nenhum sentido. Temos de esquecer estes anos de confronto! Esses brasileiros, que foram manipulados na juventude por profissionais treinados nos centros internacionais financiados pela ent?Uni?Sovi?ca, receberam a mais generosa e ampla anistia do s?lo 20. Depois, parte deste grupo chegou ao poder com o governo FHC, quando se iniciou a ind?ia das indeniza?s, que j?tinge a cerca de R$ 3 bilh?e que parece longe de se esgotar, em chocante venda de ideais. Prova est?o n?o significativo dos que se negam a reivindicar pagamento em troca de sonhos sinceros. Falta-se com o razo?l ao se falar em repara? pra quem deserta da vida militar, rouba, saqueia, assalta, sequestra, como se n?soubesse dos riscos. Todos tinham idade suficiente pra saberem em que estavam entrando. E todos sabiam manusear bem uma arma, como atestam os livros de autores insuspeitos como Jacob Gorender, Daniel Aar?Reis e Alfredo Sirkis. O mesmo grupo atua com desenvoltura e, por vezes, segundo consta, com recursos oriundos do er?o, por meio de projetos de ONGs, que por serem n?governamentais deveriam ser proibidas de receber recursos p?cos. Querem dividir brasileiros por ra?, contrariando nossa forma? multirracial e fraterna, mostrada por Gilberto Freyre e nunca contestada. Usam geralmente da boa t?ica de acenarem com novas formas de indeniza?s a minorias raciais por supostas responsabilidades do Estado, em que parte do territ? nacional ? moeda de troca. S?as reservas ind?nas, cada vez maiores, e as destinadas a sucessores de escravos denominados quilombolas, que inquietam a vida do brasileiro que trabalha no campo. Seria c?o, se n?fosse tr?co. O governo quer dar terras que t?donos leg?mos. O pior ?ue dividir brasileiros, lan?do as sementes do ? racial, n??udo. Tem mais. Querem barrar o desenvolvimento nacional, pois combatem equivocadamente o capital, punindo o trabalhador que precisa do progresso do pa?e de emprego pra melhorar de vida. Em nome do meio ambiente, os projetos de alto interesse nacional na infraestrutura s?sabotados, encarecidos, por vezes inviabilizados, diante de prolongada paci?ia do governo, interessado maior nas obras que contrata ou delega por concess? O governo ?ao mesmo tempo, culpado por omiss?e v?ma de sua postura conivente com os agentes do atraso. At? PAC tem sido v?ma desta gente. Vivemos at?qui em singular harmonia. Herdamos do per?o que vai de 1815, quando nos tornamos Reino Unido, a 1889, com a Rep?ca, a unidade nacional, a paz racial e social, protegidos especialmente por 2 (dois) dos maiores nomes de nossa hist?, imperador Pedro II e Duque de Caxias. Tudo se passou sem maiores traumas, como o salto pol?co e social representado pela Revolu? de 30 e pelos Anos Vargas. E mais: a arrancada desenvolvimentista de JK, os anos dourados do planejamento e das grandes obras dos militares e a reconstru? democr?ca, com Jos?arney, Fernando Collor, Itamar Franco, FHC e, por fim, o presidente Lulla. As for? vivas da nacionalidade – trabalhadores, empres?os, intelectuais, profissionais liberais – deveriam se unir contra esse ex?ito do ? e do atraso que nos amea? em momento grav?imo por que passa a humanidade. A cruel divis?n?? racial; e sim aquela entre fam?as que t?o que comer, vestir e habitar e os que vivem ?argem da sociedade. Polui? maior ? pobreza, a doen? a falta de educa? pelo mau uso dos recursos p?cos, que s?suficientes, mas sordidamente desperdi?os, como se sabe, numa cultura da irresponsabilidade de impunidade. A hist? mostra que nas crises tanto pode-se encontrar lideran? do bem como demagogos irrespons?is.. Vamos amar mais e promover a uni?no lugar do ? de frustrados e ressentidos, que se sofreram – e quando sofreram – foram os ?os respons?is. A hist? mostra que nas lutas entre Irm?, nas guerras civis, revolu?s, no campo da viol?ia todos se nivelam. O Brasil ?aior do que esta postura. * Jornalista

Osmar José de Barros Ribeiro

12/05/2009
Volta e meia, considerando o ?to alcan?o no Haiti, a imprensa, pretensamente representando a “voz das ruas”, aponta o emprego das For? Armadas, em especial do Ex?ito, na Seguran?P?ca. O pr?o ministro da Defesa afirma que, sobre o tema, apresentar?ugest?ao Congresso. Trata-se de um gesto no m?mo estranho, partindo de um jurista e profundo conhecedor da Constitui? Federal. De resto, cabe lembrar que o governador fluminense, pertencente ao mesmo partido pol?co do ministro, pretendeu, ao assumir o governo, ter sob suas ordens militares federais. Salta aos olhos, em particular daqueles que j?em uma longa viv?ia, tanto por for?da idade, dos estudos ou da experi?ia, que o grande, o insopit?l desejo da esquerda (e o governador fluminense ?m dos seus elementos de proa) seria ver as For? Armadas reduzidas ao papel de mil?a, bem dentro dos objetivos de altos c?ulos internacionais que, sob as mais diversas alega?s, propugnam por um governo mundial sob a ?de do Conselho de Seguran?da ONU. A bem da verdade, em qualquer dos grandes centros onde a marginalidade campeia, o que se observa ?m conluio envolvendo marginais (notadamente os traficantes de drogas), e autoridades p?cas em diferentes n?is. Assim, cabe perguntar: As For? Armadas, na hip?e de serem empregadas na Seguran?P?ca: 1. receber?carta branca para eliminar o problema da corrup? nos organismos policiais?; 2. ter?plena liberdade para agir contra as rela?s incestuosas existentes entre a marginalidade e o poder p?co?; 3. ter?condi?s de resolver as clamorosas falhas da Justi? 4. ser?acoimadas de “violadoras dos direitos humanos” quando usarem os m?dos de pris?e revista de suspeitos utilizados no Haiti?; 5. assumir?o controle dos ?os de seguran?p?ca? Sem isso, sobre ser in?, a presen?das For? Armadas somente viria desprestigia-las. H?ue considerar n?ser o policiamento de ruas uma fun? militar, muito menos dar seguran?a obras eleitoreiras em morros cariocas, estas com os lament?is resultados que se conhece. De mais a mais, uma a? de faxina geral nos organismos policiais demandaria, antes de qualquer coisa, a decreta? de interven? federal e isso, vamos e venhamos, est?onge, muito longe, do pensamento de qualquer governador. Mas n??omente nas cidades que o crime ganha mais e mais for? No campo, os altos escal?governamentais, do Pal?o do Planalto aos minist?os da Justi? da Reforma Agr?a e das Cidades assistem, mudos e imp?dos, ?crescentes e impunes viola?s da lei, nas in?as invas? depreda?s, interrup?s de tr?go, etc., particularmente no sul, nordeste e norte do Pa? envolvendo instala?s p?cas e privadas, promovidas por sem-terra, sem-teto e ?ios. E quando, eventualmente, uma “autoridade” concorda em manifestar alguma opini? termina por postar-se em favor dos transgressores da Lei, com frases estereotipadas do tipo “trata-se de uma manifesta? que busca chamar a aten? para o di?go e o entendimento”, como se fosse poss?l di?go e/ou entendimento com invasores de propriedades privadas ou pr?os p?cos, um crime cominado nos diplomas legais. O absurdo ?e tal monta que at? assassinato de um seguran?foi interpretado como um excesso compreens?l. Longe de mim a pretens?de aconselhar a quem quer que seja, mas, de qualquer forma, ??do recordar que “cautela e caldo de galinha n?fazem mal a ningu?. ojbr@wnet.com.br

Geraldo Almendra

12/05/2009
Quando um chefe de Estado e governo afirma que a cobran??ca da sociedade ?ma hipocrisia, est?xplicado como acabou a vergonha geral da Na?. (Mauro Chaves). Esta tem sido a maior realiza?, at?gora, dos desgovernos civis: a constru? de uma sociedade imoral controlada pelos podres poderes da Rep?ca dos canalhas. Usando um feliz termo de Percival Puggina j?stamos no vig?mo quarto ano de “socializa? do idiota” que nasceu no construtivismo da ignor?ia para se transformar no imbecil coletivo, com absoluto m?to para os desgovernos civis para essa grande realiza? da canalha que entra no poder p?co para prevaricar e roubar o contribuinte. Se analisarmos os resultados das pol?cas educacionais e culturais ap?985 fica f?l entender porque chegamos ao fundo do po?da imoralidade de um poder p?co que desfila impune durante mais de duas d?das, fazendo de palha? e imbecis todos aqueles que sustentam suas sacanagens como a corrup?, o corporativismo s?do e a prevarica?, utilizados sem restri? com modelo padr?de comportamento. Quem sustenta a canalhice nacional? - Os contribuintes de todas as classes sociais com os absurdos impostos que pagam. No Brasil, sob o comando dos esclarecidos, incompetentes, omissos ou patifes, gestores do modelo e do processo da mentira chamada “abertura democr?ca”, a educa? p?ca do ensino fundamental e m?o pode ser rigorosamente definida como o construtivismo da ignor?ia das massas para viabilizar o dom?o da sociedade pelos canalhas da prostitui? da pol?ca e seus c?ices, executores dos desejos de preserva? do poder das oligarquias apodrecidas que tanto mal fizeram e continuam fazendo ao pa? agora de m? dadas com os canalhas que sa?m do submundo do comuno-sindicalismo para destruir o pa? Na outra ponta do processo educacional e cultural, escolas de primeira linha sempre praticaram um hediondo ass?o moral nos estudantes, preparando a elite dos patifes esclarecidos, que se passarem pela peneira da humilha?, com poucas exce?s, ir?se transformar em uma elite imoral. N?fosse assim a degenera? de valores nas rela?s p?cas e privadas n?teria chegado ao n?l da canalhice como instrumento preferencial de sobreviv?ia dos portadores dos diplomas de ensino superiores. Pobres gatos pingados somos n?ue bradamos, sem parar tentando sensibilizar a sociedade de que nosso pa?est?as m? de um covil de bandidos chamado de Congresso Nacional, uma verdadeira m?a da corrup? e do enriquecimento il?to, que est?endo protegida pelo s?do corporativismo que tomou conta dos podres poderes da Rep?ca gra? ?aior obra “social” dos desgovernos civis: uma sociedade v?ma do construtivismo da ignor?ia e com sua casta de esclarecidos patifes ou n? absolutamente covardes para esbo? qualquer rea? para livrar o pa?das m? do projeto petista de poder perp?o. No futuro, quando outras gera?s estiverem reconstruindo os estragos levados a cabo pela burguesia petista e seus c?ices, algu?poder?screver um livro para tentar descrever o quanto uma sociedade pode ser t?omissa e covarde. O t?lo deste livro poder?er “O sil?io dos patifes esclarecidos e a ignor?ia dos inocentes no pa?do imbecil coletivo”. Existem formas de protesto que podem surtir um efeito devastador no covil dos bandidos: n?comprar bens sup?luos diminuindo o caixa do desgoverno que usa o dinheiro pago pelos contribuintes para financiar suas patifarias, n?abastecer nos postos da Petrobr?para for?la a respeitar o consumidor e deixar de ser cabide de emprego dos militantes do petismo, e mudar de canal saindo da TV Globo para que sua estrutura pague o devido pre?pelo jornalismo marrom que pratica, e que fica vagando na fronteira do oportunismo da edi? de fatos, se colocando de forma rigorosamente ap?ida sempre em cima da fronteira dos sujos jogos de poder no pa? Falar de revolu? em uma sociedade que n?tem disposi? para fazer atos bem simples – que n?precisam ser com armas nas m? – como os citados , como um caminho alternativo para for? as mudan? necess?as, realmente ?ma perda de tempo e uma ang?a que se renova na perspectiva de que estamos sem mais sa? com a hiberna? ap?ida das casernas. Continuamos escrevendo para nunca recebermos o t?lo de covardes ap?idas em nossa biografia. 11/maio/2009

José Hildebrand Dacanal

11/05/2009
Meu genro era um pobre coitado. Como eu, nascido na ro?e sem perspectivas de futuro. Mas eu tivera a sorte de estudar nos antigos semin?os da antiga Igreja Cat?a, e de l?a? conhecendo oito l?uas. Ele n? mesmo porque os semin?os e a Igreja daquela ?ca j?inham acabado duas ou tr?d?das antes dele nascer. Uma coisa, por? nos unia: a curiosidade intelectual e a ambi? de subir na vida. ?o suficiente, desde que trilhando o reto caminho, como diria S?Paulo. Quando ele apareceu, trazendo consigo n?muito mais que seu bom car?r e a pouca idade, percebi imediatamente que ele era mais uma das incont?is v?mas que, independentemente do n?l econ?o e da classe social, formam o desastre civilizat? brasileiro das ?mas quatro d?das: 100 milh?de b?aros, desagrega? moral e caos pedag?o. E 60 mil mortos a bala por ano! Seguindo o velho vi?de ordenar o mundo ?inha volta e disto tirar as vantagens poss?is para uma vita grata – como diziam os romanos –, ainda que modesta, comecei a pensar no que fazer. Cheguei ?onclus?de que, se eu lhe desse alguma qualifica? e o treinasse, talvez ele pudesse me ajudar em algumas tarefas bra?s b?cas, como digita? de textos, editora? etc. Em resumo e na terminologia dos economistas: ele obteria algumas vantagens na rela? custo/benef?o e eu teria m?de obra barata e confi?l. Foi a?ue eu cometi um erro fatal. E um crime pedag?o. Em vez de dizer a ele que “estudar ?razer”, que “cada um deve falar e escrever como quiser”, que “an?se sint?ca ?ma velharia in?”, que “gram?ca ?m instrumento utilizado pela burguesia para dominar os pobres”, que “corrigir reda?s com caneta vermelha ?iolentar o aluno”, em vez de proferir tantas e t?brilhantes asnices (que os asnos reais me desculpem!), o que ?ue eu fiz? Peguei uma vara de ip?e um metro, bati na mesa e disse: – Meu filho, estudar ?ofrimento. Civiliza? ?epress? Voc?em que falar e escrever segundo as regras gramaticais, do contr?o voc??tem futuro. Vamos come? pela an?se morfol?a e sint?ca e pelo latim, para conhecer a l?a das l?uas indo-europeias. Pior do que isto: mandei-o ler livros “velhos”, a ter seus cadernos de voc?los, a decorar as cinco declina?s latinas. E ensinei-o a dissecar sintaticamente ora?s e per?os. Enfim, utilizei todos os m?dos antiquados, renegados e odiados pelos quadr?es da pedagogia dita moderna. E ent?o que aconteceu? Aconteceu – incr?l! – que estes m?dos utilizados h? mil anos no Ocidente funcionaram. E produziram um milagre. E um desastre. Um milagre porque em cerca de um ano ele dominou os conte? b?cos da sintaxe, compreendeu o sentido das declina?s e traduzia breves textos latinos. Um desastre porque logo depois ele come? a dar aulas em conhecida institui?, se prepara para o vestibular e certamente cursar?etras. E eu perdi meu auxiliar de confian?e fiquei sem a m?de obra barata que eu treinara! Veja, surpreso leitor, como eu sou um imbecil! Se eu tivesse aplicado os brilhantes m?dos desta r?a de asnos defensores e promotores da pedagogia dita moderna, nada disto teria acontecido. Sim, s?co leitor, eis a? prova irretorqu?l da verdade: o quadr?e sou eu. N?eles!

Ivanaldo Santos

11/05/2009
Atualmente no hor?o de 18h00 a Rede Globo de Televis?est?egravando e retransmitindo uma novela que a pr?a Rede Globo transmitiu na d?da de 1980, ou seja, a novela Para?. Sinteticamente, o enredo dessa novela ? seguinte: numa pequena e atrasada cidade do interior, profundamente influenciada pelos valores e modismos sociais das cidades grandes, uma jovem mo?cat?a conhecida como “santinha” vivi um dilema, ou seja, seguir os valores da religi?ou viver um caso de amor – que pode se transformar at?m casamento – com um jovem aventureiro que se auto-proclama “filho do diabo”. Em torno desse dilema circulam uma s?e de personagens que v?desde o padre, passando pelas mo? alienadas at?hegar aos tradicionais fazendeiros que aparecem nas novelas, conhecidos como “coron?”, que nunca trabalham, mas que levam uma vida confort?l. O interessante da atual retransmiss?da novela Para? ?ue, dessa vez, a Rede Globo n?escondeu seu esp?to secular e seu interesse em propagar o evangelho do ate?o. ?interessante notar que atualmente h?ma grande exig?ia para que as novelas sejam realistas e transmitam a mais profunda ess?ia dos grupos e estruturas sociais. Um bom exemplo dessa exig?ia s?os personagens homossexuais, deficientes f?cos ou de alguma minoria ?ica. Esses personagens s?apresentados pelas novelas, principalmente as novelas da Rede Globo, com grande realismo. No entanto, h?ma grande exce? a essa regra: ?ustamente a religi?crist?Todos os personagens (padres, freiras, mission?os, fi?, etc) que de alguma forma s?crist? s?apresentados de forma estereotipada e superficial. S?sempre personagens alienados, com profundos problemas psicol?os, dados ao ?ool e a fofocas, e na maioria das vezes s?perversos e cru?. A imagem dos crist? que as novelas apresentam, especialmente a Rede Globo, ?uito diferente da realidade encontrada dentro dos templos crist? em todo o territ? brasileiro. Quando o assunto ? Cristianismo a Rede Globo n?segue o princ?o de apresentar a realidade e a mais profunda ess?ia dos grupos sociais. Um pequeno mais significativo exemplo desse problema ? novela Para?. Nesta novela encontramos a personagem central, a “santinha”, rezando para uma Santa que ningu?sabe o nome. ?a Virgem Maria? ?Santa Rita de C?ia? ?Santa Luzia? Ningu?sabe. A novela Para? ?ma esp?e de “manual do desconhecimento religioso”. Al?disso, na novela a “santinha” perdeu a f?om muita facilidade e chegou para sua m?– a personagem “beata”, representada pela atriz C?ia Kiss – e disse duas coisas: 1) O tempo que passou no Convento (a jovem “santinha” fez um curso em um convento cat?o) foi um tempo perdido. ?interessante notar que se esse racioc?o for levado ao p?a letra muita coisa na sociedade contempor?a ser?onsiderada perda de tempo. Por acaso, n?ser?erda de tempo assistir as novelas, incluindo as da Rede Globo? N?ser?erda de tempo assistir aos diversos campeonatos de futebol? N?ser?erda de tempo passar horas nos Shopping Centres? Essas perguntas s?um bom tema para reflex?nas novelas. 2) O personagem “santinha” chegou para a m? a “beata”, e disse: “Eu falei pra santa (que ningu?sabe quem ?que n?vou cumprir a promessa (a “santinha” fez uma promessa) e eu acho que ela entendeu”. ?interessante notar que tradicionalmente as novelas cobram ou estimulam as pessoas a cumprirem com seus deveres. Nas novelas as pessoas devem votar, torcer por seus times de futebol, participar de festas, principalmente do carnaval. O ?o dever que as novelas n?estimulam ? dever com o sagrado, com o divino. Nas novelas o sagrado ?lgo desnecess?o e, portanto, n?deve ser praticado. Qualquer coisa tem valor nas novelas, menos o sagrado. A atual novela Para? ?m bom exemplo do marketing ateu. Nesta novela tem-se uma “santa” que ningu?sabe o nome, ?ealizada uma exalta? do “filho do diabo” e n?do Filho de Deus, ou seja, de Jesus Cristo, o padre da cidade n?realiza qualquer atividade de evangeliza?, os crist? piedosos s?rotulados de “beatas” e se quer aparecem nas cenas da novela. ?uma novela que as ora?s e os atos de f?rist??apresentados como superados e antiquados. Nesta novela o moderno ?alar do “filho do diabo”, viver de fofocas e de sonhar com o estilo de vida secular e at?esmo pag?das grandes cidades. As novelas funcionam no Brasil como uma esp?e de “catecismo secular” onde as pessoas, ao assistirem as novelas, aprendem o que deve ser feito no cotidiano, o que ?erto e errado. Pelo enredo da novela Para? qualquer cidad?que tenha o m?mo de senso cr?co vai perceber que para a Rede Globo o correto ??ter nenhuma religi? Ou melhor, a ?a religi?que deve ser praticada n?? Cristianismo, mas o culto as pr?as novelas. A novela Para? est?izendo para todos os brasileiros: “N?precisam acreditar em Deus, ir a Igreja e fazer ora?s. O que os brasileiros precisam ?penas assistir as novelas e acreditar em tudo o que elas ensinam”. Mesmo que esse ensinamento seja o culto ao “filho do diabo”. O Para? que a Rede Globo tem a oferecer aos brasileiros n?? Para? b?ico, anunciado por Jesus Cristo, mas ? para? da aliena? das novelas. E infelizmente multid?de brasileiros atualmente vivem iludidos correndo atr?do para? oferecido pela Rede Globo e n?correm atr?do Para? oferecido gratuitamente por Jesus Cristo.

Rogério Mendelski

11/05/2009
Vem a?ovas confus?no j?omplicado caso da reserva ind?na Raposa Serra do Sol, agora por conta de uma anunciada parceria entre o MST ga? (?) e atuais donos da espetacular ?a cont?a de terras em Roraima. Ainda estamos lembrados do principal motivo da expuls?dos arrozeiros da reserva: eram brancos e n?podiam estar em territ? ind?na, ainda mais produzindo arroz e criando gado. Desde o ano passado que o MST ga? elabora um acordo de coopera? com as tribos que habitam a Raposa Serra do Sol, t?logo o STF confirmou, em primeira fase, a demarca? cont?a da ?a. O MST vai mandar para os ?ios mil sacas de sementes de arroz org?co, produzidas e ensacadas nos assentamentos ga?s, dando in?o a um acordo de coopera? agr?la, “sem interferir na organiza? e na autonomia dos povos ind?nas”, disse Cedenir de Oliveira, da dire? nacional dos sem-terra. O interessante nisso tudo ?ue o MST ainda se disp? emprestar “um t?ico ou um agricultor para acompanhar o plantio”, garante Cedenir. Em abril, dois militantes do movimento estiveram em Roraima avaliando todas as possibilidades de implanta? de lavouras de arroz e argumentaram que nos assentamentos ga?s, em dez deles, numa ?a cultivada de 1.300 hectares, h? cultivo do cereal sem agrot?os e sem sementes transg?cas. Na informa? divulgada os representantes do MST disseram aos ?ios que o arroz org?co produzido nos assentamentos resulta numa m?a de 90 sacos (50 quilos) por hectare, igual ?e uma lavoura convencional, mas com economia de insumos. ?preciso ir devagar com o andor porque o santo ?igorosamente de barro. Segundo dados t?icos da Embrapa, “um hectare plantado de maneira convencional atinge seu ponto de equil?io entre 99 a 105 sacos, mas com custos operacionais b?cos (insumos, hora-m?ina, irriga? e m?de obra), sem computar juros sobre o capital investido, juros de financiamento, taxas e contribui?s, benfeitorias (estradas, cercas, instala?s agr?las) e administra?.” O MST s??roduzir arroz em parceria com as popula?s ind?nas da Reserva Raposa do Sol, com ?ices t?icos semelhantes, sem insumos e tecnologia, se Tup?erramar sobre a terra cultivada sementes divinas. Aqui no RS, sem a prote? da dan?da chuva, alguns assentamentos foram arrendados ilegalmente – os assentados n?sabiam plantar arroz – e a Justi?Federal teve de intervir na ?a, recolhendo a produ?. QUEM NÏ SABE, ENSINA N?deixa de ser ir?o. O MST ga? ensinando ?ios no cultivo de arroz, na Reserva Raposa do Sol, l?o distante estado de Roraima. O mesmo MST que n?controla seus assentados que n?conhecem a t?ica do plantio e, por isso mesmo, arrendam seus lotes para arrozeiros sem terras. Em Viam?e Eldorado do Sul, dois munic?os produtores de arroz, nos assentamentos do MST o arrendamento correu frouxo. O caso foi manchete pelas irregularidades e agora tramita na Justi?Federal a responsabiliza? do Incra que deveria ter fiscalizado e impedido tais arrendamentos. FALTA DIZER Uma informa? que o Incra deve aos contribuintes brasileiros: qual a real produ? de alimentos nos assentamentos do MST? Onde est? contribui? desses assentamentos da reforma agr?a na forma? dos estoques brasileiros de gr? que tanto precisamos exportar para nosso super?t agr?la? A D?IDA A produ? dos assentamentos ?aior do que o consumo total de cestas b?cas que a cidade e os contribuintes mandam para a milit?ia do MST? Qual ?esmo o n?o mensal das cestas b?cas encaminhadas aos assentamentos e acampamentos? INTERESSANTE Os arrozeiros foram expulsos de suas terras em Roraima porque elas pertenciam aos povos ind?nas, segundo decis?do STF. Agora os ?ios querem mostrar que podem produzir alimentos nessas ?as cultiv?is. N?seria mais apropriado os ?ios buscarem apoio t?ico na Embrapa?

Reinaldo Azevedo

11/05/2009
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, como sabem, foi ?archa da Maconha. O homem ?esmo um revolucion?o. Numa das a?s armadas de que participou quando pertencia a um grupo terrorista, o mesmo de Dilma Rousseff, um inocente foi assassinado. O homem j?reinava os dedos para mudar o mundo. Que coisa! Minc ?inistro de Lula. A menos que seja ainda mais irrespons?l do que d? entender, foi ?al manifesta? com autoriza? de seu chefe. Na pr?ca, ?omo se o governo se mobilizasse contra uma lei que ele tem de fazer cumprir. E a presen?de Minc na tal marcha se torna, ent? um emblema do real comprometimento do governo com o combate ?drogas. Sua fala no evento n?poderia ser mais clara: “A lei atual despenalizou, mas n?descriminalizou. Ainda ?rime [fumar maconha], e eu acho que n?ever?os avan?. Como se v?trata-se da fala de quem tem uma agenda, de quem sabe que ?reciso caminhar aos poucos, mas “avan?” sempre. Hoje a maconha; depois, a coca?; amanh?sabe Deus. Botaremos todos os brasileiros na legalidade extinguindo as ilegalidades, entenderam? Corol?o: se voltarmos ao estado da natureza, os crimes deixam de existir. Como j?screvi aqui, em vez de a sociedade corrigir os Marcolas, os Marcolas ?ue v?reeducar a sociedade. Pouco me importa, j?screvi quinhentas vezes, o que cada um fuma, cheira ou injeta. N?tenho nada com isso. Ocorre que a droga, infelizmente, n???a mera quest?de ades?ou n?a um h?to ou v?o. Pensemos um pouco sobre a fala do “Coroa do Rio”, com aquela sua pinta de Tio Sukita do surf. O efeito da libera? total da maconha — descriminada, na pr?ca, ela j?st? no que respeita ao crime organizado seria ZERO. Para que houvesse alguma mudan?nessa ?a, seria preciso descriminar todas as drogas, especialmente a coca?. E o Brasil adotaria sozinho tal posi?. O resto do mundo continuaria a reprimir as drogas. Passar?os a ser um centro mundial de atra? de c?bros derretidos. Como se n?nos bastassem os nossos pr?os idiotas — alguns deles no topo da Rep?ca. Esse ministro boc?veria estudar um pouquinho, um pouquinho s?e l?a e de economia antes de disparar suas tolices. O que Minc acha que aconteceria com a m?de-obra criminosa que hoje se dedica ao narcotr?co? Todos se converteriam em trabalhadores? At? mais rematado dos imbecis, menos Minc, pode intuir o ?o: ela migraria para outros crimes. “Ah, te peguei, Reinaldo! Ent?voc?st?izendo que o narcotr?co ?t?ma solu??” N? Estou afirmando que o governo n?cumpre a sua parte na repress?ao tr?co de drogas e suas conseq?ias, como o tr?co de armas. Elas chegam de barco em plena Ba?da Guanabara! As fronteiras brasileiras s?terra (e ?as) de ningu? E esse estado continuaria a ser omisso. A legaliza? das drogas, que levaria a uma explos?de consumo — com as suas previs?is e ?as conseq?ias na sa?p?ca —, faria o pa?mergulhar no caos social. Acreditem: o estado necess?o para cuidar dos efeitos da libera? teria de ser muito mais competente do que aquele que se encarrega — e mal — da repress? Ou seja... Alguns dos meus leitores devem fumar maconha. Outros podem se emocionam quando uma linha reta, de repente, d?ma entortadinha. Alguns talvez gostem do Bolero de Ravel. Tenho certeza de que h?uem v?o cinema e mande colocar aquela manteiga nauseabunda na pipoca — pelo amor de Deus, gente! Cinema ?ugar de namorar, n?de entupir as coron?as... O ser humano ?ariado, ?vezes estranho. Digo, com Ter?io, que nada do que ?umano me ?stranho. Mas n?imito Fernando Lugo, o garanh?de batina (levantada) do Paraguai. N?recorro a Ter?io para justificar minha falta de limites. Ao contr?o: ele me serve como convite ?oler?ia com o Outro (o que n?quer dizer, claro, condescend?ia com o vale-tudo). Pois bem: digamos que n?haja nada de intrinsecamente mal na maconha (n?? opini?de um bom n?o de estudiosos) e que consumi-la possa ser igual a ouvir, como faz algu?em algum apartamento aqui das redondezas, o Bolero no ?mo volume (a minha sorte ?ue h?m bando de maritacas que mora entre o meu pr?o e o pr?o vizinho...). Bem, se o mundo decidir proibir o Bolero ou a nauseabunda manteiga derretida na pipoca — sei que n?contarei com essa gra? hehe... —, por mais que eu considere que seja mera quest?de gosto e direito individual consumir ou n?aquelas drogas, ser?reciso que eu reflita sobre as conseq?ias de integrar a cadeia certamente criminosa que se vai formar para comercializar o Bolero e a manteiga. Por alguma raz? o Bolero e a manteira s?liberados mundo afora, mas as drogas n? A quest?n??e moral privada, mas de ?ca coletiva. Essa hist? de que “sou apenas o consumidor e n?tenho culpa se a maconha ?roibida” ??ca do infantilismo ?co do nosso tempo. Tem, sim. Ao fazer certas escolhas, amig? voc?scolhe um mundo. O fato de haver pessoas nefastas que n?consomem drogas e consumidores que podem ser gente boa n?serve como crit?o para orientar pol?cas p?cas. IRRESPONSVEL. ?isso o que Minc ?Ele ?inistro de Estado. Se vai a uma marcha da maconha, leva a voz do governo. A m?a que embalou a passeata, como se noticiou, era a tal “Vou apertar, mas n?vou acender agora”, toda ela feita de refer?ias um tanto desairosas ?ol?a — e, pois, ao estado —, em oposi? ?uposta esperteza da nata da malandragem. Nada mais pat?co do que ver os bacanas do Rio (ou de qualquer lugar) macaqueando a suposta linguagem dos pobres — pobres que, diga-se, n?compareceram ao evento. Pais e m? de fam?a dos morros e das periferias das grandes cidades detestam as drogas. Sabem que seus filhos, se vitimados pelo mal, terminam assassinados antes dos 20. J?s usu?os de Copacabana, Ipanema ou Leblon ter?vida longa. Podem consumir droga ?ontade, que seu futuro est?ais ou menos garantido. Os de mais sorte chegam a ministros de estado. Imaginem se um comportamento como esse de Minc n?viraria um esc?alo pol?co em qualquer democracia do mundo! Imaginem o que a oposi? n?faria... Por aqui, n?vai acontecer nada. Ou melhor, vai: as drogas continuar?proibidas; a pol?a continuar?orrompida; o estado continuar?misso; 50 mil pessoas continuar?a ser assassinadas todo ano; os Mincs da vida continuar?a ir a marchas da maconha, e os marchadores da erva logo organizam uma outra marcha, a?ela paz. No s?do, d?dinheiro para os bandidos comprar rifles; no domingo, protestam contra o uso que eles fazem dos rifles que compraram. Entenderam? Minc precisa trocar os seus coletes transadinhos por uma camisa-de-for? Pronto! Fumei um ministro inteiro. E n?tou sentindo nada...