A morte de Castello Branco
H?itos que perambulam pela Hist? do Brasil como almas penadas. N?h? que consiga sepult?os. Ontem, em uma dessas conversas descompromissadas que se tem em fim de semana com os amigos, e mesa de caf?o suposto enigma da morte de Castello Branco, o primeiro presidente do regime militar, voltou ?ona. Lembrei de uma a? civil p?ca, em 2006, instaurada por iniciativa de um procurador-geral da Rep?ca, no Cear?para obter informa?s mais detalhadas.
N?tive mais not?as desta a?? n?sei do seu desfecho, mas tenho uma pequena contribui? ao caso, colhida acidentalmente ao entrevistar Rachel de Queiroz para a R?o Ga?, em 1989, quando a Editora Jos?l?io reuniu sua obra adulta em cinco volumes. O nome de Castello Branco surgiu na entrevista porque eles eram primos distantes. O marechal tinha ido visit?a, em Quixad?no interior do Cear?Foi de l?ue partiu para a morte.
A hip?e de assassinato pol?co j?ra rumor corrente, ent? Rachel refutou a vers? Contou que, ao partir para Fortaleza, Castello pediu ao piloto do avi?para sobrevoar, no trajeto, um conjunto habitacional, constru? na regi?em seu tempo de presidente.
Tal como ocorrera com Salgado Filho muitos anos antes, e iria acontecer com Ulysses Guimar? poucos anos depois, o piloto se op?mas foi vencido pela teimosia de Castello. Di ferente do caso de Salgado e Ulysses, em que havia problemas de mau tempo, o piloto alertou Castello que a ?a era reservada ao treinamento dos ca? da FAB, portanto, vedada a avi?civis pelo alto risco de acidentes.
Houve tamb?boatos de que pretendesse voltar ?resid?ia da Rep?ca e at?izera um pronunciamento contra o regime para cuja instaura? contribu? como l?r, n?como figura secund?a.
N?confere com as informa?s que se tinha na ?ca. Castello discordava do grupo de Costa e Silva e defendia a volta ?emocracia. Para tanto, desejava concorrer a uma cadeira no Senado. Por isso, fora ao Cear?seu Estado natal, para coordenar apoios ?andidatura. Aproveitou a viagem para visitar Rachel, com quem esteve alguns dias.