Dom Antonio Carlos Rossi Keller

13/03/2009
Frente aos ?mos acontecimentos, amplamente e de certa forma, irresponsavelmente noticiados pelos meios de comunica? de todo o pa?e de outros pa?s, envolvendo uma crian?de 9 anos de Alagoinhas (PE) e de outra crian? esta de 11 anos, de Ira?RS) em territ? de nossa Diocese, venho por meio desta Nota Pastoral esclarecer que: 1. Para a Igreja, o aborto volunt?o, diretamente provocado, ?empre gravemente il?to. O c?n 1398, que prev? pena de excomunh?“latae sententiae” (ou seja, sem necessidade da interven? da autoridade judicial da igreja, pelo pr?o fato de se ter cometido o delito com plena responsabilidade) n?faz nenhuma exce? quanto aos motivos do aborto. A pena de excomunh?atinge a todos os que, conscientemente, interv?no processo abortivo, quer com a coopera? material (m?co, enfermeira, etc.), quer com a coopera? moral verdadeiramente eficaz: pais e todos aqueles que for? a concretiza? do crime. No caso espec?co de Alagoinhas (PE), a menor gr?da n?tem nenhum tipo de responsabilidade, por incapacidade de decis?e pelo que agora se entende, segundo o testemunho do p?co do lugar, tamb?os pais da menor foram fortemente pressionados,e at?esmo enganados a respeito da gravidade do estado de sa?da menor, por alguns funcion?os da estrutura p?ca onde foi realizado o aborto. Portanto, quase que certamente os pais da menor n?incorreram em tal pena, j?ue foram pressionados psicologicamente a autorizar tal ato. 2. O Exmo. Sr. Arcebispo de Olinda e Recife, Dom Jos?ardoso Sobrinho, OC n?excomungou ningu? T?simplesmente recordou aquilo que ? ensinamento tradicional da Igreja nestes casos, ou seja, aquilo que j?oi explicado no item anterior: todos aqueles que atuam, de forma volunt?a e consciente no crime do aborto, est?fora da comunh?da Igreja. 3. Sua Excia. Revma. tamb?explicou o sentido da pena de excomunh? que ? priva? dos bens espirituais e a limita? do exerc?o dos direitos como cat?os. A pena existe para que se entenda a gravidade do mal cometido, e para que quem a comete possa refletir e pedir perd?a Deus pelo mal realizado, bem como para punir tamb?o esc?alo produzido pela atitude errada. A finalidade da pena ?portanto, a de um rem?o espiritual. 4. O que de fato causa esp?e em toda esta pol?ca ? atitude daqueles que defendem o aborto, que exigem todo o direito de expressar suas opini?e conceitos, mas n?aceitam que a Igreja, fundamentada na Doutrina de Cristo e de Seu Evangelho, possa exercer tamb?o mesmo direito. Esta ? liberdade de express?que predomina em muitos destes grupos de press? 5. Finalmente, em rela? ao caso ocorrido em nossa Diocese, ou seja, a da crian?de Ira?RS), os fatos tomaram outros rumos, gra? a Deus. Em primeiro lugar, preservou-se a vida da crian?gerada. Em segundo lugar, socorreu-se a menor que engravidou, oferecendo-se a ela e a seus familiares o conforto e a aten? psicol?a, social e espiritual. Nossa Igreja Diocesana, especialmente as Par?as de Ira? de Tenente Portela, estar?atentas e pr?as desta fam?a, t?duramente provada. 6. Em rela? aos que violentaram estas crian?, ?mportante dizer que cometeram um pecado grav?imo. Est?tamb?eles afastados da Comunh?Eclesial, efeito do pecado grave. Devem igualmente arrepender-se do mal realizado ?meninas e do esc?alo e, s? caso de arrependimento sincero e atrav?do sacramento da Penit?ia, poder?retornar ?omunh?eclesial. S?pecados e penas diferentes, mas igualmente graves. 7. Pe?a toda a Comunidade Diocesana ora?s para que esta situa? toda possa nos fazer compreender o valor e a import?ia do respeito ?ida, tanto daquelas crian? que ainda n?nasceram, como daquelas que j?st?neste mundo. Uma sociedade que n?respeita suas crian? est?adada ?arb?e, que se manifesta tanto nos abortos como tamb?nas diversas formas de viol?ia infligidas ?crian?. Neste ano, em que a Campanha da Fraternidade nos fala da Seguran?P?ca e da necessidade da convers?em rela? ?iol?ia, como cat?os, n?podemos admitir que nossas crian?, mesmo aquelas n?nascidas, sejam desrespeitadas em seus direitos mais fundamentais. 8. Finalmente, pe?aos senhores padres que leiam esta Nota Pastoral nas Santas Missas Dominicais do final de semana dos dias 14 e 15 de mar? III Domingo da Quaresma. Frederico Westphalen, 07 de mar?de 2009. + Antonio Carlos Rossi Keller Bispo Diocesano

Desconhecido

13/03/2009
Um imigrante da antiga Uni?Sovi?ca (h?uem afirme que seja de Cuba) tenta mostrar a um amigo como era a vida sob uma ditadura. – Me conta – diz o amigo – como se vivia na era de Stalin? – Ora, meu amigo, eu n?podia me queixar... – E a economia? – Pois olha, a gente n?podia se queixar... – E a qualidade de vida? O lazer, o trabalho... – Bem, eu n?podia me queixar. – Mas e ent?por que fugiste de l? – Pois, porque n?podia me queixar!

O Globo

13/03/2009
Com o recrudescimento da crise e a queda do PIB, o governo federal analisa suspender por tempo indeterminado os aumentos concedidos a um milh?de servidores no ano passado. Os reajustes t?impacto de R$ 29 bilh?no Or?ento de 2009. A ?a econ?a estuda formas de acionar salvaguardas que condicionam os reajustes ?isponibilidade or?ent?a. Mas o presidente Lula e a ministra Dilma Rousseff, pr?andidata do PT para 2010, ainda resistem, temendo o custo pol?co da medida. Os servidores j?mea? fazer greve. N?? primeira vez que a equipe econ?a diverge do presidente Lula e da ministra Dilma. Isso ocorre tamb?nas discuss?sobre o pacote habitacional, no qual Dilma quer incluir casa de gra?para a popula?.

Agência AFP

12/03/2009
O MP e Organismos de Intelig?ia da Col?a rastrearam propriedades das FARC em 28 pa?s, especialmente No M?co, Panam?Costa Rica, Equador e El Salvador. Os bens das FARC estavam relacionados no laptop de Raul Reyes, n?o 2 e morto em combate pelo ex?ito. Incluem fazendas de gado e lavouras, terrenos, empresas, incluindo uma industria t?il, supermercados e milhares de cabe? de gados. No Panam?l?de terrenos, possui uma casa-quinta no povoado de David e ve?los.

Gélio Fregapani

12/03/2009
Ambientalismo contra o Brasil Caso se imponham os esquemas delirantes dos ambientalistas dentro do governo, com as restri?s de uso da terra para produ? de alimentos, um ter?do territ? do Pa?ficar?nterditado a atividades econ?as modernas. Entre outras restri?s haveria a da inclina? do terreno, que for?ia a erradica? dos vinhedos da serra gaucha, das macieiras de Santa Catarina e da maior parte dos cafezais de Minas e Esp?to Santo. A Secretaria de Desenvolvimento Ambiental de Rond? cancelou a autoriza? para obras da constru? da usina hidrel?ica de Jirau, no rio Madeira. Ou quer parar o progresso ou quer que se fa?uso das termel?icas, mais caras e mais poluentes. S?mesmo burros ou apenas corruptos? Mas o Brasil reage. Depois de anos sob o fogo das campanhas do movimento ambientalista-indigenista, os produtores rurais do Par?artiram para contra-ofensiva contra o Greenpeace. Os produtores da regi?iniciaram o movimento Fora Greenpeace!, esclarecendo sobre as suas motiva?s contr?as aos interesses nacionais. Centenas de autom?s circulam pelas ruas de Santar? PA com adesivos com a inscri?: Fora Greenpeace.. Amaz? ?os brasileiros. A bancada ruralista manifesta que o principal problema ambiental a ser equacionado ? lixo e esgoto das cidades, e lembram a cidade de Franca.que ter?eu lixo totalmente transformado em adubo em apenas seis meses. Isto pode parecer uma disputa entre ambientalistas X produtores, nas n? A disputa do aparato ambientalista ?ontra o Brasil. E o aparato ambientalista recebe suas ordens das ONGs brit?cas, holandesas e norte-americanas. Ainda a base de Alcantara A ONG Justi?Global denunciou, anos atr? ?omiss?de Direitos Humanos da OEA, em Washington, que as comunidades quilombolas estavam sendo v?mas de discrimina? racial coletiva desde a cria? do Centro de Lan?ento Aeroespacial em Alc?ara, porque centenas de fam?as foram transferidas de suas terras para agrovilas, embora devidamente indenizadas. Depois outra ONG internacional, assessorou aos quilombolas para mais reivindica?s junto ?rganiza? Internacional do Trabalho, em Genebra. A trapalhada ?mensa. Em assunto de tal import?ia, em que est?m jogo o desenvolvimento e at? autonomia em importante ramo da ci?ia e da economia, justifica-se a desapropria?, sejam os propriet?os brancos, ?ios,negros , orientais ou mesti?. Esta pol?ca discriminat? que cria intoc?is ?ais do que ca?a; ?diosa. A Alc?ara Cyclone Space, binacional p?ca Brasil-Ucr?a n?conseguir?umprir o tratado de colocar em ?ta seu primeiro foguete, o Cyclone-4, com lan?ento previsto para julho de 2010. Al?do preju?, o vexame. Sempre considerei o atual governo melhor do que o entreguista governo anterior. Com essa pol?ca racista que nos torna um pa?dividido, cada vez tenho mais d?as. Penso que trilhamos um caminho que pode conduzir a um confronto armado, e que o estrangeiro pode se aproveitar para tirar proveito. Campanha do desarmamento Segundo a ONG Viva Rio a solu? ??reagir e deixar o bandido fazer o que desejar. Qual o objetivo de tal decis? Na Alemanha e na R?a, duas ditaduras que mataram milh? foi o de retirar a capacidade de defesa dos cidad?. E o primeiro passo foi justamente este. Apenas seus adeptos puderam manter-se armados Fica claro que a campanha anti-armas ?ruto de uma orquestra? internacional. A campanha em outros pa?s ?astante semelhante ao modelo no Brasil. J?e viu que, para diminuir a criminalidade n?funciona. A certeza da n?rea? s?rna os criminosos mais ousados. Qual ? inten? dos que querem o desarmamento da popula? honesta? Teoria da conspira?? O fato ?ue a orienta? ?roveniente do exterior. Seria o prop?o, junto com o desmantelamento das For? Armadas, o de implantar uma estrutura de governo mundial, acima dos Estados Nacionais, que os donos do mundo pretendem ver inviabilizados no contexto da globaliza?? N?sei, mas a pe?se encaixa nesse quebra-cabe? A incoer?ia do bispo - opini?pessoal como cat?o convicto A fun? de social de um sacerdote ?rientar e perdoar. Condenar ?ma distor? do cristianismo Se o tal bispo acha mesmo que a vida dos dois fetos ?ais importante que a vida da menina violentada, que tente orientar, e se n?conseguir, perdoe. N?faz parte da doutrina crist?tirar a primeira pedra. Para quem n?acredita em secess? As primeiras tr?tribos da Bol?a se declararam aut?as, nos termos da nova Constitui?. A regi?? primeira a se declarar territ? ind?na aut?o. O texto constitucional boliviano reconhece a autonomia ind?na origin?a do campo como o autogoverno como exerc?o da livre determina? das na?s e dos povos originais. E na Raposa O ex-relator da ONU, Stavenhagen, , que deu palestra sobre os direitos dos povos ind?nas na Universidade de Bras?a (UnB), diz que vem recebendo informa?s preocupantes dos ?ios da Raposa Serra do Sol quanto ao perigo de a ?a da reserva ser reduzida. Certamente por ordem do pr?ipe Charles. O presidente da Funai encontra-se hoje na Raposa. N?se arriscou. levou escolta de 40 Policiais Federais ?dios contr?os a expuls?dos agricultores informam a presen?de um micro ?us com estrangeiros. Not?a de pr?a chegada de italianos no dia 13 Querem mesmo nos dividir Ministros do governo Lula lideram a provoca? ?For? Armadas: Tarso Genro - (in)Justi? e Paulo Vannuchi - Direitos (d? Humanos). Agora preparam um comercial de televis?em que aparecer?m? de desaparecidos segurando fotos dos filhos. Compreende-se a dor das m?, mas n?a a? desses ministros de um governo que se diz de todos. Isto d?argem ao aparecimento das m? de militares e policiais mortos pela guerrilha, exigindo a puni? dos assassinos - exatamente os ministros. Talvez esta seja a ?ma hora em que possamos esquecer as antigas diverg?ias e nos unirmos em defesa da P?ia. Sauda?s patri?as Na pr?a semana trarei novas informa?s GF

Ib Teixeira

12/03/2009
O relato est?o brit?co “The Guardian”. O menor Luke Mitchell, de 16 anos, foi condenado ?ris?perp?a em Edimburg, capital da Esc?, sob a acusa? de haver assassinado a namorada, Jodi Jones, uma garota de apenas 13 anos. Ap?atar Jodi, o assassino desnudou seu corpo para em seguida mutil?o. Na ocasi? Mitchell tinha apenas 14 anos. Para o juiz Lord Nimmo Smith, o adolescente n?passa de um homicida extremamente perverso e deveria ficar preso “sem qualquer limita? de tempo”. Um j?acolheu a acusa? e terminou por condenar Mitchell ?ris?perp?a. O que acontece no Brasil a um menor de 18 anos que cometa um crime como o do ingl?Luke Mitchell? Ou com um adolescente autor de 5 ou 10 assassinatos? A resposta vamos encontrar no Estatuto da Crian?e do Adolescente. Para come?de conversa, entre n?o jovem Mitchell n?teria cometido um crime. Seria autor apenas de “um ato irracional ”. Em S?Paulo, o ent?adolescente conhecido como Bator??cometeu crime algum ao assassinar 11 pessoas. Bator?ometeu 11 “infra?s”. Na Inglaterra enfrentaria a pris?perp?a. Em outros pa?s, ap?ompletar a maioridade continuaria na pris? No Brasil, generoso com os assassinos e implac?l com as v?mas, seria internado em estabelecimento educacional, n?prisional, por apenas tr?anos. Como est?o referido Estatuto: “Art. 112 — Verificada a pr?ca de ato infracional, a autoridade competente poder?plicar ao adolescente as seguintes medidas : I - advert?ia; II - obriga? de reparar o dano; III - presta? de servi? ?omunidade; IV - liberdade assistida; V - interna? em regime de semiliberdade; VI - interna? em estabelecimento educacional; VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.” Na pior das hip?es, o ingl?“infrator” seria internado em estabelecimento educacional. Foi o que a lei reservou a Bator?Na Inglaterra, por? pelo assassinato da garota Jodi, o adolescente Mitchell ganhou uma pris?perp?a. Mas no Brasil ele se beneficiaria do seguinte artigo da lei 8 069: Art. 121 — Em nenhuma hip?e o per?o m?mo de interna? exceder? tr?anos. “Par?afo V - A libera? ser?ompuls? aos 21 anos de idade.” Finalmente, adverte o art. 124: “- Em nenhum caso haver?ncomunicabilidade.” Portanto, f?l concluir que Mitchell estava na hora errada, no lugar errado, no pa?errado quando matou, degolou e mutilou a garota Jodi Jones. Entre n?eria um “quase direito” de matar, assegurado pela lei 8.069. Podendo at?esmo declarar ante ?c?ras de TV que degolara a menina e a lan?a ao lixo. Tal como fez aquele menor de uma das rebeli?da Febem paulista ao dizer em alto e bom som que matara o colega: “Peguei a enxada, cortei a cabe?dele e depois joguei no lixo...” Na Inglaterra, nos Estados Unidos e em outros pa?s a lei ?ura mas ? lei. N?h?mpunidade para o assassino, seja menor ou maior. ( E eu acrescentaria, f? deputado ou senador) Ali? uma pris?por vida ? que est?nfrentando aquele menor de 11 anos, condenado ?ris?perp?a por um tribunal do Texas por haver lan?o pela janela do 5 andar a menina de 3 anos que lhe negara um caramelo. O resultado desse sistema penal faz com que os ingleses registrem 8 assassinatos por 100 mil habitantes. N?rasileiros j?amos nos aproximando dos 50! Embora este Estatuto do Menor e do Adolescente tenha em seu bojo algumas disposi?s interessantes, em sua maior parte, por? trata-se de um reposit? de sandices, como, por exemplo, o art. 16, segundo o qual a crian?“tem o direito de ir e vir e estar no logradouro p?co”. As m? em geral dizem aos filho: — menino, sai da rua... O Estatuto, ao contr?o, manda que a crian?fique na rua. Ao mesmo tempo comina uma pena de seis meses a dois anos a quem privar a crian?dessa “liberdade”. Tal estatuto ??escandalosamente insensato que o renomado jurista Alyrio Cavaliere chegou a compilar em livro as 395 aberra?s de tal legisla?. E n?s?poucas quando se considera que a lei 8.069 cont?apenas 267 artigos. Com esse mar de aberra?s jur?cas, por que o Estatuto sobrevive e encontra tantos defensores no Congresso? A coisa ?imples. A lei criou os chamados conselhos tutelares que s?eleitos por voto popular em bairros e munic?os. S?cargos bem remunerados, com infra-estrutura financiada pelo poder p?co — pr?os, carros oficiais, secret?as e outras mordomias. Ou seja, um poderoso instrumental para a arregimenta? de futuros eleitores para candidatos e partidos pol?cos mais atuantes. Portanto, que ningu?se iluda. O menor delinq?e tamb?vale voto no Brasil. * Jornalista e advogado.

Osmar José de Barros Ribeiro

12/03/2009
Hoje pela manh?ao assistir o programa “Bom dia, Brasil”, tomei um susto: o PIB do nosso Pa?caminha c?re para n?crescer coisa alguma no corrente ano, a continuarem as atuais condi?s da economia. As perspectivas s?extremamente sombrias e tanto o ministro da Fazenda quanto os industriais clamam pela queda dos juros praticados pelo Banco Central. E os dos juros cobrados pelos bancos comerciais ?pequenas e m?as empresas? Isso, ningu?comenta... Enquanto isso, o “Nosso Guia” deixa de considerar a crise como uma marolinha na qual nem daria para surfar e admite, embora com ressalvas, que ela chegou at??No entanto, em lugar de fazer o que qualquer pessoa de bom senso faria, ou seja, cortar gastos sup?luos do seu (des)governo, promover obras de infraestrutura e da constru? civil (uma forma de dar emprego ao pessoal de baixa renda), etc., age de maneira bem pouco sensata: aumenta os gastos da Uni?com pessoal e encargos sociais numa hora em que a arrecada? de impostos cai a olhos vistos. Nesse quadro, deveras sombrio, a solu? ser? corte dr?ico nos investimentos. As For? Armadas podem dar adeus aos sonhos de reequipamento e ?anuten? dos seus efetivos, pelo menos a curto e m?o prazo. Nossos engenheiros e cientistas, idem, quanto ao apoio ?esquisa. Mas n?h?roblema: o sal?o m?mo vai crescer mais que a economia, as “bolsas” disso e daquilo, tamb? Podem preparar seus ouvidos: muito em breve voltaremos a ouvir patri?as invectivas contra o “espoliador capital internacional”, “contra os desalmados patr?, pela “reestatiza? das empresas privatizadas” e, quem sabe, os vibrantes gritos de “Fora FMI”. Quem viver, ver?

Paulo Rabello de Castro

12/03/2009
OS “SPREADS” nos mercados d?indica? de um pr?o choque financeiro, de propor?s semelhantes ao abalo sofrido ap? quebra do Lehman Brothers. Se o novo apag?acontecer, ser?m duro golpe nas previs?dos chamados “otimistas de vento”, que insistem em projetar uma recupera? em “V” da economia americana. Os n?os mais recentes do desemprego nos EUA – mais 650 mil dispensados apenas em fevereiro – tornam fantasiosas as expectativas de uma revers?r?da do quadro geral de piora. As autoridades americanas tentam, agora, abortar os efeitos aparentes da crise. O julgamento dos primeiros 60 dias de Obama ?uro por dois motivos principais: o tamanho do problema e a natureza do abalo com que est?lidando. A equipe do novo presidente herdou um colossal erro de diagn?co de Paulson, o ex-secret?o do Tesouro de Bush, e de Ben Bernanke, chefe do Fed. Ao considerar o problema dos bancos como essencialmente uma “crise dos cr?tos sub-prime”, o verdadeiro problema de solv?ia, advindo de classes m?plas de ativos problem?cos, foi solenemente ignorado. Nisso o Fed perdeu parte da credibilidade, quando seus ativos e passivos saltaram em 100% durante 2008, para cerca de U$$ 2 trilh? em sucessivos socorros bilion?os a bancos e n?bancos. O novo plano do secret?o do Tesouro, o novato Tim Geithner, conseguiu uma proeza a mais: provou aos mercados que o tamanho do problema era, de fato, de v?os trilh?de d?es, e que o governo Obama n?tinha id? clara de como lidar com a avalanche por acontecer! Isso foi um m?atr? Desde ent? a confian?dos investidores, que j?ra quase zero, embicou de vez, jogando fuma?sobre o an?o do outro plano de Obama, seu pacote de “est?los” de U$$ 878 bilh? com o qual o novo presidente pretende sustar a onda de desempregos. Senadores republicanos falam hoje em “deixar os grandes bancos quebrarem” para proteger os contribuintes de ruinosas e aparentemente in?s opera?s de socorro. Infelizmente, o tremor financeiro mundial aconteceu em ambiente de nega?. O governo Bush pedalou sua sa? de cena, deixando a Obama a batata fumegante. A quest?crucial, neste momento, n???tamanho do problema, sen?tamb?a natureza do abalo. A sincroniza? planet?a da crise gera ondas de impacto atrav?das retra?s sucessivas da demanda mundial por exporta?s. Nunca houve, em per?o que se tenha not?a, tal elimina? conjugada de gastos de consumo e investimento. Essa caracter?ica ?otalmente nova, contrariando os otimistas de vento que viam China e demais Brics, inclusive n?como os sustentadores da demanda cadente no ?ito do G7. Como n?h??la keynesiana para os EUA se livrarem da retra? geral, os governos v?gastar o dobro ou o triplo para conseguir metade do efeito esperado. Todos se voltam para o encontro do G20, dia 2 de abril em Londres, mas ainda n?se sabe de uma ?a id? para se por em pr?ca no dia seguinte, ajudando a recompor a confian? Por isso, a economia mundial continuar?onvivendo com n?os muito desalentadores. O Brasil, bem defendido inicialmente, n?escapar?e uma deteriora? lenta e progressiva, importada dos demais. Chega a ser chocante, neste cen?o de perigos, a absoluta aliena? dos pol?cos em Bras?a, que se esgrimam por vagas em arranjos de supostas candidaturas a 2010, numa economia t?prejudicada em sua trajet? de crescimento nos dois anos finais de Lula. Talvez apenas o abalo s?ico, um apag?geral, possa fazer os l?res da p?ia amada despertarem de sua pr?a escurid? * Professor de economia. paulo@rcconsultores.com.br

Agencia Estado

12/03/2009
CAROLINA FREITAS - SÏ BERNARDO DO CAMPO - Os dois principais nomes apontados para a sucess?presidencial de 2010, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de S?Paulo, Jos?erra (PSDB), se enfrentaram hoje em um evento sobre alternativas para enfrentar os efeitos da crise financeira internacional no Brasil. Convidados a compor a mesa em evento em S?Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista, eles aproveitaram seus discursos para trocar farpas e fazer propaganda das administra?s em que atuam. Porta-voz do governo federal, Dilma falou primeiro e comparou os combates ?crises liderados pelo presidente Luiz In?o Lula da Silva e pelo tucano Fernando Henrique Cardoso, sem citar nominalmente o ex-presidente. O governo sempre foi parte do problema em todas as crises antes desta. Vinha o c?io, a sa? brutal de capitais, e o governo quebrava. Ao quebrar, recorria ao Fundo Monet?o Internacional (FMI), que impunha um receitu?o recessivo, disse a ministra. Hoje o governo ?arte da solu?, porque pode fazer pol?ca fiscal e monet?a. Dilma destacou ainda o fato de o governo Lula ter baixado os porcentuais de dep?o compuls? a serem recolhidos pelos bancos ao Banco Central (BC). FHC fez o contr?o quando era presidente. O governo (Lula) n?precisou sacar do Tesouro Nacional para injetar liquidez na economia. Nossa pol?ca fiscal pode se concentrar na gera? de renda e na desonera? tribut?a, disse. Serra, a seu tempo, partiu em defesa de Fernando Henrique Cardoso, tamb?sem citar o colega. O governador falou sobre o saneamento do sistema financeiro, por meio do plano de salvamento de bancos Programa de Est?lo ?eestrutura? e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), e o papel antic?ico dos bancos p?cos. A ministra defendeu que os Estados e munic?os t?hoje, gra? ao governo federal, melhores condi?s financeiras e colocou Serra na berlinda: Est?? governador de S?Paulo com uma capacidade de investimento invej?l se voc?omparar com o passado. Para fincar oposi? ao que dissera a ministra, em seu discurso Serra fez quest?de enfatizar a import?ia de descentralizar os investimentos federais para dar mais f?o a investimentos decididos localmente. Os Estados podem pegar d?da em coeficiente de dois em rela? ?ua receita, mas os munic?os em coeficiente de um s?gito. N?vejo sentido nisso. Serra esclareceu n?sugerir uma mudan?na Lei de Responsabilidade Fiscal, mas uma decis?do Senado por iniciativa do governo federal. Selic O tucano criticou, na frente de Dilma, a demora do Comit?e Pol?ca Monet?a (Copom) em reduzir a taxa b?ca de juros da economia, a Selic. Estamos com seis meses de crise sem uma pol?ca ativa de redu? de juros, afirmou Serra. Era o momento de ter jogado os juros l?mbaixo, mas o Brasil foi na contram?do mundo. Dilma, pouco antes, tentou lan? um olhar positivo sobre a quest?dos juros. Vamos baixar os juros b?cos e criar uma refer?ia para os spreads (a diferen?das taxas de capta? e de empr?imo cobradas pelos bancos) no Pa? A crise ? oportunidade de termos juros civilizados, sem uma v?ula de risco, e fazer disso a principal alavanca do Pa? Tanto o tucano quanto a petista enfatizaram feitos das administra?s de que fazem parte. Dilma detalhou o Plano Nacional de Habita? que pretende lan? em breve para construir 1 milh?de casas e dar subs?os a pessoas de baixa renda. A proposta, grande bandeira do governo federal, foi ignorada por Serra, que preferiu falar sobre seu pr?o programa de moradias populares. Estamos tocando 100 mil habita?s para pessoas com at?r?sal?os m?mos neste ano - 40 mil v?ser entregues, 60 mil est?em andamento. Dilma discorreu sobre o Programa de Acelera? do Crescimento (PAC), as pol?cas sociais e a classe m?a criada pelo governo Lula. Serra afirmou: H?rogramas de transfer?ia de renda e sal?o m?mo rural que criam demanda interna, mas isso n?significa que n?temos problemas. Sem mod?ia, Serra lembrou sua atua? como ministro do Planejamento de Fernando Henrique para salvar a ind?ia automobil?ica. O c?io estava sobrevalorizado, havia repasse de tarifas e um acordo com a Argentina que permitia que os carros de l?ntrassem sem imposto. As f?icas de autom?s estavam indo embora do Pa? disse. Eu mesmo modelei um regime automotriz que deu muita briga dentro e fora do governo, mas foi o que salvou a ind?ia automobil?ica.