Reinaldo Azevedo

UNIÃO HOMOAFETIVA É O ESCAMBAU Que diabo é ?união homoafetiva?, de que tanto se falou no Supremo ontem? Por que os heterossexuais, quando põem aquilo naquilo, ?transam?, ?fazem sexo?, ?copulam? ? e outros verbos e substantivos que não devo usar num blog quase de família ?, e os gays mantêm uma união ou relação ?homoafetiva?? Por que não se diz também ?união heteroafetiva?? Quando se recorre a essa linguagem de apelo eufemístico, quem é que está exercitando o preconceito? Quer dizer que a cópula celebrada segundo os meios tradicionais oferecidos pela natureza é ?sexo?; já a outra é ?homoafetividade?? Heterossexual tem tesão; gay tem afeto, é isso? É curiosa essa operação mental ? e, de fato, de caráter ideológico ? que consiste em dessexualizar as relações gays para que pareçam, então, expressões de uma humanidade superior, grandiosa, que pairasse acima dos apetites e vulgaridades humanas. O ministro Ricardo Lewandowski, que se esforça para roubar no meu coração o lugar ocupado por Ayres Britto ? tudo na maior heteroafetividade heterossexual, hein? ?, disse ontem: ?(?)estão surgindo, entre nós e em diversos países do mundo, ao lado da tradicional família patriarcal, de base patrimonial e constituída, predominantemente, para os fins de procriação, outras formas de convivência familiar, fundadas no afeto, e nas quais se valoriza, de forma particular, a busca da felicidade, o bem estar, o respeito e o desenvolvimento pessoal de seus integrantes.? Resta evidente: para ele, os gays se juntam pelo afeto e para buscar a felicidade; os héteros, para procriar e cuidar do patrimônio. Meu Deus! Lewandowski andou lendo, a esta altura da vida, ?A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado?, de Engels? Era um livrinho muito popular na minha turma quando eu tinha, vou fazer as contas?, 15 anos! Qual é? Até as pedras sabem que a vida social e noturna de boa parte dos gays é muito mais intensa do que a da média dos heteressexuais, e bem poucos estão preocupados com ?afetividade?. Não vai juízo moral nenhum aqui. É só matéria de fato. Então vamos lá. Já que é preciso dar uma marretada na Constituição, já que é preciso ignorar o que lá vai escrito, já que é preciso fraudar a vontade, por enquanto, expressa na Constituição e, vá lá, já que a causa parece justa, então é preciso emprestar-lhe um caráter etéreo, superior, grandioso, até mesmo dessexualizado, para que a resistência ao que se pretendia ver aprovado no Supremo fosse vista como uma agressão ao Bem absoluto. ?União homoafetiva? fica parecendo coisa de santos, não de gente. Assim, fraudar a Constituição em nome da homoafetividade parece um avanço humanista; se fosse só para legalizar o casamento gay, aí os ministros não se sentiriam à vontade. Isso, sim, é moralismo chinfrim. Como se chama cada um dos parceiros de uma relação ?homoafetiva?? É um homoafeto? ? Oi, como vai? Este é Jurandir, meu homoafeto! Sou um libertário! Acho que os gays têm direito de fazer sexo, entenderam? Sem eufemismos.

Cesar Maia

A FRÁGIL BASE ALIADA DO GOVERNO (Extraído do Ex-blog do Cesar Maia em 02/05/2011) (...) 3. Vai entrar em pauta a reforma eleitoral, onde a base aliada vai afiar as unhas e não deixar votar. Vai se votar o código florestal e outra vez a base aliada vai se dividir. Vêm aí os vetos que, derrubados pela maioria do Congresso, irão ser litigiados no STF. O que fazer com a regulamentação da emenda 29, recursos para a saúde? E por aí vai. 4. A base é aliada para dividir cargos e benesses, mas não é aliada, do ponto de vista político, para tratar de questões específicas, com visões distintas e até antagônicas ao PT. Com isso, essa imensa maioria governista será a garantia de imobilismo. Nada de relevante ocorrerá no Congresso, pois a verdade dos números dá às teses do PT, quem sabe, 25% do Congresso. 5. A oposição -nesse sentido- é parte constituinte do governo. É muito maior do que quando se contabiliza, ingenuamente, pelas bancadas dos partidos que apoiaram a eleição de Dilma ou não.

ZERO HORA

AMBIGUIDADE (Publicado na Página 10 da edição de Zero Hora de 25/04/2011, pela jornalista Rosane de Oliveira) Um dos principais pensadores do PP, Percival Puggina, está incomodado com o comportamento ambíguo do partido em relação ao governo de Tarso Genro. Essa ambiguidade afronta a doutrina partidária. PP e PT não deveriam ser líquidos nem miscíveis. A política precisa expressar o antagonismo das ideias. Dizer-se que fazemos agrados ao governo para que nossos prefeitos não sejam prejudicados desvenda uma estratégia que ofende o governo e apequena o partido. Puggina louva a conduta dos deputados que ainda resistem ao que chama de constrangedora operação adesista.

Desconhecido

A professora pergunta na sala de aula: - Pedrinho qual a profiss?de seu pai? - Advogado, professora. - E a do seu pai, Marianinha? - Engenheiro. - E o seu, Aninha? - Ele ??co. - E o seu pai, Juquinha, o que faz? - Ele... Ele... Ele ?an?ino numa boate gay! - Como assim? pergunta a professora, surpresa. - Fessora, ele dan?na uma tanguinha de lantejoulas, os homens passam a m?nele, p?dinheiro no el?ico da tanguinha e depois saem para fazer programa com ele. A professora rapidamente dispensa toda a classe, menos Juquinha. Boquiaberta, ela caminha at? garoto e novamente pergunta: - Menino, o seu pai realmente faz isso? - N? fessora. Agora que a sala t?azia, eu posso falar: ele ?irigente do PT, mas eu morro de vergonha de contar isso na frente dos outros.