Obs.: coment?os abaixo do di?no Gustavo (Igreja Anglicana)
Pessoal,
Encaminho aqui o que considero ser uma extremamente l?a an?se sobre o caso da menina estuprada pelo padrasto.
As coisas e as pessoas s?apenas o que elas s? o bispo cat?o foi simplesmente cat?o, o padrasto ?m pecador (rebelado contra Deus) que permitiu a materializa? de seu desejo patol?o grave; a menina ?ais uma triste v?ma da manifesta? do pecado individual e social; o estupro ?stupro (uma horr?l manifesta? do pecado humano que em nossa sociedade convencionou-se tipificar como crime); o aborto ?borto (outra horr?l manifesta? do pecado humano que em nossa sociedade tipifica-se como crime, dependendo do caso).
E o povo? Digo, a m?a, te?os, advogados, m?cos, pais e m?, trabalhadores e desocupados? Bom... essa ?ma massa hip?ta ?da por viol?ia e por desgra? que rendam boas horas de discuss?de botequim ou nos corredores de reparti?s p?cas. Gostamos de dizer: Que absurdo!, Padrasto monstro! Merecia morrer! (por ter estuprado?), Bispo louco!, mas rejeitamos a id? de uma reflex?mais profunda sobre o caso e de como isso revela a maldade que est?atente dentro de n?esmos. assusta-nos mesmo a insinua? de que a mesma natureza que foi capaz de gerar tal atrocidade ?quela que em n?abita.
Como denuncia a Palavra de Deus N?h?usto, nem um sequer, n?h?uem entenda... todos se extraviaram ?ma se fizeram in?s; n?h?uem fa?o bem, n?h?enhum sequer (Rm.3:11-12). ?somente tal convic? que pode nos levar ?eal e profunda transforma? que precisamos a qual Jesus Cristo e seus ap?los convencionaram chamar de convers?
Rev. Gustavo L. C. Branco
(Di?no da Concatedral Anglicana de Jo?Pessoa)
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Reflex?Episcopal
Cat?os, Protestantes: Menina e Aborto
Fui cat?o romano praticante at?s 18 anos de idade, e, na inf?ia, pretendi ser Padre (tinha um primo C?o), mas tive a minha primeira “crise religiosa” justamente em raz?do celibato. Passei por uma experi?ia de convers? aceitando a Jesus Cristo como meu ?o Senhor e Salvador, aos 16 anos. Permaneci anda dois anos da Igreja de Roma. Fui, em grande parte, educado pelos jesu?s, como aluno do Col?o N?ga e da Universidade Cat?a de Pernambuco, onde me formei em Ci?ias Sociais e onde fui professor de tr?departamentos por seis anos. Sa?a Igreja de Roma por uma quest?de honestidade para comigo e para com a pr?a Igreja, quando n?mais aceitava alguns dogmas e disciplinas. Retive os estudos de Filosofia e da Doutrina Social.
O problema no Brasil, com a massa de cat?os romanos nominais ou tradicionais, ? desconhecimento e a desobedi?ia dos ensinamentos daquela Igreja. Muitos querem ser “cat?os ao meu modo”, como o sujeito que quer ser atacante em time de futebol, mas insiste no “direito” de pegar a bola com a m?..
Dom Jos?ardoso Sobrinho ?m tradicionalista, uma personalidade arredia e nada ecum?ca, mas devo respeitar a sua fidelidade ao que a Igreja de Roma ? ensina. Para a Igreja de Roma, com sua hierarquia e o seu C?o de Direito Can?o, se aplica a m?ma “Ame-a ou Deixe-a”. N?adiante exercer o “jus sperniandi”, que ???nem nunca pretendeu ser, uma organiza? democr?ca, acredita no seu “magist?o”, e pouco est?e lixando para o que seja pretensamente “atual” ou “moderno”.
Se outros grupos religiosos exp?outros entendimentos, temos todos que ser honestos, reconhecendo que, no caso do Aborto da menina estuprada pelo seu padrasto em Pernambuco, Dom Jos??deu opini?pr?a, nem falou nenhum absurdo, mas apenas foi transparente afirmando a posi? oficial da sua Igreja. Se m?cos, jornalistas ou Presidentes da Rep?ca pretensamente “cat?os” ficaram surpresos ou irados, isso fica por conta da ignor?ia ou incoer?ia dos pr?os para com a sua religi?
Vivemos em um mundo secularizado, que contesta a autoridade e os valores, que n?d?alor ?ida, e que fica surpreso quando essa falta de valores e de respeito ?ida resulta em injusti?, opress? exclus? explora? e toda sorte de viol?ia, inclusive dom?ica, entre c?ges, destes para com filhos e destes para com seus pais e av?
Como Bispo Anglicano, devo expressar, por um lado – e principalmente –, meu compromisso com as Sagradas Escrituras e com o Consenso Hist?o dos Fi?, e, por outro, o que tem deliberado a Confer?ia de Lambeth, como nosso f? maior.
No caso espec?co, os anglicanos, como a maioria dos crist?, reconhece que o ser humano ap? Pecado Original vive distante dos ideais do seu Criador, pecando por pensamentos, palavras, obras e omiss? contra Deus, contra o pr?o, contra si mesmo e contra a natureza. Como Protestante n?cremos em pecados “mortais” e “veniais”. Mas afirmamos que todo pecado ?ecado, e que todo pecador deve se arrepender, buscar o perd?e novidade de vida, e quando o pecado tamb?for um delito diante do Estado, cumprir a sua pena em uma Justi?confi?l.
A vida ?m dom de Deus, e ningu? desde a sua concep?, tem o direito de tir?a.
O aborto n??m direito da mulher em rela? ao seu corpo, mas um homic?o qualificado em rela? ao ser ou seres que ela gerou (juntamente com o seu companheiro) e que hospeda em seu ventre por nove meses. Somos, em tese, contra o aborto porque somos pr?da, inclusive depois do nascimento, com a dignidade que a todos o Criador outorgou e que os modelos s?-pol?co-econ?os, em geral, privam.
Somos favor?is a todos os m?dos anticoncepcionais n?abortivos. Somos favor?is a campanhas de educa? sexual, que inclui a preven? da gravidez precoce. Somos a favor da paternidade e da maternidade respons?is, de um Estado respons?l e de uma sociedade solid?a. Somos favor?is ao instituto da ado?.
Para a Comunh?Anglicana, h?penas uma exce? para que o aborto seja legal e leg?mo: quando implicar, concretamente, em risco de morte para a m? Isso, por? deve ser comprovado pela Justi?e pelo Minist?o P?co mediante atestado t?ico assinado por uma junta m?ca de especialistas. No caso dos menores, deve-se levar em conta, tamb? o posicionamento dos genitores. O p?io poder pode, at?vir a ser suspenso, nos casos mais graves e urgentes.
As perguntas de Dom Jos?e de todos n??poderia a menina ser assistida clinicamente, para superar a sua anemia, e ter fortalecido o seu organismo? Poderia o parto cesariano vir a se dar sem maiores riscos para a m? Sim ou n? Se sim, o aborto n?se justificaria; se n? o aborto se justificaria. Quanto aos traumas emocionais, esses existiram com ou sem aborto, embora o aborto, em princ?o, se constitua em um trauma a mais.
Quanto ao estuprador, que cometeu um grave pecado, mas (sem emocionalismos) n?se equipara ao tirar uma vida. Que se cumpra a Lei Penal, e que o mesmo se arrependa e se corrija. Que acerte as suas contas com o Juiz Togado e no Ju? Final. O mesmo aconte?com pais omissos, adolescentes lascivos, m?cos pragm?cos, jornalistas sensacionalistas, te?os permissivos ou repressivos, e governantes irrespons?is.
Que a Palavra de Deus seja anunciada! Que os valores do Reino de Deus sejam anunciados! “Eu vim para que tenhais vida, e vida em abund?ia”, disse Jesus.
Olinda (PE), 07 de mar?de 2009.
Perp?a, Felicidade e seus companheiros, m?ires em Cartago, 203
Funda? da Sociedade B?ica Brit?ca e Estrangeira, 1804
+Dom Robinson Cavalcanti, ose
Bispo Diocesano
Secretaria Episcopal
Diocese do Recife - Comunh?Anglicana
Escrit? Macei?AL
(das 8h ?13h)
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