• Agencia Estado
  • 12/03/2009
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Dilma e Serra travam embate pol?co em evento em SP

CAROLINA FREITAS - SÏ BERNARDO DO CAMPO - Os dois principais nomes apontados para a sucess?presidencial de 2010, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de S?Paulo, Jos?erra (PSDB), se enfrentaram hoje em um evento sobre alternativas para enfrentar os efeitos da crise financeira internacional no Brasil. Convidados a compor a mesa em evento em S?Bernardo do Campo, no Grande ABC paulista, eles aproveitaram seus discursos para trocar farpas e fazer propaganda das administra?s em que atuam. Porta-voz do governo federal, Dilma falou primeiro e comparou os combates ?crises liderados pelo presidente Luiz In?o Lula da Silva e pelo tucano Fernando Henrique Cardoso, sem citar nominalmente o ex-presidente. O governo sempre foi parte do problema em todas as crises antes desta. Vinha o c?io, a sa? brutal de capitais, e o governo quebrava. Ao quebrar, recorria ao Fundo Monet?o Internacional (FMI), que impunha um receitu?o recessivo, disse a ministra. Hoje o governo ?arte da solu?, porque pode fazer pol?ca fiscal e monet?a. Dilma destacou ainda o fato de o governo Lula ter baixado os porcentuais de dep?o compuls? a serem recolhidos pelos bancos ao Banco Central (BC). FHC fez o contr?o quando era presidente. O governo (Lula) n?precisou sacar do Tesouro Nacional para injetar liquidez na economia. Nossa pol?ca fiscal pode se concentrar na gera? de renda e na desonera? tribut?a, disse. Serra, a seu tempo, partiu em defesa de Fernando Henrique Cardoso, tamb?sem citar o colega. O governador falou sobre o saneamento do sistema financeiro, por meio do plano de salvamento de bancos Programa de Est?lo ?eestrutura? e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional (Proer), e o papel antic?ico dos bancos p?cos. A ministra defendeu que os Estados e munic?os t?hoje, gra? ao governo federal, melhores condi?s financeiras e colocou Serra na berlinda: Est?? governador de S?Paulo com uma capacidade de investimento invej?l se voc?omparar com o passado. Para fincar oposi? ao que dissera a ministra, em seu discurso Serra fez quest?de enfatizar a import?ia de descentralizar os investimentos federais para dar mais f?o a investimentos decididos localmente. Os Estados podem pegar d?da em coeficiente de dois em rela? ?ua receita, mas os munic?os em coeficiente de um s?gito. N?vejo sentido nisso. Serra esclareceu n?sugerir uma mudan?na Lei de Responsabilidade Fiscal, mas uma decis?do Senado por iniciativa do governo federal. Selic O tucano criticou, na frente de Dilma, a demora do Comit?e Pol?ca Monet?a (Copom) em reduzir a taxa b?ca de juros da economia, a Selic. Estamos com seis meses de crise sem uma pol?ca ativa de redu? de juros, afirmou Serra. Era o momento de ter jogado os juros l?mbaixo, mas o Brasil foi na contram?do mundo. Dilma, pouco antes, tentou lan? um olhar positivo sobre a quest?dos juros. Vamos baixar os juros b?cos e criar uma refer?ia para os spreads (a diferen?das taxas de capta? e de empr?imo cobradas pelos bancos) no Pa? A crise ? oportunidade de termos juros civilizados, sem uma v?ula de risco, e fazer disso a principal alavanca do Pa? Tanto o tucano quanto a petista enfatizaram feitos das administra?s de que fazem parte. Dilma detalhou o Plano Nacional de Habita? que pretende lan? em breve para construir 1 milh?de casas e dar subs?os a pessoas de baixa renda. A proposta, grande bandeira do governo federal, foi ignorada por Serra, que preferiu falar sobre seu pr?o programa de moradias populares. Estamos tocando 100 mil habita?s para pessoas com at?r?sal?os m?mos neste ano - 40 mil v?ser entregues, 60 mil est?em andamento. Dilma discorreu sobre o Programa de Acelera? do Crescimento (PAC), as pol?cas sociais e a classe m?a criada pelo governo Lula. Serra afirmou: H?rogramas de transfer?ia de renda e sal?o m?mo rural que criam demanda interna, mas isso n?significa que n?temos problemas. Sem mod?ia, Serra lembrou sua atua? como ministro do Planejamento de Fernando Henrique para salvar a ind?ia automobil?ica. O c?io estava sobrevalorizado, havia repasse de tarifas e um acordo com a Argentina que permitia que os carros de l?ntrassem sem imposto. As f?icas de autom?s estavam indo embora do Pa? disse. Eu mesmo modelei um regime automotriz que deu muita briga dentro e fora do governo, mas foi o que salvou a ind?ia automobil?ica.