Nos EUA, uma família adotou como bichinho de estimação um filhote de píton proveniente da Tanzânia, uma cobrinha medindo um metro e meio.
Descrita como tendo um apetite incomensurável, a píton era o xodó da casa. E quatro anos após a adoção já media seis metros.
Um dia, desejosa de fazer um lanchinho, a serpente resolveu devorar uma menina de nove anos, que foi atacada enquanto dormia.
Ora, no corpo a corpo, o atleta mais marombado não é páreo para uma píton. Mas o pai da criança, acudindo sem demora, usou um facão afiado e fez o único que poderia salvar-lhe a filha: decepou a cabeça do monstro.
Aquela família, com tão bons sentimentos, acreditou que bastava dar carinho à píton para ela se transformar em um bichinho afetuoso, mansinho e apegado ao ser humano, como costumam ser gatos e cachorros.
Essa história passou num canal da TV fechada.
Fez lembrar a ingenuidade de alguns empresários que, embora defensores da liberdade, patrocinam rádios, jornais e TVs que colaboram com ideologias de corte revolucionário.
Com o ar apalermado de quem afaga uma serpente, muitos acreditam que os adoradores de revoluções atuantes na mídia são inofensivos.
Pois faço um desafio que sintetiza a gravidade da coisa: mostrem uma só reportagem sobre o Foro de S. Paulo (FSP) publicada por algum veículo de grupos como Globo, Bandeirantes ou RBS, por jornais como Folha de S. Paulo e Estadão, ou por alguma das grandes revistas.
E a que vem esse desafio? Ora, criado em 1990 por Fidel Castro, Hugo Chaves e Lula para o fim de espalhar ditaduras bolivarianas pelas Américas, o FSP é o comitê central das esquerdas latino-americanas.
Reúne não só partidos legalizados, mas até as FARC, Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, mescla de marxismo e narcotráfico.
Presença oculta nos governos de Lula e Dilma, o FSP é indissociável da grossa corrupção desvendada na Lava Jato.
Mas seu projeto mais bem-acabado é a Venezuela, que passou de país mais rico da região a território de mendigos: ditadura extremista, imprensa amordaçada, tortura, presos políticos, setor produtivo destruído, inflação de sete (sete!) dígitos, desemprego, desabastecimento e fome.
Vendo agonizar o país que amam, há empresários venezuelanos que hoje se desesperam, só agora conscientes de que pecavam por falta de visão ampla, de que tinham uma calculadora no lugar do cérebro e de que estavam fazendo pacto com o diabo ao transacionar com um governo de esquerda.
No Brasil, por décadas, com o culposo silêncio da mídia, articuladinhos diziam que o FSP era "teoria da conspiração". Foi o "ingênuo" Cabo Daciollo, falando como candidato num dos debates eleitorais de 2018, quem mais ajudou a tornar conhecido esse conciliábulo de parasitas.
A atitude da imprensa frente ao FSP apenas revela a natureza nada democrática dos moços que dominam as redações, quase todos amestrados por ativistas de esquerda, os seus professores na universidade.
E pode piorar. Os grupos Globo e Bandeirantes já assinaram "termo de cooperação" com o China Media Group, maior grupo de comunicação do mundo e braço do Partido Comunista Chinês. Píton substituída por dragão...
E uma luz de alerta se acende agora: a Argentina está afundando no mesmo abismo, devolvida que foi ao FSP nas eleições de 2019.
Parafraseando James Carville, o marqueteiro de Bill Clinton em 1992, "é a natureza do animal, estúpido!". Assim como uma píton não se transforma num gatinho fofo, militantes de esquerda não viram defensores da democracia - ao menos não enquanto sua militância é remunerada.
E quem remunera essa turma? Patrocinadores! Entra, aí, dinheirinho do contribuinte por mãos de governantes, sabe-se. Mas o monstro não se criaria sem as verbas de publicidade da iniciativa privada.
Claro, quem produz, precisa anunciar para vender, assim como mídias necessitam de anunciantes. Mas, quem dá o diapasão nesse concerto?
Em suma, ao alimentar a corrupta serpente do socialismo, parte de nosso empresariado está fomentando um projeto que nega a propriedade privada e o livre mercado e que acaba com as liberdades individuais.
Será que empreendedores, reais responsáveis pela vitalidade da economia, vão patrocinar a "argentinização" do Brasil e permitir que o Foro de S. Paulo retome o governo e, por fim, nos transforme numa Venezuela?
Em 31/07/2020
*Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.
ESPERANÇA
No final de 2013, quando iniciou a OPERAÇÃO LAVA-JATO, mais precisamente quando a Polícia Federal prendeu o doleiro Alberto Youssef, o povo brasileiro, na medida em que tomava conhecimento da imensa ONDA DE CORRUPÇÃO que atingiu o nosso imenso e empobrecido Brasil, sob o comando do PT, viu que a moribunda ESPERANÇA, ainda que com a ajuda de aparelhos, dava sinais de vida.
UNIÃO DOS DEFENSORES DOS CORRUPTOS
Entretanto, mesmo com muitos e importantes avanços, o que poucos imaginavam é que a UNIÃO DOS DEFENSORES DOS CORRUPTOS se mostraria tão forte e poderosa, a ponto de deixar a sociedade brasileira extremamente PERPLEXA, sem saber o que fazer para que a JUSTIÇA e todas as demais INSTITUIÇÕES voltassem a ser, enfim, CONFIÁVEIS E OPERANTES.
NENHUM FOI JULGADO PELO STF
Pois, passados mais de 6 anos desde que foi deflagrada a LAVA-JATO, mesmo diante de PROVAS INCONTÁTAVEIS, CONFISSÕES DE ARREPIAR e RAZOÁVEL RECUPERAÇÃO DE DINHEIRO ROUBADO DO POVO, até agora o STF, a ÚLTIMA INSTÂNCIA DA NOSSA IMPERCEPTÍVEL JUSTIÇA não se dignou a julgar NENHUM dos BANDIDOS QUE FORAM CONDENADOS em INSTÂNCIAS INFERIORES.
INSITUIÇÃO QUE ADMIRA BANDIDOS
Ao contrário, ao invés de mandar PRENDER os BANDIDOS CONFESSOS e/ou CONDENADOS, com DOSIMETRIA ADEQUADA AO TAMANHO DOS CRIMES COMETIDOS, o STF, com clara e nojenta intenção de mostrar à sociedade o quanto ADMIRA BANDIDOS DE TODAS AS ESPÉCIES, o que mais tem feito é conceder HABEAS CORPUS até para quem não fez tal pedido.
ESVAZIAMENTO DA LAVA-JATO
Pois, dentro deste CLIMA DE GRANDE E EXPLÍCITO CONFRONTO com os DESEJOS DA ESPERANÇOSA SOCIEDADE BRASILEIRA, até a PGR -Procuradoria Geral da República se deixou envolver pela ATMOSFERA DA IMPUNIDADE se colocando a favor do ESVAZIAMENTO DA LAVA-JATO, como referiu recentemente o presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Fábio George Cruz da Nóbrega.
ATRAPALHAR AS INVESTIGAÇÕES EM CURSO
Fábio Nobrega disse, alto e bom tom o seguinte: “Nós vemos com muita preocupação a constante saída de membros do grupo da Lava Jato na Procuradoria Geral da República porque isso pode de fato atrapalhar as investigações e ações em curso". E arrematou dizendo que é preciso defender "com veemência" a independência funcional de cada membro do Ministério Público brasileiro.
PAPEL EQUIVOCADO
Como se vê, nitidamente, os ministros do STF só encontram tempo para se INTROMETER E DAR ORDENS QUE CABEM AOS PODERES EXECUTIVO e LEGISLATIVO. Fazer e/ou propor JUSTIÇA, que deveria ser o papel da Suprema Corte, aí não há a menor disposição. E quando acontece as decisões são quase sempre INJUSTAS. Pode?
30 jul 2020
Entendo que o foco precípuo de um juiz é garantir as condições básicas e estáveis para a provisão das liberdades individuais dos sujeitos, de acordo com aquilo estabelecido na Carta Maior.
Evidente que muitas das leis existentes no país estão obsoletas e, muitas vezes, o tomador de decisão as interpreta segundo seus valores e seus próprios interesses e vieses.
Não tem sido raros os casos em que decisões judiciais são proferidas, exacerbando contrassensos e excessos de visões “progressistas” inadequadas ao genuíno bem comum.
Observo claramente as resultantes desse descomedido ativismo judicial.
Pressupõe-se que homens e mulheres que cheguem ao topo da carreira jurídica, fardando a capa preta da Suprema Corte, sejam pessoas preparadas com robusta formação jurídica, dotados de notório saber e, sem dúvida, possuidores de grandeza e conduta moral, ilibadas.
Qualquer ser humano que pensa, racionalmente, possui a característica da simpatia smithiana, aquela que nos remete a imaginar os sentimentos que outro indivíduo tem ao estar ou enfrentar alguma situação social particular. Temos sim, a capacidade de imaginar e de “calçar seus sapatos”...
É justamente essa capacidade de simpatia, de imaginação e de introspecção, que nos favorece e que permite convivermos como indivíduos livres e responsáveis, em busca de harmonia, estabelecendo laços de cooperação com todo o tecido social de uma comunidade.
Smith dizia que a capacidade simpática atua em nós por meio daquilo que ele chamou de espectador imparcial; o nosso outro eu interno.
Embora sejamos diferentes em nível de formações e meios familiares, de experiências sociais e em termos de educação formal - o que permite nossas próprias racionalizações - o nosso juiz interno, imaginário, sistematicamente, deveria atuar para que refletíssemos se nossas ações factualmente estão sendo imparciais, a fim de preservarmos às virtudes sociais e uma espécie de natural preocupação com os outros.
Na verdade, nossa própria identidade social reflete aquilo que percebemos nos outros, do que apreciamos ou não, sendo que procuramos descartar de nossa identidade determinados “vícios“ detectados nesses “outros”.
Como humanos, avaliamos a conduta de outros e nossa própria conduta ou reação, julgando de acordo com as expectativas de comportamentos virtuosos relacionados ao autodomínio, a prudência, a beneficência e a justiça.
Pois é, não é nada fácil! Um desafio hercúleo já que nossa imparcialidade é, frequentemente, corrompida por nossos vieses de confirmação e necessidades de ajustamento aos grupos de pertencimento que buscamos nos aproximar - ou afastar!
No entanto, um juiz da Suprema Corte, pelo ônus da posição, tem o duplo desafio de alcançar a sua própria imparcialidade, aliada ao fato de que ele deve ser imparcial e julgar estritamente de acordo com as leis vigentes.
O sábio Hilel já nos ensinava: “Não faça aos outros aquilo que não gostaria que te fizessem”!
Bem, nossos togados da capa preta parecem ser semideuses a serem julgados exclusivamente por ELE! Quem de fato os vigia?!
Faz parte da função pública se submeter ao julgamento popular. Essa é uma verdade inescapável.
De quatro em quatro anos, em tese, os comportamentos e ações de nossos governantes são avaliados e julgados pelo crivo popular.
Uma de nossas maiores virtudes é inequivocamente nossas liberdades de expressão e opinião. Num país livre, em situações particulares de injustiça, é exatamente a esses “especialistas” que os indivíduos recorrem para terem seus direitos e opiniões resguardados!
Sem liberdades não há uma vida digna, impera a escravidão.
Tristemente estamos vivendo na era da mordaça, da ditadura do judiciário, que detêm o monopólio para calar aqueles que pensam distintamente deles, porém, esses não querem ser avaliados e julgados por ninguém, talvez nem por eles próprios - os seus respectivos expectadores imparciais internos cobram! - nem por DEUS!
Liberdade sem justiça, imparcial e justa, é uma vertigem! Não se coibe eventuais casos de injustiça impondo injustiça a toda a sociedade por meio de escancarada censura! O povo sente, enxerga, ouve, lê, avalia, julga e opina!
A grande maioria dos brasileiros está mais do que exausta dessa plutocracia tupiniquim e desse pseudo Estado de Direto verde-amarelo.
Como pode um togado do STF tomar uma decisão monocrática sobre liberdade de expressão e de opinião, tema tão caro a ordem civilizacional e a vida?! Se não fosse nesse “país sério”, eu diria surreal!
Hoje, os apologistas da liberdade, “progressistas”, aplaudem efusivamente a falta do expectador imaginário do ministro, e sua falta de parcialidade como guardião da Constituição.
Como de costume, esquecem-se eles que amanhã poderão ser eles próprios as vítimas da parcialidade, da falta de liberdade, da escassez de prudência, da falta de magnanimidade e, em especial, da injustiça!
Até as próximas versões do filme Conspiração e Poder...
Judiciário que não promove Justiça não serve. Uma Corte Suprema Corte que afronta a própria Constituição se corrompe moral e legalmente. Eis o problema criado e vivido pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil. O hediondo inquérito secreto das supostas fake news promove injustiça com inconstitucionalidade. Isto não é legal, nem legítimo.
O STF, em várias decisões, decidiu que Censura é inconstitucional. Até a imperfeita e defeituosa Constituição de 1988 assegura a plena liberdade de expressão. Portanto, é inconcebível que uma decisão monocrática de ministro do STF imponha censura. O que Alexandre de Moraes fez, com ordem prévia e geral, é que cidadãos sejam proibidos de se manifestar livremente em redes sociais. Twitter, Facebook, Instagram, Google e por aí vai são obrigados a cumprir as ordens supremas.
No twitter, a Claudia Wild definiu muito bem o que aconteceu: "A censura nada mais é do que a covardia de poderosos contra aqueles que expõem verdades inconvenientes. O censurador é o covarde-mor que tem medo das palavras. Tenta fazer da vítima o réu, da mentira a verdade. Transforma seu poder em tirania para blindar canalhas e suas crenças".
Outra twittada certeira da Wild: "Uma das situações mais desprezíveis da atualidade: democratas & humanistas de carteirinha (e sindicato) comemorando, de forma efusiva, a censura de seus desafetos políticos. Quero ver quando a censura bater na canela da tchurma. Patifes"!
Só canalhas, covardes e dissimulados não se posicionam contra a censura inconstitucional imposta pelo processo secreto do STF contra conservadores acusados, indevida e injustamente, de veicular fake news. Não importa que vozes foram caladas. Não é legítimo calar vozes. Um supremo magistrado, monocraticamente, determina a censura e fica tudo por isso mesmo?
Os censurados nas redes sociais foram os políticos, jornalistas, empresários e militantes conservadores: Roberto Jefferson, Allan dos Santos, Bernardo Kuster, Edson Salomão, Rodrigo Ribeiro, Sara Giromini, Edgard Corona, Luciano Hang, Otavio Fakhoury, Marcelo Stachin e Reynaldo Bianchi Júnior.
Um quase censurado, o jornalista conservador Paulo Briguet foi no ponto nevrálgico do problema: "O STF foi o instrumento que os petistas e tucanos encontraram para continuar mandando no Brasil. Os urubus de toga são os filhos do PT".
Por isso, temos de defender claramente: Censura, não! STF, sim! Nova composição de ministros, já! Ao praticar a inconstitucional censura prévia, com indícios de abuso de autoridade, fica insustentável a manutenção do ministro Alexandre de Moraes. Senado tem de agir.
#FreedomOfSpeech
O ex-senador José Medeiros definiu bem o que pode acontecer: "Funciona assim, o ministro é um sniper, quem entrar na mira estará morto. O senado não vai agir, acaba de aprovar projeto dando mais poderes nessa linha. Sendo bem realista, está tudo a favor do franco atirador tempo, vento e clima. OAB, alguém ouviu falar nela?".
O Brasil pratica um autoritarismo cínico. Somos uma oclocracia travestida de princípios supostamente democráticos. A Nova República de 1985, em ocaso, não aceita a vitória de Jair Bolsonaro em 2018. Por isso, o Mecanismo parte para a truculência institucional.
Está tudo errado no Brasil. Supremo Tribunal Federal existe para ser guardião da Constituição, e não órgão de perseguição política, para prática da censura que o próprio STF já proibiu. Na prática, a Corte Suprema se corrompeu. Que vergonha! Cadê o Senado?
Nem na extinta União Soviética & afins havia um órgão que acumulasse o poder de denunciar, processar, investigar, julgar e condenar (previamente) como faz o @STF_oficial no absurdo e imoral inquérito secreto das supostas fake news. Abuso de autoridade é ilegítimo e ilegal. Por isso, Roberto Jefferson mandou muito bem: "Não permitiremos que a censura da toga e a opressão prevaleçam".
A Liberdade de Expressão não pode ser assassinada a canetadas. Fake news são hediondas. Mas combatê-las com abuso de autoridade e truculência judasciária só favorece os criminosos. Só a plena e responsável Liberdade de Expressão pode estabelecer a Verdade (a Realidade Universal Permanente).
25/07/2020
* Publicado originalmente em www.alertatotal.net
O planeta em geral e o RS , em particular, experimentam desde março um pânico imposto a população por muitos políticos , pela mídia em peso e por uma parte de médicos possivelmente bem intencionados em relação a pandemia do novo coronavírus. Nós médicos, quando prescrevemos uma conduta, sempre devemos avaliar riscos e benefícios do tratamento indicado. Não podemos prescrever um tratamento que reduza a mortalidade de uma dada doença ( um câncer , por exemplo) em talvez 30% ,se os tratados possam ter efeitos colaterais insuportáveis ou mesmo mortais em quantidade similar a essa.
Chegou-se ao ponto de leigos discutirem contra e a favor de tratamentos para a covid-19 e a conduta médica perante a pandemia passou a ser ideológica , assistindo-se médicos falsificarem pesquisas ( Lancet), administrar doses mastodônticas ( cavalares foi pouco) no intuito de “prejudicar” trabalhos com o uso de uma droga: a hidroxi-cloroquina (HCQ), As outras drogas que são prescritas pela ralé da Medicina (ivermectina e corticóide) são de “centro-direita” e admissíveis em alguns pacientes , menos , é claro, nos pacientes do SUS. No outro lado, há um grupo de médicos especialistas em cardiologia, bioestatística, AIDS, oncologia , professores de educação física etc.. que defendem a quarentena como a salvação de vidas. É a ciência, bradam! E os jornalistas os entrevistam e acreditam. Cheguei a “ver” um jornalista pedir desculpas aos ouvintes/leitores por entrevistar um médico e político que pensa diferente , pois tomar conhecimento de suas opiniões poderia colocar a população em risco. Afinal , “fique em casa” é cool e pela vida. Os que divergem dessa opinião devem ser calados e espezinhados a todo custo.
Nenhuma sociedade médica em suas diretrizes de tratamento para uma dada doença deve defender o uso de drogas com nível de evidência C. Traduzindo : “a melhor nota é A e a pior é D”) , apenas A. Como justamente é o caso da HCQ e da ivermectina no tratamento da COVID-19. O médico do paciente deve pesar os benefícios nos estudos que leu versus os baixíssimos riscos dessas drogas nas doses adequadas ( não mastodônticas ), uma vez que elas têm décadas de emprego clínico seguro. Sem dúvida , prescrevê-las não é cientificamente comprovado. Porém , Isso está longe de ser fake-news como querem muitos jornalistas e alguns médicos cool.
O RS em 15/3/2020 com NENHUMA morte por covid-19 optou pela quarentena/ distanciamento social horizontal seguindo conselhos cools., modernos , “científicos”, “em prol da vida” . Infelizmente , a conduta empregada de científica não tem nada e de medieval tem muito. Embora possa parecer lógico que se não entrarmos em contato com ninguém, a doença desaparecerá com os primeiros mortos, isso é impraticável pois profissionais de saúde, frentistas, vendedores e produtores de alimento entre outros não podem parar e de cada 10 infectados apenas um tem sintomas, o que mantem o ciclo da epidemia. Qualquer estudante de segundo ano de Medicina , mesmo EAD como os atuais, sabe que uma epidemia só acaba quando 20-60% da população tiver tido contato com o agente ou vacine-se a população contra o mesmo. No caso do coronavírus , essa chamada imunidade coletiva parece ser, a cada novo estudo publicado, inferior mesmo a esses 20%. A prestigiadíssima “Revisão Cochrane” sob encargo da OMS avaliou o valor da quarentena/distanciamento social horizontal/lockdown na pandemia de covid-19 e outras epidemias virais e concluiu que esta conduta é evidência D (“nota pior que a cloroquina”), com muito baixa evidência que funciona e que todos os estudos realizados até então eram de muito baixa qualidade não devendo jamais servir para diretrizes societárias. E agora, e a ciência ?
Segundo a Cochrane, o distanciamento social adotado no RS poderia reduzir a mortalidade da doença em 30% caso o vírus “precisasse “ contaminar 70% da população e tivesse uma “capacidade de transmissão” de 3. Por sorte nossa , talvez nem 20% precisem ser contaminados e a transmissão do vírus é muito provavelmente inferior a 2 na média.
Pasmem! Os “cientistas puros” (não terraplanistas!) nunca mencionaram que , se o distanciamento social funcionasse ( repito,caso funcionasse) sua grande função talvez não fosse reduzir o número de mortos pela doença , mas sim, distribui-los ao longo do tempo. E é exatamente isto que estamos assistindo em nosso país e estado. Nosso estado começou a quarentena em pleno verão (bactérias adoram verões, vírus são apaixonados por invernos) e o resultado do primeiro estudo de prevalência ( da UFPEL) mostrou que com mais de 20 dias de quarentena a doença praticamente inexistia no RS. 2/4000 ou 0,05% de positivos. Pasmem! Nesse momento foi mantida a quarentena o que poderia ter uma de duas explicações: preconceito (não acreditaram no próprio estudo), o que inicialmente é perdoável em ciência ou erro de interpretação dos resultados, o que é imperdoável em ciência, empurrando a epidemia para o inverno, o que indubitavelmente consistiu no maior erro de gestão de saúde da história do RS. Entre 15/3 e 31/5 , os médicos assistiram a maior epidemia de saúde de nossa história. Hospitais vazios UTIs vazias, ambulatórios despovoados. Os jornais assustavam a população com 70-80% de lotação de UTIs, quando a média histórica fora do inverno é superior a 95%. No inverno ultrapassa 100%. E a cada rodada de divulgação da “pesquisa de Pelotas” , é registrado uma redução de pessoas que cumprem o distanciamento social ( o censor do Pravda da quarentena não percebeu e divulgou esses dados !).É óbvio : são 4 meses e seguramente 2 deles desnecessários , mesmo para os que acreditam na Medicina Medieval! Fecharam-se escolas, quando comprovadamente crianças transmitem o vírus 10 vezes menos que adultos e a mortalidade entre elas é inferior a 1 para 1 milhão. Entre adultos provavelmente seja de 0,1% ( 1 em mil).
Mais grave ainda, o artigo da Cochrane enfatiza que não avaliou os efeitos colaterais (sociais, psicológicos, físicos, aumento de gravidade de outras doenças crônicas e agudas, desemprego etc...) da conduta tomada. Interessante que os muito preocupados com os efeitos adversos da HCQ, deveriam saber que de todas condutas existentes, a de longe mais carregada de efeitos colaterais, inclusive mortais, é a quarentena. É sabido com evidência grau A (“nota máxima” ) por estudos em vários países que quanto maior a taxa desemprego de uma dada população , maior a mortalidade em sua população economicamente ativa. No Brasil , estudo avaliando mais de 5000 municípios entre 2012 e 2017 , verificou que 30000 pessoas morriam a mais no ano seguinte a cada ponto percentual de aumento na taxa de desemprego. Os primeiros 2 meses ( até 15/5/20) de quarentena custarão a vida de aproximadamente 2800 gaúchos entre 18-60 anos até 15/5/2021, caso nosso estado mantenha a média nacional de desemprego. Isto é evidência grau A. É ciência.
Não entrarei no detalhe dos estimados 50.000/60.000 casos de câncer que terão retardado seu diagnóstico e, consequentemente, impedido sua cura em nosso País. Um determinado serviço privado de radiologia de Porto Alegre diagnosticava em média 14 casos por mês de câncer de mama. Em abril foi zero. em maio foram 2. Em 2021, teremos provavelmente 26 mulheres a mais com câncer de mama incurável diagnosticadas na nossa cidade. E a ciência? Não vou comentar o aumento nas taxas de femininicídio , depressão , suicídio e outros incontáveis danos psicológicos causados pelo medo dos políticos em lhes serem imputados mortes, da histeria da grande mídia (que tem, e muito, parcela de culpa) e da pseudo-ciência evidência D dos ouvidos por nossos governantes em Porto Alegre e RS.
Prof. Dr. Julio Pereira Lima , MD, PhD , FASGE.
Prof. Associado do Serviço de Gastroenterologia da UFCSPA/ Santa Casa de Porto Alegre.
Chefe do Serviço de Endoscopia Digestiva da UFCSPA/ Santa Casa de Porto Alegre.
Presidente da SIED (2016/2018).
2019 German Endoscopy Society Honour Award Carrier
2019 DGVS-Sektion Endoskopie Ehrenpreisträger
CONGRESSO REFORMISTA?
No ano passado, tão logo foi aprovada a (MEIA) REFORMA DA PREVIDÊNCIA, a maioria dos brasileiros, inclusive eu, acreditou que, mesmo com flagrantes restrições, o CONGRESSO NACIONAL dava sinais de ser REFORMISTA, ou seja, muito comprometido com as velhas e sempre adiadas REFORMAS ADMINISTRATIVA, TRIBUÁRIA, POLÍTICA, etc...
FARSA
Entretanto, com o passar dos dias, semanas e meses, tudo aquilo que parecia ser um REAL E ENCANTADO COMPROMISSO foi ficando com cara de mais uma FARSA, do tipo MAIS DO MESMO. Para completar, o LEGISLATIVO ainda passou a contar com o apoio da instância máxima do PODER JUDICIÁRIO, que simplesmente resolveu desempenhar o papel que até então competia ao EXECUTIVO.
FUNDEB
Vejam, por exemplo, o caso FUNDEB, cuja PEC foi aprovada, na noite desta 3a feira na Câmara Federal, por 499 votos a favor e somente 7 votos contrários. Pois é, sem pensar minimamente na necessária DIMINUIÇÃO DE DESPESAS, 499 deputados resolveram criar mais uma brutal DEESPESA OBRIGATÓRIA, do tipo que nenhum santo é capaz de tornar DISCRICIONÁRIA.
ORÇAMENTO 100% ENGESSADO
Se for levado em importante consideração que o ORÇAMENTO FEDERAL já está 96% COMPROMETIDO, ou ENGESSADO, através de DESPESAS OBRIGATÓRIAS, caso a PEC do FUNDEB também venha a ser aprovada no Senado, aí não sobrará centavo algum para ser utilizado em qualquer outro tipo de gasto. Pode?
EXECUTIVO - UM PODER DESNECESSÁRIO
Ora, nem é preciso ser um bom entendedor para perceber que o PODER EXECUTIVO está se tornando totalmente DESNECESSÁRIO. Bastaria, como forma de economia, haver apenas um funcionário cuja única tarefa seria a de utilizar tudo que é arrecadado na forma de impostos e/ou endividamento público e, imediatamente, repassar para as contas que o CONGRESSO E O STF decidiram que devem ser pagas. Pronto.