Semana passada contei aqui o caso do Tamar, das tartarugas e da estratégia adotada na implantação do Projeto. Ilustrei com isso a frase do ministro Paulo Guedes que, com sabedoria e coragem, associou também a pobreza às causas agravantes dos problemas ambientais. O assunto é extenso, delicado e polêmico, e hoje trago mais uma reflexão a respeito.
Nas terças-feiras a Prefeitura de Belo Horizonte faz a coleta seletiva de lixo em alguns bairros, incluindo o nosso. Há anos vejo moradores separando cuidadosamente suas latas, plásticos, embalagens e demais itens não-orgânicos e colocando-os em sacos nas calçadas, bem amarrados. Já virou um bom hábito, felizmente.
Saio sempre pelas manhãs – antes da passagem dos caminhões da coleta, com certeza – para a costumeira voltinha no quarteirão sob as ordens do Bruno, nosso civilizado vira-latas que não vira nenhuma. No mesmo horário, até antes do nascer do sol, já circularam pelas ruas outros cidadãos em situações bem diferentes da minha. Às vezes cruzamo-nos, em silêncio. Em outras, sou ainda testemunha do descontentamento velado e dos palavrões dirigidos a eles por moradores e porteiros.
Tais cidadãos anônimos compõem o retrato de nossa vergonhosa miséria social. Na surdina, eles percorrem as ruas antes da coleta, em busca de sobras dos jantares da véspera, de latinhas recicláveis e de um ou outro item capaz de ser transformado em dinheiro. Rasgam os sacos, reviram os dejetos, separam o que lhes interessam e deixam tudo espalhado – lixo novamente disperso pelas calçadas e sarjetas. Trabalho perdido.
Tente dizer a eles que isso não pode, que é feio, que é pouco civilizado, que polui o bairro. Tente abordar um desses cidadãos para uma conversa particular. Experimente dizer a ele que, por exemplo, bandejas de isopor ou garrafas pet largadas na calçada são levadas pelas chuvas e entopem os bueiros, causando enchentes do tipo que estamos vendo nessa temporada. Ele vai rir de você.
Ou pondere, respeitosamente, alegando que ele não deveria contribuir para essa sujeira urbana, uma vez que canudinhos plásticos, igualmente levados pelas águas do verão, vedam as narinas das tartarugas lá do litoral nordestino, matando-as. Ele vai rir ainda mais.
Eis, novamente, a pobreza na sua triste interface com a ecologia. Antes de tudo, essa gente tem fome. E pela escala de necessidades prioritárias do ser humano, o pessoal está primeiramente interessado em saciar a compulsão primitiva. Na sequência, esperam pelo menos descolar algum, vendendo objetos ou sucatas que compõem nosso valioso saco preto de lixo.
O Brasil tem um longo, difícil e complicado caminho até poder orgulhar-se de sustentabilidade, equilíbrio ambiental e outras conquistas essenciais. No centro dramático da questão está o resgate das promessas dos governos populistas que conversaram muito e fizeram pouco, além de se enriquecerem na corrupção.
Será uma nova etapa após a garantia de educação, emprego e renda para muita gente. Aí, sim: depois da dignidade e do prato de comida, cobraremos de todos – democraticamente - a responsabilidade de também cuidar do planeta. Só então poderemos falar de ecologia com realismo, consistência e sem fantasias.
*Fernando Fabbrini é roteirista, cronista e escritor, com quatro livros publicados. Participa de coletâneas literárias no Brasil e na Itália e publica suas crônicas às sextas-feiras no Dom Total
Ainda bem que expressar uma opinião é livre! Mas que arque-se com as consequências de eventualmente cair no terreno do bizarro.
O ridículo, desprovido de qualquer base de conhecimento científico e evidências pragmáticas, é aquilo que mais observo quando o assunto refere-se à tributação.
Como todo observador parvo e caridoso, e alguns espertos, além da falsa benevolência e da genuína inveja àqueles que produzem, as “soluções” para os problemas são reiteradamente extraídas dos efeitos do fenômeno e não de suas verdadeiras causas.
O aumento de impostos sempre é uma iniciativa prejudicial a todos os cidadãos de um contexto econômico e social.
No hipertrofiado Estado federal, estadual e municipal, o remédio definitivo passa pelo encolhimento do gigante Estado, pelo corte dos abusivos gastos públicos, pela redução dos supersalários das castas, da burocracia hercúlea para se cobrar facilidades, da regulação insensata e, fundamentalmente, por uma mudança de mentalidade que impulsione o indivíduo a empreender por si - colaborando e competitivo - nos mercados competitivos.
A redução do poder e da burocracia estatal propiciará uma maior participação do setor privado competindo pelo aumento de eficiência e de inovações nos mercados, criando maior riqueza generalizada.
Maior tributação e regulação sobre a iniciativa privada empreendedora constitui-se no floreado caminho indesejado do já inflado Estado verde-amarelo, do capitalismo patrimonialista e do compadrio.
Evidente que os adeptos do “Estado do bem-estar social” e muitos de seus espertos rubros, deliram com o aumento do intervencionismo, da burocracia e da “necessidade social” de preservarem suas cadeiras nas fileiras estatais.
Elevação de impostos, como solução, é de fato achaque oficial àqueles que trabalham e produzem, destinando recursos para atividades governamentais burocráticas e improdutivas, disfarçado de bondosa ajuda aos mais carentes.
Preto no branco, são justamente os mais pobres que perdem mais com o aumento de impostos, pois além da redução da atividade econômica e da empregabilidade, esses passam a pagar preços mais altos por produtos e serviços.
Precisamos de menos impostos para que mais empresas privadas emerjam com melhores soluções, competindo e inovando, e submetendo-se ao crivo democrático do mercado.
Opiniões encharcadas de crenças encarnadas, também desejam tributar as grandes rendas, esquecendo-se que o verdadeiro capital não vem mais da acumulação de capital, mas das ideias inovadoras de homens e mulheres que empreendem e fazem acontecer.
Tributar as mentes e os bolsos dos inovadores, trará mais desincentivo, desigualdades e menores investimentos nas atividades produtivas e geradoras de riqueza.
O resultado efetivo dessa intenção caridosa é o direcionamento dos recursos produtivos para os gastos estatais improdutivos, ficando à mercê de burocratas especialistas em destruição de valor.
Meu Deus! São das ideias, das inovações e de soluções em produtos, serviços e experiências superiores e mais baratas para todos que um ambiente evolui econômica e socialmente.
Tal contribuição e benefícios sociais fruto do trabalho de empreendedores vão muito além da coerção e do achaque via elevação de impostos!
William Nordhaus, Prêmio Nobel de Economia, já alertou que apenas 3% do valor criado pelos empreendedores ficam com esses; a maior parte fica dispersa em benefícios para os consumidores.
Bem, o bom sinal é que grande parte da sociedade cansou-se de trabalhar para uma minoria privilegiada! Ninguém aguenta mais a agressão e a extorsão disfarçadas de bondade humanitária.
Apesar das opiniões espalmadas de parte de interessados políticos, intelectuais e jornalistas de folhetim, o povo parece estar querendo a verdadeira solução para seus problemas: empreendedores que colaboram e competem nos mercados concorrenciais, inovando e criando em valor; melhores benefícios em valor funcional, social e de autorrealização e/ou menores custos e preços!
Sintetizando, a melhoria econômica e social jamais chegará com mais impostos!Espero que com menos Estado, mais indivíduos, menos ilusionismos e mais ações práticas nos mercados.
“Então vi subir do mar uma besta que tinha dez chifres e sete cabeças, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças nomes de blasfêmia” (Ap. 13). Sob as aparências de continuidade daquilo a que a humanidade chama civilização, cresce hoje em todo o mundo o Anticristo. Nas palavras de Pio XII: “E eis, agora, a tentativa de edificar a estrutura do mundo sobre bases que não hesitamos em indicar como principais responsáveis pela ameaça que pesa sobre a humanidade: uma economia sem Deus, um Direito sem Deus, uma política sem Deus”.
Na modernidade, a identificação da História com o sentido da vida tornou-se uma realidade, um fato. As crenças materialistas e da natureza - divinizando o tempo e o processo histórico, cultuando a ideia abstrata do “progresso”, em cujo altar foram sacrificados milhões de indivíduos, vem assumindo intenso protagonismo no Estado Moderno.
A História e somente a História passou a ser doadora do Sentido à vida humana, encerrando suas vítimas numa dimensão temporal, voltando às costas à eternidade. Divinizamos o tempo.
Somando a doutrina da coletivização da vida social e compreensão hegeliana e marxista do Estado criamos o Leviatã Leigo, a Religião Civil (Olavo de Carvalho). O século XX, através das ideologias do comunismo, socialismo, nazifascismo e demais políticas intervencionistas elevaram o Estado à categoria de Providência do homem. A política se tornou a nova religião, assumindo frontal combate ao Cristianismo (Eric Voegelin).
Basta pararmos para refletir. Qual o único componente que iguala os Estados modernos? A laicização da vida social, a implantação mundial do Estado sem religião oficial.
Se o conhecimento, como dizia Aristóteles, começa com o espanto, a falta de capacidade de espantar-se é um grave sintoma de apatia mental da nossa sociedade.
O Estado instaurou-se como suprema autoridade espiritual, moral e religiosa, reinando sobre as almas e as consciências, relegando para papel secundário o Cristianismo (Plinio Corrêa de Oliveira). Mas por que o Estado necessita perseguir e, ao final, destruir o Cristianismo? O Cristianismo difere-se de outras religiões, já que se dirige a indivíduos conscientes e donos da sua liberdade, concedendo-lhes experiência direta com o Verbo, oferecendo-se como Verdade universal, convocando os homens de todas as nações a buscarem o acesso direto ao Nosso Senhor Jesus Cristo, sem qualquer intermediação da autoridade civil, desafiando o culto Estatal.
Em suma, o Cristianismo dessacraliza o Estado, ao mesmo tempo em que consagra a alma do individuo. “Atreve-se algum de vós, tendo litígio contra o outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?” (1 Cor. 6,1). O sentido do Cristianismo é claro: “dar a César o que é de César”, mas sem submeter-lhe o julgamento de questões de consciência. Refuta-se a falácia marxista de que o “Estado é a realidade da liberdade concreta”.
A filosofia do historicismo, na qual se assenta a intelligentsia moderna, combate diretamente a verticalização entre a alma humana e Deus, empenhando-se em não deixar o homem enxergar nada fora do círculo mundano. É a total “mundanização e terrestrialidade do pensamento” (Antônio Gramsci). É o roubo da Coroa de Cristo.
Daí a veneração devida à virtude é tributada a ídolos como o ouro, o trabalho, a eficiência, o êxito, a segurança, a saúde, a beleza física, a força muscular, o gozo dos sentidos, etc. É o “pensamento selvagem” de Lévy-Strauss.
A fundação da primeira igreja nacional, com Henrique VIII, assinalou o início dos tempos modernos, onde o Chefe do Estado se autonomeou representante direto de Deus. Rei-sacerdote, culto nacional, sacralidade do corpo político (representantes da nação), razão de Estado, voz do povo, encarnação do Logos Divino.
“Os deuses das nações são demônios”. O Estado moderno nasceu de uma farsa demoníaca e cresceu bebendo o sangue inocente. Napoleão expandiu a idéia de que o Estado é maior que Cristo, desvinculando o compromisso estatal com a Cristandade, laicizando completamente as mentes sob a forma de direitos e deveres dos cidadãos (Olavo de Carvalho).
Ora, atualmente a quantidade de pessoas que diz professar a crença em um Deus pessoal, pertence a uma denominação cristã e assiste ao serviço de culto com regularidade é enorme, entretanto, as aparências enganam, já que a vida pública da maioria dessas pessoas está completamente secularizada. Cristo foi relegado às vias secundárias.
“Eis que aqui apresentarei alguns da Sinagoga de Satanás, que dizem que são judeus, e não o são, mas mentem” (Ap. 3,9). O Estado sem religião oficial, onde nada esmejor todo es igual, passou a ser indiferente, equidistante e controlador de todas as seitas religiosas, que foram colocadas em pé de igualdade. Um absurdo! Igualar o Judaísmo e Cristianismo, que fundaram a civilização ocidental, com a igreja de Satanás é lei no Estado moderno.
A lei religiosa deixou de ter qualquer obrigatoriedade pública, passando a ser exclusividade da esfera privada do cidadão. Os princípios religiosos somente serão válidos se o Estado autorizar. O Estado passa a ser superior as religiões, julga sem ser julgado, encarnando a Vox populi, vox Dei.
É a total desautorização da lei religiosa, extinguindo os valores cristãos nos modos de organizar e disciplinar a conduta humana, e que, ao final, criará um novo fenômeno religioso: a “espiritualidade civil”. Ora, declarar que a lei de sabbat não tem mais caráter obrigatório para o judeu será o mesmo que proclamar a dissolução do judaísmo (Bruno Bauer).
Onde não há mais religião oficial, não há religião nenhuma. A religião deixou de ter qualquer autoridade social. O Estado, simplificadamente, garante os direitos do filho que rejeita a religião do pai, mas não os do pai que pretenda transmitir sua religião ao filho. O Estado defende os direitos de quem não deseje submeter-se a uma determinada moral religiosa, mas não os da religião que pretenda impor os seus preceitos (Olavo de Carvalho).
Estão florescendo no mundo as sementes de uma nova era, a anticristã. “A confusão das línguas do bem e do mal, eis o sinal que vos dou; tal é o sinal do Estado. Na verdade, é um sintoma da vontade de morrer” (F. Nietzsche).
O Estado, amparado na busca por infinitos direitos; proxeneta das inúmeras minorias insatisfeitas; recebedor das reivindicações sociais; criador de uma burocracia onipresente; se torna cada vez mais poderoso e opressivo. O Estado está sempre buscando para si novos motivos que justifiquem sua existência, imiscuindo-se em todos os setores da vida humana, e, consequentemente, levando consigo a “teologia civil”.
A legitimação do Estado cresce à custa de destruir o legado espiritual popular, usurpando o trono de Deus, rebaixando todas as religiões; laicizando a moral e os conflitos sociais; degradando os valores civilizacionais; triturando todos os motivos pelos quais os homens vivem e morrem. É a ruptura completa com o Espirito, um fechamento absoluto da porta do céu.
Não, eles não sabem o que fazem. É a própria noção de pecado, a distinção mesma entre o bem e o mal, que a Religião Civil vai destruindo no homem contemporâneo. E, ipso facto, vai ela negando a Redenção de Nosso Senhor Jesus Cristo, que, sem o pecado, se torna incompreensível e perde qualquer relação lógica com a História e a vida.
Para quem quiser decifrar como funciona o processo de desinformação e assassinato de reputação por parte da Globo contra o atual governo, vou revelar para vocês algumas informações para que decifrem quando assistirem ao próximo Jornal Nacional:
1- Faz parte da estratégia de desinformação usar frases negativas de impacto, como: "Bolsonaro ataca," "declaração polêmica," "crise no governo," etc. Reparem que essas frases são ditas com muita ênfase, e sempre vem acompanhadas da palavra Bolsonaro... Isso cria no seu imaginário, a associação negativa, com o nome Bolsonaro. Isso é para que seu subconsciente se acostume com essa associação.
2- Sempre que houver uma notícia positiva, repare que a palavra Bolsonaro é omitida, e substituída pelas palavras "governo" ou "Brasil".
3- Quando Bolsonaro é associado inevitavelmente a algo positivo, repare que SEMPRE a matéria seguinte será desfavorável ao governo, sempre!
4- As reportagens desfavoráveis ao governo, são sempre feitas pelos mesmos repórteres, são aqueles que têm uma espécie de confiança da direção, e estão sempre fazendo as reportagens de interesse da emissora, como sobre adversários políticos da Globo, militância por Marielle, ou contra a Igreja Universal, ou a Record... São sempre os mesmos jornalistas que fazem esse tipo de reportagem.
5- Sempre que Bolsonaro viaja para algum lugar ou faz algum importante acordo comercial benéfico ao Brasil, o JN desvirtua o feito, maximizando polêmicas específicas durante a viagem, explorando a impulsividade de Bolsonaro ao dar entrevistas, fazendo perguntas específicas sem sentido, porque já possuem uma narrativa montada negativa e fazem a pergunta já com a matéria pronta, a fim de polemizar e tirar o foco da viagem, exemplo: "briga com Moro", "filhos que causam problemas", ou "opiniões polêmicas" aleatórias.
Nós somos animais linguísticos e não nos comunicamos apenas pelo QUE dizemos, mas também COMO dizemos e reagimos de modo diferente ao mesmo texto quando o ouvimos de forma diferente, especialmente quando isso ocorre visualizando imagens diferentes.
A forma como falamos, também implica na comunicação, então, reparem nas expressões dos jornalistas, na maneira deles falarem e comparem com a forma que falam sobre a tal de Greta ou da Marielle, no brilho no olhar, nas palavras e na expressão facial... Tudo isso é montado para alcançar um objetivo claro: convencer você de alguma coisa que não condiz com os fatos, mas com uma agenda específica.
Ora, existem muito mais aspectos dentro desse processo, mas seria muito complexo de explicar, mas eles seguem sempre o mesmo padrão... Tudo isso é psicologia e se chama desinformação. Funciona como um processo de lavagem cerebral. Eles fazem isso há muito tempo, e o tempo todo, transformam bandidos em mocinhos e vice versa. Dessa forma, conseguem fazer com que as pessoas tenham conclusões equivocadas, e acabam assassinando reputações e construindo um mundo irrealista, perverso e manipulador.
Não caia nessa!
*Publicado originalmente no Facebook do autor Lukas Hawks
Os anos passam e os erros do comunismo continuam os mesmos. De Pripyat à Wuhan, o comunismo representa um problema social não só para a população que vive sob sua égide, mas também para toda humanidade.
Na madrugada de 26 de abril de 1986 uma sequência de erros, a maioria deles derivados em decisões políticas não técnicas, levaram aos ares o quarto reator nuclear da usina nuclear Vladimir Ilyich Lenin, na Ucrânia soviética, região de Chernobyl. A explosão lançou radiação no espaço por nove dias consecutivos, contaminando uma área maior que 100.000 km² ao redor da usina. Além do meio ambiente, esse desastre matou diretamente mais de 5.700 pessoas, fora as vítimas indiretas por conta de mutações genéticas que causaram problemas gravíssimos nas gerações vindouras.
Ocorrido o acidente, o governo soviético tentou de todas as formas abafar a gravidade do problema, negando inclusive que o pó e os destroços encontrados no arredor da usina fossem pedaços de grafite do núcleo do reator. Somente dois dias depois, quando a radiação já podia ser constatada na Suécia, é que assumiram que o reator havia explodido e começaram a tomar medidas neste sentido.
Uma vez anunciado (já tardiamente) ao mundo o perigo, a burocracia estatal comunista fez seu papel em negligenciar soluções técnicas viáveis e ajudar imediatamente as centenas de vítimas que o acidente havia feito. Tudo em nome do zelo pela imagem pública da União Soviética e do comunismo, o mau e velho “abafa”. Pois bem, os anos passaram e chegamos a 2019, quando um vírus semelhante ao que causou uma epidemia em 2002 na China, conhecido como Coronavírus, reaparece diferente da forma que se apresentou anos antes.
A cidade de Wuhan é identificada tardiamente como epicentro do vírus e, neste momento, mais de 4 mil pessoas já foram infectadas, 65 casos foram confirmados em 17 países fora da China. Somente quase um mês depois dos primeiros casos é que a causa principal da disseminação em massa do vírus é apontada: A burocracia comunista.
O prefeito de Wuhan, Zhou Xianwang, admitiu que a cidade não forneceu informações sobre a nova variante do coronavírus em tempo hábil. Zhou atribuiu o atraso ao fato de que o governo local tinha a obrigação de conseguir uma autorização antes de divulgar informações.
Eis acima o trecho da notícia divulgada pelo próprio governo comunista, que a este ponto já se vê com um segundo Chernobyl nas mãos para resolver. Com isso, parafraseando o título desta crítica, “A TRAGÉDIA SE REPETE”, entro no cerne da questão, demonstrando que estamos em pé de igualdade quanto aos riscos junto a qualquer outro “micro-paiséco” comunista de qualquer lugar do mundo.
Os entraves colocados dentro de um sistema administrativo baseado no comunismo sempre causarão essa mesma demora nos entes administrativos em tomar decisões eficientes e eficazes, principalmente em situações de emergência, quando além da gestão do caos, ainda há a preocupação maior, que é com a blindagem da informação. Logo, as tragédias sempre se repetirão consecutivamente, umas maiores e outras menores, mas sempre se tornarão exponencialmente perigosas ao que eram inicialmente se houvesse o devido reparo, colocando em risco não só as pessoas que vivem sob seu esteio, mas também toda a humanidade.
A mediocridade, o servilismo e a inaptidão de determinados agentes públicos e políticos obstruem o correto funcionamento de instituições, oneram severamente o Poder Público e massacram o cotidiano de milhões de brasileiros. A cada semana que passa, renovamos nossas decepções por homens e mulheres remunerados a partir dos esforços da iniciativa privada que fazem da pequenez a marca de suas carreiras e mandatos.
Diariamente, sem dar trégua, sem tirar férias ou fazer feriados, os meios de comunicação escancaram a torpeza dessas pessoas junto às instituições que integram. A incapacidade de servir com retidão e patriotismo num parlamento, tribunal e numa repartição pública está dentro de cada uma delas, muitas das quais reincidentes no agir contra o país, contra a sociedade e o interesse público. Suas atitudes reprováveis, a par de mesquinhas, são ao Estado Democrático de Direito.
Rasos, complacentes à estagnação, à violência e à mesmice, desprezando as gerações presentes e as futuras, não demonstram o menor desejo de ajudar o Brasil. Investidos nos seus personagens de poder, atuam contra a Pátria que os remunera. Um país gigantesco, capaz de crescer e expandir, à mercê de mesquinhos que impedem isso. Essas pessoas são destituídas de amor pelo Brasil.
Isso, contudo, não é uma característica de agora. É coisa velha. Mas é possível atenuar esses perfis decepcionantes. Para obter êxito, dita tarefa, a par de coletiva, exige muita atitude e abnegada vigilância. Votar melhor é essencial. Lotar audiências e sabatinas públicas, inclusive aquelas para o preenchimento das vagas em tribunais superiores pode ser decisivo. Enxotar falsos paradigmas também funciona.
*O autor é Advogado, Professor de Direito Eleitoral e Escritor.