O PT, quem diria, está fraco, envelhecido, debilitado aos 40 anos. Para um partido que desejou reinar para sempre, que se denominou o maior da esquerda latino-americana, que se pretendeu hegemônico, tal desgaste está deixando seus dirigentes e seu dono, Lula da Silva, atônitos, desesperados para regatar o poder que lhes proporcionou tantos privilégios, um reinado de 8 anos do chefe e mais quatro e meio de Dilma Rousseff.
O PT institucionalizou a corrupção sem nenhum pudor, simulou ser o salvador dos pobres, mas muitos de seus membros, incluindo, Lula da Silva, enriqueceram no poder enquanto a desigualdade social permanecia. Não houve competência para fazer as reformas necessárias e os alardes de maravilhas executadas não passaram de engodos.
Quanto aos valores que norteiam as percepções morais da sociedade foram pisoteados através do vale-tudo dos comportamentos. A Educação caiu ao seu pior nível, pois não interessava o aprendizado, mas a doutrinação petista capaz de gerar profissionais que até hoje acreditam que Lula é um coitado inocente e que o fazer do partido, que é um misto de seita e máfia, é excelso e puro. O PT não erra, mas sim os outros, porque o PT tudo pode, inclusive, estaria acima da Lei.
Mas nada dura para sempre. O abuso chegou ao ponto que não foi mais tolerado. Quando o governo de Dilma Rousseff, especialmente no segundo mandato, aos seguir as ordens de seu criador político mergulhou o País em sua pior recessão aconteceu o inusitado, o nunca havido: multidões foram às ruas gritar: Fora Lula. Fora Dilma, Fora PT.
Naturalmente, petistas, acostumado a transformar retoricamente suas derrotas em pseudovitórias, preferiram chamar de golpe as manifestações populares que desembocaram no Congresso cujos membros se nutrem da opinião pública. O impeachment, ironicamente sempre tentado para outros, atingiu o coração do partido, que a dali em diante começou a descer a ladeira da decadência política. Especialmente, Lula foi atingido e não conseguiu demover deputados e senadores manter sua comandada.
Seguiu-se a perda de mais de 60% das prefeituras. Um baque e tanto, político e financeiro. Outros fatos se seguiram indicando sinais de decrepitude, mas um deles provocou um abalo sísmico, profundas rachaduras na carapaça petista: a prisão do líder, baseada não só em delações, mas em documentação farta e provas concretas sobre crimes cometidos.
Novamente o PT inventou uma risível e estapafúrdia explicação: Lula é preso político, enquanto este se apresentava como a criatura mais inocente do planeta. O culpado não era Lula, mas o então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça e da Segurança Pública, um magistrado de rara coragem e competência, uma exceção brasileira capaz de nos fazer orgulhar do Brasil.
E veio a eleição presidencial. Uma nesga de esperança despertou nas hostes petistas. Mas Haddad, denominado jocosamente de poste, perdeu para Jair Bolsonaro, o qual para os institutos de pesquisa estava destinado inexoravelmente à derrota.
Agora o PT, decrépito e atordoado, tenta recuperar o tempo perdido, mas sua única inovação é a seguinte: ao invés de tentar inutilmente uma frente das ditas esquerdas, quer ir além da pose em que figuraram Lula, Haddad e Paulo Maluf, as louvações a Sarney e a proximidade com outros políticos antes execrados. Agora vale parcerias não só com os partidos nanicos que se dizem de esquerda, mas a associação com o antes "horripilante" Centrão formado pelo PL, PP, DEM, PRB e Solidariedade. Tem mais, candidatos petistas a prefeito poderão receber apoio, além do Centrão que engloba o DEM, do PSDB. Portanto, acabou aquela coisa de partido golpista e se instalou a mixórdia total.
Quando afirmei em artigos anteriores que os partidos brasileiros não passam de clubes de interesse, trampolins para se alçar ao poder, sem ideologia ou programas não vejo exceções. O PT é um partido igual aos outros, só que pior, porque sempre se escondeu atrás de uma inverídica ética. Aliás, em seus congressos o PT nunca conseguiu definir seu socialismo, seja o comunismo ou a socialdemocracia. Entretanto, lançou a moda de chamar os que considera seus inimigos de fascistas. Mais um sinal de ignorância porque petistas não têm a mínima noção do que é fascismo, mesmo porque nunca souberam se definir ideologicamente. Agora, seguem desgastados, decrépitos aos 40 anos, em busca do poder pelo poder que como sempre foi SEU obetivo.
* Maria Lucia é socióloga.
Entenda de uma vez por todas o que a esquerda está fazendo para impedir o sucesso do PR Bolsonaro!
Você ainda se lembra dos Pilares de Gramsci? Vou recordar para você:
1 - Cultura
2 - Educação
3 – Comunicação
Esses são os pilares em que a Esquerda se apoia para manter sua hegemonia e vencer a Guerra Sociopolítica em andamento.
A Esquerda não se perpetua no poder com avanços de infraestrutura ou prosperidade econômica. Na verdade, esses dois itens sequer fazem parte de sua agenda - basta ver o desempenho destes critérios em países socialistas: eles são lastimáveis!
Não, a conquista da hegemonia esquerdista não tem a ver com estradas, ferrovias, portos, aeroportos, leis justas, gestão eficiente, investimentos em capital ou geração de empregos.
A conquista da hegemonia esquerdista tem a ver com CULTURA, EDUCAÇÃO e COMUNICAÇÃO - foi isso que Gramsci ensinou e foi isso que eles aplicaram ao longo de décadas, com grande eficiência.
Você não precisa de uma corda forte ou uma cerca sólida para prender um cavalo quando o cavalo tem uma mente fraca. Enfraqueça a mente do bicho e qualquer barbante de padaria o segura no lugar.
Então, como a esquerda tem agido desde a eleição de JB?
Atacando sistematicamente CULTURA, EDUCAÇÃO e COMUNICAÇÃO.
Observe que nenhuma outra área do governo tem sido tão visada quanto estas.
Vocé não vê uma profusão torrencial de ForaGuedes, ou ForaMoro ou ForaTarcisio, ou ForaRicardoSalles por aí, vê?
Mas a CULTURA tem sido apedrejada sem piedade.
Dia sim, dia também, a EDUCAÇÃO é alvejada com morteiros pedindo a saída de Weintraub.
E a COMUNICAÇÃO tem sido golpeada nos flancos: primeiro Carlos Bolsonaro, então Wajngarten, e então Galeazzo.
Para mim, o simples fato de Galeazzo estar sendo mordido pela Esquerda com falácias ad hominem antes de ter feito qualquer coisa já o credencia o suficiente para o cargo na Secom.
Fique atento aos ataques coordenados que nada têm de aleatório. sejam extremamente criteriosos com as narrativas que brotam na mídia (qualquer mídia!) orbitando essas áreas: CULTURA, EDUCAÇÃO e COMUNICAÇÃO.
É aí que está o ovo da serpente que a esquerda se desdobra para proteger. Se você é um DIREITISTA, é seu dever defender esses fronts com sangue e suor - ou verta lágrimas mais tarde, chorando pelas consequências da sua própria incompetência em enxergar o óbvio.
*Da página do autor no Facebook
Identidades sociais de pessoas são construídas em um processo de rejeição de diferenças e de reconhecimento de semelhanças entre os indivíduos. A construção de identidade não é um fenômeno estático, mas dinâmico, fruto da incessante interação entre determinada comunidade e seu espaço relacional.
Também construímos e sinalizamos nossa identidade - e de grupos -, por meio das escolhas de produtos e marcas, que se dão com base na congruência entre as associações dos usuários de marcas e as associações com a autoimagem dos indivíduos (ESCALAS; BETTMAN, 2003).
Com relação a produtos e marcas, nossa identidade é fluída e multifacetada, uma vez que como afirmou o psicanalista Jung (2008), performamos como atores teatrais vestindo diferentes máscaras (marcas) para interpretar diferentes papéis sociais.
Nossas preferências políticas, similarmente, são sinalizadores de nossa identidade, de quem somos ou quem queremos ser. Expressam aquilo que acreditamos e aquilo que não gostamos e até mesmo odiamos.
Referente nossa identidade política, parece-me muito mais complexo e difícil mudá-la situacionalmente! Essa identidade é moldada por fatores distintos da razão, oriundos de origens familiares, de traços de personalidade, de laços de amizade e de pertencimento a determinados grupos sociais, que se formam no início da idade adulta e raramente mudam. Faz parte do estilo de vida do sujeito e manifesta uma visão de mundo própria, ou das configurações que estabelecemos para viver e, em grande parte dos casos, até morrer.
Vivemos num Brasil em que muito tem se falado sobre polarização política. Por si só, polarização não seria tão negativa como querem fazer crer, entretanto, certamente uma extrema radicalização ideológica é sempre ruim e perigosa.
A dicotômica visão e divisão de mundo entre direita e esquerda aparenta-me esclerosada. Vejo com mais realidade no mundo real uma linha divisória entre aqueles que desejam um Estado grande e intervencionista versus aqueles que apoiam um Estado "necessário" e o livre mercado.
No contexto nacional, não vislumbro qualquer possibilidade de que tal "polarização" quanto ao papel e tamanho do Estado esteja muito longe de terminar.
Vejamos a dita velha esquerda marxista, apoiada no antigo conflito (e retrógrado) da luta de classes, focada na transformação para uma sociedade economicamente igualitária (na pobreza), visando a derrubada da economia de mercado, isto é, do capitalismo. Nem o fracasso sangrento da União Soviética foi capaz de acabar com o sonho utópico do cientificismo marxista, embora inexista o cientificismo.
A nova face vermelha, consciente da irrealidade econômica verificada pelas experiências no mundo real, transmutou-se para a defesa intransigente das supostas liberdades, dos direitos individuais e de grupos identitários: negros, LGBT´s, mulheres/feministas, indígenas... Aludem a liberdade, no entanto, esses puritanos e raivosos que acusam os outros de serem conservadores reacionários, são de fato, aqueles que mais discriminam, querendo impor a todos somente suas verdades. Seguramente, também existem alguns dos chamados ultrarradicais a direita, tão nefastos quanto os apologistas do bondoso "tudo é permitido".
Outra das vertentes encarnadas, passou a enfatizar o estabelecimento e a expansão do "Estado do bem-estar social" robusto, redistribuindo a riqueza gerada por aqueles que produzem para aqueles que não produzem - coercitivamente.
A polarização política, na verdade, tende a intensificar-se. É muito difícil, complexo e penoso para um indivíduo, perder aquilo que o ser humano social mais almeja: afiliação e reconhecimento.
Conversão política até é possível, mas improvável pelo lado esquerdo. Exigiria romper com uma fé dogmática religiosa, que nada tem a ver com a lógica dos fatos e da razão. A apostasia significaria o desligamento emocional de uma utopia que é a "raison d'être" dessa turma e, talvez, o convívio com mais ônus, avaliados como sendo maiores do que os eventuais bônus da verdade; além da traição aos camaradas, a reputação de "se vender ao capitalismo" e da perda do intelecto e da moral "superior".
Alguns marxistas e esquerdistas de seus tempos juvenis, romperam dolorosamente com a quimera socialista. Qual terá sido o Eureka? Amadurecimento na fase adulta, lógica da dura realidade da vida real, o despertar do sonho frente a realidade da impossibilidade econômica, e/ou o rompimento frente ao desprezo pela vida em razão de uma "causa" que justifica mortes, crimes, pobreza e miséria? Ou será que realizaram a intrínseca tirania própria do sistema rubro?
A fé dogmática é uma doença incurável. Basta a constatação da guerreira "resistência vermelha", intolerante às leis estabelecidas e ao processo democrático de alternância das forças políticas no poder. Incapaz e inepta de reconhecer e creditar os inegáveis avanços - depois do abismo em que eles próprios colocaram o país - no campo econômico.
Que exemplo mais emblemático de doença, de cegueira consciente e de hipocrisia do que a ficção "Democracia em Vertigem", da militante petista-cineasta Petra Costa, com sua peça panfletária repleta de invenções mentirosas e lunáticas, repetindo uma mentira mil vezes para que essa se torne uma "verdade"?!
A polarização não terá fim com essa resistência irracional e fanática que não cansa de tentar resgatar uma narrativa fraudulenta de "golpe" contra os criminosos petistas que assaltaram os cofres públicos nacionais e levaram o país ao caos econômico.
Esses sectários do totalitarismo disfarçado de bom-mocismo puritano, que vivem e se reproduzem em seus grupelhos, nunca encontraram a verdade, aquela própria da razão.
A resistência religiosa vermelha no Brasil, sempre conduzirá ao caminho da polarização radical. Podem continuar ludibriando jovens idealistas e inexperientes, sectários dogmáticos e outros incautos, mas não àqueles que baseiam suas posições e suas ações em evidências robustas e em pensamentos racionais.
O genuíno embate está entre mais Estado ou mais liberdade individual e econômica! Entre as migalhas de um Estado ineficiente e corrupto ou deixar com que as pessoas façam por si mesmas e decidam sobre seus caminhos e planos de vida. O Estado que cuide da ordem e do exercício de verdadeira justiça e segurança individual e contratual.
Apedeutas em economia, bondosos da ficção, não querem compreender o básico: não existe liberdade com a vangloriada mas impossível igualdade! Nem mesmo essa é alcançada e consegue viger na pobreza criada pelo socialismo, já que a cúpula totalitária sempre viveu abastada e ainda vive como aqueles magnatas "capitalistas", que esses agora querem taxar, demonstrando todo o ódio, o rancor e a inveja própria dessa "gente".
Não, não precisamos nos comportar de modo semelhante a militante petista Petra Costa, adoradora incondicional de tiranos sanguinários e corruptos! Não, o país não quer mais um Estado ditando e dizendo o que devemos ou não fazer, restringindo nossa liberdade e distribuindo nosso dinheiro coercitivamente!
Não há como não combater tal polo rubro, mentiroso, criativo e hilário ilusionista. Esse bando quer, de fato, mais Estado e a implantação de uma sociedade coletivista. Para tanto, utilizam-se da arma do politicamente correto, a fim de inventar e inverter significados de palavras com o objetivo de continuarem pregando mentiras e ataques "ad hominem".
Contra esse polo de identidade política rígida e fanática, avesso a racionalidade e a realidade, não há qualquer possibilidade de se cruzar os braços!
Pois como diz um provérbio judeu: "com uma mentira geralmente se vai muito longe, mas sem esperanças de voltar"...
Como se o poder de punir do Estado já não estivesse suficientemente emasculado, alguns magistrados (muito poucos, é verdade) criaram e estão colocando em prática uma perigosa tese jurídica que implica em um altíssimo custo para a sociedade.
Como em um jogo, no qual os delinquentes sempre devem vencer a partida, distorcem mandamentos claros, inventando regras que impedem o cidadão ordeiro de ter alguma chance numa disputa que já nasce desigual quando da prática do delito, pois o criminoso sempre busca uma desleal vantagem sobre a vítima.
As regras desse jogo são simples: avança-se com despudor sobre os poucos dispositivos legais que imprimem algum rigorismo a quem comete delitos, ao mesmo tempo em que se aniquila a segurança da população, mas sempre alegando o fiel cumprimento da Constituição Federal, o que configura um engodo.
Refiro-me às absurdas decisões no sentido de que, foragido o indivíduo do sistema prisional, não há como recapturá-lo sem que haja uma "nova" ordem de prisão expedida contra ele.
Argumentam os "doutos" que como a CF/88 dispõe que só se pode prender alguém em casos de flagrante ou quando houver ordem escrita e fundamentada de um juiz competente, com a fuga, a recaptura só poderia ser feita após o juiz da Execução Criminal expedir uma nova ordem de prisão, pois aquela (decisão) que levou o foragido à prisão (pasmem!) não subsiste à fuga do sujeito que estava preso e deveria cumpri-la.
Ignora-se, portanto, a existência de uma ordem judicial prévia à fuga e que determinou a condução do autor do delito ao estabelecimento prisional, como se o fato de alguém ignorá-la fosse o suficiente para ela perder sua validade.
Ou seja, confere-se a estupradores, latrocidas, traficantes e demais criminosos o poder de revogar, por meio da própria fuga, uma decisão judicial que determinou o encarceramento desses mesmos indivíduos.
Afinal, se é imprescindível um novo comando judicial para que o foragido retorne ao local de onde não deveria ter saído é porque a ordem de prisão que o fez ingressar no sistema prisional de nada vale, uma vez que revogada por quem deveria obedecê-la.
Nada poderia ser mais brilhante e benéfico ao delinquente, não é mesmo?
Assim, se um criminoso for interceptado em uma barreira policial e sua condição de foragido for constatada, não poderia haver a imediata recaptura e o consequente encaminhamento dele para o local onde ele deveria prosseguir com o cumprimento da pena.
Depois, dizem que o legislador constituinte foi "sábio" ao elaborar os artigos da nossa Carta Magna.
Se sábio fosse, teria explicado, em nota de rodapé e com ilustrações coloridas, aquilo que já é suficientemente claro, uma vez que alguns operadores do Direito têm grande dificuldade para entender trivialidades, embora sejam verdadeiros especialistas quando se trata de salvaguardar a liberdade de quem a utiliza para cometer crimes.
*Ronaldo Lara Resende é Promotor de Justiça MP/RS
Dois mil e dezenove passou como um foguete e já é tempo de repetir aquele exercício de atribuir uma nota ao ano que se encerra e mostrar as expectativas para o que se inicia. Vamos lá, então?
O Presidente Bolsonaro foi eleito porque não teve medo de se colocar abertamente, sem meias palavras ou discursos dúbios, como inimigo da esquerda, em favor da economia de mercado (quem não se lembra do “Posto Ipiranga”) e de se empenhar para fazer a sociedade resgatar os valores judaico-cristãos massacrados progressivamente durante décadas. De fato, quem votou no capitão em 2018 estava chancelando – pois o programa de governo e a campanha deixaram isso bem claro - o liberalismo econômico clássico e o conservadorismo em termos de valores éticos e morais. É verdade que sua votação foi favorecida, também, pelo oceano de corrupção que alagou o PT e seus principais líderes, mas acredito que essa aversão não tenha sido seu principal cabo eleitoral, pois as diversas alternativas para quem não quisesse votar no “poste” petista tiveram votação inexpressiva no primeiro turno, pela mesmice e pusilanimidade dos postulantes.
Se Bolsonaro foi feliz na escolha do ministro da Economia, foi corretíssimo ao lhe dar autonomia, o que permitiu a montagem uma equipe de indiscutível competência técnica e formada por profissionais comprometidos de fato com o liberalismo econômico. Não é exagero afirmar que é o time de economistas mais próximo do liberalismo e também o mais qualificado da nossa história e o único - desde o Prof. Octavio Gouvêa de Bulhões e Roberto Campos - que não se atém apenas a buscar um ajuste fiscal temporário, mas empenha-se em mexer nas estruturas, em fazer uma mudança profunda no regime fiscal, com o propósito de reduzir as necessidades de financiamento do setor público de modo permanente. E, também, o primeiro nos últimos 40 anos a priorizar a diminuição dos gastos públicos – e não os aumentos na tributação – como eixo principal dessa mudança de regime.
Obviamente, houve erros, a maioria deles de avaliação do timing adequado, embora também de concepção econômica, como, por exemplo, a insistência do ministro – ora velada, ora aberta – com o tal “imposto sobre transações”. Mas temos que levar em conta que não existem ministros perfeitos, especialmente na economia, o que levou Lorde James Callaghan (1912-2005), ex-líder do Labour Party e Primeiro Ministro do Reino Unido de 1976 a 1979, a dizer com sarcasmo que “só há dois tipos de ministros da área econômica, os que saem a tempo e os que saem depois do tempo”. O ministro atual, por enquanto, está desdizendo o político britânico, até porque ainda não saiu...
Merecem destaque, no primeiro ano de governo, entre outras medidas, a reforma da previdência, com um potencial de economia de R$ 1 trilhão em dez anos (quando se inclui as medidas de controle de fraudes): as desestatizações, que atingiram R$ 105,1 bilhões, valor arrecadado com vendas de empresas subsidiárias, coligadas e de participações da União; e a chamada Lei da Liberdade Econômica, que impulsionará fortemente o ambiente de negócios e o empreendedorismo, com a desburocratização e a simplificação de processos.
Foi apenas o começo da rearrumação da casa, que foi encontrada destroçada pela incompetência irresponsável de sucessivos governos social democratas. Em 2020, a expectativa é a de que se promova uma reforma tributária abrangente, já que o governo achou por bem concentrar os esforços em 2019 na reforma da previdência.
O fato é que o balanço ao final do primeiro ano é positivo e nem a má vontade da mídia está conseguindo esconder isso. A taxa básica de juros caiu de 6,5% para 4,5%, o menor nível da história; o Ibovespa bateu sucessivos recordes, fechando o ano com alta de mais de 30%; entre janeiro e novembro foram gerados quase 950.000 novos empregos; a projeção de crescimento do PIB subiu para 1,2% e para 2020 a previsão é de que seja superior a 2,2%; a Standard & Poor’s elevou a perspectiva do Brasil de estável para positiva e já sinaliza aumento no rating; e recentemente, mediante Medida Provisória, o governo pretende acelerar a venda dos imóveis da União.
Enfim, tudo vai indo bem no front econômico e só não foi melhor por problemas que escapam ao controle da equipe econômica. E a agenda do Ministério da Economia já está determinada para este segundo ano de governo, com a divulgação nos últimos dias de 2019 de oito metas a serem cumpridas: reduzir os gastos públicos; ampliar a abertura da economia; diminuir o número de empresas estatais; aumentar a produtividade e a competitividade das empresas; inserir mais jovens no mercado de trabalho; prosseguir com a transformação do Estado com uma nova administração pública; melhorar o ambiente de negócios para as empresas de todos os portes e fomentar o crescimento da economia do país.
Excetuando-se a última – que, além de ser um lugar-comum e estar sujeita a críticas dos liberais, que não veem justificativa para que o Estado se entregue a instintos fomentadores -, todas as demais se enquadram no que podemos considerar um programa efetivamente liberal.
Decorrido um ano, o ministro e sua equipe continuam, portanto, contando com meu apoio e acredito que também com o de todos os verdadeiros liberais, ressalvando-se, contudo – como já frisado anteriormente – que esse apoio não significa concordância irrestrita. Há, contudo, sérios problemas políticos, especialmente o da ausência de equilíbrio entre os três poderes, com o Judiciário e o Congresso mostrando-se frequentemente hostis às propostas do Executivo e fingindo ignorar que as mesmas foram aprovadas pelos eleitores em 2018, quase sempre com a anuência da mídia tradicional, que é indiscutivelmente alinhada com as ideias da esquerda. Tudo se passa como em um jogo não cooperativo com três players, em que dois deles atuam para que o terceiro – o Executivo – não tenha sucesso. Em linguagem popular, é um jogo do tipo 2 contra 1, em que os presidentes do Senado, da Câmara e os tribunais superiores têm emitido sinais preocupantes que apontam para a tentativa de obstar o cumprimento do programa de governo referendado pelas urnas.
Apesar disso tudo, não é galinha, é águia! E ela já alçou voo. Que a deixem voar em paz.
*Publicado originalmente no blog do autor, em https://www.ubirataniorio.org/index.php/artigo-do-mes/391-jan-2020-a-aguia-ja-esta-voando-apesar-do-2-contra-2
SALVAR O BRASIL
Ainda que todas as janelas escancarem o ESTADO DE PENÚRIA do nosso país, fruto de decisões tomadas com muito afinco pelos governos socialistas, notadamente pelos governantes neocomunistas -Lula e Dilma petistas- a sociedade brasileira, pelo que dizem os indicadores de confiança - industrial, comercial, serviços e construção civil-, segue na expectativa de que os deputados e senadores se dignem ajudar na tarefa de SALVAR O BRASIL.
SALVADORES DA PÁTRIA
Como a tarefa para desobstruir os caminhos deixados pela PENÚRIA é árdua e exige ações imediatas e precisas, fica difícil entender que durante 46 dias (do dia 18/12/2019 até a próxima 2ª feira, 03/02/2020) os deputados e senadores, eleitos para fazer o papel de -SALVADORES DA PÁTRIA- , por motivo de férias, ou recesso parlamentar, nada fizeram.
DESTRUIÇÃO CAUSADA PELAS CHUVAS
O ESTADO DE PENÚRIA do nosso Brasil, aliás, é muito parecido com a situação vivida pelas famílias que estão enfrentando a forte destruição causada pelas chuvas que atingiram várias cidades no país, notadamente nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo.
DIFERENÇA
A DIFERENÇA, para desespero geral, é que enquanto as pessoas atingidas trataram, imediatamente, de limpar suas casas e/ou reconstruir suas vidas, os nossos legisladores simplesmente deram de ombros para a PENÚRIA BRASIL e, sem o menor constrangimento, entraram em férias (altamente remuneradas).
O LEGAL E A DECÊNCIA
Como no nosso país impera o LEGAL e não a DECÊNCIA, só nos resta esperar, ainda que cheios de indignação, o fim deste prolongado período de férias dos nossos legisladores, que encerra na próxima 2ª feira, 03/02. A partir daí, para manter o ESTADO DE ÂNIMO revelado pelos indicadores de CONFIANÇA, cabe fazer a necessária pressão para que as atrasadíssimas REFORMAS -TRIBUTÁRIA E ADMINISTRATIVA - sejam votadas, e aprovadas, o quanto antes.