• Adriano Marreiros
  • 25 Novembro 2021

 

Adriano Marreiros

 

Difícil mesmo é notar que alguém é um esquerdista culposo, principalmente se você é essa pessoa: você jamais vai admitir porque ainda não sabe disso.  Da mesma forma que um engenheiro que errou no cálculo de uma viga nem sempre sabe que a casa caiu, você também não sabe o quanto é um militante de esquerda involuntário. Involuntário, mas culposo.

Eu: em junho do ano passado.

Quando eu era criança, e até na adolescência, existia um desenho animado com um passarinho chamado Piu-Piu.  Em todos os episódios ele ficava frente a frente com um gato chamado Frajola, que queria devorá-lo e, mesmo diante de tão clara ameaça, o tolinho dizia: “Eu ACHO que vi um gatinho”.  Sim, ele só... achava...

Também tinha um outro personagem chamado Mr. Magoo.  Era um senhor que não enxergava nada, mas achava que via perfeitamente, e corria os maiores perigos, só se livrando deles por mero acaso: apenas porque era um desenho bem humorado e não a realidade.

Então fiquei adulto e não vejo mais esses desenhos. Talvez nem tanto por ter ficado adulto, mas porque os programas infantis minguaram, não só pelas restrições ridículas que fizeram quanto à propaganda de produtos infantis, que praticamente a destruíram, mas também porque os novos programas infantis só querem saber de lacração.

Isso, no entanto, não me impediu de lembrar bem daqueles dois ótimos desenhos e descobrir que nunca foram ficção.  Nunca.  Na verdade as pessoas que negam a realidade que aparece na cara delas existem aos montes, como as que negam a Guerra Cultural e o Globalismo.  Piu-Piu não acabou, apenas saiu das telas, se reproduziu aos montes e sua ingenuidade apatetada apenas colabora com o fim da Cultura Ocidental, das Liberdades e das Soberanias...  Só que agora eles nem ACHAM que viram um gatinho: eles dizem que o gatinho é fake news...

Mr. Magoo é outro personagem que vejo materializado constantemente em pessoas.  Pessoas completamente cegas mas que acham que, no Mito da caverna, seriam justamente o cara que fugiu e viu a verdadeira luz.   Não conseguem enxergar nada do que acontece à sua volta, e ainda não se lascaram totalmente por mero acaso – ou se lascaram e não perceberam, como agora que estão vendo a Economia do depois, como desejavam, justamente porque nada viam nem percebiam.  Só que sorte não dura para sempre e globalistas e outros autoritários não são tão bonzinhos quando os autores de desenhos.  Os Magoos já se ferram mais que o Coyote, só que sem aquela vida eterna, mas ainda acham que os cegos são os realistas a quem xingam de terraplanistas e negacionistas.

Esta semana já reclamei demais disso, porque andei recebendo conselhos pretensamente sábios de Piu-Pius e Magoos.  Já deu! (ou melhor, “Deu pra ti?!”, porque estou em Porto Alegre).

***

Paro por hoje e sugiro que comprem meu livro se quiserem mais coisa minha.  Que foi?  Fui direto demais?  Tosco?  Não convém ser tão cara de pau?  Mas, como o Belchior,  “eu não posso cantar como convém, sem querer ferir ninguém”.  Ou não seria eu…  Não vou ficar enrolando igual a vendedor.  Recomendo, sim, o meu novo livro: “2020 d.C.  Esquerdistas Culposos e outras Assombrações”.  Um livro de crônicas: de crônicas de Liberdade e profecias de servidão.  Longe de ser uma mera coletânea, é uma obra em que as crônicas foram divididas em seções, por temas, explicados com textos inéditos e bem humorados em seus inícios (novas crônicas, pois) e, ao final de cada um deles, existem prints de notícias e matérias que situam aquelas crônicas no tempo ou comprovam seu caráter um tanto quanto profético, por mais que eu quisesse ter errado. 

 O próprio prefácio, do Sileno, foge do tradicional por ser dividido em 3 partes espalhadas pelo livro.  Ele diz que um livro meu não poderia mesmo ter um prefácio tradicional pois se trata de um "autor um tanto estrambólico num país de gente normal”: não tenho como discordar… 

 A capa representa o principal assunto do livro, a luta do bem contra o mal, porque assim é a luta pelas Liberdades, e ela, o título, o livro e eu somos comentados na orelha escrita por Sílvio Munhoz, também autor desta série, especialista justamente numa escrita que bate no pé da orelha. Antes do Sílvio veio o belo livro da Érika, cujo filho foi o autor dessa bela capa com São Jorge e o dragão. Salve Jorge! 

 Valeu, Scansani, valeu, Sileno, valeu, leitores.  Não quero cansá-los: pra que vocês comprem o livro!

*    Publicado originalmente no  excelente Portal Tribuna Diária.

Continue lendo
  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 22 Novembro 2021

 

Gilberto Simões Pires

 

ANTES DA CURA

Antes de tudo é importante que todos entendam que muito antes de uma pretensa e desejada cura de qualquer paciente, é preciso que o quadro de saúde do mesmo comece a dar sinais de melhora. Isto só é possível depois que as doses dos medicamentos utilizados confirmem que estão produzindo os efeitos apontados pelo diagnóstico da doença. E quando a cura se mostrar impossível, aí o que realmente importa para o paciente é saber da existência de meios que tornem o mais confortável possível a convivência com a doença.

MÉDICOS

No caso do paciente Brasil, já é mais do que sabido que a cura das inúmeras e complicadas doenças que foram sendo adquiridas ao longo do tempo está muito longe do possível. Alguns brasileiros, movidos por uma mistura de UFANISMO EXAGERADO com incontrolável OTIMISMO SEM CAUSA, não são capazes de entender que antes da desejada CURA é preciso colocar o Brasil nas mãos de MÉDICOS capazes de tratar as múltiplas doenças, que além de dolorosas ainda sangram demasiadamente os cofres públicos.

METÁFORA

Esta metáfora cabe perfeitamente para mostrar o quanto estão equivocados aqueles que apontam o dedo e a garganta para o STF, como se seus maldosos e ideológicos integrantes fossem os reais responsáveis 1- pelo não cumprimento da agenda do governo, cujas ações e intenções estão devidamente descritas no Plano que elegeu a atual administração do atual governo; e, 2- pelo incrível e notório descumprimento da Constituição. Na real, a responsabilidade cabe exclusivamente ao SENADO, que além de aprovar os ministros que ocupam a Suprema Corte, também tem o poder de tirá-los de lá quando descumprirem o que manda a Constituição.

SENADO

Nestes últimos anos, por tudo que se viu, ouviu e assistiu, os ministros do STF resolveram desafiar os PODERES - EXECUTIVO E LEGISLATIVO. Como perceberam que nenhuma instituição, notadamente o Senado, resolveu brecar as suas insistentes intervenções em tudo que acontece no nosso empobrecido Brasil, aí o STF decidiu acelerar o bonde, fazendo valer, cada dia com mais vigor e muita alegria, as mais estranhas e incríveis vontades de seus maldosos integrantes.

A MUDANÇA COMEÇA PELO SENADO

Diante deste claro diagnóstico, o tratamento indicado para a -MELHORA- do quadro de saúde do nosso Brasil impõe que nas próximas eleições em outubro de 2022, o povo brasileiro escolha a dedo e com muito cuidado e enorme interesse, quem deve ocupar as cadeiras dos 27 senadores que vão compor o Senado a partir de 2023. Tudo indica que elegendo 15 bons e corretos senadores, do total de 27, o doente Brasil pode, enfim iniciar as cirurgias que possam produzir os efeitos necessários para conviver com os problemas crônicos ou considerados incuráveis no curto e médio prazo. 

Continue lendo
  • Alberto Bittencourt
  • 20 Novembro 2021


Alberto Bittencourt

          Li o mais recente artigo do mestre J R Guzzo na revista Oeste.  Chega a dar um nó nó estômago o descalabro e a incoerência dos ministros do STF, nomeados como garantidores da ordem constitucional e democrática.  Mais parecem um bando de piranhas vorazes no ataque a uma presa indefesa.

Tudo o que é feito pelos ministros, o é de forma desconexa, arbitrária, como se cada um interpretasse a Carta Magna ao sabor de seu inconsistente juízo, sempre focando baterias contra as bases estruturadas do governo federal eleito pela maioria do povo.

Tudo feito com o objetivo camuflado de tornar o Brasil uma republiqueta desgovernada, sem lei, sem  ordem e sem rumo.

Certa vez, em maio de 1999, quando Miguel Arraes governava o estado de PE, o então prefeito do Recife, Roberto Magalhães, afirmou em conferência pública do Rotary, à qual presenciei, que sabia quem mandava em Pernambuco. Era o governador Arraes.  Porém em Brasília, em pleno governo FHC, ele disse desconhecer  quem mandava. Tal  era o desgoverno, a falência das gestões públicas, a corrupção desvairada, a anarquia geral. .

Com os governos do PT, o caos se agravou, até chegar ao ponto em que, com os desmandos das autoridades  da Suprema Corte, o Brasil torna-se outra vez um país ingovernável.

Tudo poderia ter sido evitado se, no atentado ao candidato Bolsonaro, que já despontava à frente das pesquisas, como  presidente da república eleito, alguma autoridade tivesse dado um basta à blindagem do criminoso Adelio Bispo, à OAB, aos advogados contratados por ninguém sabe quem,  e a quem mais o protegesse. Fosse nos Estados Unidos, que já assassinaram alguns presidentes no exercício do cargo, tal jamais teria acontecido.  Eles virariam pelo avesso a vida do criminoso, investigariam a fundo a vida dos possíveis cúmplices, comparsas e a todos os que pudessem estar de alguma forma envolvidos.

Nesta república das bananas, barraram as investigações, sem questionamentos e, com isso, a partir daí a o STF passou a se arvorar como poder moderador, como afirmou recentemente o ministro Dias  Tofoli, com o direito de fazer o que bem entende, sem limite, sem controle.

Na democracia brasileira, o presidencialismo ficou subjugado, de segunda categoria, contrariando a tradição histórica do Brasil que sempre optou por um presidencialismo forte.

Essa interferência desmedida do STF nos outros poderes tem que acabar.  Não podemos deixar que continue assim, a causar essa insegurança jurídica, geradora de  bagunça institucional e anárquica.

Isso só acontece porque as instituições brasileiras são extremamente frágeis e  todos consideram normal que assim seja. Nem Senado, nem Congresso, nem MP. reagem. O próprio BNDES restou calado, quando o ex presidiário saqueou seus cofres para distribuir, ao seu dispor, dinheiro a republiquetas de terceira categoria, sem condições de pagar. Assim também ocorreu com a Petrobras, com os maiores fundos de pensão, com as instituições brasileiras, saqueadas sem que uma voz se alevantasse.

Pobre da nação brasileira. Tá esperando o quê?

 

Continue lendo
  • Érika Figueiredo
  • 18 Novembro 2021

 

 Érika Figueiredo 

 

         Chegou ao meu conhecimento que o numero de suicídios entre jovens de 12 a 19 disparou, nos últimos anos. Não se conhecem as causas e nem a proporção por região, até mesmo pela subnotificação, mas trata-se de um fenômeno mundial, sobre o qual muito pouco tem sido falado.

Analisando friamente a questão, entendo que há uma infinidade de circunstâncias, as quais podem servir para justificar esse índice (inclusive o confinamento imposto, em virtude da pandemia). Entretanto, ouso dizer que a origem de todas elas é uma só, e reside em uma palavra: MOTIVAÇÃO.

Nassim Nicholas Taleb, pesquisador libanês radicado nos EUA escreveu um livro intitulado ANTIFRÁGIL: COISAS QUE SE BENEFICIAM COM O CAOS. Neste, Taleb discorre sobre a trajetória da civilização, na modernidade, e na forma como as pessoas foram se fragilizando perante a realidade, não encontrando-se preparadas para o enfrentamento dos problemas e a remoção dos obstáculos, com a dose de resiliência e força necessárias, na lida com as situações cotidianas e com as extraordinárias.

Acontece que o ser humano perdeu potência, à medida que a vida tornou-se mais fácil, menos rodeada de perigos à subsistência, e com mais comodidades para todos. “Tempos difíceis geram homens fortes, tempos fáceis geram homens fracos”, já dizia o provérbio oriental. 

Além do esvaziamento dessa força motriz, que fazia-nos lutar pela sobrevivência, enfrentando todo tipo de perigos e obstáculos, houve uma outra perda, mais significativa, e que retira toda a graça de viver: a perda da motivação. Essa tem respingado nos jovens, fazendo com que muitos não enxerguem propósito em suas vidas.

Mas de que motivação eu estou falando? Bem, para que avancemos, em qualquer campo da existência, somos regidos por motivações. Sejam estas morais, imorais, lícitas, ilícitas, fúteis, valorosas, certas ou erradas, elas são o motor de arranque das pessoas, para que exercitem desejos e realizem coisas.

Acontece que o tipo de motivação é o que faz a diferença, na vida da gente. Eu explico: digamos que a motivação que te ordena seja uma compulsão por álcool ou drogas. Ou por sexo. Ou por pornografia. Ou por dinheiro e poder. O que irá orientar sua vontade e definir seus atos será a sua compulsão.

Acontece que por ser uma motivação voltada para coisas despidas de valor real, mesmo que você se realize por um período de tempo, e a bebida, o sexo ou o dinheiro te proporcionem um prazer, este será finito, impermanente, baixo, e logo instalar-se-á um grande vazio, após a realização da sua compulsão.

Posso afirmar, inclusive, que todos nós possuímos compulsões, inclinações e más tendências, com as quais temos que lutar. Ser um indivíduo ordenado significa poder lidar com essas fraquezas, burilando-as, sopesando-as, administrando sua vontade e seus desejos, buscando voltar-se para motivações mais elevadas.

Desse modo, um homem casado pode desejar uma mulher fora do casamento, mas colocar sua relação na balança e afastar tal pensamento. Uma pessoa pode perfeitamente levar uma vida honesta, com menos dinheiro, ou optar por uma proposta muito generosa financeiramente, mas que ferirá sua integridade. Isso consiste em equilibrar as virtudes cardeais da fortaleza, da temperança, da justiça e da prudência, as quais devem estar presentes na personalidade de todo indivíduo.

A crise civilizacional que vivenciamos hoje, nada mais é do que um desequilíbrio de motivações, tendo sido as mais elevadas relativizadas, substituídas por prazeres banais, imediatos, fugazes e muitas vezes ilícitos ou imorais, os quais, após serem desfrutados, deixam um sentimento de vazio e vergonha, e uma impressão de que a vida não possui sentido.

Os jovens da atualidade mergulham nesse vazio, uma vez que não aprendem sobre virtudes e motivações elevadas, não são preparados para lidarem com a dificuldade e a frustração, com as perdas inevitáveis e com os desafios. Refugiam-se em pequenos prazeres, e perdem completamente o foco de suas vidas.

Falta, aos nossos jovens, que se consideram imortais, a sensação de que a vida é finita, o tempo é curto, e é necessário fazer valer a pena, porque a morte pode estar aguardando na próxima esquina... Isso aprendia-se bem cedo, com a guerra e a fome batendo à porta, e a dificuldade de sobrevivência pairando sobre as cabeças.

Eis que os nossos frágeis filhos nascem em um mundo de fartura e abundância, que as gerações pretéritas construíram e deixaram para que desfrutassem, onde a paz é uma realidade, quase não há guerras, e a maior ameaça à Humanidade é um vírus de laboratório.

As motivações por eles desenvolvidas, então, tornam-se, também, mais baixas, posto que, aparentemente, há todo tempo do mundo para serem quem desejarem, terem o que quiserem, conquistarem o que sonharem... porque esses símbolos vem sendo incutidos em suas mentes, ainda tão imaturas.

*       Publicado originalmente no excelente Portal Tribuna Diária

Continue lendo
  • José Batista Pinheiro Cel EB Ref
  • 18 Novembro 2021

 

José Batista Pinheiro Cel EB Ref
 

         Nenhum ser vivente pediu para nascer e viver esse grande mistério divino indecifrável, que é a vida humana na terra. O noticiário nacional nos mostrou o estado lastimável em que vivem as tribos ianomâmis na fronteira do Brasil com a Venezuela, donos de uma área do tamanho de Portugal. A política indígena no Brasil está totalmente equivocada.

Os ianomâmis, são um grupo de aproximadamente 35.000 indígenas que vivem em cerca de 200 a 250 aldeias na floresta amazônica, na fronteira entre Venezuela e Brasil. No Brasil, as aldeias ianomâmis ocupam a grande região montanhosa da fronteira com a Venezuela, numa área contínua de 9 419 108 hectares, pouco mais de 2 vezes a área do Estado do Rio de Janeiro. Na Venezuela os ianomâmis ocupam a Reserva da Biosfera Alto Orinoco-Casiquiare, com 8,2 milhões de hectares. A área total ocupada pelos ianomâmis no Brasil e na Venezuela é de 192 000 quilômetros quadrados. Abrange a região entre as bacias dos rios Orinoco e Amazonas.

Em sua maior parte, o território está coberto por densa floresta tropical úmida. O território é bastante acidentado principalmente nas áreas próximas às serras Parima e Pacaraima, onde se tem a maior concentração da população ianomâmi. Os solos são, em sua grande maioria, extremamente pobres e inadequados à agricultura, embora intensamente ricos em minérios nobres de alta valor comercial. No Brasil, os índios são tutelados pelo Estado, não são cidadãos brasileiros completos, com direitos civis. Ao nascer, o indiozinho é igual a qualquer outro bebê recém-nascido, que tanto pode ter vindo ao mundo em uma tribo ianomâmi, como nos aposentos luxuosos dos palácios da realeza britânica, em berço esplêndido, com roupas de seda. O coitadinho do índio não teve culpa, nem pediu para nascer em terras brasileiras em uma infecta maloca indígena, em uma rede de palha, feito um animal selvagem, sem nenhuma assistência médica e destinado a ser um pária social.

É muita maldade o que se fazem aos nossos índios, eles moram em ocas rústicas que constituem as tabas, sem nenhum resquício de higiene, analfabetos, sem escolas, sem tratamento médico, sem água potável, sem os benefícios da eletricidade, com alimentação precária predando animais em extinção para comer, poluindo os nossos rios, e muitos são alcoólatras e viciados em drogas. Existem vários órgãos governamentais para proteção aos Índios que não os protegem de nada. Os avanços da medicina moderna e da tecnologia estão fora do alcance dos bugres.

Este é o trágico panorama existencial dos nossos abandonados silvícolas. Já está na hora das autoridades brasileiras deixarem de tratar os índios com essa anomalia de paternalismo do tipo Funai, Ongs, Exército Brasileiro e outros, doando a eles grandes extensões de terra, fechando os olhos e deixando-os abandonados e desassistidos. Em vez dessas atitudes demagógicas e politicamente incorretas, as autoridades têm o dever de reintegrá-los à civilização dando-lhes moradias simples e confortáveis em suas próprias regiões, assistência alimentar, escolar, médica, acesso aos bens de consumo e autonomia para exercerem as suas crenças e tradições. A bem da verdade, os índios são tão brasileiros como todos nós, merecendo um tratamento igualitário, de acordo com os direitos e deveres constitucionais de todos os cidadãos nascidos nesta abençoada terra. Não dá para entender, baseados em que princípios, governos passados lhes outorgaram tantas terras ricas. Então, fica sem lógica a argumentação, de que os demais brasileiros do interior têm que comprar terras para exercerem a agricultura e pecuária e os brasileiros urbanos têm que comprar lotes de terras para construírem as suas casas.

 Dentro desse contexto, saltam aos olhos interesses que forças externas estão pressionando as nossas autoridades, para doarem essas ricas glebas aos indígenas, principalmente na região amazônica, para posterior independência políticas dessas áreas, fracionando o nosso território, enfraquecendo a nossa soberania. Com a palavra, as nossas autoridades para esclarecerem esses absurdos.

*Enviado ao site pelo autor que é  Cel EB Ref, articulista do jornal Inconfidência (Rio de Janeiro, 17.11.2021)

Continue lendo
  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 17 Novembro 2021

 

Gilberto Simões Pires

 

Lá nos anos 1990/2000, quando veio para o Brasil com o propósito de montar o primeiro Fundo de Investimentos de VENTURE CAPITAL para o setor de tecnologia, -Latinvest Asset Menagement-, o banqueiro Peter Gruber estava convencido que aquele era o momento certo para aproveitar as boas oportunidades que estavam se abrindo no nosso país. Entretanto, com os -pés no chão-, Gruber fez questão de lembrar que "enquanto os Estados Unidos herdaram o CAPITALISMO de Adam Smith, o Brasil herdou o MERCANTILISMO". Como o Brasil foi por muitos anos governado por imperadores, muita coisa veio de CIMA PARA BAIXO. E até hoje, mesmo com avanços consideráveis, muitas raízes do MERCANTILISMO não foram removidas. 

 PROTECIONISMO E CONTROLE ESTATAL DA ECONOMIA

O CAPITALISMO COMERCIAL também chamado de CAPITALISMO MERCANTIL, ou simplesmente -MERCANTILISMO-, foi a primeira fase do sistema capitalista, que teve início no final do século XV, com a decadência do feudalismo, e encerrou no século XVIII, com o fortalecimento da industrialização. O que caracteriza, basicamente, a existência e/ou permanência do -MERCANTILISMO- é o PROTECIONISMO e/ou o CONTROLE ESTATAL DA ECONOMIA. 

 INTERVENÇÃO DO ESTADO

Entende-se por Protecionismo - a criação de impostos e tarifas com o -propósito de proteger- as indústrias e manufaturas nacionais. Já o Controle do Estado sobre a economia - é a própria INTERVENÇÃO-, que impede a liberdade para produzir e vender de acordo com o que determina a -IRREVOGÁVEL- LEI DA OFERTA E DEMANDA. 

 INTRODUÇÃO DO CAPITALISMO

Pois, passados mais de 20 anos desde que Peter Gruber veio para o Brasil, somente a partir de 2019, com o atual governo, o Brasil, enfim, começou a introduzir, ainda que de forma muito tímida, aquilo que se entende por CAPITALISMO. Esta é a transformação que vai exigir uma forte persistência até que consiga ser exitosa.

 CRÍTICOS FEROZES DA POLÍTICA ECONÔMICA

Entretanto, por força da tradição -secular-, devemos levar em boa conta que um grande número de empresários que, de forma enganosa e esperta se declaram abertamente como favoráveis à livre inciativa. Na real, é bom que se diga ainda mais abertamente, esta gente está presa ao velho MERCANTILISMO, onde o PROTECIONISMO é o que existe de melhor. Isto vale, principalmente, para as instituições financeiras, para boa parte da mídia e para as grandes indústrias, a considerar as críticas ferozes que fazem, a todo momento, à política econômica do governo.

*Publicado no site do autor em 12/11/2021

Continue lendo