Roberto Rachewsky
A diversidade que realmente deveria receber destaque, e ser levada à última instância, não se refere a homens, mulheres, gays ou lésbicas. Nem a negros, brancos, amarelos ou vermelhos. Nem a judeus, muçulmanos, cristãos ou ateus.
Diversidade de verdade, universal, é aquela que inclui indivíduos com nome e sobrenome, com corpo e alma, propósitos, vitórias e derrotas, seres humanos que acordam, criam valor e dormem para reiniciar de novo a construção dos seus caminhos em direção ao destino que escolheram na vida.
O que importa para os seres humanos não aparece perante nossos olhos, por isso não julgue antes de saber o que tem guardado naquele corpo, naquela mente.
Características congênitas como cor, sexo, nacionalidade, nos identificam e distinguem, mas isso não deveria nos separar. Há outros critérios ainda: altura, peso, largura, comprimento do todo e das partes, velocidade, força, inteligência, feiura e beleza. Tudo isso nos identifica e nos distingue, mas não nos separa.
Somos todos seres humanos dotados de aparência que se herda e de caráter que se constrói. O caráter é essencial e a aparência é acessória. Não é à toa que dizem que o amor é cego. Que seja cego para o corpo, mas não para o caráter.