Adriano Marreiros
Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim'
Evangelho de São Lucas
Abra o tal do Google no Natal e constate que, após um monte de presepadas em datas inexpressivas, não haverá um presépio na principal data da humanidade... Não é à toa. Não é esquecimento. É método! Hoje, em público, só é permitido pregar a nova religião secular com seus dogmas canhestros e politicamente corretos. Cristianismo: só dentro de templos e com as restrições impostas pelos senhores do mundo...
Este foi um ano triste. Um ano de dor: pessoal e cívica. Um ano de perdas.
Chorei perdas na minha casa.
Chorei perda de liberdades.
Chorei perdas de ilusões...
Vão-se as pombas do pombal de Raimundo Correia e, como os sonhos do poeta, as ilusões também não voltarão ao coração
Perdi ilusões com pessoas: com CPF e com CNPJ.
Tive arrependimentos que jamais imaginei que teria. Preocupante.
Fiquei pasmo com convicções repentinas, insuspeitas – mas hoje tão convenientes – de pessoas que, em décadas jamais falaram daquilo. Decepcionante...
Vi as pedras de tantas cláusulas constitucionais virarem areia por meio de malabarismos e magia circense, com escalafobéticas palavras mágicas: “não retrocesso”, “constituição viva”, “nenhum direito é absoluto (exceto se for de alguém da ideologia). Aberrante...
“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”, depois que fura, aí prossegue de furadeira elétrica sem nem tentar disfarçar o barulho que serve, inclusive, para que as vozes de protesto não sejam ouvidas: e às vezes sejam caladas sem figuras de linguagem. Silenciante...
Vi a Sociedade sem pai nem mãe quando mais precisou, aliás, pior, transformados na madrasta, qual Cinderela sem sapatinho ou baile: a não ser que fosse fanque... Chocante
Vi criminosos colocados nas ruas e a liberdade colocada em prisões... Encarcerante...
Nesta semana quero tentar esquecer isso por uns dias. Quero comemorar o Nascimento do Senhor e depois contar mais um ano a partir dele. Quero fazer isso em público enquanto for permitido, enquanto não inventarem que é ofensivo, enquanto não inventarem que as ruas são laicas num país em que ofender Cristo e o Cristianismo gera arquivamento e criticar certas pessoas é profanação punida com prisão e o fogo do inferno na Terra. Porque quando não for mais permitido, buscarei fazê-lo assim mesmo: que Daniel me inspire!!!
Feliz Natal: enquanto deixarem que ele seja feliz. Quando não deixarem, seremos felizes, assim mesmo, em razão do advento do Salvador!!!
Se algumas pessoas se afastarem de você,
não fique triste!
Isso é a resposta da oração:
“Livrai-me de todo o mal, Amém!”
Caio Fernando Abreu
Crux Sacra Sit Mihi Lux / Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Satana / Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas / Ipse Venena Bibas
(Oração de São Bento cuja proteção eu suplico)
* Adriano Alves-Marreiros
Que também é um homem de pouca fé, mas está buscando crer apesar de tudo...
* Publicado no excelente Tribuna Diária: https://www.tribunadiaria.com.br/ler-coluna/1269/que-o-natal-console-o-arrependimento-decepcao-e-dor.html
Alex Pipkin, PhD
O idealismo e o bom-mocismo na narrativa política são puros e sedutores; na retórica demagógica, passíveis de atingimento.
Nos espaços econômicos e sociais em que persistem políticas econômicas disfarçadas de capitalismo, cenário característico de economias latino-americanas, verdadeiramente dignas de cleptocracias, as narrativas contra as debilidades e as disfunções do capitalismo de compadres e do intervencionismo estatal são facilmente demonizadas. Genuinamente, isso se constitui em um banquete - com vinhos finos premiados e lagostas - para que a grande mídia exerça sua apologia às políticas coletivizantes.
Claro que o fermento escarlate não advém exclusivamente desse tipo de mídia. As universidades transformaram-se em centros de doutrinação e de encenação contra o “capitalismo sangrento” (procure, ache e compare a terrível desproporção com a literatura referente às ideias liberais). Combinado com o idealismo e o descontentamento juvenil, o circo - sério - vermelho está montado.
A gurizada também deseja pertencimento junto aos “modernos” e revolucionários grupos adornados por camisas e bonés de Che Guevara.. Interessante perceber que os jovens que berram por liberdade e, especialmente, seus companheiros ideológicos, são míopes frente às atrocidades e ao autoritarismo de regimes socialistas, tais como o da Venezuela e de Cuba, por exemplo. Democracia e Estado de Direito existem somente quando a cor do poder é vermelha.
Objetivamente, o capitalismo de verdade - “não selvagem” - é aquele caracterizado por uma economia de mercado, com livre concorrência, com segurança jurídica aos contratos estabelecidos entre as partes, e com a presença de um Estado limitado, austero, eficiente, realizando suas funções precípuas gastando menos - não mais - dinheiro do contribuinte.
Inequivocamente isso pressupõe impostos mais baixos, que favoreçam uma economia forte e proporcionem mais renda e liberdade de escolha aos consumidores.
A pandemia da Covid-19 atiçou os ânimos e as bandeiras por um Estado ainda maior do que os mastodônticos, em consequência das retóricas populistas e demagógicas de autoridades estatais.
Sem dúvida, as políticas emergenciais foram necessárias; evidentemente, programas sociais inteligentes são indispensáveis. Porém a turma vermelha, bom-mocista do pensamento mágico, crê no maná e em territórios em que inexistem limites econômicos ou fiscais para a ação pública.
O pensamento mágico anda voando mais alto.
Ele chega ao poder trazendo uma sensação de liberação das amarras e das injustiças dos capitalistas sem coração. No início é uma festa, mas sabemos onde governos coletivizantes terminam.
Não há almoço grátis, a sobremesa das políticas de identidade divide as mesas e não enche as barrigas. A tatuagem é a do desperdício! A característica farra econômica e fiscal sempre cobra um preço alto em termos de inflação e, portanto, preços de produtos e serviços mais altos e impostos mais altos. A dívida pública é verdadeiramente a grande herança que esses governos idealistas e bondosos deixam para gerações de jovens idealistas.
O pensamento mágico despreza a realidade e nunca anda de mãos dadas com os fatos, estes são infalsificáveis, predestinados a prevalecerem!
Veremos a seguir…
Vaterlucio Campelo
Pertenço ao clubinho cada vez menor dos que não encontram respostas simples para problemas complexos. Depois que tive a oportunidade de conhecer umas três ou quatro linhas de Edgar Morin e umas duas ou três sobre sistemas complexos, tento dar as costas ao simplismo que contamina certas declarações, especialmente de políticos e analistas a respeito de temas importantes. Confesso que nem sempre consigo.
Dou como exemplo a volta insistente do aumento de preços, o velho dragão da inflação, que estava praticamente dominado desde o plano real, um dos mais elaborados e complexos planos econômicos experimentados no mundo. Hoje, convenhamos, nenhum brasileiro está tranquilo perante a situação econômica, os preços sobem e sobem. O mundo todo, aliás, incluindo o Tibet, se encontra em alvoroço.
Há, contudo, quem se satisfaça dizendo que é culpa do Bolsonaro e pronto. Diz essa bobagem e vai dormir sossegado. Crise energética na China? Crise de combustíveis? Desorganização das cadeias de suprimento? Inflação e taxa de juros nos EUA? Crise na oferta de fertilizantes? Restrições ambientais? Crise hídrica? Expansão monetária para cobrir despesas e proteger pobres e empresas? Tudo isso e muito mais ocorreu em escala global e os vermelhinhos, disfarçados ou não, estão lá berrando com pose de especialistas que a culpa é do Bolsonaro que não usa máscara.
Quando em março de 2020 já gritavam “finkincasa” que a economia resolvemos depois”, exigindo somas sem fim e sem controle para o sistema de saúde, ou quando acharam pouco o socorro financeiro sem contrapartida laboral para milhões de necessitados, não pensaram na inflação. Ou será que pensaram e empurraram só para que ela acordasse e hoje justificasse o novo berro?
Não tenho muita paciência, aliás, não tenho nenhuma paciência para ser professor, algo que só experimentei entre 21 e 23 anos de idade, mas vou contar umas coisinhas aqui na “sala” dos leitores.
O barril de petróleo está na casa dos 80 dólares – você queria que Bolsonaro fizesse como a Dilmanta, segurasse os preços dos combustíveis artificialmente e quebrasse a Petrobras, mandando a conta para TODOS os pagadores de impostos?
– A Crise energética na China, fabricante até daquela argola que seu filho usa nas ventas, danou a oferta global gerando escassez de brinquedos a chips para seu celular. Resultado: Aumento de preços.
– O preço do gás natural na Europa, dependendo do país, subiu até 300% no último ano por causa da política ambiental adotada na Europa que hoje está, por causa disso, de joelhos para o Putin, que se ficar mais “putin”, com o inverno chegando, fará a rainha da Inglaterra voltar aos tempos de dois ou três banhos por ano. Resultado: Aumento de preços.
– A Rússia limitou drasticamente a oferta de nitrogenados. Sabe o que é isso não? É fertilizante que importamos de lá mais de 20% do que usamos. Resultado: Aumento dos preços.
– O Bolsonaro já enfiou o pé na jaca keynesiana até onde pode, e hoje tem 50% a mais de papel moeda circulando na economia brasileira. Precisa explicar que mais moeda sem níveis elevados de crescimento econômico e alta demanda implica inflação?
Enquanto o mundo todo tenta se refazer da peste de crises (desculpem o trocadilho), os babacas daqui fecham o site do UOL ou do G1 e saem papagueando “a culpa é do Bolsonaro!”. Culpa de quê, homem de Deus? Você não entendeu nem a primeira sílaba da palavra pandemia, passou mais de um ano em casa gastando a tecla do celular, engordou feito um leitão (falei que não tenho paciência) e quer agora mais dinheiro na economia e menos inflação? Pior ainda é acompanhar esse “raciocínio” e em seguida ouvir que o programa Auxílio Brasil é eleitoreiro, mas R$400,00 não dá pra nada.
Outros, aplaudem e alimentam diariamente a insegurança do país, apoiam as decisões judiciais que causam insegurança jurídica, torcem pela prisão dos jornalistas decentes, vibram com CPI’s de araque e trocentos pedidos ridículos de impeachment que causam instabilidade política, fazem da questão sanitária uma espécie de guerrilha anti-governo, desgraçam a democracia com decisões por cima e por baixo da Constituição e “inocentemente” se assustam com a alta do dólar “Ui, não posso comprar o iphone 13 que minha filha pediu, culpa do Bolsonaro!”
O sujeito entra com gosto na guerra da pandemia e quer sair ileso, quem sabe, contabilizando despojos. Preste atenção, amiguinho: Se você ficou em casa e não estava naquele consórcio lá do Nordeste, ou em outro rolo qualquer de compras sem licitação, perdeu, playboy! Sim, porque mesmo sendo servidor público, a inflação lhe tomou a picanha da feira. Não notou?
Já que o Congresso não está disposto a fazer reformas econômicas que propiciem liberdade e crescimento econômico, parece certo que o Banco Central vai ter que dar mais porrada pra cima na taxa de juros. É o jeito. É necessário que uma política monetária restritiva seja mantida a fim de que não percamos o controle da moeda. Entrar 2022 com IPCA na marca de 10% seria péssimo sinal.
Alta inflação em ano eleitoral, com mídia, justiça e políticos contra, será explorado como descontrole e estabelecerá descrédito na equipe econômica. Por outro lado, ao elevar a taxa Selic para uns 9-10% como prevê o mercado, o Banco Central – guardião da moeda, estará enviando um recado às empresas para que adiem seus planos de investimentos. A tendência é enxugar o mercado.
Do lado do consumidor, uma Selic mais alta fará elevarem-se os juros bancários diminuindo também o consumo, situação que não pode ser sustentada no longo prazo sob pena de dano estrutural na economia, desinvestimento, desindustrialização, desemprego, aumento da pobreza e perda de arrecadação, sem falar no custo da dívida pública.
Este cenário, difícil, turbulento e ameaçador, rapidamente esboçado como permite este espaço, é realmente dramático, mas é hoje a regra na maioria dos países. Talvez um jovem de vinte e poucos anos, que não sabe o que é viver sob alta inflação, tenha o direito de traduzir sua raiva culpando estupidamente o governo, porém, seu pai ou sua mãe, se não perdeu a memória ou age de boa-fé, não pode culpar Bolsonaro com a simplicidade de quem o acusa de não usar máscara.
Sim, eu sei. Tem um monte de gente torcendo para o “quanto pior, melhor”. A única forma de voltarem ao poder é desgraçando o país e com isto eles não se importam, já que estarão (?) no andar de cima. Mas, pelo menos, poderiam ser um pouco mais honestos. Por favor, tenham respeito e não tratem a economia com a ligeireza e a expertise de quem frita um ovo.
* Publicado originalmente em https://ac24horas.com/2021/11/12/nao-sei-do-que-se-trata-mas-o-culpado-e-bolsonaro/
Rodrigo Constantino
Nota do editor: Em visita ao excelente site do Instituto Liberal, encontrei este importante estudo do amigo Rodrigo Constantino, publicado em 21/05/2018.
Os precursores intelectuais da moderna Escola Austríaca foram, na maioria, dominicanos e jesuítas, professores de moral e teologia em universidades que constituíram os focos mais importantes do pensamento durante o “Século de Ouro” espanhol. Uma detalhada análise encontra-se no livro Escola Autríaca de Jesús Huerta de Soto.
Já em 1555, o bispo Diego de Covarrubias expôs melhor que ninguém a teoria subjetiva do valor, afirmando que “o valor de uma coisa não depende da sua natureza objetiva mas antes da estimação subjetiva dos homens, mesmo que tal estimação seja insensata”. O estudo de Covarrubias, cujo título era Veterum collatio numismatum, é citado por Carl Menger nos seus Princípios de Economia Política. Menger é considerado o fundador da Escola Austríaca.
Este foco subjetivista iniciado por Covarrubias tem continuidade por outro escolástico, Luis Saraiva de La Calle, que definiu a relação entre custos e preços já naquela época, mostrando que os custos é que tendem a seguir os preços e não o contrário. Isso seria a antecipação da refutação que Menger faria da teoria objetiva do valor, que passaria a ser o ícone da teoria de exploração marxista.
Outra notável contribuição dos escolásticos foi a introdução do conceito dinâmico de concorrência, entendida como “o processo empresarial de rivalidade que move o mercado e impulsiona o desenvolvimento da sociedade”, segundo Huerta de Soto. Este viria a ser o coração da teoria do mercado da Escola Austríaca, contrastando com o modelo de equilíbrio de concorrência perfeita ou monopolística dos neoclássicos. Os preços de equilíbrio, portanto, não poderiam ser conhecidos, e isso derrubava a teoria de planejamento rígido defendida pelos socialistas.
As contribuições dos cardeais jesuítas espanhóis Juan de Lugo e Juan de Salas também merecem destaque. O primeiro, já em 1643, havia concluído que o preço de equilíbrio depende de uma quantidade tão grande de circunstâncias que apenas Deus pode conhecer. O segundo afirma que apenas Deus pode ponderar e compreender exatamente toda a informação e conhecimento usados no processo de mercado pelos agentes econômicos. As mais refinadas contribuições de Mises e Hayek sobre a teoria do conhecimento estavam então sendo antecipadas no século XVII.
O princípio da preferência temporal, um dos elementos essenciais da Escola Austríaca, fora mencionada por Martín de Azpilcurta em 1556. Ele diz que, tudo o mais constante, os bens presentes são sempre mais valorizados do que os bens futuros. Azpilcurta tomou emprestado este conceito de um dos discípulos de Tomás de Aquino, Giles de Lessines, que já em 1285 havia afirmado que “os bens futuros não são tão valorizados como os mesmos bens disponíveis de imediato”. Complicado é entender isso e condenar a usura, como tantos religiosos fizeram.
O trabalho do padre Juan de Mariana, intitulado De monetae mutatione, publicado em 1605, critica a política seguida pelos governantes da sua época de baixar de forma deliberada o valor da moeda, embora não utilize o termo “inflação”, desconhecido então. Mariana critica também a política de estabelecimento de um preço máximo para lutar contra os efeitos da inflação. Ele refere-se ao governo como um cego tentando guiar aquele que vê. E ainda sobre a contribuição à questão monetária, Luis de Molina foi o primeiro teórico a salientar que os depósitos e o dinheiro bancário em geral, que ele denomina em latim chirographis pecuniarum, é parte integrante, da mesma forma que o dinheiro em espécie, da oferta monetária.
Huerta de Soto conclui que “os escolásticos espanhóis do Século de Ouro foram já capazes de articular o que depois viriam a ser os princípios mais importantes da Escola Austríaca de Economia”. Como fica claro, ainda mais para um profundo entusiasta do brilhantismo da Escola Austríaca, os religiosos ofereceram ao mundo muitas coisas boas, inclusive na área econômica.
*Publicado originalmente em https://www.institutoliberal.org.br/recente/o-legado-dos-escolasticos-de-salamanca-como-influencia-na-escola-austriaca/.
OVO DE COLOMBO
A expressão popular -OVO DE COLOMBO-, geralmente é utilizada para registrar que alguém descobriu algo importante, do tipo que oferece excelentes possibilidades na obtenção de resultados muito proveitosos. A título de curiosidade, a expressão -OVO DE COLOMBO-, segundo alguns historiadores, tem origem quando Cristóvão Colombo, num banquete em sua homenagem por ter descoberto a América, ouviu de alguns presentes que também poderiam ter realizado a tal façanha. Foi quando o descobridor desafiou os presentes a colocar um OVO EM PÉ. Como ninguém se mostrou capaz, Colombo foi em frente e bateu um ovo (cozido) sobre a mesa, amassando uma das extremidades, o que possibilitou o ovo ficar em pé. E acrescentou: "Qualquer um poderá fazê-lo mas, antes é necessário que alguém tenha a ideia".
OVO BRASILEIRO EM PÉ
Pois, aproveitando a mesma expressão, o presidente Jair Bolsonaro, depois de ouvir atentamente o seu importante ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, resolveu colocar um OVO BRASILEIRO EM PÉ, quando tornou pública, e possível, através de MP 1065/2021, a IDEIA de permitir a exploração privada de ferrovias por meio de AUTORIZAÇÃO. Como o interesse dos investidores se mostrou firme, forte e imediato, o PODER LEGISLATIVO se viu na obrigação de aprovar o importante MARCO FERROVIÁRIO.
IDEIA FERROVIÁRIA
Como a IDEIA FERROVIÁRIA teve grande recepção, a considerar que, ATÉ ONTEM, o ministro da Infraestrutura já assinou dezenas de termos de adesão permitindo a construção e operação de trechos de ferrovias pelo novo regime de AUTORIZAÇÃO, cujos projetos deverão passar por DEZ ESTADOS, com investimentos bilionários, outros setores já estão fustigando o governo para que as AUTORIZAÇÕES também venham a ser possíveis e/ou permitidas.
CONCESSÃO
Para quem não sabe a diferença entre CONCESSÃO E AUTORIZAÇÃO, a primeira (CONCESSÃO) é o contrato, por prazo determinado, realizado entre a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA e uma EMPRESA PRIVADA, pelo qual o governo transfere ao segundo a execução de um serviço público, para que este o exerça em seu próprio nome e por sua conta e risco, mediante tarifa paga pelo usuário, em regime de monopólio ou não. Entende-se como CONCESSÃO DE SERVIÇO PÚBLICO a delegação de sua prestação, feita pelo PODER CONCEDENTE, mediante licitação, na modalidade de CONCORRÊNCIA, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
AUTORIZAÇÃO
Já a AUTORIZAÇÃO é um ATO ADMINISTRATIVO por meio do qual a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA possibilita ao PARTICULAR a realização de alguma atividade de predominante interesse deste, ou a utilização de um bem público. Trata-se, portanto de um ATO FACULTATIVO, QUE NÃO EXIGE LICITAÇÃO. Resumindo: o bem ou serviço que é CONCEDIDO pertence ao ESTADO, o que é AUTORIZADO é a obra a ser feita por investidores privados interessados.
INTERESSE DE INVESTIDORES
Falando em interesse em investir no Brasil, hoje, 17, em Leilão realizado pela ANP foram arrecadados R$ 11,14 bilhões em volumes excedentes da cessão onerosa de petróleo. Dez empresas participaram da rodada e cinco fizeram oferta – quatro delas estrangeiras e uma nacional. O vencedor foi o consórcio formado por TotalEnergies EP (28%), Petronas (21%), QP Brasil (21%) e Petrobras (30%), que ofereceram percentual de excedente para a União de 37,43%, superior ao excedente mínimo. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o leilão vai permitir aumento de 12% da produção nos próximos cinco a seis anos. “Apenas essa segunda rodada vai propiciar R$ 7,7 bilhões a estados e municípios, que vão se somar aos R$ 11,7 bilhões da primeira rodada”, disse durante evento do leilão realizado nesta sexta.
Dennis Prager
Muitos na esquerda (em oposição aos liberais) estiveram em guerra contra o Natal por mais de uma geração. Esquerdistas sempre negam que há uma guerra contra o Natal e zombam daqueles que afirmam que ela existe.
É preciso um chutzpah [audácia, em iídiche] alucinante ou falta de autoconsciência quando as pessoas fazem algo e, no entanto, negam que estejam fazendo realmente isso. Mas a evidência é esmagadora.
A esquerda impediu as escolas de chamar as férias de Natal com esse nome – o nome que as escolas chamavam ao longo de toda a história americana até as últimas duas décadas. Quase todas as escolas não-cristãs nos Estados Unidos agora chama as férias de Natal de "férias de inverno".
Menos e menos americanos, lojas, empresas ou meios de comunicação desejam às pessoas um "Feliz Natal", preferindo um estéril "Boas festas" (apesar do fato de a grande maioria dos americanos celebrar o Natal).
E em apenas uma geração, praticamente todas as empresas americanas pararam de ter uma "festa de Natal" e passaram para uma "festa de fim de ano".
Já tendo escrito no passado sobre a falsidade da não inclusividade de "Feliz Natal", "férias de Natal" e "festa de Natal", não reiterarei o ponto aqui. Basta dizer que é preciso um nível de narcisismo de tirar o fôlego para um não-cristão se ofender com as menções de Natal e um nível igual de mesquinharia para tentar privar a grande maioria dos colegas americanos da menção pública de seu feriado.
Em vez disso, quero tentar explicar por que isso aconteceu.
O argumento "inclusivo" é tão absurdo – eu sou um judeu praticante e não consigo nem mesmo me sentir ofendido ou me sentir "não incluído" por um convite para uma festa de Natal – que deve haver outras razões, ou pelo menos adicionais, para a esquerda esterilizar o Natal.
"E há.
Uma é que a esquerda vê no cristianismo seu principal inimigo ideológico e político. E está certa nisso. A única oposição organizada e de larga escala contra a esquerda vem da comunidade cristã tradicional – protestantes evangélicos, católicos tradicionais e mórmons fiéis – e de judeus ortodoxos.
O esquerdismo é uma religião secular e considera todas as outras religiões imorais e falsas.
De Karl Marx a Vladimir Lenin, de Lenin a George Soros, a esquerda considerou a religião em geral e o cristianismo em particular como o "ópio das massas" – uma droga que leva as massas a aceitar sua condição de oprimida e, assim, impede que elas se engajem na revolução.
A esquerda entende que quanto mais as pessoas acreditam no cristianismo (e no judaísmo), menor a chance de a esquerda ganhar o poder. A esquerda não se preocupa com o Islã, porque o percebe como um aliado em sua guerra contra a civilização ocidental e porque os esquerdistas não têm coragem de enfrentá-lo. Eles sabem que o confronto com os religiosos muçulmanos pode ser fatal, enquanto o confronto com cristão não implica riscos.
Segunda, a esquerda considera o cristianismo nos Estados Unidos como parte intrínseca da identidade nacional americana – uma identidade que deseja erodir em favor de uma identidade de "cidadão mundial". A esquerda não apenas lutou contra o Natal; procurou minar outros feriados de identidade nacional.
Por inúmeras razões, não apenas de esquerda, os americanos não comemoram mais o aniversário de George Washington (de fato foi substituído pelo totalmente sem sentido "Dia dos Presidentes") ou o aniversário de Abraham Lincoln, como fizeram quando eu era criança, meu pai era criança, e seu pai era criança.
O único americano celebrado em um feriado nacional é Martin Luther King Jr., que é aceitável para a esquerda porque não é branco. Uma prova do desejo da esquerda de minar os feriados nacionais especificamente americanos é a guerra aos dois feriados restantes especificamente americanos: o Dia da Independência e o Dia de Ação de Graças.
A esquerda considera o Dia de Ação de Graças uma fraude histórica e uma celebração imoral do "genocídio" dos índios americanos – que é o que se ensina agora às crianças em muitas escolas públicas americanas. E o "Feliz Dia de Ação de Graças" foi substituído por "Boas Festas".
Quanto ao 4 de Julho, o jornal New York Times está liderando a destruição da celebração do aniversário dos Estados Unidos, declarando que a verdadeira fundação da América foi em 1619, ano em que, segundo afirma o jornal, os escravos africanos chegaram ao continente americano pela primeira vez."
"É claro, ainda há o Dia dos Veteranos e o Memorial Day, mas eles não feriados nacionais especificamente americanos; praticamente todos os países têm feriados parecidos.
Mas o Natal é um problema para a esquerda. Ele celebra a religião e o faz de maneiras essencialmente americanas (como a música de Natal americana, por exemplo).
A terceira e última razão é que a esquerda é triste. Qualquer coisa e quem quer que a esquerda influencie tem menos alegria na vida. Conheci liberais felizes e infelizes e conservadores felizes e infelizes, mas nunca encontrei um esquerdista feliz.
E quanto mais à esquerda você for, mais irritadas e infelizes serão as pessoas que encontrará. Mulheres e negros felizes, por exemplo, têm uma probabilidade muito maior de serem conservadores do que esquerdistas.
O Natal é feliz demais para a esquerda. "Noite Feliz" não é uma canção para ela."
*Publicado originalmente no Daily Signal, em 17 de dezembro de 2019
**Dennis Prager é colunista do Daily Signal, radialista e criador da PragerU.