• Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 08 Dezembro 2021

Gilberto Simões Pires

 

CONFUSÃO

Quem olha o nosso empobrecido País pela janela político-eleitoral já deve ter percebido que de maneira geral os eleitores brasileiros gostam mesmo é de CONFUSÃO. Não fosse assim, certamente que tratariam de escolher - senadores, deputados e vereadores- que estivessem alinhados com os mesmos ideais e propósitos daqueles que elegem para presidente, governador e prefeito. Esta boa relação/combinação, por mais que possa haver discordâncias, se faz necessária para que o Plano de Governo seja implementado e os resultados previstos sejam atingidos.

LONGA CAMINHADA EM DIREÇÃO À LIBERDADE ECONÔMICA

 

Vejam, por exemplo, que ao eleger o presidente Bolsonaro, os eleitores, em tese, estavam dando o seu aval ao Plano de Governo que foi amplamente difundido ao longo da campanha eleitoral. Consta no importante documento, que pode ser lido e relido a qualquer momento, que as intenções do então candidato Jair Bolsonaro davam conta de que, uma vez eleito, o Brasil daria início a uma longa caminhada em direção à tão sonhada LIBERDADE ECONÔMICA, algo jamais experimentado no nosso empobrecido País. 

AR PURO

 

Entretanto, o cuidado que os eleitores mostraram para eleger o presidente foi contrastado com o desprezo no tocante à escolha dos representantes do PODER LEGISLATIVO, que, em última análise, DECIDEM praticamente tudo que é proposto pelo EXECUTIVO, qual sejam os projetos e medidas constantes no Plano de Governo, os quais, por sua vez, têm como propósito abrir o caminho para que um pouco do AR PURO DA LIBERDADE ECONÔMICA possa ser respirado. 

DESINTERESSE COMPROVADO

 

Pois, para comprovar o quanto os eleitores não se preocuparam em escolher políticos de mesma afinidade, um levantamento feito pelo Observatório Legislativo Brasileiro (OLB), publicado na revista Oeste desta segunda-feira, 06, informa que, neste ano -2021- o Congresso Nacional APROVOU APENAS CERCA DE 30% DE PROJETOS DO GOVERNO BOLSONARO. Segundo dados do OLB, o melhor desempenho do Executivo foi registrado no ano anterior -2020-, quando conseguiu aprovar 42,9% das propostas. Mais: nos primeiros 12 meses de governo, em 2019, o Congresso já havia mostrado o quanto não aprecia a LIBERDADE ECONÔMICA, pois aprovou pouco mais de 30% de projetos protocolados. Conforme a pesquisa, trata-se do pior desempenho de um presidente desde a redemocratização. Que tal?

ORÇAMENTO SECRETO E PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS

Além de não dar andamento àquilo que o Brasil mais precisa, a Comissão Mista do Orçamento (CMO) do Congresso Nacional aprovou, ontem, o texto-base do parecer preliminar do Orçamento para 2022, que prevê um teto de 16,2 bilhões de reais para as EMENDAS DO RELATOR, que ficaram conhecidas como "ORÇAMENTO SECRETO. Mais: hoje, 07, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Otto Alencar, adiou o debate sobre a proposta de PRIVATIZAÇÃO DOS CORREIOS. Segundo ele, o projeto só deve ser analisado no ano que vem, "se é que vai ter condições", o que pode inviabilizar a venda da estatal em 2022. Pode?

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  • Flávio Morgenstern, em SensoIncomum.org
  • 08 Dezembro 2021

Flávio Morgenstern

 

Por que desejar "Feliz Natal" pode ofender alguém? Uma sociedade sem símbolos é uma sociedade mais frágil. E o que une mais do que o Natal?

No mundo de hoje, um mundo em que não é preciso ter mais do que 15 anos de idade para já ter saudade dos bons tempos que não voltam mais, é proibido dizer “Feliz Natal”. A moda é apenas falar “Boas festas”, para não ofender aqueles que não acreditam no que o Natal significa.

É uma mania bastante estranha. Poucos se preocupam em perguntar se as pessoas realmente acreditam na vantagem do modelo republicano sobre nossa admirável monarquia ao comemorar o 15 de novembro, ou o feriado mais disputado de todos: se ninguém se ofende com a existência do carnaval e propõe que nossa individualidade não seja tomada por gente drogada dançando uma batida horrorosa que chamam de música enquanto trocam fluídos corporais com desconhecidos nas ruas.

Mas no Natal, tiro e queda, todas as lojas, canais de TV, sites e empresas que antes se enfeitavam e embelezavam a cidade com o espírito do Natal, não mais que de repente, pararam de brilhar, de usar árvore, algodão em formato de neve, Papai Noel e presentes. Porque isso “ofende” quem não gosta de Natal. Então, é melhor, pela famosa ditadura da minoria democrática, não comemorar o Natal.

Quem reparou nas grandes cidades neste ano deve ter notado a mudança. Em São Paulo, pode-se andar por qualquer avenida gigante e famosa, como a Paulista ou a Brigadeiro Faria Lima, e ao invés de ver prédios embalados como presente do térreo ao 50.º andar, no máximo há uma pudibunda guirlanda solitária para tentar ser democrática. Alguma referência ao Natal além de Papai Noel, então, parece que será punida pela Polícia Política, e o dono do estabelecimento sairá em todos os jornais sendo conduzido coercitivamente pelo japonês da Federal. Presépios são garantia de ser chamado de extrema-direita racista xenofóbica homofóbica e sem escolaridade pela Globo, pelo Estadão, pela Istoé e pelo novo herói Social Justice Warrior da Marvel. Para não falar da Superinteressante e da Capricho, essas gêmeas-siamesas feminazis. Nenhum cartão de Natal aparece com os dizeres “Feliz Natal”, e sim com um anódino “Boas Festas”, para não ofender.

Por que a palavra “Natal” virou um anátema, Aquela-Que-Não-Deve-Ser-Nomeada, algo a se temer, a se envergonhar, quase como ser pego com uma revista Sexy no banheiro, uma felicidade que só pode ser compartilhada às escondidas, como adolescente indo comprar cigarro escondido e surrupiando e acobertando o conteúdo dos pais e professores? Por que o nascimento de Jesus ofende tanto, mas eventos que não fazem bem, mas enaltecem o mal, não ofendem nada?

É algo que só gera buzz e vira questão política para quem se surpreende facilmente com palavras, sem auscultar-lhe o seu conceito. Afinal, por que o “Natal” de Jesus Cristo ofende, mas o Ano Novo, de 2017, não ofende? Afinal, 2017 marca o 2017 anos do nascimento de Jesus, estabelecido pelo calendário gregoriano, pelo papa Gregório XIII em 1582. Para alguém ser 100% laico, teria de abolir alguns pressupostos mais básicos e comungados (!) por toda a sociedade.

Foi o que tentou fazer a Revolução Francesa, instaurando à marra um calendário mais “racional”, com 12 meses de trinta dias, com 5 ou 6 dias adicionais (a Natureza e a realidade, afinal, não estava muito interessada nos esquematismos “racionais” dos iluministas, e a Terra continuou seu curso não-decimal). Os dias, oh, horror, foram divididos em 10 horas com cem partes (como minutos) divididas em outros cem (como segundos). Alguns não entendem por que os povos anglo-saxões, amantes da liberdade, sempre odiaram o sistema métrico: admirar à distância a maluquice dos revolucionários iluministas tentando implantar suas “luzes” pela Europa fazia qualquer inglês abraçar polegadas, milhas e galões.

Qualquer estudante de antropologia sabe que os símbolos religiosos, os objetos de culto, são anteriores a algo como um Estado ou um sistema político. Pensamos em sumérios ou vikings e já lembramos de seus deuses, não de sua forma de organização política. Mircea Eliade, o maior estudioso das religiões no mundo, em seu clássico O Sagrado e o Profano, já explicou que a visão de mundo religiosa, que divide o mundo entre sagrado e profano (e não “religioso” e “laico”), permanece mesmo no mais secular dos pensamentos modernos/istas. Mas o homem da multidão da era das massas consegue muito bem entender o sentido de um conto taoísta chinês com 23 séculos sem abandonar seu ateísmo, mas é incapaz de apreciar seu próprio calendário e a salvação que deve ao Ocidente, e ao que ele próprio pensa, ocidentalmente. É capaz de admirar o festival de auto-imolação com navalhas de Ashura, mas odiar o Natal.

Tal dessacralização, cujo mau exemplo da Revolução Francesa deveria ser o sobejante para quem “estudou História”, decapita a sociedade daquilo que Philip Rieff chamava de “ordem sacra”: a coleção de símbolos da sociedade que demandam uma obediência imediata, pré e pós-racional, que é compartilhada por todo o coletivo, seja o vermelho de um sinal de trânsito até o código de vestimenta em um fórum.

Uma sociedade sem tal hierarquia e ordenamento é presa fácil para uma sociedade com ordenamentos mais rígidos, e não mais brandos, como os seculares anti-Natal podem parecer crer. A invasão islâmica na Europa é capaz de islamizar de fato o continente caso ele todo seja “secular” e ponha em xeque cada um de seus símbolos com medo de ofender “minorias”, até mesmo o então universal Natal, ou se simplesmente afirmar que o Natal é bom, que o celebramos devido ao nascimento de Jesus no dia 25 de dezembro, calendário gregoriano, amém, nosso Salvador se sacrificou por nós para que encerrássemos o ciclo de mitos antigos que exigiam sacrifícios humanos, o que até quem não é cristão pode agradecer a Cristo? E como, afinal, ao menos entender o mundo e seus símbolos se tais símbolos é que não podem ser nomeados, com medo de hipersensibilidades seletivas?

Pense-se na Hégira islâmica, a migração que marca o início do calendário muçulmano como forma de conquista, e é copiada hoje com a imigração de populações masculinas islâmicas para a Europa. Quando muçulmanos comemoram seu calendário, não entendido por ocidentais que o defendem e relativizam, alguém se preocupa em saber se tal visão de mundo “ofende” alguém, ou mesmo se ela não representa algo malévolo –  bem ao contrário do Natal, que só pode ofender quem busca se ofender com um bebê em uma manjedoura? Alguém sabe ao menos o que está acontecendo, ou ainda cairemos na esparrela de “crise migratória”? No maior clássico da filosofia política, Ordem & História, Eric Voegelin identifica justamente a abolição e descrédito dos símbolos como a crise que derruba impérios.

O Facebook, por exemplo, parece ter sido um dos primeiros (e mais significativos) empreendimentos ocidentais a abolir o Natal e, no lugar, em nome da “não ofensa” e do “multiculturalismo” e do “secularismo”, enfiou justamente uma torre que é um nítido minarete de mesquita para as pessoas comemorarem o Natal que devem a Jesus Cristo:

Não é um caminho muito diferente do traçado pelo Google, que prefere crer que nosso calendário apenas marcou o começo do verão, a época de ir pra praia e ouvir funk e pagode, sem nenhum significado além de nossa incidência de raios de sol, já que o Natal “ofende”:

https://twitter.com/TonhoDrinks/status/812295819147837440

Tal decapitação de nossa ordem sagrada com o medo de se desejar “Feliz Natal” só pode mesmo ser substituída pela infiltração islâmica, apoiada justamente pela esquerda mais secular, atéia e “científica”, como o provam textos de ateus com horror ao “Feliz Natal” e usando como exemplos de pessoas que podem se ofender imagens de muçulmanos. Não há muitos textos de esquerdistas e progressistas se perguntando se ocidentais não gostam de burca, de proibição de álcool e jejum no Ramadã ou se ficam razoavelmente ofendidos em serem mortos por serem infiéis segundo o Corão em atentados terroristas. Para estes, tão somente tolerância.

O Natal (e a Páscoa) é o que o Ocidente tem de mais sagrado. É o que faz as pessoas felizes, lembrando que o tempo caminha para frente, mas também em eventos cíclicos, e podemos ao menos lembrar e nos esforçar para sermos melhores lembrando destas datas.

Afinal de contas, quem, além de algum psicopata, poderia se ofender ao se desejar “Feliz Natal”?

 

Flavio Morgenstern é escritor, analista político, palestrante e tradutor. Seu trabalho tem foco nas relações entre linguagem e poder e em construções de narrativas. É autor do livro "Por trás da máscara: do passe livre aos black blocs". Tem passagens pela Jovem Pan, RedeTV!, Gazeta do Povo e Die Weltwoche, na Suiça.

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  • Adriano Marreiros
  • 05 Dezembro 2021

Adriano Marreiros

 

Todo bandido deveria conhecer uma cadeia antes de cometer crimes.

Todo juiz deveria visitar os hospitais e cemitérios onde estão as vítimas dos bandidos.

Toda prisão deveria ter, na entrada, uma galeria com fotos dos criminosos presos e a descrição dos crimes que eles cometeram.

 Um sistema de justiça criminal decente deveria proteger e beneficiar a vítima, não o criminoso."

 Roberto Motta

        Outro desenho que era muito legal e que não passa mais (sem propaganda infantil acabou tudo...) era “O Fantástico Mundo de Bob”.  Podemos dizer que era algo que bem mostrava como uma criança via o mundo.  Em certo episódio praticamente todos os adultos disseram alguma vez a ele:  “se fulano se jogar da ponte você também vai se jogar?”.  Sim, nossa mãe também já nos disse isso, nossa avó, nosso tio...  Bob, no entanto, com sua lógica infantil que ainda não discernia o real da fantasia, e que não tinha a menor ideia de prioridade, respondia perguntando, sem entender a mensagem e cada vez mais exasperado: “mas que ponte?!!!”

Tenho visto muita gente se jogar infantilmente da ponte só porque outros o fizeram e eles também não têm a menor idéia de que ponte era essa.  Sequer conseguem vê-la na sua frente, apesar de estarem nela há muito tempo, como se fora o Piu-piu mencionado na crônica passada.  Bob não entendia a linguagem figurada:  essa turma não entende linguagem nenhuma, apenas desprezam argumentos fortes, repetem frases prontas e não pensam nas consequências.  Ainda mais que o papel aceita qualquer coisa e uma pena equilibrada sobre um papel pode resultar em  algo de dar pena, algo muito feio, uma imagem lamentável.  Algo que ajude a destruir o passado e condenar o futuro sem que o burocrata sem perspicácia sequer entenda o que fez.

Se não conseguem pensar por si próprios, se não conseguem perceber questões de causa e consequência,  deveriam perceber o equívoco ao notarem a alegria daqueles que devíamos combater ou dos que os defendem.  Toda vez que essa alegria é clara, é claro que vacilamos.  E eles sabem, como Napoleão, que não devem interferir quando nós estamos errando.  Quando estamos pulando da ponte, para imitar outros que já pularam e, com isso, estamos arremessando quem devemos defender.  Eles ficam  só acompanhando, batendo palmas, para depois colherem os frutos...

Ah, Adriano, você está sendo muito radical!”.  Estou?  Não vou te responder com nada novo... Já falei isso, em crônica que está no livro 2020 d.C. Esquerdistas Culposos e outras assombrações ( < http://editoraarmada.com.br/produto/2020-d-c-esquerdistas-culposos-e-outras-assombracoes-colecao-tribuna-diaria-vol-iii/ >) e,  e em vez ficar criando novidades, vou apenas repetir um trecho do que dissera naquele texto, parafraseando o Pessoa:

Nunca conheci quem tivesse sido radical

Todos que me cercam são moderados em tudo, isentos... isentões... modinhas[1]... “progressistas”...

E eu? Tantas vezes radical, tantas vezes fascista, tantas vezes ideológico...

Eu, tantas vezes tendencioso, parcial, miliciano digital

Que tenho espalhado “fake news” pelas redes mesmo quando digo verdades

Que tenho feito discursos de ódio apenas porque discordo de quem “eu não devia”...

Que tenho sofrido censura e calado

E que quando não tenho calado, tenho sido mais censurado ainda.

Eu que tenho sido cômico aos “garantistas” de plantão

Que tenho sentido o olhar blasé de bandidólatras e laxistas[2]

Eu que tenho me defendido com base nas liberdades da Constituição

E que quando a hora da mordaça chegou: as tenho tido negadas

Para fora da possibilidade da Constituição...

Eu que tenho sofrido a angústia da perda das coisas boas e belas do mundo

Verifico que quase não tenho pares nisto neste país.

Todo “progressista” que conheço, doloso ou culposo[3]

Nunca teve um ato radical, nunca assassinou reputações,

nunca atacou opositores, nunca criticou a imprensa,

nunca atacou argumentos com slogans e mantras,

nunca pregou intolerância com os conservadores,

nunca negou espaço a quem pensa diferente...

Nunca foram senão democratas nesta vida, grandes democratas...

Quem me dera ouvir uma voz franca que me confessasse não uma “firme” opinião, mas um duplipensar.

Que me dissesse uma palavra existente e não da novilíngua

Que assumisse uma usurpação e não uma interpretação...

Mas são todos, todos eles (com plural no masculino como manda a língua mãe do Fernando) todos democratas sem nódoa. 

Quem, neste país, confessaria sua vocação totalitária, oh, democratas, meus irmãos! 

Então só eu que sou odiento e radical nesta terra?

Poderão quebrar tudo, ameaçar idosos, avançar com violência sobre manifestantes pacíficos, execrar quem cumpre a Constituição, ofender quem aplica efetivamente a lei penal. Poderão  censurar, cancelar e até cometer crimes e abusos às vistas de todos, mas são “antifascistas”[4], são democratas: radicais?! Nunca!!!

Podem ter sido militantes em ambiente virtual, mas milicianos digitais: nunca!

Podem ter inventado um “novo” passado para alguém, mas divulgar “fake news” : nunca!

Podem ter escrachado e destruído reputações de opositores, mas discurso de ódio: nunca!

Podem ter apoiado isso tudo ou se omitido quando devia agir, mas partícipes: nunca!

Podem ter agido sem qualquer escrúpulo, mas radicais: nunca!

E eu, que tenho sido miliciano sem estar em nenhuma organização, eu que tenho dito fake News ao divulgar verdades e opiniões, eu que tenho feito discurso de ódio por dar opinião fundamentada e fazer crítica de fatos reais...

Como poderei falar com esses meus iluminados superiores sem vacilar?

Eu que tenho sido radical, muito radical,

No sentido mais exagerado e infame do radicalismo!

Chega!  Estou farto de “progressistas” dolosos e culposos, de isentões e de modinhas!

Chamam conservadores de radicais e ideológicos quando o conservadorismo é justamente contra revoluções e contra ideologias[5].  Acusam-me do que eles fazem, xingam-me do que eles são.  E o radical sou eu?

Não conseguem enfrentar um bom argumento lógico, um argumento de realidade, um argumento de fatos, sem tentar distorcer, sem tentar desbordar, sem tentar ignorar e fingir que não foi dito, sem tentar tirar invenções ilógicas da cartola.  Precisam negar o debate para manter a hegemonia, precisam amedrontar todos os públicos por medo de serem desmascarados, precisam manter todos às cegas para implantar suas ideologias liberticidas. E o radical sou eu?

Precisam distorcer os diplomas legais, exercer poderes que não possuem e negar o poder àqueles de quem ele emana, mas o radical sou... EU?

Argh, estou farto de iluminados, estou farto do ódio “do bem”, estou farto do ativismo e do “garantismo” bandidólatra que despreza as vítimas e nos fez campeões de homicídios e outros crimes.

Argh, onde há democratas no Brasil?

 Continuemos procurando e buscando animá-los, porque já faz mais de um ano e nada melhorou...

O homem medíocre não acredita no que vê, mas no que aprende a dizer... (Olavo De Carvalho)

 *     Publicado originalmente em https://www.tribunadiaria.com.br/ler-coluna/1238/e-o-radical-sou-eu.html

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  • DennisPrager, em Epoch Times
  • 04 Dezembro 2021

 

Denis Prager, Epoch Times

 

Nota: Transcrevo abaixo os 16 itens que compõem guia apresentado por Dennis Prager. É a parte principal de um texto maior, cujo inteiro teor pode ser lido, em inglês, no original publicado por Epoch Times, no link ao final desta tradução.

***

No. 1: Art.

A esquerda há muito conquistou o mundo da arte. Consequentemente, desde o século 20, a maior parte da arte moderna tem sido feia, sem sentido e niilista - o oposto do que a arte ocidental sempre foi.

No. 2: Música.

O que a esquerda fez aos olhos na arte, fez aos ouvidos na música. Como maestro em tempo parcial, posso dizer com algum conhecimento que, desde a invenção da música atonal (um oximoro, se é que já existiu), a maior parte da música clássica contemporânea também é feia, sem sentido e pouco inspiradora. As pessoas que gostam desse tipo de música são quase todas críticas de música e, claro, professores de música. A maioria dos amantes da música clássica nunca ouve essas coisas.

No. 3: Jornalismo.

Os jornalistas já foram muito respeitados. A menos que um artigo fosse listado como "opinião", as pessoas geralmente acreditavam que estavam recebendo, da melhor maneira possível, um relatório o mais verdadeiro possível - "apenas os fatos". Hoje, em praticamente qualquer assunto controverso, eles estão obtendo opinião, não a verdade. O propósito de quase todos os grandes jornais e outros veículos de “notícias” é o mesmo que o Pravda tinha na União Soviética: transmitir a linha do partido.

No. 4: Faculdades e universidades.

A esquerda destruiu as universidades como locais de aprendizagem dedicados à busca da verdade e, portanto, acolhendo, até mesmo cultivando, opiniões diversas. Praticamente toda ideia de esquerda nasceu em uma universidade.

No. 5: escolas secundárias e escolas primárias.

A maioria das escolas na América - tanto privadas quanto públicas - ensina às crianças que a América é sistemicamente racista e que elas não nascem homem ou mulher, mas que mais tarde escolherão ser uma ou outra - ou nenhuma. E, cada vez mais, as instituições educacionais americanas negam que a verdade objetiva exista, mesmo na matemática.

No. 6: Felicidade.

Você pode encontrar liberais felizes e infelizes e conservadores felizes e infelizes, mas é improvável que jamais encontre um esquerdista feliz. A única questão é se os infelizes gravitam para o esquerdismo ou se o esquerdismo torna as pessoas infelizes. Ambos são provavelmente verdadeiros.

No. 7: A família.

Pessoas de esquerda cada vez mais optam por não se casar e não ter filhos - em outras palavras, não constituir família. E suas políticas de bem-estar servem para desincentivar a criação de famílias.

Nº 8: Mulheres.

As taxas de depressão entre os jovens, especialmente as mulheres jovens, são mais altas do que as registradas na história americana. Um dos motivos é que, por meio século, as mulheres ouviram, como disse uma famosa feminista: “Uma mulher sem homem é como um peixe sem bicicleta”. Mas o fato é que a vasta maioria das mulheres (heterossexuais) precisa de um homem para se realizar, assim como a grande maioria dos homens (heterossexuais) precisam de uma mulher para se realizar.

No. 9: Infância.

Uma razão pela qual os jovens de esquerda não querem filhos é que a esquerda não gosta particularmente de crianças. A recusa inflexível dos sindicatos de professores em abrir escolas por mais de um ano abriu os olhos de muitos americanos para esse fato. O mesmo aconteceu com a guerra contra a inocência das crianças - como ao falar prematuramente com elas sobre sexo e fazer com que as escolas as apresentem a drag queens desde os cinco anos de idade.

Nº 10: vida negra.

A exemplo do Partido Democrata historicamente, a esquerda é racista. E é exatamente assim que a palavra sempre foi usada - a esquerda acredita na inferioridade negra. É por isso que os esquerdistas defendem a redução dos padrões para os negros. É por isso que eles defendem políticas que sempre resultam em mais negros morrendo nas mãos de outros negros. É por isso que eles acreditam que o estado deve cuidar dos negros mais do que qualquer outro grupo. É por isso que as políticas de esquerda, desde a Grande Sociedade até hoje, destruíram tanto da vida negra, especialmente sua vida familiar - e eles não se importam.

Nº 11: Relações entre negros e brancos.

De acordo com pesquisas e de acordo com quase todos os americanos que se lembram da vida de cerca de uma década atrás, as relações entre brancos e negros eram muito superiores na época e ambos os grupos estavam otimistas sobre as relações continuarem melhorando. A esquerda destruiu isso com sua propaganda anti-branca, “a América é sistemicamente racista” gritada em quase todos os principais meios de comunicação e implacavelmente pressionado em quase todas as escolas e grandes negócios. A esquerda sabe que quando negros e brancos se sentem bem uns com os outros, a esquerda perde o apelo e perde as eleições.

Nº 12: Os militares.

À medida que os militares ficam cada vez mais acordados - lembre-se do testemunho do presidente da Junta de Chefes de Estado-Maior testemunhando perante o Congresso sobre a necessidade de ensinar aos militares sobre o racismo branco - o moral dos soldados diminui. Acrescente a isso o mandato totalmente gratuito e cruel de que todos os militares sejam vacinados ou dispensados ??e você entenderá por que o moral militar está em declínio acentuado.

Nº 13: televisão tarde da noite.

Os americanos que se lembram dos titãs da comédia noturna - Johnny Carson e Jay Leno - lembram como seu único objetivo era trazer alguns sorrisos e risadas para os americanos antes de irem dormir. Poucas pessoas tinham qualquer noção das opiniões políticas de qualquer um dos anfitriões. Isso agora é história. A esquerda destruiu a comédia da madrugada. Agora consiste em pouco mais do que discursos furiosos contra os conservadores.

No. 14: Superman.

Superman foi um herói americano icônico. Graças à esquerda, ele não existe mais. Cerca de uma década atrás, Superman se apresentou às Nações Unidas para anunciar que estava renunciando à sua cidadania americana para se tornar um “cidadão do mundo”. E a esquerda agora mudou seu lema de “Verdade, Justiça e o jeito americano” para “Verdade, Justiça e um Amanhã Melhor”.

Nº 15: liberdade de expressão.

Nunca antes a liberdade de expressão foi ameaçada como hoje. Como tem acontecido desde a revolução comunista na Rússia, em todos os lugares que a esquerda conquistou o poder - da Rússia em 1917 à universidade e às redes sociais de hoje - ela suprimiu a liberdade de expressão. Não há exceção.

Nº 16: Esportes.

Até o ano passado, o esporte era um grande unificador americano. Era um lugar para onde os americanos podiam ir e, deixando a política para trás, esquerda e direita, democratas e republicanos, podiam torcer pelo mesmo time. Já não. A esquerda o arruinou politizando radicalmente o beisebol, o futebol americano e o basquete.

A grande tragédia americana é que quase todo liberal sabe que o que foi dito acima é verdade, mas quase todo mundo ainda vai votar na esquerda.

*As opiniões expressas neste artigo são as opiniões do autor e não refletem necessariamente as opiniões do Epoch Times.

**Publicado originalmente no excelente Epoch Times, em

https://www.theepochtimes.com/a-brief-guide-to-leftist-destruction_4130947.html?utm_medium=email&utm_source=opinionia&utm_campaign=opinionia-2021-12-03

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  • Gen. Carlos Augusto Fernandes dos Santos
  • 02 Dezembro 2021

 

Gen. Carlos Augusto Fernandes dos Santos

 

Nota do editor: Este gentil artigo do general Carlos Augusto foi publicado no Jornal Inconfidência. Toda razão ao autor. O  filme sobre o terrorista tem grande cobertura midiática; meu livro não recebeu uma linha da dita “grande imprensa”  brasileira e pode ser adquirido aqui:  https://www.puggina.org/livros-do-autor.

Seria prudente e, até mesmo, educativo que diversos articulistas contratados pelo o Jornal o GLOBO assistissem ao vídeo que envio, em anexo, e que circula nas Redes Sociais.

Ele é de autoria do Escritor Conservador PERCIVAL PUGGINA, respondendo a pedidos de seus leitores. PUGGINA , como sabemos , é autor , ENTRE OUTROS, de um excelente livro, narrando suas viagens à  Ilha “Encantada” de CUBA  , mostrando, em verdadeira grandeza, a opressão silenciosa em que vivem os nacionais daquele Paraíso Dourado, ainda agora reprimidos por manifestar sua inconformidade com o velho regime.

Na semana passada a Jornalista FLAVIA OLIVEIRA teceu loas e escreveu um texto publicado pelo Jornal , elogiando o FILME sobre MARIGHELLA, terrorista Comunista morto, em São Paulo, pela Polícia Paulista.

Como ela, fazem parte da ARMADA ESQUERDISTA contratada pelo Jornal,  oposicionistas ferrenhos do atual Governo, a maioria criptocomunistas, alguns deles ENRUSTIDOS, que nunca se debruçam ou escrevem , qualquer linha, criticando as barbaridades ocorridas na ilha caribenha.

Seria cansativo elencar seus nomes e citar os textos com que, infelizmente, "brindam diariamente" os leitores que, como eu, tem outra visão de mundo e discordam de suas opiniões.

O GLOBO , se tivesse mesmo preocupado com a LIBERDADE DE EXPRESSÃO, como apregoa cinicamente, deveria abrir espaços para outras correntes de pensamento, mantendo a tradição desse outrora respeitável matutino.

Esse vale tudo impatriótico e diário, para inviabilizar , a qualquer custo, a candidatura e reeleição de BOLSONARO, só beneficiará , no próximo pleito presidencial, o Condenado de CAETES/PE , inexplicavelmente, perdoado pelo STF, para disputar a eleição.

Será que os brasileiros merecem repetir tamanha afronta, denunciada de forma cristalina e irrespondível por PUGGINA? Esse parece ser, infelizmente, o desejo atual do GRUPO O GLOBO.

*       O autor é General de Brigada

**      "A tragédia da utopia" pode ser adquirido aqui: https://www.puggina.org/livros-do-autor

 

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  • Prof. Ricardo Bergamini
  • 02 Dezembro 2021

 

Prof. Ricardo Bergamini

 

Abaixo a orgia reinante nas folhas de pagamento de 594 organizações federais auditadas pelo TCU

A verificação das folhas de pagamento editadas de janeiro a junho de 2021 detectou mais de 60 mil indícios de irregularidades, que, somados aos indícios anteriores, perfazem 119,1 mil situações que foram ou estão sendo acompanhadas. O benefício financeiro possível dessas fiscalizações alcança o montante de R$ 569 milhões ao mês.

Em 2002 os gastos com pessoal consolidado (união, estados e municípios) foi de R$ 198,7 bilhões (13,35% do PIB), representando 41,64% da carga tributária que era de 32,06%.  Em 2018 foi de R$ 1.129,0 bilhões (16,38% do PIB). Crescimento real em relação ao PIB de 22,70% representando 49,25% da carga tributária de 2018 que foi de 33,26%. Em 2020 migram para R$ 1.242,8 bilhões (16,68% do PIB), representado 50,26% da carga tributária de 2019 que foi de 33,19%.  

Análise do TCU

O Tribunal de Contas da União (TCU) fiscalizou 594 organizações federais para apurar possíveis irregularidades em folhas de pagamento. Também foram monitoradas as providências adotadas para o cumprimento de três acórdãos do TCU proferidos nas fiscalizações de folhas de pagamento nos exercícios de 2018, 2019 e 2020, além das medidas em curso na esfera federal para a utilização do eSocial por órgãos e entidades públicos.

A verificação das folhas de pagamento editadas de janeiro a junho de 2021 detectou mais de 60 mil indícios de irregularidades, que, somados aos indícios anteriores, perfazem 119,1 mil situações que foram ou estão sendo acompanhadas. O benefício financeiro possível dessas fiscalizações alcança o montante de R$ 569 milhões ao mês.

Entre os principais indícios de irregularidades, destacaram-se acumulações ilícitas ou incompatíveis, ocupações de cargo ou emprego público por pessoa impedida, pagamentos efetuados a pessoas falecidas, pensões pagas a quem não faz jus, violações ao teto remuneratório e parcelas indevidas.

O eSocial, que se tornará obrigatório para órgãos públicos a partir de abril de 2022, será o único canal pelo qual serão prestadas as informações trabalhistas, previdenciárias, tributárias e fiscais de todos os trabalhadores brasileiros, inclusive dos servidores públicos das esferas federal, estadual, distrital ou municipal.

O cruzamento dos dados registrados nesse sistema produzirá informações que permitirão verificar o nível de aderência das gestões das folhas de pagamento públicas às normas que regem o assunto. Outra vantagem será a padronização das rubricas de pagamento adotadas nos diversos entes, pois eles terão de relacionar as parcelas informadas em suas folhas com as constantes da tabela de rubricas do eSocial.

Em consequência da fiscalização, o Tribunal determinou às 12 unidades com indícios de irregularidades detectados antes de 2021 e sem esclarecimentos que, no prazo de 60 dias, providenciem o registro no Módulo Indícios do e-Pessoal das providências adotadas, ou que vierem a adotar, para apurar as possíveis irregularidades detectadas em suas folhas de pagamento.

Para o relator do processo, ministro-substituto Augusto Sherman Cavalcanti, “as irregularidades em pagamento de despesa de pessoal implicam grande desperdício de recursos públicos que poderiam ser mais bem aproveitados pelo Estado, sobretudo em proteção social”.

A unidade técnica do TCU responsável pela fiscalização foi a Secretaria de Fiscalização de Integridade de Atos e Pagamentos de Pessoal e de Benefícios Sociais. O relator do processo é o ministro-substituto Augusto Sherman Cavalcanti.

Serviço

Leia a íntegra da decisão: Acórdão 2814/2021 – TCU – Plenário

Processo: TC 014.927/2021-7

Sessão: 24/11/2021

 

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