• Vanderlino Horizonte Ramage
  • 17 Setembro 2022

Vanderlino Horizonte Ramage

                 A Sociologia nos deve uma análise sobre os gaúchos. Que sociedade é esta? Sendo o Rio Grande do Sul, considerado um Estado racista, elegeu o primeiro (creio que único) governador negro brasileiro. Considerado um Estado machista, elegeu uma das raras mulheres governadoras. Considerado um Estado de “machos”, elegeu o primeiro governador gay, publicamente assumido.  Considerado um Estado conservador, é dominado por uma esquerda doentia. Em passado recente elegeu, por anos a fio, notórios esquerdistas para prefeitos da Capital e Governadores do Estado. É ilustrativo, mas os gaúchos jamais reelegeram um governador! As vestais (ou deuses) do STF, esbanjando conhecimento e cultura jurídica rebuscada, possivelmente dirão que se trata de um fenômeno teratológico (ou escatológico)!?

Um amigo levantou a hipótese de que se trataria de uma herança de Giuseppe Garibaldi, o “herói de dois mundos”, que por estas terras aportou nos primórdios do século XIX, se tornando figura proeminente da “Revolução Farroupilha”. Garibaldi, além de revolucionário, “carbonário”, “maçom” e “anarquista”, era chegado há um “rabo de saia”, portanto um contestador para os valores vigentes naquela época. Ao “roubar” Anita, pelas bandas de Laguna-SC, nosso herói provou de que era destemido, não só em combates, mas também no amor. Enfim voltou para Itália, onde se tornou um dos artífices da unificação italiana, deixando, entretanto aqui essa herança contestadora, peculiar aos gaúchos?!

Este chão foi berço de figuras que marcaram a história brasileira, particularmente do século XIX e XX. Luís Carlos Prestes, o “Cavaleiro da Esperança”, Getúlio Vargas, o “Pai dos pobres”, os generais da “Revolução de 1964”, Médici, Costa e Silva, Geisel, inclusive Figueiredo. Este último era carioca, mas por aqui se aculturou. Aliás, se comentava naquela época que, para ser Presidente tinha que ser “general e gaúcho”. Até o herói, da “A Revolta da Chibata”, o marinheiro João Cândido, era gaúcho. Também o era o “Libertador do Acre”, Plácido de Castro. Euclides da Cunha, em “Os Sertões”, descreve o Cel Moreira Cesar, gaúcho, herói da revolução 1893, nomeado para comandar a 4ª. expedição, na tentativa de acabar com a saga de Antônio Conselheiro, o místico de Canudos, no interior da Bahia, como sendo o único comandante que adentrou aquele território inóspito conduzindo a primeira tropa razoavelmente organizada. Nas expedições anteriores “era jagunço contra jagunço”. Infelizmente Moreira Cesar morreu no primeiro combate. Destino inglório para um herói!

O gaúcho, espécime até certo ponto exótico, contestador (e empreendedor), irrequieto, migrante, espalhou-se pelos brasis afora. Oeste de Santa Catarina e Paraná, Mato grosso do Sul, Rondônia, Acre e mais recentemente no Vale do Rio São Francisco, também não podemos esquecer dos 500 mil brasileiros que vivem no Paraguai, em sua maioria gaúchos.

As “Viúvas de Garibaldi”, segundo esse meu amigo, explicaria o “Estado Gaúcho” estar sempre na “oposição”, seria uma variante local do “Se hay Gobierno estoy contra”. Isto explicaria essa “esquerda”, tardia e doentia que viceja por aqui. Intelectualizada como os “Tarsos”, os “Buenos” e subdesenvolvida como as “Manoelas”, “Rosários”, “Lucianas”, os “Pimentas” e os “Dutras” etc. Figuras as quais batizei de “desonestos ideológicos”. Pois pregam aquilo que não acreditam, até por desconhecerem a essência do comunismo. Entretanto “defendem” temas de fácil apelo, os chamados “direitos das minorias”. “Defendem” a democracia desde que de acordo com seus interesses.  “Defendem” o socialismo, para distribuir as riquezas que os outros produziram. Entretanto, ao saírem de férias sempre serão encontrados nas mecas do capitalismo, Nova Iorque, Paris ou Londres, jamais em Cuba. 

Na linguagem de Gramsci seriam os “intelectuais orgânicos”. Paradoxalmente não se enquadram nessa categoria, pois são figuras meramente fisiológicas, patrimonialistas, economicistas etc. São fósseis vivos da esquerda brasileira. Cultivam uma vida parasitária à sombra do Estado! Nem os verdadeiros comunistas os levam a sério.

Enfim, estes são simples exercícios mentais na tentativa de explicar ou “justificar” o comportamento contraditório dos gaúchos. Ainda espero dos exegetas da sociologia e da política uma explicação mais acadêmica e palatável para o fenômeno (paradoxo) gaúcho!

*       Taquara-RS, junho de 2022.

**      Vanderlino Horizonte Ramage é Oficial Ref da Aer/Administrador

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  • Fernão Lara Mesquita, em O Vespeiro
  • 16 Setembro 2022

 

Fernão Lara Mesquita

A democracia brasileira divide-se em um palco virtual e uma plateia física. Nós, os eleitores dos eleitos deles, estamos na platéia só para assistir a uma "peça" que não escrevemos "levada" por atores que não escolhemos cujo ingresso fomos obrigados a comprar. E agora estamos rebaixados a claque de auditório, proibidos de rir ou chorar segundo a nossa vontade.

Nunca houve tanta discrepância entre o país descrito e o pais visto. O candidato mais amado nas pesquisas é o mais odiado nas ruas. Os mais graduados "aliados" de Lula - Alckmin e Marina Silva - são os seus maiores detratores. Os banqueiros são militantes "anticapitalistas", o crime tem território onde o Supremo Tribunal garante que a polícia não entra e os "guardiões da democracia" é que rasgam a constituição. Deltan Dallagnol e Sergio Moro são os "fichas-sujas" condenados a pagar indenizações, e os Renan Calheiros e Lula's os "fichas-limpas", impolutos e elegíveis. A economia brasileira "está em frangalhos" mas os empregos são recorde e a inflação, pela primeira vez na História, é menor que a dos Estados Unidos e da Europa. O Brasil é "o maior queimador de florestas do mundo", segundo a Europa e os Estados Unidos, mas onde o fogo come mesmo é na Europa e nos Estados Unidos. Os contratados do TSE, rabo do STF, juram para o Barroso e o Barroso jura para o Brasil que a urna eleitoral "é a mais segura do mundo" mas quem testar ou fotografar vai em cana. Dentro do STF ninguém ousa desafiar o chefão. Mas é só sair de lá, como Marco Aurelio Mello, e os olhos passam a ver a fábrica de bananices que aquilo virou...

Das duas uma: ou o mundo "nas juntas se desgovernou", como temia o jagunço Riobaldo, ou a realidade continua firme como sempre foi e o que está subvertido são só as palavras mesmo, coisa que só se decide - se se decidir e mesmo que se decida - nos próximos capítulos.

 

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  • Erika Figueiredo
  • 14 Setembro 2022

 Erika Figueiredo

            Elizabeth Alexandra Mary Windsor, mais conhecida como em 08 de setembro, Elizabeth II, Rainha da Inglaterra, faleceu na última semana, aos 96 anos de idade, de mal súbito, no Castelo de Balmoral, na Escócia. Foi ao encontro de seu amado esposo, príncipe Philip, que faleceu no ano passado.

A trajetória desta soberana, que reinou por setenta anos, tendo subido ao trono de modo inesperado, muito nos ensina acerca de legado, senso de dever e assunção de responsabilidades, e marcou, indelevelmente, o século XX, sendo, juntamente com Ronald Reagan, Margaret Thatcher e Winston Churchill, uma das grandes personalidades políticas de sua época.

O pai de Elizabeth, Rei George VI, foi rei por acaso. Seu irmão, Rei Edward VIII, renunciou ao trono subitamente, para casar-se com uma americana divorciada – Wallis Simpson – fato este impeditivo da manutenção do título e da função. Em decorrência disso, George tornou-se rei, muito embora não tenha sido preparado para assumir tal encargo.

Ocorre que o Rei George faleceu precocemente, em 1952, de um câncer no pulmão, tendo reinado por um curto período. Coube à sua filha mais velha, Elizabeth, casada e com um filho pequeno, sucedê-lo no trono inglês, sendo coroada, como soberana do Reino Unido, em 1953.

Para a nova Rainha, tratava-se de um fardo enorme. Afinal, da mesma forma que seu pai não fora preparado para ser Rei, esta jamais supusera tornar-se Rainha, posto que a linha de sucessão inglesa é totalmente voltada para o primogênito, seja este homem ou mulher. O Rei Edward, no entanto, abdicou, sem haver concebido herdeiros, o que abriu o caminho para a família de seu irmão.

Elizabeth assumiu o trono aos 25 anos, em um período extremamente conturbado, pós Segunda Guerra Mundial. A Europa juntava seus cacos, a economia ia de mal a pior, a tensão entre a URSS e os países ocidentais era latente, e neste cenário, essa jovem sem qualquer experiência em relações políticas ou diplomáticas, surgia.

Em uma viagem à Africa do Sul, foi comunicada sobre a morte de seu pai, e de sua ascensão ao trono. Seu discurso de coroação foi transmitido pelo rádio, e neste a Rainha comprometeu-se a dedicar sua vida ao reino Unido. E assim o fez. Estudou sobre os assuntos que não dominava, aconselhou-se com pessoas às quais admirava, foi humilde e sábia, como grandes líderes devem ser.

Muitas vezes incompreendida, até mesmo pelo esposo, sentia-se solitária e sobrecarregada. A série The Crown tornou-se uma febre mundial, justamente por descrever as dificuldades e os desafios desta que, tão jovem, tornou-se a Rainha mais popular da modernidade.

De comportamento austero e temperamento discreto e bastante reservado, Elizabeth fez o que é esperado de uma Rainha: reinou. Jamais agiu de modo intempestivo ou escandaloso. Priorizou a manutenção da imagem e da unidade do Reino, tomando decisões que contrariavam, inclusive, sua própria família.

Buscou uma vida ordenada, fugiu de vícios e de prazeres desmedidos, refugiou-se no campo por inúmeras vezes, exercitou a fé e a compreensão outras tantas. Foi julgada, mal interpretada, odiada. Mas também foi muito amada por seus súditos, que confiavam em sua Rainha e admiravam-na.

            Nos inúmeros conflitos e escândalos familiares que foi instada a dissolver, agiu com dignidade e discrição. Sofreu inúmeros golpes, muitos destes advindos do seio de sua própria família. Imagino que tenha se entristecido em muitas ocasiões, silenciosa e solitariamente. Afinal, a liderança traz consigo o isolamento.          Não deve ter sido fácil.

A Rainha teve um papel preponderante e decisivo em muitas situações históricas do século XX. Buscou a paz e a união entre as nações, e mesmo em momentos extremos, como o da Guerra das Malvinas e os conflitos envolvendo a Irlanda do Norte e o grupo extremista IRA, manteve a calma e buscou decidir com equilíbrio.

Viu o nascimento de netos, bisnetos, sobrinhos. Vivenciou a morte súbita da Princesa Diana, precedida por uma crise de proporções enormes, face às revelações feitas pela princesa, de que o marido a traía com Camila Parker Bowles, hoje Rainha Consorte, casada com o Príncipe Charles.

Charles assumiu com Rei, aos 73 anos de idade, em um momento delicado para o Reino Unido. Na mesma semana, este sofreu o impacto das mudanças em dois cargos importantíssimos: o de Primeiro Ministro e o de Soberano. No primeiro caso, pela renúncia de Boris Johnson, e no segundo, pelo falecimento da Rainha.

Há especulações de que, face ao temperamento retraído, ao peso dos escândalos do passado e à idade avançada, Charles renunciará em favor de seu filho, William. O tempo dirá. Por ora, cabe ao Rei manter a ordem, a unidade e o equilíbrio dentro de seu Reino, tendo como exemplo o comportamento de sua mãe e o imenso legado por ela deixado. “God save the king”!

“Sempre foi  fácil odiar e destruir. Construir e estimar é muito mais difícil.” Rainha Elizabeth II

*     Erika Figueiredo é Promotora de Justiça do Estado do Rio de Janeiro desde 1997, formada em Direito pela Universidade Federal Fluminense, Mestre em Ciências Penais e Criminologia pela UCAM.

**    Este artigo foi publicado originalmente no portal Tribuna Diária, em https://www.tribunadiaria.com.br/ler-coluna/1605/deus-salve-a-rainha.html

 

 

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  • Bruno Rigamonti Gomes
  • 13 Setembro 2022

 

Bruno Rigamonti Gomes

Uma teoria popular conhecida como efeito borboleta postula a ideia de que o simples bater de asas de uma borboleta poderia influenciar o curso natural das coisas e, eventualmente, provocar um tufão do outro lado do mundo. Pode-se inferir, a partir desta teoria, que uma determinada ação possui efeitos de primeira ordem, que decorrem diretamente do nexo causal entre eles e, por conseguinte, que os efeitos tornam-se ações para consequências futuras de incontáveis ordens. Em resumo, ao tomar uma determinada ação, como resultado, existe o que se vê (manifesta-se imediatamente) e o que não se vê (desdobra-se em sucessão).

O autor Frédéric Bastiat discorre sobre as relações entre causas e efeitos no campo da economia de modo claro e objetivo à medida em que exemplifica, em diversos setores, como atos ditos benéficos para a sociedade, via de regra tomados por força de lei, possuem danos inimagináveis a médio e longo prazos. A incapacidade do ser humano de prever os possíveis cenários futuros faz com que se privilegie os impactos imediatos de suas atitudes, apenas o que é visível, sendo que os que são invisíveis à primeira vista podem ser devastadores no porvir.

A primeira demonstração feita por Bastiat nesta obra está no capítulo “a janela quebrada”. Imagine que o filho de um indivíduo, ao chutar uma bola, quebre a janela de vidro do vizinho. Certamente o pai não ficará muito feliz em ter que ressarcir o morador ao lado. Entretanto, neste contexto, pode surgir o seguinte levantamento: “há males que vêm para o bem. Todos vão viver e o que seria dos vidraceiros se painéis de vidros nunca fossem quebrados?”.

O questionamento acima é apenas um indício de algo muito profundo enraizado em nossa sociedade há alguns séculos: quebrar janelas, metaforicamente, seria uma forma de fazer circular dinheiro, e que o incentivo da indústria em geral será o resultado disso, logo, algo bom para todos.

Ocorre que, se pararmos nossa análise restritivamente ao que é visto, o vidraceiro faria uma nova venda e poderia girar a economia com o valor em questão, todavia, deixaríamos de lado tudo aquilo que não é visto. O dinheiro que o pai gastou para realizar o reparo da casa adjacente não poderá ser gasto em nenhuma outra coisa. Portanto, se ele quisesse comprar um novo par de sapatos ou um livro de sua preferência, agora já não poderia.

Supondo que a janela se quebrou e que a única quantia que o indivíduo possuía fosse apenas o suficiente para comprar um novo vidro, ele ficaria apenas com este objeto. Em um outro cenário com a janela intacta, o indivíduo teria o vidro e poderia gastar com quaisquer outros itens de sua escolha. Assim, podemos inferir que a sociedade perde o valor das coisas que são inutilmente destruídas.

Ao tratar sobre impostos, é interessante observar uma outra falácia comum em discussões sobre “dinheiro público”: o que é existe é o dinheiro do pagador de impostos.

Há quem diga que “impostos são o melhor investimento, e que sustenta diversas famílias, sendo, portanto, um fluxo inesgotável, sendo a própria vida”. Todavia, o que não se percebe é que,quando um funcionário público gasta o dinheiro captado pela via de impostos, o contribuinte deixa de gastar esta quantia porque foi impedido de manter em sua posse tal recurso.

Em seu livro intitulado “A Lei”, Bastiat traz um termo que se conecta diretamente com o capítulo em questão: a espoliação legalizada. Isso quer dizer que o cidadão comum que paga impostos, é espoliado legalmente à força, não havendo alternativas a não ser abdicar de parte de sua renda e patrimônio para financiar a máquina estatal. Dizer que isso é importante para manter os gastos que beneficiam o próprio cidadão somente faria sentido caso os serviços que retornassem para o indivíduo custassem exatamente o mesmo que custariam se ele os fosse contratar isoladamente. Entretanto, este cenário só seria favorável se o cidadão decidisse contratar estritamente os mesmos serviços ao qual teve acesso com o dito dinheiro público.

Essas premissas aplicam-se também para obras públicas, tema que o autor explora na sequência. Bastiat afirma, categoricamente, que mais vale a organização proativa de um grupo de indivíduos para construir estradas e edifícios com dinheiro próprio do que serem obrigados a contribuir na construção de pavimentos que ninguém quer passar ou palácios que ninguém irá habitar. O cerne da questão está na liberdade de decisão que cada cidadão deveria ter se, porventura, não fosse obrigado a custear as atividades de setores públicos.

Frédéric Bastiat afirma que “a sociedade é o total dos serviços forçados ou voluntários que os homens realizam uns pelos outros; isto é, de serviços públicos e serviços privados”. Observemos, assim, os desdobramentos dos serviços públicos: atualmente existem, no Brasil,diversos servidores públicos com cargos considerados obsoletos, cujas funções não agregam valor à sociedade e, muito menos, justificam a destinação de recursos auferidos dos contribuintes. Ora, legalmente, por conseguinte, há uma inutilização tamanha de riqueza que poderia ser empregada no setor privado com maior eficiência, o que geraria prosperidade para a sociedade. Desse modo, é possível dizer que essa transferência de recursos não é relevante para o bem comum, muito menos movimenta a economia, sendo, simplesmente, um deslocamento de bens para aqueles que não os produziram.

Em uma sociedade ideal, privilegia-se o livre mercado, a autonomia dos geradores de bens e serviços em decidirem a melhor alocação de seus lucros e a garantia da melhora do padrão médio de vida como resultado dessa abordagem de mercado. Aqueles que interagem em uma cadeia produtiva, por exemplo, desde o produtor rural, os transportadores, os armazenadores, os manuseadores e os consumidores, todos esses têm em vista o benefício individual, mantendo relações claras sobre os motivos para as realizações de trocas entre si, gerando valor em cada inter-relação dessa rede hipotética.

Similarmente, podemos trazer à tona o que o autor aborda sobre crédito. Quando há interferência do governo nos critérios utilizados para se fornecer crédito às pessoas, deixando de lado as características que garantiriam que a figura do emprestador conseguiria receber de volta os recursos emprestados a algum mutuário para passar a emprestar para pessoas sem histórico positivo, ou que estejam em dificuldades e não ofereçam quaisquer garantias de devolução dos recursos emprestados, há um grande risco de que haja um aumento considerável na inadimplência, fazendo com que haja o encarecimento das taxas para eventuais novas captações de recursos, o que prejudicaria todos os novos empreendimentos que adviriam do acesso a capital mais barato.

Intervir em quem pode ter acesso a capital para privilegiar quem não tem boa reputação é um grande risco de levar todo o sistema financeiro a um colapso, a considerar o que aconteceu com a crise dos subprimes nos EUA no ano de 2008, quando havia muita liquidez nos mercados sem as devidas garantias atreladas.

O que muito se vê, hoje em dia, são visões de curto prazo para medidas tomadas por pessoas que ocupam cargos de poder. O que não se vê são indivíduos com a capacidade de previdência para entender que, aquilo que decorre após as consequências imediatas de ações, muitas vezes criam um problema maior do que o existente inicialmente, gerando mais caos do que soluções definitivas. A obra de Bastiat, ainda que relativamente curta, tem a capacidade de trazer pontos de reflexão que vão muito além do que os olhos pouco treinados conseguem visualizar,sendo, assim, uma luz no fim do túnel para aqueles que enxergam que é possível transformar a realidade em que nos encontramos por meio de atitudes que levem em consideração o longo prazo, ainda que seja necessário ter um curto prazo mais restrito, mas que, por fim, se tenham bons resultados perenes para todos.

*        Bruno Rigamonti Gomes é Associado II do Instituto Líderes do Amanhã. 

**       Reproduzido do site do Instituto Liberal, em https://www.institutoliberal.org.br/blog/o-que-se-ve-e-o-que-nao-se-ve-2/

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  • Alex Pipkin, PhD
  • 07 Setembro 2022

Alex Pipkin, PhD

Por que o presidente Bolsonaro deveria ganhar as eleições?

Elementar, meu caro Watson, é a liberdade!

Muito embora desde o início de seu governo, como nunca antes visto na história desse país, a “grande mídia” o persiga, desejando estampá-lo no selo de autoritário, de racista, de misógino, e por aí afora, os fatos corroboram que o PR, de fato, é o único realmente defensor das liberdades, individual e econômica.

Vivemos tempos de exceção, em que semideuses do STF e outros politiqueiros interessados arrotam senhas, tais como “democracia e Estado de Direito”, quando genuinamente alguns tiranetes da Suprema Corte surrupiaram a liberdade de ir e vir e de trabalhar para sobreviver durante a pandemia, e mais aterrorizantemente, a essencial e libertadora liberdade de pensamento e expressão.

Sem o devido processo legal, com base em narrativas patéticas, empresários criadores de riqueza são investigados, parlamentares são presos, e jornalistas de um espectro ideológico são censurados e proibidos de exercerem suas profissões. Em que lugar chegamos?!

Atualmente, só existe a “verdade” decretada pelos ministros do STF, isso é democracia e Estado de Direito?

Pois distintamente do ex-presidiário, “descondenado” por essa mesma corte, o PR tem se insurgido contra tais notórios abusos, sendo ele taxado de antidemocrático e autoritário.

Na economia, enquanto a turma esquerdista do beautiful people quer o coletivismo, que não deu nem dará certo em lugar algum, com o correspondente aumento do já mastodôntico e ineficiente Estado brasileiro, embora ainda de forma tímida, o PR verbaliza e implementa iniciativas para tirar o Estado das costas dos criadores de riqueza: pessoas e empresas.

O que comprovadamente foi testado e traz a prosperidade, é deixar as pessoas produzirem, mais livres para criarem e inovarem, com menos intervencionismo estatal. Ideias - e interesses - impostas de cima, de “mentes superiores”, estão fadadas ao fracasso.

O crescimento econômico e social não pode ser decretado por meio de uma canetada, é somente com as liberdades individual e econômica que o real e sustentável crescimento acontece.

É transparente que o PR Bolsonaro tem lutado para que o setor privado lidere, por meio da criação de um ambiente econômico mais favorável, gerando mais empregos e riqueza para todos.

Mais uma vez, é necessário enfatizar que o Estado não cria riqueza, assim, somente com os indivíduos produzindo e pagando impostos é que é possível o fornecimento de serviços públicos - de qualidade.

Não é mais admissível o populismo e a procrastinação em políticas que sempre são malsucedidas, com o protagonismo do Estado em desfavor das pessoas.

O crescimento advém de deixar as pessoas mais livres, sendo tributadas de uma maneira menor e mais justa, com menos intervencionismo destruidor, e com políticas que incentivem o empreendedorismo e a atividade econômica.

Qualquer sujeito com discernimento e um pouco de conhecimento econômico sabe, com apoio em fatos e dados relativos ao conjunto da obra petista, em que situação o coletivismo e as políticas nacional-desenvolvimentistas irão desembocar.

Estado grande e ineficiente, intervencionismo gigantesco, compadrio e ativismo judicial e político são as verdadeiras pestes verde-amarelas.

Bolsonaro e sua equipe, mesmo com as limitações internas e impostas, sabem que a prosperidade do país depende da redução do nefasto intervencionismo estatal, e é uma consequência da redução dos decretos, em favor das liberdades econômica e individual. Na esfera econômica, a China comprovou isto.

A composição atual do STF, declaradamente, quer outra coisa. A turma da “justiça” deseja cercear o uso da bandeira verde-amarela, piada mais do que indigesta.

O ex-presidiário, por sua vez, quer mais estatais, banir o teto de gastos para a farra com o dinheiro público e, “democraticamente”, regular a mídia, não é preciso aprofundar…

Pelas VITAIS LIBERDADES que o “autoritário” Bolsonaro deveria ser reeleito, pela defesa da singularidade do indivíduo, ao invés do abstrato coletivo.

Deveria, porém, isso depende do voto popular, num país iletrado e afeito ao populismo.

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 05 Setembro 2022

Gilberto Simões Pires

MOBILIZAÇÃO GIGANTESCA

Na próxima 4ª feira as ruas, parques e avenidas de todo o País vão se transformar em grandes e importantes PALCOS DE MANIFESTAÇÃO DO CADA DIA MAIS AMORDAÇADO POVO BRASILEIRO. Se para os -sofredores- este 7 DE SETEMBRO só ganhou relevância porque marca a passagem do BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA, o fato é que a GIGANTESCA MOBILIZAÇÃO tem um grande motivo: apoiar, como nunca, o presidente Jair Bolsonaro. 

ARÍETE

 

Metaforicamente, esta MOBILIZAÇÃO GIGANTESCA se identifica com um ARÍETE, a velha máquina de guerra usada na Antiguidade e na Idade Média para -ABRIR BRECHAS EM MURALHAS OU PORTÕES DE CASTELOS E POVOAÇÕES FORTICIFACADAS-. Os assírios empregaram-no com muita perícia. 

ALEXANDRE

 

Se no passado, segundo os historiadores, quem melhor fez uso do ARÍETE para obter conquistas foi o ex-rei da Macedônia -Alexandre, o Grande-, aqui no Brasil, neste 7 DE SETEMBRO, quem promete usar -com maestria- a velha máquina de guerra é o POVO BRASILEIRO. Detalhe curioso: a grande coincidência, entre passado e presente, é que nas duas situações há a presença de alguém que leva o nome ALEXANDRE. Que tal?

DEFESA DA LIBERDADE

 

Pois, pelas incessantes, provocativas e ilegais decisões -tirânicas- que são tomadas a todo momento pelo ALEXANDRE DO STF E DO TSE, a impressão que se tem (dedução simplista) é que o POVO BRASILEIRO cansou de esperar pelas devidas ações que supostamente deveriam ser tomadas em nome da decantada DEMOCRACIA E/OU O CUMPRIMENTO DA CONSTITUIÇÃO. Como o STF, na figura principal (não única) do ALEXANDRE, insiste em CALAR O POVO assim como o candidato JAIR BOLSONARO e seus apoiadores, a figura do ARÍETE cai como uma luva nesta luta pela LIBERDADE. Ao fim e ao cabo, o uso -simbólico- do ARÍETE tem como propósito a DEFESA DA LIBERDADE. LIBERDADE DE OPINIÃO, DE IR E VIR, DO ESCAMBAU...

 

EU VOU! EU VOU!

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