www.juliosevero.com

02/12/2008
Ao participar do 3° Congresso Mundial de Enfrentamento da Explora? Sexual de Crian? e Adolescentes, Lula critica hipocrisia religiosa em rela? a temas ligados ?duca? sexual de crian? De acordo com o notici?o eletr?o G1, da Globo, o presidente Luiz In?o Lula da Silva apontou a hipocrisia religiosa como uma das principais respons?is pelos casos de abuso sexual infanto-juvenil. Hum. Pastores e padres pregam que valorizam a fam?a, mas t?a cara de pau de distribuir cartilhas pornogr?cas e livros did?cos pr?mossexualismo ?crian? das igrejas. Eles dizem ter preocupa? com o bem-estar das crian?, mas t?o descaramento de usar modelos de p?s de borracha para ensinar meninos e meninas das igrejas a usar camisinha. Sem mencionar que, dizendo-se totalmente contr?os ao abuso sexual infantil, eles mandam instalar dentro das igrejas m?inas de camisinhas a fim de facilitar o acesso ?crian?! Isso ?u n??ipocrisia? Como ?ue o governo vai conseguir combater a explora? sexual das crian? quando padres e pastores incentivam meninos e meninas ao sexo? Ops! Errei! Quem est?azendo isso n?s?os pastores e padres, mas sim os professores de escolas p?cas. Talvez, assim como eu, Lula tamb?tenha se enganado, confundindo igreja com escola p?ca. Os pastores e padres n?est?distribuindo camisinhas nem cartilhas pornogr?cas, pois n?existe ordem de Deus para isso. Mas quando professores distribuem camisinhas e cartilhas pornogr?cas para crian? nas escolas, ?orque existe uma ordem. Essa ordem vem do governo Lula. E essa ordem, que incentiva crian? ao sexo, contribui para a explora? sexual infantil. Nesse caso espec?co, essa explora? ?erpetrada pelo pr?o Estado. A declara? de Lula atribuindo o abuso sexual infantil ?ipocrisia religiosa ocorreu no dia 25 de novembro no 3° Congresso Mundial de Enfrentamento da Explora? Sexual de Crian? e Adolescentes, realizado no Rio de Janeiro. No mesmo evento, onde participam delega?s de v?os pa?s, a representante alem?kin Delig?do Partido Verde, declarou: Tanto meninos quanto meninas s?v?mas de abusos, embora em intensidades diferentes. Acredita-se que os meninos sejam tr?vezes mais v?mas de abusos que as meninas. Os delitos s?praticados na grande maioria das vezes por homens. Assim como Lula, Delig? esquerdista. Se ela estiver correta em seus c?ulos de um n?o maior de meninos abusados, ent?esse enorme problema ?vid?ia do crescimento de estupros homossexuais, pois meninos s?abusados exclusivamente por homens homossexuais. Se o homossexualismo est?rovocando tantos abusos contra meninos, ent?por que Lula, em vez de jogar a culpa na hipocrisia religiosa, n?assume a responsabilidade de seu governo que estimula a homossexualidade entre as crian? com a distribui? de livros did?cos pr?mossexualismo nas escolas e com a estranha toler?ia com programas de TV igualmente favor?is ao homossexualismo? O Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presid?ia da Rep?ca e respons?l direto pela implanta? no Brasil do programa federal Brasil Sem Homofobia, esteve presente no 3° Congresso Mundial de Enfrentamento da Explora? Sexual de Crian? e Adolescentes. Apesar de que Vannuchi ouviu a esquerdista Ekin Delig?izer que um n?o grande de meninos ?iolentado por homens, o programa Brasil Sem Homofobia prossegue doutrinando crian? nas escolas no pr?o comportamento homossexual que tem vitimado tantos meninos. Portanto, Lula tem fundamento e raz?para afirmar que o abuso sexual de crian? est?igado ?ipocrisia religiosa? Ele n?estaria mais correto se afirmasse que esse abuso est?igado ?ipocrisia estatal? No entanto, ele n?tem receio de fazer acusa?s falsas, com a maior cara de pau.. E nenhum crist?tem coragem de confrontar a genu? hipocrisia dele, cujo governo incentiva o sexo entre crian? e promove o homossexualismo, e depois joga toda a culpa das conseq?ias nos valores crist? ou nas pr?as fam?as. Dois alvos preferidos dos esquerdistas s?a fam?a e o Cristianismo. Um Estado socialista faz de tudo para enfraquecer e incriminar as fam?as e os valores crist?. O Estado quer assim assumir controle total sobre tudo e sobre todos. Se n?fosse pela oposi? necess?a de homens e mulheres guiados por valores crist?, o governo sob possess?socialista traria n?s?misinhas e cartilhas pornogr?cas ?crian? de escolas p?cas, mas efetivamente transformaria as escolas em mot?. Se a atual educa? sexual do governo nas escolas n??buso psicol?o e sexual, ent?o que ?Onde est? hipocrisia, afinal? Contudo, talvez Lula tenha raz? Existe muita hipocrisia religiosa no Brasil. Os crist? dizem amar a Deus e sua Palavra, mas por amor a alian? pol?cas vendem a alma ao diabo, apoiando pol?cos esquerdistas que acabam n?s?ntrariando os valores crist?, mas at?ogando sobre os crist? a culpa pelas conseq?ias imorais geradas pelo pr?o liberalismo e esquerdismo. Fonte: www.juliosevero.com

asianews.it

02/12/2008
Nirmala Carvalho New Delhi (AsiaNews) – Non si ferma la tensione nell’Orissa, dove da 2 settimane ?n atto un pogrom contro i cristiani. Molti fedeli rifugiatisi nei campi profughi dopo che la loro casa ?tata distrutta e incendiata, si trovano minacciati anche all’interno, dove dovrebbero essere protetti dalla polizia. Le minacce vengono da radicali ind?l Vhp (Viswa Hindu Parishad) e dell’Rss (Rastriya Swyamsevak Sangh) che costringono i tribali a riconvertirsi all’induismo pena nuove violenze. Anche alcuni preti e i loro familiari vengono minacciati e come segno della loro “riconversione” vengono rasati a zero come dei sadhu (asceti ind? Secondo testimonianze giunte ad AsiaNews da Bhubaneshwar, i gruppi fondamentalisti si diffondono anche nei villaggi e obbligano i cristiani a firmare una carta dove ?critto che essi ritornano “liberamente” all’induismo. Chi si rifiuta riceve percosse e la sua casa viene bruciata. Talvolta – affermano le fonti di AsiaNews – come segno della loro “nuova vita”, essi sono costretti a bruciare chiese e abitazioni di altri cristiani. Anche le distruzioni divengono pi?ntelligenti”. Talvolta, invece di incendiare le case, i fondamentalisti si accontentano di portare fuori ogni mobile o oggetto e distruggerli. In tal modo, essi dicono, rendono povere le famiglie e le escludono da possibili risarcimenti da parte del governo, che ha promesso denaro per coloro che hanno avuto al casa incendiata. Questo metodo ?nche utile nel caso che i fondamentalisti fossero arrestati dalla polizia: l’incendio ?unito con anni di prigione, la distruzione degli oggetti solo con alcuni mesi. Nella zona di Kandhamal, ?tata stilata una lista di sacerdoti cattolici e pastori accusati di essere gli assassini di Swami Laxmanananda Saraswati, il leader radicale ind?ciso il 23 agosto scorso da guerriglieri maoisti, della cui morte gli ind?ntinuano a incolpare i cristiani. (Nella foto: cristiani fuggitivi verso un campo profughi in Orissa)

Percival Puggina

30/11/2008
Drummond, numa de suas mais conhecidas poesias, descreve a terr?l situa? do personagem Jos?Conta o poeta que Jos?est?em discurso, j??pode beber, j??pode fumar, cuspir j??pode, a noite esfriou, o dia n?veio, o bonde n?veio, n?veio a utopia e tudo acabou”. Estaria Jos?pto a enfrentar tantas dificuldades? E agora, Jos?Pois essa ? pergunta que me ocorre formular ao nosso presidente nas atuais circunst?ias da economia mundial. E agora, Lula? Sob o ponto de vista pol?co, o filho de Garanhuns se revelou extremamente h?l para escapar, no primeiro mandato, ao sorvedouro moral em que naufragaram quantos estavam ?ua volta. Foi h?l para transformar em vantagem, na comunica? social, seu d?cit escolar e a conseq?e incompatibilidade que mant?com a gram?ca. Foi h?l a ponto de conservar a imagem de oper?o mesmo quando regurgita as bem-aventuran? de que o luxo e a riqueza abastecem os poderosos. Foi h?l para carrear a seu cr?to todos os b? decorrentes de medidas que o PT transformara em ? para seu antecessor. Foi h?l para extrair enormes dividendos pol?cos do fato de o pa?haver experimentado, em seu governo, consecutivamente, os seis melhores anos da nossa hist? republicana. Contou com c?de brigadeiro, mar de almirante e um bom dinheiro para servir aos pobres do pa?e do mundo. Em resumo, foi h?l para criar problemas aos advers?os, sair-se dos pr?os problemas e abra?-se ?facilidades com as quais se defrontou. No entanto, pela primeira vez, fez-se noite em pleno dia e (como ?ito numa frase que me enviaram) at? luz do fim do t? foi temporariamente desligada. Coriscos cortam os c?, e o mar, revolto, recomenda o resguardo dos portos. Vai faltar emprego, vai faltar dinheiro. O trem da alegria que percorria o pa?distribuindo favores federais com verbas estaduais e municipais periga ficar retido num desmoronamento em Santa Catarina. Seria tudo de bom se o cen?o se mantivesse como esteve ao longo destes ?mos seis anos. O pa?continuaria crescendo em ritmo satisfat?, haveria mais emprego, mais renda e se reduziriam as press?sociais. Mas... e agora, Lula? Agora passamos a precisar, realmente, de um estadista. De algu?com discernimento necess?o para o sim e para o n? para trocar popularidade por seriedade, para assumir ? sem b?, para inspirar confian?e n?apenas simpatia, para pensar primeiro no Brasil e depois, bem depois, nas elei?s de 2010 e nas geopol?cas do Foro de S?Paulo. A utopia, sabemos, j?oi para o saco h?uito tempo. Mas e se a noite esfriar? E se o dia n?vier? N?perguntem ao Drummond, que j?orreu. Voc?abe, n?sabe?

Folha Online

30/11/2008
O presidente da Venezuela, Hugo Ch?z, autorizou neste domingo o PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) a impulsionar uma emenda constitucional relativa ?eelei? e disse estar pronto para governar at?021. Autorizo o PSUV e o povo venezuelano para que iniciem o debate e as a?s relacionadas ?menda constitucional e ?eelei? presidencial, estando certo de que agora sim, vamos conseguir, disse Ch?z durante a cerim? de juramento do prefeito eleito do munic?o Libertador de Caracas, o governista Jorge Rodr?ez. Estou pronto, se Deus quiser me dar sa? a estar com voc?at?019, ou at?021, afirmou o presidente que hoje amea? expulsar o c?l da Col?a em Maracaibo (oeste de Caracas), Carlos Galvis, que teria feito coment?os sobre os recentes resultados eleitorais venezuelanos em um telefonema gravado. Nas elei?s regionais, o partido liderado por Ch?z conseguiu a maioria dos Estados, apesar de perder em regi?consideradas importantes economicamente. Depois dos resultados, Ch?z retomou o discurso sobre a realiza? de um novo referendo que modifique a Constitui? e permita a reelei? ilimitada. No referendo do ano passado, Ch?z n?conseguiu obter aprova? da popula? para a perman?ia no poder. Segundo analistas ouvidos pela Folha Online, ainda ?edo para determinar o futuro do presidente venezuelano, por? a oposi? j?emonstra sinais de crescimento, tendo conseguido nas ?mas elei?s seis Estados, o triplo em rela? ?elei?s anteriores.

Gustavo Puggina

30/11/2008
O ded?? prepot?ia, o mais forte. O fura-bolo ? da Ignor?ia, s? furo mesmo. O do meio ? que ele faz com o povo. O seu vizinho ? dos empregos pros vizinhos, esse sobra deve ter uns 50000 seus vizinhos. O mindinho ? da ?ca, honestidade, o da verdade. Que mindinho? N?t?

Agência AFP

28/11/2008
Cinco trilh?de d?es foram perdidos por causa da crise financeira global, afirmou nesta quinta-feira o presidente e fundador do Foro Mundial de Davos, Klaus Schwab, que tamb?anunciou uma participa? recorde de l?res mundiais no pr?o encontro, em janeiro. O Foro chegou a prever a crise no sistema financeiro em seu relat? anual de riscos, divulgado no in?o do ano. N?sou dramaticamente pessimista quanto o futuro, apenas realisticamente pessimista, declarou o economista su? ?FP, e acrescentou que a pior crise financeira desde a Grande Depress?dos anos 30 far?om que a 39ª edi? do Foro de Davos seja a mais importante de sua hist? e ter?ma grande participa?. Schwab assinalou que ao encontro de cinco dias assistir?mais de 160 l?res pol?cos assim como 1.200 chefes empresariais, sociais e sindicais. A lista completa e confirmada de participantes ser?ivulgada em janeiro. No dia 28 o encontro ter?n?o com um discurso do primeiro-ministro russo Vladimir Putin.

Maria Lucia Victor Barbosa

28/11/2008
Enquanto diminui o PIB e o consumo norte-americanos, e pa?s de economia forte entram em recess? o presidente Luiz In?o e sua poss?l sucessora para 2010, Dilma Rousseff (Casa Civil), insistem no fato de que o Brasil n?ser??afetado pela crise mundial, que nossas institui?s s?fortes, que aqui enfrentamos apenas uma “marolinha”, uma “gripezinha”. No af?e contornar a quest?econ?a com a po? m?ca da pol?ca, o governo lan??ma campanha visando estimular o consumo para tentar manter a produ?. Para tanto, a propaganda governamental ter?m slogan que afaga o ego nacional com pinceladas de auto-estima: “O mundo confia no Brasil e o Brasil confia nos Brasileiros”. A ordem ?onsumir e o governo promete que o cr?to continuar??l e abundante, mas n?s?mencionados os altos juros e os impostos escorchantes. Do alto de prest?o o presidente da Rep?ca recomenda que seus filhos amados n?deixem de comprar “sua casinha, seu carrinho, seu primeiro suti? Luiz In?o se coloca outra vez como animador de audit? e brada aos quatro ventos do palanque eletr?o da TV: “Quem quer dinheiro?” Sem medo e felizes, os topa-tudo sem dinheiro acorrem ?lojas em busca de um esplendoroso Natal. N?interessa a inadimpl?ia. N?importa se depois chegar?aneiro com impostos e aumentos, inclusive, da escola dos filhos. A ordem do dia ?astar, comprar o m?mo de suti?que se puder. H?e se convir, entretanto, que a ret?a de Luiz In?o, suas arengas que procuram atritar ricos e pobres, negros e brancos, suas met?ras futebol?icas, sua imagem cuidadosamente trabalhada no modelo pobre oper?o, seus ataques ??ua p?ia, seu cont?o festival de besteiras chamadas eufemisticamente de gafes, nada disso, enfim, ?spont?o ou aleat?, mas faz parte da propaganda que sempre intensificou o culto da personalidade. Um culto diga-se a bem da verdade, que vem ao encontro da mentalidade de um povo sequioso por um salvador da p?ia e que por forma? hist?a gosta de ser tutelado pelo pai Estado. Mais ainda, o sinal verde para a gastan?est?e acordo com a ?ole do brasileiro que, de modo majorit?o, nunca foi muito de planejar suas finan?, mesmo porque, parece sentir prazer em gastar mais do que pode, de se endividar, na medida em nosso pa?os endividados t?vantagens muito maiores em suas negocia?s do que aqueles que corretamente pagam em dia. Certamente, por contas dessas caracter?icas, um homem que fazia compras na Rua 25 de Mar?respondeu ao jornalista que lhe perguntava sobre a crise: “crise, que crise?”. Dir?alguns que o governo est?o caminho certo porque tamb?os Estados Unidos apontam para o aumento de cr?to, incentivo ao consumo e ao emprego, diminui? de impostos. Existem, por? algumas abissais diferen? entre o governo norte-americano e o nosso. Para come?, aquele n??erdul?o. E enquanto nos Estados Unidos se paga 8% de juros ao ano no cart?de cr?to, nosso cheque especial alcan?170% de juros anuais. No mais, se o governo pensa em abaixar impostos, logo esse governo sedento por arrecada?s cada vez maiores, no momento a id? n?passa uma boa inten? ou de um fact? bem pol?co. Melhor ficar como S?Tom? ver para crer. Atente-se tamb?para o fato de as informa?s dos jornais n?s?t?r?s quanto as “boas not?as” que aparecem nas TVs ou nas palavras do presidente e de seus auxiliares. Em cadernos de economia dos principais jornais do pa?se pode ler, entre v?as outras an?ses e not?as, que nossa balan?comercial em n?os de novembro j?eflete a desacelera? do ritmo do com?io mundial, principalmente no que diz respeito ?exporta?s que ca?m 21%. Acrescente-se que de julho ?rimeira quinzena de novembro os pre? das principais mat?as-primas desabaram, em m?a, 42%, em d?, segundo o ?ice CRB Reuters/Jefferies, sendo que as mat?as-primas respondem por 65% das exporta?s. Al?do mais, a recess?nos pa?s mais ricos est?rovocando o cancelamento das exportadoras brasileiras. Esses fatores limitam o interesse por novos investimentos e afeta as contas externas. A desacelera? da economia mundial ainda n?foi sentida plenamente no Brasil e o povo continuar? gastar e a perguntar: “Que crise? O governo aposta nas bolsas-esmola e no aumento do sal?o m?mo, mas a classe m?a j?ome?a sentir o baque. A inadimpl?ia aumentou, o comprometimento da renda subiu de 34% em setembro a 36% em outubro e com isto o calote. Sem medo de ser feliz Luiz In?o vai surfando na “marolinha”, enquanto montadoras e empresas come? a dar f?as coletivas e demitir. Ind?ia, agricultura, com?io, constru? civil e at? governo sabem que em 2009 n?haver?penas uma “gripezinha”. Portanto, ?reciso certa cautela nossa, os topa-tudo sem dinheiro, na hora de comprar suti? Afinal, tudo indica que acabou o tempo em que se comprava nessa vida e se terminava de pagar em outras encarna?s. * Soci?a.

Olavo de Carvalho

28/11/2008
Em 1939, Eric Voegelin observava que as condi?s essenciais para a democracia, tal como haviam sido concebidas no s?lo XVIII, j??existiam mais. De um lado, a economia e a administra? p?ca tinham se tornado t?complexas que o cidad?comum j??preenchia as condi?s m?mas para formar uma opini?racional a respeito: sua raz?reflu? para o c?ulo estreito das atividades profissionais e familiares, deixando suas escolhas pol?cas ?erc?e apegos emocionais, desejos pueris, sonhos e fantasias que o tornavam presa f?l da propaganda totalit?a. De outro lado, as novas classes surgidas na sociedade moderna – o proletariado urbano, o baixo funcionalismo p?co, os empregados de escrit? – eram bem diferentes dos pequenos propriet?os que criaram a democracia iluminista: eram exemplares do “homem massa” de Ortega y Gasset, menos inclinados ?usca da independ?ia pessoal do que a confiar-se cegamente ??ca do planejamento estatal e da disciplina coletiva. Tudo, no mundo, convidava ao totalitarismo. Passados setenta anos, a composi? da sociedade tornou-se ainda mais vulner?l ?anipula? totalit?a. O advento de massas imensas de subempregados, dependentes em tudo da prote? estatal, somada ?estrui? da intelectualidade superior por meio da transforma? global das universidades em centros de propaganda revolucion?a, reduziu praticamente o eleitorado inteiro ?ondi? de massa de manobra. As conseq?ias disso para a democracia foram devastadoras: 1. A quase totalidade dos eleitores j?em tem id? do que possa ter sido a independ?ia pessoal, e aqueles que ainda sabem algo a respeito est?cada vez mais dispostos a abdicar dela em troca da prote? governamental, de benef?os previdenci?os, etc. 2. A defesa das liberdades p?cas e privadas tornou-se irrelevante. A m?ica do “planejamento” apossou-se de todas as conci?ias ao ponto de que o que resta de debate p?co ser hoje nada mais que o confronto entre diferentes – e em geral n?muito diferentes -- planos m?cos. 3. A possibilidade mesma de iniciativas sociais independentes foi praticamente eliminada, na medida em que a regulamenta? das ONGs as transformou em extens?da administra? estatal e em instrumentos de manipula? das massas pela elite iluminada e bilion?a. 4. A “liberdade de opini? tornou-se apenas a liberdade de aderir a distintos ou indistintos discursos de propaganda pr?oldados. O exame racional da situa? tornou-se virtualmente incompreens?l, sendo marginalizado ou absorvido, malgr?ui, em algum dos discursos de propaganda existentes. 5. A implanta? de pol?cas de controle totalit?o – da economia, da cultura, da religi? da moral, da vida privada – mostrou-se plenamente compat?l com a subsist?ia do processo eleitoral formal, hoje tido como suficiente para conferir a uma na? o t?lo de “democracia”. Com esse nome ou o de “democracia de massas”, a ditadura por meios democr?cos tornou-se praticamente o regime universal. 6. Restringir o uso da racionalidade ?atividades profissionais imediatas, abandonando as escolhas pol?cas ?erc?e sonhos e desejos irracionais, deixou de ser um h?to limitado ?classes populares. As pr?as “elites”, hoje em dia – empres?os, militares, jornalistas e formadores de opini?em geral – s?t?dependentes de propaganda, slogans e imagens ilus?s, t?incapazes de um exame realista do estado de coisas, quanto os empregadinhos de escrit? de que falava Eric Voegelin. Se um analista pol?co lhes d?atos, raz? diagn?cos fundamentados e previs?acertadas, a “elite” se sente mal. Ela n?se ofende quando voc?he sonega a verdade, como ocorreu no caso do Foro de S?Paulo ou da biografia de Barack Hussein Obama, mas quando voc?he conta alguma verdade que divirja das pseudocertezas estereotipadas da m?a popular, hoje investida de autoridade pontif?a. A elite, em suma, tornou-se massa – e, como massa, n?quer conhecimento, vis? maturidade: quer aquele reconforto, aquele amparo psicol?o, aquelas ilus?anest?cas que os manipuladores totalit?os jamais deixar?de lhe fornecer. O exerc?o da raz? hoje, ?m privil?o dividido entre os grandes planejadores estrat?cos e engenheiros comportamentais, que por motivos ?os n?pensariam em partilh?o com ningu?mais, e os estudiosos independentes que tentam em v?partilh?o com quem n?o deseja.

Demétrio Magnoli

28/11/2008
Prezado deputado Paulo Renato Souza (PSDB-SP): No 20 de novembro, Dia da Consci?ia Negra, a C?ra passou a lei de cotas nas universidades e institui?s federais de ensino m?o, que ? primeira lei racial na hist? da Rep?ca. A aprova? se deu sem o voto dos deputados, por conluio entre lideran?. Voc?articipou destacadamente daquele conluio, renunciando ?osi? contr?a ?nclus?da ra?na lei que dizia sustentar. Arlindo Chinaglia (PT-SP), o presidente da C?ra, celebrou o desenlace e ofereceu um diagn?co: Os que t?opini?divergentes cederam, o que resultou em um grande avan? Traduzo a frase do seguinte modo: nada ?mposs?l, nem mesmo derrubar o princ?o da igualdade perante a lei, quando a oposi? abdica de seus deveres b?cos. Estou errado? Serei franco. Surpreendeu-me a sua colabora?, sem a qual o projeto teria de aguardar uma sess?com qu? e ser votado nominalmente pelos deputados. Li num jornal a sua justificativa. De acordo com ela, o projeto n??uim, pois estabelece cotas raciais proporcionais ?omposi? racial da popula? de cada unidade federativa, de modo que, nas suas palavras, nos Estados com predom?o demogr?co de brancos, eles ter?chances maiores de ingressar nas universidades. Se entendi, voc?egociou e aprovou o projeto pois n?viu nele desvantagens para a ra?branca. Posso, ent? intitul?o Grande Chefe Branco? N?h?ronia nisso, acredite. Os patrocinadores de projetos de cotas no ensino e no mercado de trabalho almejam a condi? de l?res negros. Eles usam o fruto envenenado da ra?para impulsionar carreiras pol?cas ou conquistar posi?s de prest?o em ONGs muito bem financiadas. Mas ?laro que a constru? de identidades raciais oficiais no Brasil abre possibilidades inusitadas. Se h??res negros, por que n?l?res brancos? (Veja que para isso nem se precisa de algo t?aparente quanto a cor da pele: em Ruanda a vida pol?ca girava em torno de l?res tutsis e l?res hutus, ao menos at? genoc?o). N?nos enganemos. Pol?cos oportunistas em busca da condi? de l?res negros (ou brancos) s?elos instrumentais na passagem de leis de ra? mas a concep? de tais leis se deve aos doutrin?os racialistas, que s?pessoas dotadas de princ?os - e o xis do problema reside no conte?desses princ?os. Racialismo ? doutrina baseada numa dupla cren? 1) ra? existem, se n?na natureza, ao menos na hist?; 2) a hist? do mundo n?? hist? de indiv?os, mas de grupos, n?a de na?s, mas a de ra?. Empreguei, para expor a segunda cren?racialista, uma cita? de William Du Bois (1868-1963), o pai fundador da doutrina. Toda a l?a das pol?cas de cotas raciais se encontra delineada na obra desse americano. Seria inoportuno sugerir que a lesse? Du Bois era um racialista, n?um racista, pois n?acreditava em no?s de superioridade racial. Ele visitou a Alemanha nazista e gostou do orgulho de ra?promovido pelo regime, mas confessou sua repulsa com a persegui? aos judeus. Bem antes, em 1903, escreveu Os talentosos dez por cento, em que expunha a tese de que, por meio de uma criteriosa sele? educacional, um negro em cada dez poderia converter-se em l?r mundial da ra?negra. O artigo come?assim: A ra?negra, como todas as ra?, ser?alva por seus homens excepcionais. O problema da educa? entre negros, ent? deve antes de tudo concentrar-se nos 10% talentosos... Entendeu, agora, a proposta de cotas? Percebeu que ela nada tem que ver com um programa de redu? de desigualdades sociais? Nos EUA, as leis de segrega? racial definiram quem era branco e quem era negro. Du Bois falava para uma ra?oficializada pela discrimina?. Por aqui, os racialistas lamentam a aus?ia de leis desse tipo no nosso passado, pois recaiu sobre os ombros deles a miss?de fabricar, na mente das pessoas, a consci?ia racial e o orgulho de ra? Fico um tanto triste ao perceber que se procura realizar essa obra a partir da escola. Tarso Genro, na sua passagem pelo Minist?o da Educa?, ordenou que todas as escolas associem nominalmente cada aluno a uma ra? Voc?um ex-ministro da Educa?, e Paulo Haddad, o atual titular da pasta, articularam juntos o projeto de cotas raciais aprovado na C?ra. Voc?n?s?tr? mas uma tr?e. Juntos, por cima de diferen? partid?as, invadem as aulas de Hist? e Biologia para apagar a lousa onde est?scrito que ra? humanas n?existem, a n?ser como inven? do racismo. Mas voc?iga para o que est?scrito na lousa? J?otou que os brasileiros sentem uma certa repugn?ia diante da id? de serem divididos oficialmente em ra?? Por coincid?ia, no mesmo dia em que voc?aprovavam uma lei que faz exatamente isso, divulgou-se uma pesquisa de opini?p?ca sobre atitudes diante do tema racial. Encomendada pelo Cidan, uma ONG racialista, a pesquisa fez perguntas viciadas, tendenciosas, a uma amostra da popula? carioca. Mesmo assim, 63% declaram-se contra as cotas raciais. Mais interessante ?ue as posturas diante das cotas raciais n?variam em fun? da cor autodeclarada das pessoas. Entre os brancos, 63,7% rejeitam essa pol?ca; entre os pardos, 64%; entre os pretos, 62,2%. Eu interpreto isso como uma op? identit?a: as pessoas, independentemente da cor da pele, querem ser cidad? iguais perante a lei. Estou errado? N?h?otivo para imaginar que os demais brasileiros pensem diferente dos cariocas. Apesar da maci?propaganda racialista veiculada pelo Estado, os cidad? percebem o mal que a pedagogia das ra? faz aos jovens estudantes. A coincid?ia entre a divulga? da pesquisa e a aprova? por conchavo da lei de cotas coloca uma pergunta constrangedora: onde est? representa? parlamentar da maioria que rejeita as leis raciais? * Soci?o e doutor em Geografia Humana pela USP.