Stefano Silveira

13/12/2008
A manuten? da taxa Selic em 13,75% ao ano, anunciada ap? ?ma reuni?do Comit?e Pol?ca Monet?a (Copom), ?ais uma medida de dif?l compreens?dada a atual crise global. Na contram?de diversos bancos centrais ao redor do mundo, que baixaram os juros cobrados em seus respectivos mercados, buscando assim abrir linhas de cr?to e incentivar a atividade econ?a, Henrique Meirelles e seus assessores alegaram o risco de recrudescimento da infla? como o respons?l por tal ato. Nem os claros sinais de desaquecimento interno, como a queda da atividade industrial e o corte de postos de trabalho nas f?icas (respectivamente 1,7% e 0,2%, entre setembro e outubro), foram suficientes para o abandono do conservadorismo por parte do Copom. Desde julho, com o agravamento da crise provocando a volatibilidade do c?io, o Real sofreu uma desvaloriza? de mais de 50% em rela? ao d?. Dessa forma, o pre?dos insumos importados cresceu consideravelmente quando convertidos ?oeda brasileira. Mesmo que os produtores tentem segurar o repasse deste aumento de custos aos consumidores finais, temendo uma queda no n?l de vendas – principalmente nesta ?ca do ano, onde as empresas necessitam fazer caixa para enfrentar as dificuldades impostas pelo arrefecimento do volume de neg?s nos meses de janeiro e fevereiro – a possibilidade disto vir a ocorrer muito em breve pode ser uma das justificativas para a continuidade de uma taxa de juros elevada. Entre outras coisas, o Banco Central (BACEN) espera com esta medida uma maior entrada de d?es no Pa? o que diminu? a taxa cambial (Real por d?) e, conseq?emente, o pre?dos insumos estrangeiros. Por outro lado, a autoridade monet?a parece deixar em segundo plano o efeito do fechamento de diversas fontes estrangeiras de cr?to na economia brasileira. Para que a mesma possa continuar crescendo, inclusive com a continuidade do Programa de Acelera? do Crescimento (PAC), linhas de cr?to internas dever?ser ampliadas e/ou criadas na tentativa de suprir ou amenizar o estrangulamento externo. Todavia, para que este financiamento possa ser remetido ao investimento, o corte dos juros torna-se imperioso. Em situa?s de anormalidade – como ? caso de uma crise – mesmo que a pol?ca monet?a assuma um vi?desenvolvimentista atrav?da redu? das taxas de juros e de redesconto, da diminui? do spread banc?o (ao menos por parte dos bancos estatais) e do dep?o compuls?, caso tais medidas n?venham acompanhadas de uma pol?ca fiscal antic?ica, podem n?ser suficientes. A pol?ca fiscal deveria primar por um aumento dos gastos produtivos, bem como pela diminui? das despesas de custeio, atrav?de amplas reformas pol?ca e tribut?a. A contradi? deste preceito acontece, pois enquanto o governo federal anuncia mais um pacote visando minimizar os efeitos da crise, contemplando a redu? das al?otas do Imposto de Renda (IR), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Opera?s Financeiras (IOF) para alguns setores, como o automobil?ico, a Comiss?de Constitui? e Justi?(CCJ) do Senado aprova a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que aumenta em mais de sete mil o n?o de vereadores nas cidades brasileiras. O momento atual exige o aumento do fomento n?apenas pela queda dos juros, mas tamb?pela revis?da forma como os preceitos neoliberais, como o c?io flutuante, a elevada carga tribut?a, as metas de infla? e o super?t prim?o v?sendo praticados na economia brasileira. Em rela? ao c?io, para evitar o sobe e desce di?o que tem exigido constantes interven?s por parte do BACEN – o que fere, na pr?ca, os preceitos do c?io livre – deveria, ao menos neste momento, em que o Pa?disp?de reservas cambiais de mais de US$ 200 bilh? ser adotada uma pol?ca de c?io semi-fixo com ajustamentos (algo semelhante ?ol?ca de ?oras cambias de Gustavo Franco) evitando dessa forma a j?itada volatibilidade. Quanto ?arga tribut?a, hoje em torno de 38% do PIB, existe um consenso quanto ?ecessidade da redu? de al?otas e da extin? de alguns tributos – algo que vem sendo feito, por?de forma incipiente – o que contribuiria para a redu? da infla? de custos. O super?t primeiro, hoje utilizado para o pagamento de parte dos juros da divida p?ca, poderia ser direcionado – mesmo que de forma parcial – durante a fase mais aguda da crise, para a gera? de emprego e renda. Por fim, a utiliza? de metas inflacion?as deveria ser revista, dado que sua rigidez pelo cumprimento da meta pode provocar distor?s que venham a causar preju?s ?conomia como um todo. Isto pode ser constatado pelo aumento do pre?das commodities agr?las no primeiro semestre deste ano que provocou uma acelera? dos ?ices de infla? no Brasil, impedindo o BACEN de baixar os juros agora, sob o risco de n?atingir a meta de infla? pr?stabelecida para o ano (4,5%, com dois pontos percentuais para mais, ou para menos). A continuidade e amplia? de pol?cas desenvolvimentistas, tanto p?cas como privadas, com o crescimento dos recursos voltados ao investimento em detrimento ao exacerbado aumento das despesas de sustenta? da m?ina, constituem-se na melhor forma amenizar os efeitos da vigente crise mundial. * Economista

Gustavo Krieger

13/12/2008
O presidente Luiz In?o Lula da Silva pediu aos brasileiros que continuem a comprar e a recorrer ao cr?to. Segundo ele, ? melhor maneira para manter a economia em movimento e evitar que a crise financeira se agrave. Boa id?. O ?o problema ?ue vem de algu?que mora no Pal?o da Alvorada, anda de carro oficial, recebe restitui? do Imposto de Renda, tem todas as despesas pagas e n?deve assinar um cheque pelo menos desde 1º de janeiro de 2003. Lula n?vai comprar um carro em 60 presta?s, nem se comprometer com um financiamento imobili?o. E certamente n?vai ter de enfrentar os juros do cheque especial. Segundo a declara? de renda que apresentou ao candidatar-se ?eelei?, em 2006, seu patrim? dobrou durante o primeiro mandato, chegando a R$ 839 mil. A diferen?entre o Brasil real e o oficial pode ser um dos maiores obst?los para o governo enfrentar a crise. Em resumo, o que o presidente est?edindo ?ue n?astemos o nosso dinheiro para salvar a economia do pa? Do ponto de vista macroecon?o, faz sentido. Mas coloca uma quest?dram?ca: salvar o pa?ou o pr?o bolso? Confiar no discurso otimista e enfrentar a fila do credi?o neste Natal ou deixar o dinheiro guardado e preparar-se para um ano-novo que pode ser de tempestade? A chave para esse dilema est?a capacidade do governo passar confian?ao pa? E, quando se fala em governo, fala-se em Lula. Ele ? cara de sua administra? e o dono do discurso. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, podem ser bons para falar a p?cos espec?cos, mas ?ula quem se dirige ao pa? Se ele conseguir convencer o Brasil de que a crise ?assageira e que as coisas v?melhorar nos pr?os meses, as pessoas ir??compras. Afinal, essa ? nossa voca?. Se a desconfian?dominar, cada um vai cuidar de si. O problema para o governo ?ue a crise desembarca na economia real com uma velocidade surpreendente. Planejamentos financeiros feitos para o ano que vem perdem o sentido em algumas semanas. Cada vez mais setores come? a demitir. E, quando o emprego est?m risco, as pessoas tendem a adotar a postura mais cuidadosa. A ?ma coisa que o sujeito quer ?icar sem emprego e com um monte de presta?s para pagar. O governo tem um papel importante, e ele vai al?da ret?a de Lula. A manuten? dos investimentos federais ?m instrumento importante para manter a economia irrigada. O mesmo acontece com a rede de benef?os sociais. O Bolsa Fam?a se mostrou um excelente instrumento para distribui? e circula? de renda, especialmente no interior do pa? A pol?ca de juros e os empr?imos oficiais s?instrumentos b?cos de a? do governo na economia. Mas tudo depende, e muito, do clima que se instalar no pa? Lula vem suando a camisa para manter a confian? At?qui, parece estar se saindo bem. Sua popularidade continua em alta e os n?os da economia para o terceiro trimestre do ano foram surpreendentemente bons. O problema ?ue as coisas podem estar piorando, apesar disso tudo. Os pr?os meses ser?decisivos. Talvez o presidente devesse comprar uma geladeira a prazo. V?o com um carn?as m? nos deixaria, no m?mo, com um sentimento de solidariedade. Afinal, o governo est?astando seu prest?o e a conta pode ser cobrada em 2010.

Rodrigo Constantino

13/12/2008
?divertid?ima a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: que admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram tamb?tr?coisas que s?capitalismo sabe dar - bons cach?em moeda forte; aus?ia de censura e consumismo burgu? Trata-se de filhos de Marx numa transa ad?ra com a Coca-Cola... (Roberto Campos) O arquiteto Oscar Niemeyer completou um s?lo de vida sob grande rever?ia da m?a. Ele foi tratado como g?o e um orgulho nacional, respeitado no mundo todo. N?vem ao caso julgar suas obras em si, em primeiro lugar porque n?sou arquiteto e n?seria capaz de fazer uma an?se t?ica, e em segundo lugar porque isso ?rrelevante para o que pretendo aqui tratar. Entendo perfeitamente que podemos separar as obras do seu autor, e julg?os independentemente. Algu?pode detestar a pessoa em si, mas respeitar seu trabalho. O problema ?ue vejo justamente uma grande confus?no caso de Niemeyer e tantos outros artistas e intelectuais. O que acaba sendo admirado, quando n?idolatrado, ? pr?a pessoa. E, enquanto figura humana, n?h?ada admir?l num sujeito que defendeu o comunismo a vida inteira. Niemeyer, sejamos bem francos, n?passa de um hip?ta. Seus in?os trabalhos realizados para governos, principalmente o de JK, lhe renderam uma bela fortuna. O arquiteto mamou e muito nas tetas estatais, tornando-se um homem bem rico. No entanto, ele insiste em pregar, da boca para fora, o regime comunista, a igualdade material entre todos. N?consta nas minhas informa?s que ele tenha doado sua fortuna para os pobres. Enquanto isso, o capitalista ego?a Bill Gates j?oou v?os bilh??aridade. Al?disso, a igualdade pregada por Niemeyer ?quela existente em Cuba, cuja ditadura cruel o arquiteto at?oje defende. Gostaria de entender como algu?que defende Fidel Castro, o maior genocida da Am?ca Latina, pode ser uma figura respeit?l enquanto ser humano. S?coisas completamente contradit?s e imposs?is de se conciliar. Mostre-me algu?que admira Fidel Castro e eu lhe garanto se tratar ou de um perfeito idiota ou de um grande safado. E vamos combinar que a ignor?ia ?ada vez menos poss?l como desculpa para defender algo t?nefasto como o regime cubano, restando apenas a op? da falta de car?r mesmo. Ainda mais no caso de Niemeyer. Na pr?ca, Niemeyer ?m capitalista, n?um comunista. Mas um capitalista da pior esp?e: o que usa a ret?a socialista para enganar os ot?os. Sua festa do centen?o ocorreu em S?Conrado, bairro de luxo no Rio, para 400 convidados. Bem ao lado, vivem os milhares de favelados da Rocinha. Artistas de esquerda s?assim mesmo: adoram os pobres, de prefer?ia bem longe. Outro aclamado artista socialista ?hico Buarque, mais um que admira Cuba bem de longe, de sua mans? E cobra caro em seus shows, mantendo os pobres bem afastados de seus eventos. A defini? de socialista feita por Roberto Campos nos remete diretamente a estes artistas: No meu dicion?o, socialista ? cara que alardeia inten?s e dispensa resultados, adora ser generoso com o dinheiro alheio, e prega igualdade social, mas se considera mais igual que os outros. Aquelas pessoas que realmente s?admir?is, como tantos empres?os que criam riqueza atrav?de inova?s que beneficiam as massas, acabam v?ma da inveja esquerdista. O sujeito que ficou rico porque montou um neg?, gerou empregos e criou valor para o mercado, reconhecido atrav?de trocas volunt?as, ?achado de ego?a, insens?l ou mesmo explorador por aqueles mordidos pela mosca marxista. Mas quando o rica??lgum hip?ta que prega aos quatro ventos as maravilhas do socialismo, vivendo no maior luxo que apenas o capitalismo pode propiciar, ent?ele ?vacionado por uma legi?de perfeitos idiotas, de prefer?ia se boa parte de sua fortuna for fruto de rela?s simbi?as com o governo. Em resumo, os esquerdistas costumam invejar aquele que deveria ser admirado, e admirar aquele que deveria ser execrado. ?muita invers?de valores! Recentemente, mais tr?cubanos fugiram da ilha-pres?o de Fidel Castro. Eles eram artistas, como o cantor Chico Buarque, por exemplo. Aproveitaram a oportunidade e abandonaram o para? comunista, que faz at? Brasil parecer um lugar decente. Eu gostaria de aproveitar a ocasi?para fazer uma proposta: trocar esses tr?fugitivos que buscam a liberdade por Oscar Niemeyer, Chico Buarque e Luiz Fernando Verissimo, tr?adorados artistas brasileiros, defensores do modelo cubano. Claro que n?seria uma troca compuls?, pois estas coisas autorit?as eu deixo com os comunistas, que abominam a liberdade individual. A proposta ?ma sugest? na verdade. Acho que esses tr?comunistas mostrariam ao mundo que colocam suas a?s onde est?suas palavras, provando que realmente admiram Cuba. Verissimo recentemente chegou a escrever um artigo defendendo Zapata e Che Guevara. N?seria maravilhoso ele demonstrar a todos como de fato adora o resultado dos ideais dessas pitorescas figuras? Enfim, Niemeyer completa cem anos de vida. Um centen?o defendendo atrocidades, com incr?l incapacidade de mudar as cren? diante dos fatos. O que algu?como Niemeyer tem para ser admirado, enquanto pessoa? Os her?dos brasileiros me d?calafrios! Eu s?mento, nessas horas, n?acreditar em inferno. Creio que nada seria mais justo para um Niemeyer quando batesse as botas do que ter de viver eternamente num lugar como Cuba, a vis?perfeita de um inferno, muito mais que a de Dante. E claro, sem ser amigo do diabo, pois uma coisa ?iver em Cuba fazendo parte da nomenklatura de Fidel, com direito a casas luxuosas e Mercedes na garagem, e outra completamente diferente ?er um pobre coitado qualquer l?Acredito que esse seria um castigo merecido para este defensor de Cuba, que completa um s?lo de hipocrisia sendo idolatrado pelos idiotas.

Edson Areias

13/12/2008
1 – O usufruto das riquezas do solo, dos rios e dos lagos existentes nas terras ind?nas pode ser suplantado de maneira gen?ca sempre que houver como disp? artigo 231 (par?afo 6º, da Constitui? Federal) o interesse p?co da Uni?na forma de Lei Complementar; 2 – O usufruto dos ?ios n?abrange a explora? de recursos h?icos e potenciais energ?cos, que depender?empre da autoriza? do Congresso Nacional; 3 – O usufruto dos ?ios n?abrange a pesquisa e a lavra de recursos naturais, que depender?empre de autoriza? do Congresso Nacional; 4 – O usufruto dos ?ios n?abrange a garimpagem nem a faisca?, dependendo-se o caso, ser obtida a permiss?da lavra garimpeira; 5 – O usufruto dos ?ios fica condicionado ao interesse da Pol?ca de Defesa Nacional. A instala? de bases, unidades e postos militares e demais interven?s militares, a expans?estrat?ca da malha vi?a, a explora? de alternativas energ?cas de cunho estrat?co e o resguardo das riquezas de cunho estrat?co a crit?o dos ?os competentes (o Minist?o da Defesa, o Conselho de Defesa Nacional) ser?implementados independentemente de consulta a comunidades ind?nas envolvidas e ?unai; 6 – A atua? das For? Armadas da Pol?a Federal na ?a ind?na, no ?ito de suas atribui?s, fica garantida e se dar?ndependentemente de consulta a comunidades ind?nas envolvidas e ?unai; 7 – O usufruto dos ?ios n?impede a instala? pela Uni?Federal de equipamentos p?cos, redes de comunica?, estradas e vias de transporte, al?de constru?s necess?as ?resta? de servi? p?cos pela Uni? especialmente os de sa?e de educa?; 8 – O usufruto dos ?ios na ?a afetada por unidades de conserva? fica restrito ao ingresso, tr?ito e perman?ia, bem como ca? pesca e extrativismo vegetal, tudo nos per?os, temporadas e condi?s estipuladas pela administra? da unidade de conserva?, que ficar?ob a responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conserva? da Biodiversidade; 9 – O Instituto Chico Mendes de Conserva? da Biodiversidade responder?ela administra? da ?a de unidade de conserva?, tamb?afetada pela terra ind?na, com a participa? das comunidades ind?nas da ?a, em car?r apenas opinativo, levando em conta as tradi?s e costumes dos ind?nas, podendo, para tanto, contar com a consultoria da Funai; 10 – O tr?ito de visitantes e pesquisadores n??ios deve ser admitido na ?a afetada ?nidade de conserva? nos hor?os e condi?s estipulados pela administra?; 11 – Deve ser admitido o ingresso, o tr?ito, a perman?ia de n??ios no restante da ?a da terra ind?na, observadas as condi?s estabelecidas pela Funai; 12 – O ingresso, tr?ito e a perman?ia de n??ios n?pode ser objeto de cobran?de quaisquer tarifas ou quantias de qualquer natureza por parte das comunidades ind?nas; 13 – A cobran?de tarifas ou quantias de qualquer natureza tamb?n?poder?ncidir ou ser exigida em troca da utiliza? das estradas, equipamentos p?cos, linhas de transmiss?de energia ou de quaisquer outros equipamentos e instala?s colocadas a servi?do p?co tenham sido exclu?s expressamente da homologa? ou n? 14 – As terras ind?nas n?poder?ser objeto de arrendamento ou de qualquer ato ou neg? jur?co, que restrinja o pleno exerc?o da posse direta pela comunidade jur?ca ou pelos silv?las; 15 – ?vedada, nas terras ind?nas, qualquer pessoa estranha aos grupos tribais ou comunidades ind?nas a pr?ca da ca? pesca ou coleta de frutas, assim como de atividade agropecu?a extrativa; 16 - Os bens do patrim? ind?na, isto ?as terras pertencentes ao dom?o dos grupos e comunidades ind?nas, o usufruto exclusivo das riquezas naturais e das utilidades existentes nas terras ocupadas, observado o disposto no artigo 49, XVI, e 231, par?afo 3º, da Constitui? da Rep?ca, bem como a renda ind?na, gozam de plena isen? tribut?a, n?cabendo a cobran?de quaisquer impostos taxas ou contribui?s sobre uns e outros; 17 – ?vedada a amplia? da terra ind?na j?emarcada; 18 – Os direitos dos ?ios relacionados ?suas terras s?imprescrit?is e estas s?inalien?is e indispon?is.

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13/12/2008
O professor Hermes Rodrigues Nery ?ecret?o Geral da Executiva Nacional do Movimento Brasil Sem Aborto, coordena a Comiss?Diocesana em Defesa da Vida e o Movimento Legisla? e Vida, da Diocese de Taubat?e Vereador eleito (PHS) no Munic?o de S?Bento do Sapuca?SP). Nesta entrevista, afirma os interesses econ?os e pol?cos dos que querem a legaliza? do aborto no Brasil. Como o senhor est?endo o debate sobre a legaliza? do aborto no Brasil? Numa sociedade democr?ca pluralista como a nossa o debate ?empre bem-vindo. Sa?s enriquecidos com o debate, na medida em que conhecemos melhor a situa? e podemos nos posicionar a partir de premissas e crit?os que levem em conta o real interesse p?co e o bem de cada pessoa humana. Nesse sentido, em rela? ?iscuss?sobre o aborto, penso que a quest?decisiva ?aber a quem interessa o aborto, quem financia e quem lucra com a sua legaliza?. Quais s?os interesses que est?por tr? impondo essa agenda de discuss?no atual momento. O Ministro Jos?omes Tempor?afirma que o aborto ?ma quest?de sa?p?ca, pois as mulheres pobres n?t?como recorrer ao aborto seguro, sendo v?mas assim das condi?s prec?as em decorr?ia da clandestinidade. E ent? o que fazer? Esse argumento utilizado para defender a legaliza? ?educionista, eivado de ret?a. A legaliza? do aborto ?ma falsa solu? para os problemas de sa?p?ca, pois n?ir?olucionar as altas filas nos hospitais, a car?ia de leitos e medicamentos, a dificuldade da popula? pobre em marcar consultas, etc. A solu? para a gravidez indesejada proposta pelo Ministro da Sa?n?representa nenhum benef?o para a mulher, pelo contr?o, os especialistas honestos sabem que o aborto acarreta s?as conseq?ias negativas (f?cas e psicol?as), como, por exemplo, a s?rome p?borto, gerando mulheres deprimidas, inclusive com tend?ias ao suic?o. Sendo assim, o aborto ao inv?de resolver um problema, cria outros mais graves. Por isso, a solu? adequada passa pela educa?. Se hoje n?temos vagas nos hospitais, para o atendimento de cirurgias de emerg?ias, pacientes v?mas da viol?ia urbana ou problemas card?os, ser?esmo poss?l atender de forma adequada as mulheres que querem abortar com seguran? Em caso de legaliza?, as mulheres que recorrer?ao aborto continuar?sendo as que t?poder aquisitivo, principalmente as de classe m?a. As mulheres pobres continuar?sem acesso aos atendimentos b?cos de sa?e v?mas da precariedade do sistema de sa? que n?d?onta das demandas existentes. Na realidade, os que querem legalizar o aborto tem outros interesses, nada humanit?os. O discurso sentimentalista ?emag?o e perverso, porque oculta outras inten?s. Ent? que interesses est?em jogo? Interesses especialmente por raz?econ?as, pol?cas e demogr?cas. ?evidente que o anti-natalismo faz parte de uma estrat?a de controle social pelos poderosos do mundo, que visam manter os altos padr?de vida concentrados nas m? de uns poucos bilion?os, marginalizando a maioria em condi?s degradantes de vida, sob todos os aspectos. A press?para a legaliza? do aborto faz parte dessa estrat?a e existe por causa de a?s com origem fora do Brasil, que visam lucrar com a pr?ca do aborto, seja com a venda de tecidos fetais humanos para pesquisadores de empresas biotecnol?as, que desde 2005 (com a aprova? da Lei de Biosseguran? t?grande interesse no mercado de embri?humanos; ou ainda beneficiando os que est?patenteando genes humanos com objetivos inclusive eug?cos. Os titulares das patentes mant?exclusividade na explora? comercial, e a legisla? existente nesta ?a ainda ?uito fr?l, o que favorece a forma? dos monop?s estrangeiros. Na ?a gen?ca, a participa? dos titulares brasileiros nos dep?os totais realizados em nosso Pa?no per?o de 1998 a 2000 foi inferior a 3%. Ganham, portanto, os de fora. Por isso, as Funda?s investem tanto e lucram enormemente.. O senhor poderia precisar melhor que tipos de investimentos s?feitos por estas corpora?s interessadas na legaliza? do aborto? Diversos s?os interesses, como bem apontou o Prof. Humberto Vieira, da Pontif?a Academia para a Vida, seguramente a maior lideran?cat?a em defesa da vida no Brasil. Primeiramente, como j?issemos, os interessados em transplantes de tecidos vivos defendem a legaliza? do aborto para experi?ias cient?cas com seres humanos vivos. Na Inglaterra, por exemplo, j?e aprovou uma lei permitindo experi?ias com seres humanos at? d?mo quarto dia ap? fecunda?. No Congresso dos Estados Unidos h?m projeto de lei que pretende criar um banco de tecidos humanos de fetos abortados. Na R?a a venda de beb?abortados para tratamento de beleza e rejuvenescimento custa at?0 mil d?es. H?amb?os defensores da insemina? artificial que defendem a legaliza? do aborto. Pois, para cada sucesso de uma insemina? fora do ?o v?os embri?s?descartados, portanto, sacrificados. Segundo os cientistas, no est?o atual dos estudos, apenas 5% a 10% dos embri?fertilizados artificialmente s?aproveitados, isto ?t?condi?s de nascer, os demais n?s?bem sucedidos: s?sacrificados e encaminhados para experi?ias em laborat?s. Por outro lado, a legaliza? do aborto viria a resolver o problema da redu? embrion?a, a quest?da sele? de embri? H?amb?os fabricantes de produtos utilizados nos m?dos artificiais de planejamento familiar: contraceptivos e abortivos, que ap? a pol?ca anti-natalista. Laborat?s farmac?icos (p?las injet?is, etc.), fabricantes de DIU, de camisinha, etc. Recentemente a produ? de p?las abortivas, como a RU-486, a p?la do dia seguinte e outros artefatos igualmente abortivos tentam mudar a pr?ca do aborto cir?co substituindo-o pelo aborto qu?co ou mec?co. Esses produtos provocam o aborto sem sofrimento (para a m? e constituem os abortos no sil?io ou abortos piedosos. E ainda h?s fabricantes de cosm?cos e sabonetes que se utilizam de fetos abortados como mat?a-prima para seus produtos, conforme contam Michael Litchfield e Susan Kenatish, no livro Beb?para Queimar – a Ind?ia do Aborto na Inglaterra. Quais s?estas institui?s promotoras do aborto no Brasil? Os organismos que est?trabalhando internacionalmente pela aprova? do aborto s?as funda?s (que planejam e financiam as a?s) e as organiza?s n?governamentais (que as executam) e que promovem tudo isso com enormes somas de dinheiro, como as Funda?s Ford, Rockefeller, MacArthur, a Buffet (entre as funda?s), e a International Planned Parenthood Federation (IPPF, que tem filiais em quase 150 pa?s), a Rede Feminista de Direitos Sexuais e Reprodutivos, as Cat?as pelo Direito de Decidir (que n?s?cat?as, mas usam o nome para confundir principalmente os cat?os), a Sociedade de Bem-Estar Familiar no Brasil (Benfam) e a International Pregnancy Advisory Services (IPAS), entre as ONGs. A filial norte-americana da IPPF, por exemplo, det?uma rede que abarca 20% de todas as cl?cas abortistas dos Estados Unidos. Segundo a fundadora das Cat?as pelo Direito de Decidir, Frances Kissling, a IPPF s?abalhou na propaganda pela legaliza? da pr?ca do aborto nos EUA, mas n?queria entrar diretamente no neg? das cl?cas para n?ser estigmatizadas pelo p?co. Mas, numa longa entrevista tornada p?ca, ela mesma conta que as Funda?s que financiam as atividades da IPPF obrigaram-na a entrar diretamente na estrutura? e ger?ia da pr?a pr?ca do aborto, tornando-se hoje a maior promotora de abortos na Am?ca e no mundo. Veja bem! As Funda?s usam as ONGs para seus fins utilitaristas, da forma mais pragm?ca. O argumento, portanto, dos direitos reprodutivos n?passa de ret?a, que seduz os desinformados (entre eles, os pol?cos), em preju? de muitos, especialmente as mulheres pobres, que s?as mais vitimadas por essa l?a inumana. O senhor poderia nos dar algum exemplo, em termos de valores desses financiamentos, com as respectivas fontes? Tomemos, por exemplo, a Ong Cat?as pelo Direito de Decidir. Essa organiza? ?ma das mais ferrenhas defensoras da legaliza? do aborto, tendo estado presente na audi?ia p?ca da CSSF de 29 de agosto de 2007, em Bras?a. Mais do que a legaliza?, defende o direito ao aborto, atuando para transform?o, num futuro pr?o, em direito humano reconhecido pela ONU. Mais de 99% de seu or?ento para promover a difus?e a legaliza? do aborto n?prov?de brasileiros, mas de doa?s de institui?s estrangeiras. Os relat?s anuais da Funda? Ford, uma das principais financiadoras mundiais pela legaliza? do aborto, mostram que praticamente todos os anos foram feitas doa?s da ordem de diversas centenas de milhares de d?es ?ede central das Cat?as pelo Direito de Decidir, em Washington e ?suas filiais nos pa?s da Am?ca Latina. As doa?s ?egional brasileira nunca s?inferiores a cem mil d?es ao ano. Em 2003, a sucursal brasileira das Cat?as pelo Direito de Decidir recebeu da Funda? Ford, apenas para o trabalho de um ano, sem mencionar o montante recebido de outras funda?s, um total de US$ 430 mil d?es. As Cat?as pelo Direito de Decidir foram fundadas em 1993 no Brasil, gra? ao apoio financeiro da Funda? MacArthur, que durante os anos 90 investiu 36 milh?de d?es na implanta? do aborto no Brasil, n?incluindo outros programas similares que estavam sendo desenvolvidas pela mesma Funda? no M?co, na ?dia e na Nig?a. Uma outra organiza? o CF?EA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria faz o lobby no Congresso Nacional para legaliza? do aborto. Essa organiza? recebe centenas de milhares de d?es dessas funda?s e institui?s da ONU. Que outros exemplos poderia mencionar do financiamento destas corpora?s internacionais para pesquisa e difus?do aborto no Brasil? As funda?s internacionais, como as que mencionamos, h??das tra? as estrat?as e financiam os trabalhos que ser?realizados pelas organiza?s locais, as ?as que ter?alguma visibilidade para um reduzido p?co. Para a grande maioria do povo, nem mesmo estas organiza?s aparecem, apesar de serem contadas em v?as centenas no Brasil e em muitos milhares no estrangeiro, e estarem espalhadas por todo o globo em uma rede estrategicamente coesa, coordenada pelo financiamento das grandes Funda?s. S?ra se ter uma id?, uma ?a pesquisa intitulada Quest?da Anticoncep? e do Aborto: um estudo comparado Brasil e Espanha, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cient?co e Tecnol?o, recebeu um aux?o-bolsa de inicia? cient?ca no valor de R$ 1.529.436,00, em 2004. Conforme reportagem do The New York Times, em 2 de fevereiro de 2007, o or?ento anual das Cat?as pelo Direito de Decidir (apenas da se? norte-americana) ?e tr?milh?de d?es, amplamente financiado por Funda?s bem conhecidas, entre as quais a Funda? Ford. ?muito dinheiro em jogo, e ningu?investe tanta soma de recursos sem retorno.

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13/12/2008
Br?da Rodrigues/e-SIM Encontro em S?Paulo reuniu 75 partidos: a luta de classes de Marx e a antiga Uni?Sovi?ca ainda est?mais do que vivas para os camaradas.SÏ PAULO - Quase 20 anos ap? queda do Muro de Berlim e sem o farol da Uni?Sovi?ca, um velho inimigo do capitalismo planeja sair das tumbas e liderar uma revolu? do proletariado em todo o mundo: o movimento comunista internacional. Embalados pela crise que afetou os mercados mundiais e pela mar?o populismo que vem crescendo consideravelmente na Am?ca Latina, dirigentes de 66 pa?s se reuniram neste final de semana no Novo Hotel Jaragu?em S?Paulo, para tra? as estrat?as que os levar?a dominar o mundo e fazer a reden? da classe trabalhadora. Em plena era da globaliza? e numa quase caricatura do passado – quando organizavam greves e passeatas que chegavam a paralisar pa?s, principalmente na Europa – os comunistas de hoje, alguns deles de cabelo grisalho e cavanhaque ao estilo L?n, cabem numa sala fechada, mas garantem: n?mudaram de lado. Eles sentem saudades da Uni?Sovi?ca, extinta em 1991, e cuja ideologia foi praticamente massacrada pela for?imperialista dos Estados Unidos. E idolatram Cuba, Venezuela e Bol?a, governos de ra?s revolucion?as. O grupo ainda cultua a foice e o martelo – s?olo do proletariado industrial e do campesinato, respectivamente – Karl Marx, autor do Manifesto Comunista, considerado a B?ia do movimento; L? Trotski, l?r da revolu? na Uni?Sovi?ca, junto com L?n; e, claro, a luta de classes, uma denomina? de Marx e Friedrich (outro ide?o do comunismo) que explica o conflito de interesses entre a burguesia e o proletariado. Apesar de o conceito de proletariado ter mudado nos ?mos anos, um dos partidos de esquerda mais representativos da Espanha, o Partido Comunista de los Pueblos de Espa?PCPE), ?adical na defesa da bandeira hist?a. A sigla defende manifesta?s mundiais em duas datas: o 1º de maio (dia do trabalho) e 7 de novembro (in?o da Revolu? Russa). Far?os uma reflex?sobre os homens que levaram ?issolvi? de um governo que serviu ?lasse trabalhadora, declarou o secret?o do partido, Quim Boix Lluch. Outro ?o do regime sovi?co, Gustavo Iturralde, do Partido Comunista do Equador, lembrou que a tese do fim da hist? – lan?a pelo cientista pol?co Francis Fukuyama para explicar o triunfo do capitalismo, ainda que tardia –, foi uma balela. A foice e o martelo permanecem como for?da classe oper?a. O fim da Uni?Sovi?ca foi um rev? que nunca acreditamos que seria definitivo, pregou o dirigente. Hoje a hist? nos d?az?e cabe a n?esgatar a chama do comunismo, conclamou Iturralde, cujo partido n?possui cadeira no parlamento espanhol. O representante do Partido Comunista da Bol?a, Marcos Domich, acrescentou: n?se considera mais a religi?o ? do povo. Todavia, a heran?marxista-leninista ?terna. A luta de classes, defendida por Marx e L?n, ? centro de nossa concep? pol?ca. Vamos at? fim com ela, declarou Domich. Musa da esquerda brasileira, a deputada federal Manuela Dvila (PCdoB-RS), ressaltou: o capitalismo mostrou a que veio. Na hora da crise, quem paga a conta s?trabalhadores, declarou a deputada ao enaltecer o modelo socialista para o mundo. ?ica voz – Outros dois partidos europeus de muita for?pol?ca at?s anos 90, o Partido Comunista Franc?(PCF) e o Partido dos Comunistas Italianos (PCI), amargam o ostracismo pol?co. Agora, o PC franc? que teve o escritor Jean Paul Sartre (1905-1980) como simpatizante, aposta no agravamento da crise mundial para que o trabalhador europeu volte a apoiar os comunistas. O comunismo ? ?a voz do trabalhador assalariado, sentenciou o representante do partido no Brasil, Jean-Pierre Penau. O representante italiano, Andrea Genovali, reconheceu que a luta de classes, do ponto de vista hist?o, ficou embara?a. No caso da It?a, segundo Genovali, o primeiro-ministro Silvio Berlusconi, de direita, isolou a esquerda e, com isso, a for?pol?ca que os camaradas representavam no passado desapareceu. Antes da luta de classes, h?ma guerra pela hegemonia da direita, que se d?a pol?ca e na cultura, que precisamos combater, declarou Genovali. http://www.dcomercio.com.br/Materia.aspx?canal=38&materia=5304

Reinaldo Azevedo - do blog do autor

12/12/2008
1 - UMA ?DIA E UMA MESTI? HUMILHAM OITO MINISTROS DO STF COM O SEU BOM SENSO A nossa Corte Suprema se reuniu anteontem n?para responder ?demandas reais de homens e mulheres reais, mas para mandar um recado amistoso a “tribunais” estrangeiros que ignoram a realidade brasileira e ainda imaginam o pa?como o rinc?perdido, onde povos primitivos teriam direito a seu ?n. ?isto: os nossos ministros, com mais (Menezes Direito) ou menos (Joaquim Barbosa) exig?ias, cederam ?ress?desses organismos e de uma mir?e de ONGs que atuam no pa? S? Amaz?, acreditem, h?00 mil delas. N?errei, n? 100 mil mesmo! Padre Vieira puxaria a orelha de cada um daqueles senhores togados: eles decidiram, mas os riscos s?das almas alheias. Em vez do mundo ed?co, a amea?da mis?a e da fome. Como se l?o post abaixo, os ?ios — que, at? dia da vota?, dan?am e cantavam em trajes t?cos (sim, tiraram suas cal? jeans e seus shorts Adidas para vestir uns badulaques muito vendidos pelo com?io popular no Carnaval) — agora hostilizam jornalistas. Tudo, ?vidente, sob a ger?ia da pressurosa Funai. Algumas d?das de milit?ia mais um tal laudo antropol?o assinado por uma ?a “especialista” conseguiram levar o confronto onde havia, vejam voc? entendimento. E a ordem jur?ca brasileira se verga ao peso dessa milit?ia. A conseq?ia: homem e mulheres ser?jogados no desemprego. O Jornal Nacional levou ao ar ontem uma ?a reportagem de Cristina Serra (clique aqui para assistir). Cristina falou com Audet, descendente de ?ios e brancos. Ela ??de cinco filhos. O marido, o pai e o irm?trabalham nas fazendas do l?r dos arrozeiros, Paulo Cesar Quartieiro. Apreensiva, diz: “Vai ficar todo mundo desempregado. ?o que vai acontecer”. Cristina falou tamb?com uma ?ia macuxi. Leiam trecho da reportagem: “A ?ia macuxi Eunice, que tem sete filhos e o oitavo a caminho, acha que todos os que j?ivem na reserva deveriam permanecer. ‘Branco, ?io, negro, todo mundo. Melhor assim, do que o jeito que est?Sem brigas, sem nada’, revela a ?ia.” Audet, mesti? e Eunice, ?ia, s?evid?ias de que est?m curso na regi?o que acontece em todo o Brasil: somos um pa?mesti? Mas n?para as ONGs estrangeiras que financiam o CIR (Conselho Ind?na de Roraima); n?para os padres do CIMI (Conselho Indigenista Mission?o); n?para o ministro Ayres Britto, que relatou um voto da mais pura e delirante poesia indianista; n?para os sete ministros que o seguiram (apesar das restri?s de Menezes Direito). Os ?ios daquela regi?de Roraima, vejam que coisa!, ?iferen?de muitos outros espalhados pelo Brasil, n?conhecem a mis?a, a pobreza extrema. E isso foi garantido pela chegada do trabalho assalariado — e n??e hoje. A presen?do “branco” ali data do s?lo 19. Os arrozeiros est?h?ais de 30, em terras compradas do Incra. Recolhem religiosamente seus impostos a um estado que, agora, os trata como invasores e usurpadores. Expulsos os fazendeiros, no dia seguinte, haver?uitas centenas de homens desempregados: ?ios, mesti?, n??ios. Como n?s?mais “?ios” na sua acep? plena — isto ?n?vivem da ca? da pesca, da coleta e de uma pequena lavoura de mandioca —, ter?de buscar o seus sustento de algum modo. O estado brasileiro, por meio do Executivo, da Funai e, agora, do STF, os est?mpurrando para a marginalidade. Reitero: Raposa Serra do Sol corresponde a 11 cidades de S?Paulo para estimados 19 mil ?ios — h?uem diga que o n?o ?uito inferior. Era e ?erfeitamente poss?l conciliar as chamadas terras cont?as com a presen?dos fazendeiros, que ocupam uma das margens da reserva: apenas 0,7% da ?a total. Mas isso n?atenderia aos anseios das ONGs e de entidades internacionais que gostam de pensar na id? de um para? perdido, onde vive aquela gente pura... O ministro Menezes Direito pode ficar tranq?: nenhuma de suas 18 exig?ias ser?umprida. E a raz??imples: a maioria delas j?st?m algum c?o legal. E n?tem serventia nenhuma. S?as s?Audet e Eunice. Talvez as ministras Ellen Gracie e Carmen L? devessem arrastar por a?e cinco a sete bacuris para entender por que aquelas m? est?t?preocupadas. Talvez os seis vetustos senhores que, quem sabe?, estejam se imaginando como verdadeiros Tarzans salvando os homens primitivos devessem se perguntar do que vai viver aquela gente — ?ios, mesti? e n??ios —, j?ncorporada ?conomia capitalista e ao trabalho remunerado, com o qual alimentam bocas. E que se note: um dia depois da decis? a Funai j?e colocava como guarda pretoriana da Raposa Serra do Sol. Entendo. Os ?ios dali cometem um grave pecado. Eles est?longe daquela vida miser?l que leva a maioria de todos os outros ?ios tutelados pelo ?o. Por Reinaldo Azevedo | 06:27 | coment?os (39) A hora das raposas 2 - Pr?TF, eles dan?am e davam entrevistas; agora, usam a PF contra descontentes Por Rold?Arruda, no Estad? Os ?ios j?ome?am a mudar seu comportamento na ?a da Terra Ind?na Raposa Serra do Sol. Na quarta-feira, eles dan?am e deram muitas entrevistas aos jornalistas que foram at?oraima para acompanh?os durante o julgamento, no STF, da demarca? daquele territ?. Ontem, por? n?quiseram falar e chegaram a utilizar a Pol?a Federal para afastar os jornalistas da Vila Surumu, onde ficaram tr?dias concentrados por causa do julgamento. No in?o a tarde, quando a reportagem do Estado visitou a vila, como havia feito no dia anterior, foi recebida por um representante da Funda? Nacional do ?dio (Funai) que avisou logo: os l?res ind?nas estavam descontentes com a cobertura dada pela m?a ao julgamento no STF e n?pretendiam falar. O rep?r insistiu para conversar com o l?r do grupo. Minutos depois ele apareceu e disse que ningu?iria falar, porque tudo j?avia sido dito e os ?ios j?stavam de partida para outros locais. Quando o rep?r j?a? foi chamado por uma moradora, que ?ontr?a ?emarca?, com quem come? a falar. A conversa n?durou nem dois minutos: a mando do representante da Funai, um grupo de cinco policiais federais cercou o rep?r, dizendo que deveria deixar a ?a imediatamente. A reportagem do Estado n?foi a ?a a ter a entrada vetada. Um pouco antes, uma equipe da TV Record tamb?foi impedida de entrar. Para grupos cr?cos ?emarca?, essa atitude ?m pren?o do controle que os ?ios pretendem estabelecer na ?a da reserva - o que pode causar transtornos, uma vez que boa parte dos habitantes da regi?mant?rela?s com ind?nas que vivem na ?a demarcada. Assinante l?ais aqui Por Reinaldo Azevedo | 06:15 | coment?os (4) A hora das raposas 3 - PF suspeita de minera? ilegal na Raposa Serra do Sol. E a?STF? Na Folha. Comento depois: A Pol?a Federal em Roraima investiga den?as de que ?ios e n??ios estejam explorando ilegalmente os recursos minerais da terra ind?na Raposa/ Serra do Sol. A Funai (Funda? Nacional do ?dio) confirmou que, apesar de isoladas e de terem diminu? desde 2005, quando houve a homologa? da reserva, as tentativas para retirar minerais continuam. Tr?a?s da PF nos ?mos 30 dias aumentaram as suspeitas sobre a atividade mineradora ilegal. H?erca de 20 dias, dois cidad? norte-americanos foram detidos portando equipamentos para pesquisa mineral. Eles alegaram ser mission?os religiosos e foram liberados. As outras duas a?s apuravam den?as contra ind?nas. Em uma delas, a PF deteve um homem carregando combust?l que seria usado por balsas de garimpos, o que n?se confirmou. Em outra, a pol?a foi at?m local suspeito de ter m?inas para garimpar, mas n?encontrou nada. Pela Constitui?, esse tipo de explora? s?de ser autorizado pelo Congresso. Comento Voc?se lembram do que escrevi no dia da vota?? A?st?Plantar arroz em 0,7% da ?a, empregando centenas de pessoas e n?poluindo o ambiente, bem, isso n?pode. Aqueles valentes rejeitam a presen?de brasileiros n??ios na regi? J? minera? ilegal, feita por silv?las e n?silv?las (mas estrangeiros), ah, isso n?tem problema. Quem vai expulsar os, como ?esmo?, “mission?os” de l?Ou quem vai meter em cana um ?io que promova a atividade? Ningu? Por isso classifiquei de corretas e in?s as 18 exig?ias do ministro Menezes Direito — ali? algumas delas s?at?at?a constitucional. E, n?obstante, nem esta ?plicada. ?impressionante! A milit?ia ongueira, quase sempre financiada por dinheiro estrangeiro, vai conseguir transformar numa ?a conflagrada uma regi?que, dada a realidade nos rinc?do Brasil, conseguia viver em paz. Por Reinaldo Azevedo | 05:59 | coment?os (3) A hora das raposas 4 - Arrozeiros continuam a fazer a coisa certa: plantar comida Por Silvia Freire e Jo?Carlos Magalh?, na Folha: Um dia ap?inistros do STF (Supremo Tribunal Federal) terem votado a favor da retirada dos produtores de arroz da reserva ind?na Raposa/ Serra do Sol, em Roraima, os fazendeiros afirmaram que v?continuar plantando. A Folha falou ontem com quatro dos sete rizicultores que dever?deixar a terra ind?na se a vota? for mantida. Todos disseram que continuar?a produzir enquanto puderem. O arroz plantado agora poder?er colhido a partir de abril. Eu vou plantar. Tenho funcion?o que trabalha comigo h?ez anos. Vou fazer o qu? Mandar todos embora? E a fam?a desse povo faz o qu? disse o ga? Ivo Barili, que est?m Roraima h?8 anos. Ele disse empregar atualmente cerca de 40 pessoas. Anteontem, 8 dos 11 ministros votaram pela manuten? da demarca? cont?a da terra ind?na com ressalvas. O julgamento foi suspenso com o pedido de vista do ministro Marco Aur?o Mello e deve ser conclu? no in?o de 2009. A rea? dos produtores ?ota? no STF ?e revolta e de indigna?. Alguns t?esperan?de que os ministros mudem seus votos quando o julgamento for retomado. Vamos pensar no que fazer, mas, a princ?o, n?vamos sair. S?ui em Roraima que n?se tem direito ?ropriedade, pois foi o Incra que vendeu esta ?a. Voc?iu algu?mencionar isso ontem [anteontem, no julgamento]?, questionou Ivalcir Centenaro, que est?m Roraima h?8 anos. Pagamos impostos todos os anos e agora somos chamados de invasores. O paranaense Nelson Itikawa, que preside a associa? dos arrozeiros e tamb?est??ais de 28 anos no Estado, disse esperar mudan?nos votos. O ministro Marco Aur?o vai aprofundar [o estudo do caso] e deve expor a realidade do Estado. Os ministros que j?otaram podem modificar seus votos. Nada ?mposs?l. O ga? Paulo C?r Quartiero, que est?m Roraima h?2 anos, disse que est?erminando o plantio na pr?a semana. Estamos plantando e vamos colher. At?aio, temos 500 mil sacos para retirar.

Élio Gaspari - O Globo

12/12/2008
S?Pol?a Federal poder?izer de onde vieram e para onde iriam os 361 mil euros (R$1,1 milh? escondidos nas meias, na cueca e na pasta de Enivaldo Quadrado. Logo ele, r?no processo do mensal?por trafic?ias de lavagem do dinheiro destinado a parlamentares de base de apoio de Nosso Guia. Quadrado ?m homem audacioso. Sendo r?de um processo no Supremo Tribunal Federal, julgou-se acima de qualquer suspeita. Apesar disso, deve-se admitir que tinha todo o direito de arriscar a sorte. O ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ??num processo de quebra do sigilo de um cidad?e foi honrado pela base de apoio com a presid?ia da Comiss?Especial da Reforma Tribut?a. Jo?Paulo Cunha, um dos 40 r? do mensal? foi agraciado com a relatoria da medida provis? 443, a do pacotinho anticrise. Recebeu tamb?a relatoria do projeto de reforma pol?ca. Nunca ?emais lembrar que um contub?io tucano-petista sonha com o fim do voto nominal nos candidatos a deputado, estabelecendo um sistema de listas partid?as, organizadas de acordo com a prefer?ia das caciquias. N?se sabe se Jo?Paulo Cunha ainda assina documentos com a caneta Mont Blanc que recebeu do poderoso Marcos Val?o, ou se continua pedindo ?ulher que cuide de alguns de seus saques banc?os. Jos?obre Guimar?, o deputado estadual cearense cujo assessor carregava US$100 mil na cueca, foi exonerado de qualquer suspeita pelos seus pares da Assembl? Legislativa. Safou-se com o benepl?to de uma parte da bancada tucana. Os mensaleiros petistas movem-se com a mais absoluta naturalidade. Pudera, o PSDB manteve na sua presid?ia por quase um ano o senador Eduardo Azeredo, patrono do mensal?mineiro. At?em pouco tempo estava na pauta de vota?s da C?ra dos Deputados um gracioso projeto de emenda constitucional. Em tese, ele acaba com todos os foros privilegiados, remetendo os processos que ora tramitam no Supremo Tribunal Federal ao ju? de primeira inst?ia, com seus novos prazos e velhos ritos. primeira vista, uma flor de igualitarismo. segunda vista, refrig?o para os denunciados dos mensal? Os processos, que podem demorar ainda um par de anos no Supremo, seriam devolvidos para uma tramita? que, no m?mo, consumiria mais uma d?da. Os costumes mensaleiros est?vivos e v?bem, obrigado. No fundo, Del? Soares foi um operador tosco. Entregue aos experimentados profissionais de todas as campanhas, as coisas voltaram aos trilhos. A m?ina petista continua voraz, mas ficou chique, parecida com a tucana. Ela elegeu o comiss?o Luiz Marinho para a prefeitura de S?Bernardo com um ervan?o que resultou no gasto global de R$47 por voto recebido. At??ada demais, mesmo sabendo-se que o companheiro Obama pagou menos da metade disso. Puxando-se mais um fio da meia, a rep?r Renata Lo Prete informa que um dos principais doadores para a campanha do comiss?o foi a empresa Quattor, que tem 40% de seu capital nas m? da Petrobras. ?pouco? O presidente da Petrobras, doutor (baiano) S?io Gabrielli estrelou um dos poderosos jantares de arrecada? para o candidato.

Percival Puggina

12/12/2008
?f?l identificar os princ?os aplic?is a uma determinada realidade depois que trombamos com eles no muro dos fatos. Muito mais valioso e s?o ?iscernir o princ?o na aus?ia do pr?o fato, iluminado apenas pela luz da raz? Exemplifico: foi f?l explicar o fracasso das economias comunistas em 1989, mas foi s?o o Papa Le?XIII, na enc?ica Rerum Novarum, em 1891. Ali, ao tecer considera?s sobre o comunismo (que s? iria estabelecer como sistema ap? Revolu? Russa, um quarto de s?lo mais tarde), afirmou que suas “funestas conseq?ias” se situavam “al?da injusti?do sistema”, impondo “odiosa e insuport?l servid? e que “o talento e a habilidade, privados de seus est?los” produziriam, “em lugar da igualdade t?sonhada, a igualdade na nudez, na indig?ia e na mis?a”. Isto ?er prof?co. Continuou sendo assim, prof?co, nas d?das subseq?es, o ensino dos pont?ces cat?os atrav?das enc?icas sociais, agora consolidadas no Comp?io de Doutrina Social da Igreja. A Doutrina foi acendendo luzes sobre a marcha da humanidade ao longo do s?lo 20 e muitos dos princ?os por ela enunciados acabaram codificados pelos povos democr?cos. Outros, lamentavelmente, n?o foram. E coube ao muro da realidade revelar seu conte?prof?co. Houvessem os povos e seus governantes prestado aten?... Houvessem os povos e seus governantes prestado aten?, a atual crise do mercado financeiro e da economia mundial n?teria eclodido porque pelo menos tr?princ?os, exaustivamente enunciados, foram desconsiderados e se contam entre as causas estruturais do que est?m curso: o princ?o da liberdade (aplic?l ?iberdade do mercado), o princ?o da subsidiariedade (aplic?l ?? do Estado) e o princ?o do bem comum (aplic?l ?ol?ca e ?conomia). Agora ficou fac?mo compreender. Enuncia a s?outrina: “os agentes econ?os devem ser efetivamente livres para confrontar, avaliar e escolher entre as v?as op?s, todavia a liberdade, no ?ito econ?o, deve ser regulada por um apropriado quadro jur?co, para coloc?a a servi?da liberdade humana integral, pois a liberdade econ?a ?penas um elemento da liberdade humana”. Ao considerar a liberdade (inclusive a do mercado) como um fim em si mesmo, cai-se na desordem moral e no caos social. Diz a s?outrina que o Estado, ao intervir, deve faz?o subsidiariamente, de vez que “objeto natural de toda e qualquer interven? consiste em ajudar de maneira supletiva os membros do corpo social, sem os destruir ou absorver”. “?necess?o que mercado e Estado ajam de concerto um com o outro e se tornem complementares. O livre mercado pode produzir efeitos ben?cos para a coletividade somente em presen?de uma organiza? do Estado” e n?pode produzir tais efeitos “num vazio institucional, jur?co e pol?co” que defina e oriente a dire? do desenvolvimento econ?o. ?o que o G20 apontou como necess?o – institui?s nacionais e internacionais que exer? papel de vigil?ia em rela? ao mercado mundial. Por fim, a s?outrina diz que, sendo o Bem Comum “a raz?de ser da autoridade pol?ca”, cabe-lhe intervir quando “o mercado, apoiando-se nos pr?os mecanismos, n??apaz de garantir uma distribui? eq?tiva de bens e servi? essenciais ao crescimento humano dos cidad?”, pois a “complementaridade entre Estado e mercado ?obremaneira necess?a”. Foi o desrespeito a esses princ?os, a que se pode chegar pela raz? que levou o mundo ?tual crise. Da mesma forma como arrasta a vaca para o brejo quem tenta regular a economia segundo padr?que contrariam quanto nela h?e regra certa e conhecimento provado, assim tamb?leva no traseiro um pontap?os fatos quem despreza a import?ia cautelar da pol?ca para promover e assegurar o bem comum. Revista Voto Edi? de dezembro de 2008