Percival Puggina

07/08/2010
DILMA NO DEBATE DA BAND Quem não assistiu o debate deve assistir este video: http://www.youtube.com/watch?v=cTlkplDYaiM&feature=player_embedded

Percival Puggina

07/08/2010
Não é de meu hábito travar por falta de palavras. Mas quando tento identificar o que tenha feito Lula ungir Dilma Rousseff como sua sucessora, entro em dispnéia vocabular. Fico que nem ela perante o mais trivial dos conceitos. Não sei o que levou o presidente a tal desatino. Se lhe foi dado escolher, por que escolheu assim? Convenhamos, a candidata do presidente não consegue (ou não está conseguindo) articular uma frase inteligível sequer. Suas apresentações são incompatíveis com a imagem de mãe do PAC, dama de ferro do governo, gestora que permitiu a Lula ser o que sempre desejou ser desde seu primeiro orgasmo populista com um megafone nos idos de São Bernardo dos Campos. Quando, no debate da Band, ela teve que enfrentar uma questão sobre a falência da infraestrutura nacional depois de oito anos de governo Lula, a mãe do PAC esteve muito mais para madrasta. Dessas de histórias infantis. A verdadeira mãe do PAC, se existir, deve andar por aí, chorando em silêncio. Interrogada sobre a situação das Apaes, a candidata de Lula foi incapaz de acolherar três palavras que se relacionassem com o tema, demonstrando total desconhecimento a respeito dessas meritórias instituições. O processo sucessório em curso não visa a escolher a reitora de um convento de monjas cartuxas, onde não se deve falar. Nem de um Clube de Xadrez, onde mero Bah! arranca eloquentes sinais de reprovação. Ninguém melhor do que Lula sabe a importância da comunicação para o exercício do poder político numa sociedade de massa. No entanto, escolheu para sucedê-lo uma candidata que se dá melhor quando não fala e tem seus melhores momentos totalmente muda, sob os respingos da popularidade do chefe. Vem, então, a pergunta: teria ela sido escolhida por Lula numa atitude do tipo tudo posso e, portanto, posso até fazer uma coisa dessas? Se os delírios messiânicos o levaram a tanto, a conta lhe haverá de cair na caixa de correspondência. Esteja ele onde estiver. Dilma somente demonstrou segurança quando afirmou que nós criamos 14 milhões de empregos. E errou. Errou sob silêncio dos demais candidatos, que não lhe perguntaram: criaram como? Criaram com quê? Governos somente criam empregos no serviço público (vitalícios) e em obras e serviços (temporários) que lhe são prestados. E basta! No mais, quem gera postos de trabalho é a iniciativa privada. Mas o governo não cria condições para a atividade privada?, indagará meu leitor petista ou lulista. Respondo: nesse particular, o que existem são sistemas que favorecem a atividade empresarial, porque favorecem a estabilidade da moeda, proporcionam segurança jurídica e respeitam o direito de propriedade, o livre mercado, os contratos e assim por diante. E não me parece que estejamos mais do que engatinhando nessa direção, entre mamadas nas tetas do governo, papinha socialista servida desde as creches até o topo do mundo acadêmico, e longas sestas tiradas em berço esplêndido. Como Lula nada fez para corrigir essas realidades (ao contrário, ampliou as tetas, as papinhas e as sestas), tudo que hoje se colhe foi plantado antes dele. E contra sua esforçada militância, como se sabe. Reconheça-se que a mídia eletrônica - rádio e tv -, por força de lei, não pode expressar opinião política mais contundente durante as campanhas eleitorais. Mas é escandalosa a omissão da mídia impressa. Nossos jornais, em vez de opinar sobre o que viram e sobre o que veem, ao término de um debate como o da Band, limitam-se a registrar o que cada lado disse de si mesmo e do opositor. Isso lá é opinião? Isso é suficientemente analítico? Serve à verdade? Serve ao país? Ao fim e ao cabo, diante do que vejo, acabarei concordando com a presunção do Lula. E com os fundamentos de sua opinião sobre o eleitorado nacional. ______________ * Percival Puggina (65) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezena de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo e de Cuba, a tragédia da utopia.

Percival Puggina

01/08/2010
Tenho me lembrado muito de Peter Sellers. O inglês era perito em simular a dissimulação. Nas suas trapalhadas, tipo derrubar uma pilha de pratos ou entornar um aquário no decote de honorável e corpulenta madame, assumia um olhar de quem acaba de chegar, abduzido, sem a menor ideia sobre o que seja prato, aquário ou decote. É o que tenho observado por aqui. De repente, ninguém tem coisa alguma a ver com as FARC. Hum? FARC? Que FARC? A gente tenta explicar: as FARC são a principal fornecedora de cocaína para o crime organizado no Brasil. Uma gente finíssima, da Colômbia, que vive do tráfico de armas e drogas. Que mantém centenas de sequestrados, anos a fio, em campos de concentração. É aquele pessoal que o governo brasileiro se recusa a declarar terrorista, alegando resguardar-se para futuro papel mediador, e que certos companheiros gostam de erguer à condição de força insurgente... E dê-lhe cocaína pro Brasil. Mas nenhum sinal de reconhecimento. Olhar de Peter Sellers. Eles odeiam Álvaro Uribe, dizem que terrorista é o presidente colombiano, mas FARC, não, não. Que FARC? Um desses insurgentes foi vedete do 1º Fórum Social Mundial. Faltou lugar no Teatro do IPE para ouvi-lo sobre resistência armada. Note leitor: a Colômbia é um país democrático, com eleição cada quatro anos. Os comunistas de lá bem poderiam buscar o poder no voto. Mas aprenderam, com Cuba, que abrir passagem à bala dá poder por meio século. Olha o Fidel! Assumiu estalando de novo e quando saiu parecia maracujá de gaveta. Enfim, os colombianos iam e vinham. Davam entrevistas. Usavam codinome. Javier Cifuentes, Julián Romero, Oliverio Medina. Eram vistos em encontros do MST. De tanto circularem por aqui, os rapazes conheciam pelo nome os garçons das boates, elogiavam nossas picanhas e se queixavam do frio. Mas se perguntarmos por eles, se apontarmos os peixinhos no decote da madame, surge aquele olhar de quem simplesmente não sabe o que seja peixinho nem decote. Concluo que vinham por conta e por nada, apreciar o pôr de sol e tomar chope nas bocas da Lima e Silva. Falavam com ninguém, ultrapassavam nenhuma soleira e .... voltavam pro mato. *** Na mais recente demonstração de seu totalitarismo, o regime dos irmãos Castro anunciou que libertará meia centena de presos políticos. Ora, companheiros! Se podia soltar, por que prendeu? Se devia prender, por que soltar? E aí, peço que me expliquem: como apóiam um regime desses? O quê? Olhar de Peter Sellers. Sempre reprovamos as práticas do regime cubano! Em vão você lembrará que uma viagem a Cuba, com Lula ou sem Lula, era prêmio disputado. Que com recomendação partidária, os militantes iam estudar medicina no Caribe. Que o regime podia matar sem constrangimento quantos negritos quisesse, porque era sempre com absoluta razão que o fazia. Mercedez Soza desistiu. Até Saramago desistiu. Mas a turma continua fiel. Ainda agora, quando o mártir Orlando Zapata morreu de fome, lá estava Lula, em Havana, tirando retrato abraçado com Fidel. Coube, então, ao nosso presidente, diante daquele desastre moral, fazer olhar de Peter Sellers e explicar seu silêncio alegando que a autonomia das nações merece respeito. Donde deduzi que, para os companheiros, Honduras não é uma nação. Peter Sellers, ao menos, era muito engraçado. ZERO HORA, 01/08/2010

Percival Puggina

30/07/2010
Na CNBB, quando um bispo assume posições muito definidas, os outros não gostam de apresentar opiniões divergentes. (D. Cristiano Krapf, bispo de Jequié em seu blog). Era bem antiga a minha curiosidade sobre como os grupos radicais da CNBB conseguiam dar trânsito às suas estapafúrdias propostas e fazer com que elas venham a público sob as bênçãos da entidade, para serem acolhidas como se representassem a posição da Igreja. Essa curiosidade ressurgiu quando eu soube que a CNBB acolhera e dera curso à Campanha Nacional pelo Limite da Propriedade da Terra. Como uma coisa dessas passa pelo plenário? Eu sabia que, para vários efeitos, havia uma diferença entre os documentos de capa verde da CNBB (estudos para discussão) e os de capa azul (oficializados pela instituição). Mas quantas pessoas no país são capazes de fazer essa distinção? Pois foi com esse devastador argumento, o de que a proposição do plebiscito sairá com capa verde e não com capa azul, que os bispos proponentes da campanha conseguiram a concordância dos colegas. O leitor não acredita? Vá, então, ao blog de D. Cristiano (www.domcristiano.com.br) e leia o artigo Um plebiscito para dividir fazendas?. Ali, o bispo de Jequié acende a luz do plenário e mostra (viva a Internet!) que o processo usado pela ala canhota da CNBB para fazer o que lhe dá na veneta é o mesmo dos mal-educados que chegam tarde e querem assistir o show na primeira fila. Metem uma perna por baixo, um ombro por cima e se posicionam onde querem contando com a inerte tolerância dos demais (quando um bispo assume posições muito definidas, os outros não gostam de apresentar opiniões diferentes). Quanta falta de firmeza, eminências! É assim, então, que irá às ruas, com o selo da CNBB, o dito plebiscito que visa a colher apoio popular para fixar em 35 módulos rurais a máxima extensão legal das propriedades de terra no país. A campanha em si é como frango refrigerado, não tem pé nem cabeça. Só serve para que os revolucionários se sintam fazendo revolução. Seu único produto é a aporrinhação ideológica, tão ao gosto da Teologia da Libertação, para a qual a pobreza será superada mediante a total destruição da riqueza. É uma iniciativa que segue a constrangedora tradição do anterior plebiscito pelo calote da dívida externa, prestidigitação sacada da mitra de alguns prelados, no ano 2000, como um achado de cartola de mágico. Você lembra, não é, leitor? Não se deve pagar a dívida com o sangue do povo!. Todos riam na foto que registrou o momento solene em que alguns bispos entregaram ao presidente Fernando Henrique o resultado do tal plebiscito. As grandes bobagens são assim, provocam grandes risadas. A CNBB endossava o discurso dos petistas que hoje riem, orgulhosos e faceiros por estarem pagando direitinho e antecipadamente. Há quem goste de fazer esse tipo de papel. Agora, a CNBB entra na linha do PNDH-3 e o artigo de D. Cristiano dá o serviço sobre como se passaram as coisas na reunião dos bispos em Brasília. O esclarecimento ganha relevo porque contém o relato da infrutífera resistência do autor ao trânsito da matéria pelo plenário: a proposta, assumida por pastorais, foi apresentada por uma comissão nomeada pela presidência e foi endossada pela maioria em virtude daquela tolerância que os moderados têm perante a intolerância dos imoderados. De nada valeu, bem se vê, a eloquente e firme exortação feita por Bento XVI aos bispos brasileiros do Sul III e IV em fins de dezembro do ano passado quando os advertiu para ?o perigo que comporta a assunção acrítica, feita por alguns teólogos, de teses e metodologias provenientes do marxismo, cujas sequelas mais ou menos visíveis, feitas de rebelião, divisão, dissenso, ofensa e anarquia fazem-se sentir ainda, criando, nas vossas comunidades diocesanas, grande sofrimento e grave perda de forças vivas?. Tudo indica que o discurso do Papa entrou por um ouvido e saiu pelo outro. É surpreendente essa inclinação da CNBB para a autofagia pastoral, ora se associando a iniciativas e teses tresloucadas, ora sapecando sua sigla e marca em tolices como as que povoam os Documentos-Base das últimas Campanhas da Fraternidade. É tão lamentável quanto verdadeiro: qualquer empresa privada é mais zelosa com sua imagem e com o que é feito em seu nome do que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. _____________________ * Percival Puggina (65) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezena de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo e de Cuba, a tragédia da utopia. Este artigo foi publicado originalmente no Diário do Comércio/SP, em 27/07/2010

AUTOR DESCONHECIDO

28/07/2010
Recebi e divulgo porque faz muito sentido. ACABEMOS COM A APAGÃO BIOGRÁFICO DA DILMA ? Em meio a tantos e-mails contra a Dilma parece justo contribuir para o equilíbrio do debate favorecendo o conhecimento da real contribuição da candidata para a história do Brasil. Assim, quem souber ou conhecer alguém que saiba, por favor nos envie registro documental (foto ou vídeo) em que ela apareça: ? Defendendo a democracia (tem que existir, por exemplo, uma foto da Dilma nas Diretas Já). ? Participando de uma passeata pela Anistia Ampla, Geral e Irrestrita. ? Integrando algum evento pela Constituinte Livre e Soberana. ? Apoiando o Impeachment do Collor. ? Evidenciando indignação com o Mensalão ou com o caso do dinheiro nas cuecas, nas malas, nas meias, etc. ? Envolvida com algum trabalho social de que ela já tenha participado (afinal, ninguém chega aos 60 anos sem ter feito parte de alguma ação social) Ou, ainda, foto ou vídeo em que ela se mostre autentica e naturalmente simpática (deve haver!!!); Não podemos ter uma presidente sobre a qual nada sabemos, a não ser pela boca de Lula. Chega de boatos, de disse-me-disse. Queremos fotos! Notícias de jornal! Documentos históricos! Repassem e ajudem a acabar com o Apagão Biográfico da Dilma.

Percival Puggina

24/07/2010
Na última quarta-feira, participando de um programa de debates na Rádio Bandeirantes aqui em Porto Alegre, saí em defesa de Índio Costa quando veio à baila o que ele havia dito a respeito das relações entre o PT e as FARC/PCC. Minha posição causou alvoroço no estúdio porque, a todos, aquelas afirmações pareceram fora de contexto e prejudiciais à candidatura de José Serra. Quando passei a relatar as tantas evidências em que se fundamentara o candidato a vice-presidente na coligação PSDB/DEM, percebi que os demais participantes do programa tinham na lembrança os fatos que mencionei. Mas todos haviam ficado negativamente surpresos quando o assunto foi tratado publicamente por um candidato à vice-presidência. É muito estranho isso. Na política brasileira, o único partido que pode atacar seus adversários é o PT. Aos petistas é dado o direito de investir contra a honra e infernizar por mil modos a vida daqueles a quem se opõem. No contra-fluxo, todo revide é apontado conduta inadequada, deselegância e causa enfado. Isso vai prejudicar a campanha do Serra, alertam alguns, desatentos para o fato de que a campanha do Serra está prejudicada por muitos outros motivos, entre os quais a máquina publicitária do governo e o coronelismo oficializado, que troca comida por voto. Ou haverá alguém, no Brasil, que argumente de modo consistente contra essa afirmação? O que de fato surpreende no que disse Índio Costa é a constatação de que algo conhecido, sabido e consabido, possa causar espanto quando na boca de um candidato a vice-presidente. No país da mentira, da enrolation, da mistificação assumida como prática de Estado, isso dá causa a muxoxos e narizes torcidos. Você já percebeu, leitor, que o nome do candidato virou motivo de gozação, servindo à mais vulgar ironia? Prestando-se para coisas assim, inteligentes e criativas, como menções a Funai, tanga, apito e cara pintada? Mas isso pode, porque na origem do desrespeito estão aqueles de quem tudo se tolera. Tolera-se que Lula desatenda candente apelo da Colômbia, feito pessoalmente pelo presidente Uribe, em 2003, no sentido de que o Brasil declarasse as FARC como organização terrorista (coisa que elas são). Aceita-se que Lula cometa essa grosseria em nome de uma alegada intenção de servir como mediador no conflito colombiano. O então ministro do Interior daquele país, Fernando Lodoño, comentou a inusitada situação dizendo que o presidente do Brasil se oferecia para uma tarefa à qual ninguém o designou e nem está na lista das possibilidades (Folha Online, 27/02/2003). Qualquer governo com um mínimo de seriedade, ao contrário do que fez o governo petista, deveria conceder total apoio a Uribe no enfrentamento que faz às FARC porque não existe na América do Sul - sob o ponto de vista político, social, moral e institucional - algo mais nocivo, nem mais nutritivo para o crime. E o PCC é um braço bem armado das mesmas FARC no Brasil. O governo brasileiro, no entanto, acolhe os membros daquela organização, troca afagos (na Venezuela tem democracia até demais, disse Lula) com o companheiro Chávez, que dá guarida às FARC em seu território. Ao mesmo tempo, somos obrigados a ler nos jornais, periodicamente, que esses bandidos usam, também, a Amazônia Brasileira como local de refúgio e fazem do Brasil através do PCC e outras organizações, uma de suas principais rotas de destino e trânsito para a droga que comercializam. Mas errado, reprovável, injurioso, incompatível com a seriedade de uma boa e reta campanha eleitoral, conforme os elevados padrões requeridos pelo TSE, foi o deputado Índio da Costa, ao trazer essa irrelevante pauta para a campanha eleitoral. ______________ * Percival Puggina (65) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezena de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo e de Cuba, a tragédia da utopia.

E.W. Caetano

24/07/2010
NATURAL E SOBRENATURAL E.W. Caetano em http://scribebat.wordpress.com (...) Muitos materialistas defendem a idéia de que, no futuro, a natureza humana sofrerá ?upgrades?, com a capacidade de raciocínio e memória sendo amplificadas graças ao uso da tecnologia, combinando engenharia genética e inteligência artificial. Especulam, inclusive, que um dia será possível transferir para uma outra ?mídia? (silício ou energia pura, talvez) todo o ?software? de uma mente humana, criando uma nova raça humana imortal e com capacidade intelectual potencialmente ilimitada. No entanto, quando falamos de Deus e da graça, ou quando falamos de milagres, o mesmo materialista recua e sentencia: isto é absurdo, é inadmissível! O sobrenatural não existe e não pode existir. Dois pesos e duas medidas? A natureza sobrenaturalizada é perfeitamente plausível para os materialistas, uma vez que respeita os dogmas de sua má filosofia. Já a sobrenaturalidade que a reta razão diz ser possível e a fé verdadeira revela é sumariamente rejeitada, pois tal sobrenaturalidade pressupõe a existência de algo além da matéria, além da causalidade eficiente limitada e controlável que a ciência estuda.

Augusto Nunes

22/07/2010
O COMPARSA DA DITADURA CUBANA Augusto Nunes Em março, a blogueira Yoani Sánchez mandou ao presidente Lula uma carta com um apelo: queria visitar o Brasil em 23 de julho, para assistir ao lançamento do documentário Conexão Cuba Honduras, em que aparece como entrevistada. O destinatário poderia facilitar as coisas se pedisse ao governo da ilha que autorizasse a viagem. Há uma hora, Yoani divulgou pelo twitter a seguinte informação: ?Pedi a Lula que interceda por mi viaje ante autoridades cubanas, pero carta de invitacion hecha en consulado de cuba en Brasil no aparece?. O documentário será exibido nesta sexta-feira. Pela quinta vez em três anos, Yoani será impedida de sair do país. E saberá que pediu socorro a um comparsa da ditadura dos irmãos Castro. O governo brasileiro faz todas as vontades do amigo Fidel, como souberam tarde demais os pugilistas Guilhermo Rigondeaux e Erislandy Lara, presos pela Polícia Federal e deportados para Cuba, durante os Jogos Panamericanos de 2007, por ordem do ministro Tarso Genro. Quem acha que Orlando Zapata procurou a morte na cadeia jamais se comoverá com uma jornalista que procura a vida fora da ilha-prisão.

Percival Puggina

17/07/2010
OS SEM VERGONHA O que mais me espanta é a falta de vergonha com que certas pessoas se apresentam para defender um regime como o cubano, que se dá o direito de prender seus cidadãos por delito de opinião (embora acuse os pobres infelizes de alta traição) e que, anos mais tarde, solta-os assim, sem mais nem menos. Se podia soltar por que prendeu? Se devia prender, por que soltou? Para defender um regime desses é preciso ser muito sem vergonha.