• Marcelo Aiquel
  • 19 Março 2016


 Descobrimos que a monarquia voltou a viger no Brasil!

 Descobrimos que temos um personagem da nossa história que pensa e age como se fosse um imperador, um rei sem coroa. Eu me refiro ao ex-presidente Lula da Silva, também conhecido como o “reizinho desbocado”.

 Amigos, eu já joguei futebol na várzea; frequentei o “basfond”; já bebi em bares suspeitos; joguei bilhar no Bar do João; sentei em muitas mesas de carteado; e tenho grandes e eternas lembranças das sopas nas madrugadas lá na Tia Dulce e no Treviso (aquele restaurante do Mercado Público, que não fechava nunca).Mas, confesso que nunca vi nenhum malandro com vocabulário tão “chulo” quanto o utilizado pelo nosso reizinho de nove dedos.

 Ah, é claro que muitos dos quais convivi falavam palavrões e eram vulgares. Mas todos, sem exceção, sabiam quando, onde, e com quem, poderiam exercer sua malandragem. Nenhum deles era grosseiro e ordinário o tempo inteiro. E nem mentiam de forma contumaz.

 Pois agora descobrimos que o reizinho Lula da Silva, além de se achar acima de tudo e de todos, também mantém o (péssimo)hábito de utilizar – normalmente, no seu dia a dia – um vocabulário indecente e desrespeitoso. Sem contar o fato que despreza a todos (adversários políticos e aliados, mesmo que apenas de ocasião), com a mesma facilidade de quem cospe no prato em que acabou de comer. Para ele, só o que lhe interessa é possível, custe o que custar...

 E, com tudo isto, ainda se acha “o cara”, “o kid”, “o maior malandro vivo deste país”.

 Isto é ÍNDOLE! Se alguém não souber exatamente o que significa esta palavra que define um comportamento, basta dar uma rápida pesquisada nos dicionários (ou no Google, que é mais fácil) e saberá do que estou falando.

 E, mesmo não dispondo de conhecimento científico especializado, sei o que todos sabem, de cor e salteado: índole é algo que não se modifica! Quem tem, sempre terá, mesmo que esta fique temporariamente adormecida (ou ocultada de propósito).

 E o nosso “reizinho” conta, ainda, com um séquito de defensores e admiradores que são dignos de um estudo psiquiátrico. Ou talvez uma devassa fiscal nas suas contas possa explicar a origem desta fidelidade imutável.

 Pois é destes fiéis defensores que surgem as justificativas mais esdrúxulas possíveis, visando sempre inocentar o chefe.

 São desculpas esfarrapadas. Ou desculpas ridículas. Sem pé nem cabeça, chegam a ser hilárias, não fossem pronunciadas com um teor de seriedade que geralmente não combina com o caráter do autor. Ou autora, no caso de ser mulher.

 Ora, não é necessário ser nenhum Sherlock Holmes ou Hercule Poirot (notáveis detetives da literatura mundial) para ver que as defesas apresentadas pelos aliados do governo – com uma cara de pau digna de prêmio no Livro de Recordes GUINNESS – são pífias, risíveis, infantis, primárias. Totalmente inconsistentes, senão desqualificadas.

 Tais adjetivos também podem se enquadrar nas falas dos seus advogados. Pobres (ou ricos, no caso) advogados que se sujeitam ao ridículo em troca de uma remuneração.

 Porque, tudo isso, tem extrapolado o princípio da razoabilidade.

 E da DECÊNCIA!

 Recebi uma piada que se enquadra perfeitamente nesta situação:
 Uma mulher, casada, é flagrada através de uma filmagem, na cama com o amante. Descobre-se que a tal gravação foi obtida de forma ilegal. Então, o marido traído sai a festejar que assim, não pode ser chamado de corno!

 Há uma expressão em latim, que diz: excusatio non petita, accusatio manifesta.
 Tradução: uma desculpa não solicitada é uma acusação óbvia.
 Ou, ainda: aquele que muito se desculpa, se acusando está!

 Não lhes parece que tal dito se encaixa como uma luva no recente fato da presidente ter que mostrar um documento (in casu, o Termo de Posse do Lula como ministro) para defender uma tese?

 Ora, que satisfação pessoal enganosa busca quem age deste modo?
 Estes, pensam estar iludindo a quem?
 Ou pretendem alimentar seu próprio desalento com a falsa ilusão de que, ao venderem sua consciência, poderão dormir tranquilos?

 É muita desfaçatez!

 Mas, os brasileiros parecem finalmente ter despertado de um torpor que os anestesiou por anos através de uma propaganda mentirosa.
 Que demonstra ter chegado ao fim.

 In Sha’ Allh! (=expressão de origem árabe que significa: Se Deus quiser...)

* Advogado

 

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  • Ricardo Gustavo Garcia de Mello
  • 18 Março 2016

 

O evento em forma de ato-show organizado pelo Centro Acadêmico 22 de Agosto da Faculdade de Direito da PUC- SP em parceria com o Fórum 21 reuniu no dia 16 de março de 2016 ativistas, militantes, movimentos sociais, artistas e Intelectuais não num “Ato pela Legalidade Democrática”, mas num ato intelectual de servidão voluntária em pró da beatificação do Lula como um Ser acima do Lei e para além do bem e do mal.

Isto demonstra que os intelectuais não são apenas apóstolos de um profeta mundano que tem por função difundir suas ideias políticas e institucionalizar de modo à consagrar estas ideias em instituições de “ensino” como se fossem um quadro de funcionários do chefe político. Eles, os intelectuais, são ao mesmo tempo os funcionários e os empreendedores do aparelhamento ideológico da cultura e da sociedade civil. E este evento é prova disto, porque mesmo diante da perda da força política do líder Lula ele, os intelectuais, prestaram-lhe solidariedade, num ato de idolatria.

Tal culto ao Lulopetismo poder ser visto pelo Link : https://www.youtube.com/watch?v=r4iqkM_bJkU
O termo idolatria não se refere apenas ao culto do paganismo, mas ao culto dos falsos ídolos em gerais, ao ato do homem prestar honras e venerações a criaturas mundanas endeusando-as. Por exemplo, o ato de endeusar o poder, a raça, o prazer, os antepassados, a classe, o Estado, o dinheiro e, no caso, endeusar Lula. Talvez leve algum tempo para que os idolatras de Lula resolvam deixar de fazer oferenda ao falso ídolo.

Tal ato-show deve a presença de Guilherme Boulos (líder do MTST), Gregório Duvivier (comediante), Maria Rita Kehl (psicanalista e ensaísta) e da Marilena Chauí (filósofa) e etc. E o que mais se evidência neste ato de servidão voluntária é a postura desses intelectuais, que são considerados pela academia como referências obrigatórias do notável saber, expressarem de modo factual o que é a alienação ideológica lulopetista.

Um dos principais traços da ideologia lulopetista é o messianismo político, a escatologia política e o fideísmo. O messianismo político é a crença na entronização de um líder, movimento político, ou sistema ideológico, como messias predestinado a efetuar a redenção mundana do gênero humano. Já a escatologia é um conjunto de ideias que revela como deve ser o fim da história, uma doutrina que toma o fim das misérias sociais a partir da Luta entre lulopetistas e esquerdistas contra os coxinhas, tendo por fim a vitória do esquerdismo e do Lulopetismo. Está escatologia política prega que uma era de destruição virá seguida por outra era de paz, sob a liderança deste salvador celestial, o Lula.

E o elemento principal da alienação ideológica Lulopetista é o fideísmo político, esta declaração da existência de verdades absolutas, fundamentadas exclusivamente no absurdo, desprezando a razão, que se resume na devoção cega à figura de Lula.

A caraterística fundamental das ideologias por mais esdrúxulas que sejam, como é o caso do lulopetismo, é a de pretender ser uma forma superior de Lei universal que se inspira nas próprias fontes e dispensa bases de referência legais e éticas, se colocando assim acima das Leis e para além do bem e do mal.

A ideologia dispensa qualquer parâmetro legal e ético porque ela tem os seus próprios parâmetros para determinar a escala de valores da sociedade, ela pretende ser a régua que vai conferir a medida de todas as coisas.

Para o ideólogo tudo é permitido porque para ele as instituições, as organizações sociais, o rito democrático, a Constituição e mesmo as pessoas não passam de recursos, instrumentos ou de meios de ação utilizados de acordo com a situação e conveniência para alcançar os seus fins.

Não apenas os aventureiros e criminosos vivem da exploração da ignorância em busca de grandes fortunas. Ela pode ser explorada mais a fundo e em maior escala pelos políticos e intelectuais, e as ideologias, por ex.. O lulopetismo, é uma prova viva disso.

Nossa intelectualidade acadêmica e não o povo brasileiro que é a expressão viva do retrato da tristeza Brasileira, que nas palavras de Paulo Prado (1869-1943) se resume na filosofia da Senzala:
“Na promiscuidade do convivio, verificava-se que a escravidão foi sempre a imoralidade, a preguiça, o desprezo da dignidade humana, a incultura, o vício protegido pela lei, o desleixo nos costumes, o desperdício, a imprevidência, a subserviência ao chicote, o beija-mão ao poderoso — todas as falhas que constituíram o que um publicista chamou a filosofia da senzala, em maior ou menor escala latente nas profundezas inconfessáveis do carácter nacional.” [PRADO, 2006, p.109]

Os nossos intelectuais acadêmicos são a prova inconfessável dessa filosofia da Senzala ao praticarem o culto da ideologia e do vício em detrimento da verdade e da virtude, como bem expressa o ato de servidão voluntária em defesa ao Comandante Lula.

Se as palavras não estão claras vale a pena observar abaixo o retrato da nossa intelectualidade que luta pela idolatria e corrobora com a nossa miséria intelectual e moral.

El aquelarre de Francisco de Goya (1746 -1828)

 


 

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  • Míriam Leitão
  • 18 Março 2016


(Publicado originalmente em O Globo)

O governo tinha expectativa de que a nomeação do ex-presidente Lula fosse reduzir a crise e ela atingiu o seu ponto máximo com o conhecimento dado à opinião pública do teor das conversas do agora ministro Lula. No diálogo com a presidente Dilma ela diz o oposto do que havia dito à tarde para os jornalistas e ficou claro que o cargo era um salvo-conduto para Lula.

O termo de posse era tão urgente que precisou deste telefonema de Dilma, mostrando a presidente dentro do esforço de proteger Lula de qualquer ação da Justiça e do Ministério Público do Paraná, o que Lula chama de a “República de Curitiba”.

As manifestações que cercaram o Palácio e atingiram outras capitais mostraram a intensidade do sentimento do país de repúdio às manobras e tentativas de acobertamento que estão sendo reveladas. O governo calculou que tinha feito a manobra perfeita e a divulgação dos áudios mostrou que os reis estão nus.

Durante a tarde, na entrevista, a presidente Dilma chamou o ministro Lula de “presidente” na primeira entrevista depois que ele virou chefe da Casa Civil. Não era um ato falho. Foi talvez o momento em que ela acertou no que disse. O governo estava criando naquele momento algo novo: um sistema em que um ministro é mais forte do que a chefe do governo. Uma presidente enfraquecida, chama um ex-presidente encurralado para que ambos se protejam. O que Lula mostra nas suas conversas era que a proteção era contra as instituições brasileiras. Dilma perguntou aos jornalistas “a troco de que eu vou achar que a investigação do juiz Moro é melhor do que a investigação do Supremo?”. A propósito: quem investiga é o Ministério Público e a Polícia Federal. A Justiça julga. Mas a presidente disse isso e horas antes havia tido aquele diálogo com Lula sobre mandar o termo de posse para ele usar “em caso de necessidade”.

Depois de tudo o que foi divulgado, o ex-presidente não tem mais condições de permanecer no cargo para o qual acaba de ser nomeado. Mas se ele for chefe da Casa Civil dificilmente dará certo o arriscado plano dos dois. Lula pela sua personalidade, história e liderança é maior que Dilma. Até porque eles são criador e criatura. Ele, porém, não é tão forte quanto pensa. Os diálogos mostram uma pessoa inteiramente desnorteada e capaz de definir com impropérios os líderes com os quais ele se propõe a negociar. Ele, de fora do governo, já achava que poderia dar ordens ao novo ministro da Justiça que acaba de ser nomeado, para que ele fosse “homem”. E o Supremo, seu foro privilegiado, é uma corte “acovardada”, segundo ele.

O plano para fugir do juiz Sérgio Moro esbarra agora mais do que nunca na crueza das revelações de ontem. A Procuradoria Geral da República e o Supremo Tribunal Federal não poderão fechar os olhos e os ouvidos para o que está exposto, do contrário ficará claro que lá funciona um forno de pizza.

Dentro do governo, se essa situação durar, o relacionamento não será fácil. Lula é acostumado a mandar e não ser contestado. Dilma é turrona e irritadiça. Os dois têm maus modos no trato com subordinados. A relação de subordinação não está clara. Lula é boquirroto, costuma dizer o que pensa e a tentação será compartilhar com seus interlocutores as críticas que costuma fazer ao modo de Dilma governar. O campo é fértil para as intrigas palacianas. Ele, contudo, não será demissível. O PT interpretou a ida de Lula como uma forma de salvar o governo que está de fato em apuros, e Dilma está entendendo que concedeu um salvo-conduto contra o que ela chamou ontem, na entrevista, de “critérios de investigação estranhos”.

Lula pretende mudar a economia e queria levar Antonio Palocci de volta, derrubando Nelson Barbosa, que ele mesmo havia nomeado. E uma de suas ideias é usar as reservas para abater a dívida que subiu de forma espantosa. O problema é que quem está endividado é o Tesouro e quem administra as reservas é o Banco Central. Pela Constituição o Banco Central não pode financiar o Tesouro. Eles podem dar um jeito nessa proibição. Será uma nova pedalada.

O governo está moribundo e ontem sua situação piorou mais. As respostas que alguns dos seus integrantes ensaiaram não conseguem convencer ninguém. Não há saída boa para a presidente Dilma.
(com Marcelo Loureiro, interino)

 

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  • Genaro Faria
  • 17 Março 2016

 

Dilma deu um auto-golpe. Coisa de estrategista genial. "Voltou o dentifrício pra pasta" para "represar os ventos" do
impeachment usando Lula como rolha. Isso é que é mulher!

Será a primeira a ser presidente sem pasta, sem lenço nem documento, caminhando contra o vento. E pisando a cabeça do povo, distraída, abraçada com uma jararaca. É por isso o seu cognome: Coração Valente.

Com o auto-golpe, Dilma cumpriu a promessa de cortar na própria carne. Em vez de extinguir ministérios, extinguiu foi ela mesma. Da presidência. Não foi isso que o povo pediu?

Que seu exemplo sirva para o mundo inteiro. Urbi et orbe.

Nunca antes no Brasil nem no mundo se viu mulher alguma como Dilma, a Sapiens. Espero que Lula não a decepcione. Seria um grande constrangimento para o sexo masculino.

E para o Brasil, principalmente, que avançou tanto com as políticas sociais, com a vertiginosa ascensão dos pobres. E na economia, saúde, educação, infra-estrutura e segurança pública. Só falta acabar com a inveja das elites. Que passaram a viajar só de jatinho oficial ou de empreiteiras para evitar voar ao lado de pobre promovido a rico da noite pro dia.

Enfim, o país pode voltar a respirar em paz. Lula não vai nos deixar antes que o Brasil seja a maior potência mundial. Aqui é Brasil, não somos nenhuma Argentina, onde os fascistas deram um golpe eleitoral nos progressistas bolivarianos. Nem somos a Venezuela, onde o herói Nicolás Maduro luta para preservar o legado exuberante do seu patrono Hugo "Pajarito" Chávez. Que os eleitores quiseram destruir. Ingratos!

Se tudo correr bem - e não há motivos para duvidar - logo o país estará com uma bandeira novinha em folha, vermelha com uma estrela ao centro, e nova letra que trocará o "Ipiranga" por "Havana".

 

         

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  • Maria Lucia Victor Barbosa
  • 17 Março 2016

Os fatos têm se precipitado no Brasil de modo espantoso. A cada dia acontece um episódio contundente na esfera política, como se as páginas da história fossem escritas aceleradamente, enquanto a economia esboroa infelicitando a vida da população.

No dia 13, desse agitado mês de março, um protesto espontâneo e gigantesco encheu as ruas brasileiras. Milhões de pessoas clamaram de forma pacífica contra a corrupção, centrando foco nos responsáveis que roubam da população uma vida digna para encher os próprios bolsos.

Fora Dilma. Fora Lula. Fora PT. Foram esses os brados que ecoaram Brasil afora no maior movimento de massa já havido no País. Impressionou São Paulo, onde um mar de gente tomou conta da Avenida Paulista entupindo também as ruas laterais. No Rio de Janeiro a orla de Copacabana foi ocupada de ponta a ponta por cidadãos indignados com as falcatruas governamentais. E não só nas capitais, mas nas cidades de porte médio ou do interior, a mesma manifestação apartidária, composta por pessoas de todas as classes sociais e não só pela “elite branca de olhos azuis” como querem fazer crer inutilmente os petistas fanáticos ou temerosos de perde a boa vida que a corte lhes proporciona, tingiu as ruas de verde e amarelo.

Foram às ruas homens, mulheres, crianças, idosos, pessoas em cadeiras de rodas, todos coesos, todos centrados no mesmo objetivo: livrar-se de uma governanta incompetente que não governa, assim como do seu partido, o mais corrupto de nossa história, e do presidente de fato, Lula da Silva. Este, além das acusações de grossa corrupção que surgem nas delações premiadas, chegou ao ponto de assaltar o acervo governamental dizendo que era presente do povo brasileiro.

O verdadeiro tesouro, composto por objetos valiosos ofertados por governantes estrangeiros ao governo brasileiro, Lula escondeu em um cofre do Banco do Brasil convertido em caverna do Ali-Babá. Naturalmente, ele desconhece que a Constituição reza que um presidente da República só pode considerar como seus presentes algo até R$ 100,00. Será que Lula roubou também cinzeiros dos hotéis de luxo por onde tantas vezes passou?

Em contraste com a esbórnia da corrupção avulta a figura de Sérgio Moro, juiz competente, íntegro, corajoso que tem posto na cadeia ricos e poderosos demonstrando que a lei é para todos. Por isso, multidões em todos os recantos pátrios o aclamaram provocando a fúria, o despeito, a inveja petista.

Inclusive, como o ministro Joaquim Barbosa, o juiz Moro tem sido ameaçado de morte. Ele que se cuide porque os membros do “exército de Stédile” que Lula convocou ou suas milícias, os camisas-vermelhas, são violentos, boçais, truculentos e capazes de tudo para servir à jararaca de ovos de ouro que os sustenta. Isto foi demonstrado, por exemplo, quando as milícias lulistas atacaram senhoras de idade para arrancar-lhes das mãos a bandeira do Brasil.

Os fatos acontecem como turbilhões diários. Não me deterei nos acontecimentos de ontem ou de dias atrás. Mas se 13 de março foi marcante como nosso maior ato de civismo, dia 16 o País sofreu o golpe dado por Lula da Silva. Ironicamente, os petistas e a governanta se referiam ao pedido de impeachment como golpe, mas foram eles, a mando do chefe, que perpetraram um golpe ao por em pratica o plano B arquitetado desde o ano passado: a nomeação de Lula como ministro.

Alguém duvida de que agora seja ele o presidente de fato, melhor, o ditador? Aliás, nunca deixou de mandar na criatura, uma espécie de marionete em suas mãos. Porém, aboletado no Palácio, ao mesmo tempo em que foge vergonhosamente do Juiz Moro passa a comandar o país usando novamente sua errática e populista política econômica. Enquanto isso, ele se prepara para envergar a faixa presidencial em 2018. Não que precise dela como agora, mas porque gosta de ostentá-la como uma caricia ao seu ego descomunal. Ele conta com políticos venais, um Supremo que deu a entender é camarada e com instituições que se calam.

Lula deu uma monumental e venenosa cusparada na cara do povo. Atingiu não só os milhões que foram às ruas, mas, os mais de 70% que o repudiaram nas pesquisas de opinião. Uma cusparada perigosa porque jararaca é bicho peçonhento. Estamos de luto, Estamos precisando urgentemente de um antídoto.


* Socióloga
http://www.maluvibar.blogspot.com.br

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  • Márcio de Carvalho Damin
  • 17 Março 2016

 


Como explicar que depois de reiterados escândalos de corrupção o PT continue a convencer seus militantes de que estão do lado da verdade? E como convencem a si mesmos?

A verdade, por vezes, nos coloca em uma posição vexatória. Ela nos mostra que somos imperfeitos e cheios de erros, que temos culpas a assumir e comportamentos a modificar. Só que para algumas pessoas a coragem de enxergar a verdade é substituída pela existência de uma realidade paralela, onde a imagem que fazem de si mesmas não pode ser questionada.

Há uma voz no interior de cada ser humano que o acusa de suas faltas. Porém, se essa voz for calada obstinadamente, ela já não mais poderá ser ouvida. Então, uma das características mais básicas que constituem o indivíduo se perde. Perde-se a capacidade de sentir culpa.

Outro atributo primordial que foi perdido pelos petistas e seus militantes é a capacidade de se por no lugar do próximo. Ou as pessoas fecham os olhos à realidade e se ocupam de uma hipotética felicidade futura, ou são considerados inimigos mortais. Os inimigos tornam-se ‘’racistas’’, ‘’homofóbicos’’,’’elite branca’’,’’eles’’,etc. Perde-se a capacidade de sentir empatia.

Estas duas perdas substanciais penetraram profundamente em toda a sociedade. Não apenas nos membros do governo e em sua militância.

As pessoas já não mais sentem que cometem erros mesmo nas situações mais absurdas. E quando acusadas de uma verdade dolorosa, afirmam que não existem verdades, que tudo é uma questão de interpretação da realidade. O próprio ENEM de 2015 priorizou a ‘’interpretação da realidade’’ ou seja, diante de uma verdade o que valem são as interpretações, e não a percepção.

Não há covardia mais nefasta à alma humana do que a covardia do intelecto. A decisão livre de não encarar as coisas como são dilacera a humanidade da pessoa humana, transformando-a em um emaranhado de chavões e ideias desconexas.

A verdade, o bem, a reta moral, são objetivos que devem ser buscados incessantemente e jamais devem ser consideradas características infusas que não necessitam de coragem e honestidade para serem alcançados.

* Poeta
 

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