Opinião de um excelente analista franco-colombiano que conhece bem a América Ibérica: "Dilma não suporta a realidade..."
(Publicado originamente no midiasemmascara.org)
Dilma Rousseff não suporta a realidade de seu processo de destituição. Não admite que tenha sido suspensa de funções legitimamente pelo poder legislativo de seu país. Não concebe que esse poder lhe reprove haver cometido graves delitos. Não aceita outra condição diferente à de vítima inocente. Não agüenta que lhe provem que foi posta fora do jogo por falsificar as contas do Estado, em uma tentativa para fazer os brasileiros acreditarem que sua gestão econômica era impecável. Não tolera que lhe cobrem ter encoberto os déficits orçamentários de seu país e ter dissimulado a crise criada por seu falso "Estado de bem-estar" levando às arcas públicas, sem permissão do Congresso, dinheiros emprestados pelos bancos estatais.
Dilma Rousseff, de 68 anos, não admite que foi defenestrada (embora seja provisoriamente e por até 180 dias, enquanto é julgada definitivamente pela Câmara Alta), e que perdeu a confiança dos brasileiros, por ter também jogado provavelmente um papel central no tremendo caso da Petrobras, que a imprensa internacional descreve como "o maior escândalo de corrupção político-econômico da história da América Latina". Trata-se, com efeito, de um affaire descoberto há dois anos. Seu montante poderia ser de mais de 2.000 milhões de dólares. Este processo dará muito o que falar pois, além disso, o Supremo Tribunal Federal acusa a presidente suspensa de obstrução da justiça por sua atitude ante o assunto. O índice atual de favorabilidade de Rousseff, segundo as pesquisas, é de apenas 10%.
Para esquivar a humilhação de se ver destituída por essas razões, por ter faltado com seu dever de chefe de Estado, Dilma Rousseff monta um show patético. Ameaça o país com seis meses de tumultos e violências de rua: "A população saberá dizer não ao golpe". Ela acusa os outros, seus ex-aliados, e cospe sobre seu juiz natural, o poder legislativo. Diz que eles, o Senado e a Câmara dos Deputados, orquestraram "um golpe" [de Estado] contra ela, um "golpe moderno" e"inconstitucional" destinado, diz, a satisfazer os mais baixos instintos "da direita" e do "fascismo", pois querem tirar ela e o Partido dos Trabalhadores do poder para matar o povo de fome: "O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos, os ganhos das pessoas mais pobres e da classe média".
A responsável pela atual recessão econômica diz que os delinqüentes são os outros. Ela é inocente e as maiorias que a destituíram são vis "inimigos do povo". E reitera: "O que está em jogo é o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e à Constituição".
Dilma não quer aceitar que a esquerda que ela representa no continente pode cair na lama da grande desonestidade, que pode ser corrompida e corruptora e que pode ser ladra. Essa esquerda é, segundo ela, sempre límpida, honesta, pacífica e desinteressada. É o que quer que acreditemos. Na realidade, o que os congressistas brasileiros estão provando é que, pelo contrário, essa esquerda é lamentável, e pior, é depravada, sem coragem e sem valores. A credibilidade da esquerda latino-americana cai de novo pelo caso de Rousseff.
O processo de impeachment em curso prova que ter levado a presidência de um grande país uma ex-guerrilheira que nunca se arrependeu de seus crimes, não é jamais um ato banal, que pode acabar de forma satisfatória para as maiorias, para a economia e para as instituições democráticas. Essa é uma lição importante que deve ser aprendida sobretudo pelos colombianos, no momento em que desde a cúpula do governo se quer impor ao país, arbitrariamente, a impunidade e a liderança política de criminosos endurecidos, os chefes das FARC.
Certos analistas pró-PT sugerem que o processo de impeachment foi uma conspiração de uns poucos. Na verdade, foi o resultado de mobilizações populares de grande amplitude contra o governo. As maiorias respaldam de fato esse processo. 61% dos brasileiros é a favor do impeachment de Rousseff. Sem esse apoio massivo tal evolução não teria sido possível.
Os treze anos do PT no poder terminam assim, com essa espetacular queda de Rousseff (e, portanto, de seu mentor Luiz Inácio 'Lula' da Silva) e em uma perda enorme de adeptos. Salvo um espetacular retorno à situação anterior, esse experimento termina com o fracasso do capítulo melhor obtido até agora na longa aventura da esquerda continental. O do PT foi muito mais importante do que a catástrofe violenta e depredadora do castrismo em Cuba, mais que o convulsivo governo de Salvador Allende, mais do que a dramática destruição da Venezuela, vítima de um Chávez que acabou com as liberdades e saqueou os recursos de seu próprio país para sustentar, por razões ideológicas, a ditadura agônica de Cuba.
Os governos de Lula e de Rousseff foram o máximo êxito da esquerda do hemisfério. Nunca antes essa corrente havia chegado tão longe. O de Cuba é apenas um avatar, sangrento e expansionista, mas de pouco valor estratégico por aparecer como um regime detestável e não viável. A chegada ao poder do lulo-petismo no Brasil, e sua permanência no Palácio do Planalto durante 13 anos, foi o autêntico triunfo, se tem-se em conta o grande peso demográfico, econômico e geo-político do Brasil.
A plataforma assim montada nesse país reforçou todos os grupos e projetos anti-liberais das diferentes frações de esquerdas do hemisfério, desde as mais moderadas até as mais violentas, como a das FARC na Colômbia. Não é por casualidade que a seita internacional subversiva mais perigosa do continente, o Foro de São Paulo, tenha sido fundada no Brasil por Lula e Fidel Castro.
Esses bandos, grupos e partidos foram nutridos pelas estruturas de corrupção do PT, onde se cruzam dinheiros opacos dos governos chavistas, junto com dinheiros mal havidos do PT. Tudo isso, no episódio da Lava Jato está sendo investigado. Para tratar de frear tal dinâmica, o PT acode aos organismos "amigos", inventados pelo chavismo como UNASUL, MERCOSUL, PARLASUL e TELESUL. Todos estão iracundos e no plano de luta para salvar o que resta.
O que se joga hoje no Brasil é de importância capital para a democracia representativa não só do Brasil, senão do continente americano e do mundo. Em seis meses saberemos se o horrível pesadelo criado pelo castro-comunismo no continente perde realmente terreno em benefício da economia de mercado e das idéias democráticas tão atacadas hoje.
Tradução: Graça Salgueiro
Eduardo Mackenzie é um jornalista e escritor franco-colombiano que trabalha em Paris. É investigador associado do Institut d'Histoire Sociale (Nanterre, França). Seus dois mais recentes livros são "As FARC, fracasso de um terrorismo" (Random House Mondadori, Bogotá, 2007) e "O enigma IB" (Random House Mondadori, Bogotá, 2008) . É co-autor, com Alain Delpirou, de "Les cartels criminels, cocaïne et heroïne, une industrie lourde en Amérique Latine" (Presses Universitaires de France, Paris, 2000).
(Publicado originalmente na Folha)
A ação intensiva dos grupos de pressão, que se autointitulam "movimentos sociais" –MST, MTST, CUT, UNE etc.–, evidencia a tentativa de preservar, na contramão dos interesses da maioria absoluta da população, a agenda política do governo anterior.
Getúlio Vargas dizia que "o tambor faz muito barulho, mas é oco por dentro". Referia-se exatamente à ação de grupos como esses, que se arvoram em porta-vozes da sociedade, mas falam apenas em nome deles próprios. É preciso enfrentá-los.
Viveram até aqui graças às verbas governamentais; aparelharam a máquina administrativa, impuseram suas prioridades e estão determinados a criar um clima de ingovernabilidade. São tentáculos de um partido predador, que levou o país à falência.
O governo Temer não pode ceder e dispõe de amplo lastro na sociedade –e no Congresso– para impugná-los. Basta que não perca de vista a agenda das ruas, feche as torneiras das verbas públicas e reprima seus atos criminosos, submetendo-os à lei.
Não basta que técnicos qualificados diagnostiquem a situação da economia e indiquem os remédios para que o país saia da UTI. É preciso deixar claro que esses remédios, sem dúvida amargos, são para todos. É mais que justo o pedido de reajuste de funcionários públicos, mas o momento requer extrema cautela e não se mostra o ideal para isso.
Numa conjuntura de 11 milhões de desempregados, é preciso atuar primeiramente para recuperar a economia e criar vagas de trabalho. O Brasil está em queda livre. Os pacientes mais graves devem ser tratados, pois a crise recai ainda mais implacável sobre essas famílias que ficaram sem renda. Os brasileiros foram às ruas exigir o impeachment da presidente Dilma, apoiar a Lava Jato, exigir a moralidade na vida pública.
Faz menos de uma semana que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informou que o deficit orçamentário não é o admitido pela presidente anterior, de R$ 96 bilhões. É quase o dobro: R$ 170 bilhões. Como encaixar aí um aumento que fará a folha de pagamentos do serviço público (ativos e inativos) saltar dos já inimagináveis R$ 255 bilhões atuais para mais de R$ 300 bilhões em quatro anos?
Com que discurso se explica isso? A autoridade de um governo –qualquer governo– depende de uma premissa básica: coerência.
Não há como continuar cedendo às pressões corporativistas. O aparelhamento da máquina gerou situações absurdas, que precisam ser saneadas. Somente o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, dispunha de 1.400 funcionários comissionados.
Segundo o site Contas Abertas, cargos, funções de confiança e gratificações, em julho de 2015, chegaram a 100.313. Representam 16% dos 618.466 mil servidores do Poder Executivo –mais de 7.000 apenas na Presidência da República. Se todos comparecem, não cabem no Palácio.
Para que se tenha uma base de comparação, basta dizer que a Casa Branca tem 456 funcionários comissionados –e os servidores fora da carreira pública naquele país são 8.000. Na França, são 4.800.
Esse é apenas um retrato superficial do aparelhamento, que submete o chefe do Executivo a pressões que o levam a gestos despropositados, como o de dar audiência a um condenado a 32 anos de prisão, em liberdade condicional (um absurdo!), José Rainha, do MST, com reivindicações de que se julga credor.
Uma coisa é recuar diante de um equívoco, o que é louvável; outra é ceder a pressões de conteúdo indefensável, na suposição de algum ganho político. Engano: nessas circunstâncias, quanto mais se cede, mais se perde. Não se governa com medo.
(Publicado originalmente na Folha)
Li a entrevista da presidente afastada Dilma Rousseff publicada na Folha do último domingo (29). Creio que ela não compreendeu ainda por que é alvo de um processo de impeachment. A corrupção de seu governo e do governo Lula é ignorada em sua fala e não há qualquer menção às suas causas.
O maior assalto às contas públicas da história teve por núcleo a destruição da Petrobras, da qual foi presidente do Conselho de Administração. Dilma foi ainda ministra de Minas e Energia (governo Lula) antes de chegar à Presidência da República. Em outras palavras: ou foi conivente ou fantasticamente incompetente ao não ter detectado anos e anos de saques ao Tesouro Nacional e a suas empresas.
Em resolução divulgada após o afastamento de Dilma, os dirigentes petistas lamentaram o fato de não terem alterado as estruturas da Polícia Federal, do Ministério Público e das Forças Armadas, assim como o financiamento da imprensa.
Não modificaram porque não puderam, pois são instituições do Estado, não do governo, e a imprensa é livre. A corrupção do governo petista foi detectada por tais órgãos, que não estão subordinados ao Planalto.
Na referida entrevista, Dilma alega que todos os problemas do país -o desemprego de 11 milhões de brasileiros, os desmandos do Bolsa Família (muitos desvios detectados pelo Tribunal de Contas) e da reforma agrária (muitos políticos tendo recebido terras), a queda vertiginosa do PIB e a estrondosa superação da meta da inflação (muitos pontos acima do teto)- são decorrentes de fatores externos.
Em nenhum momento reconhece o que de fato ocorreu: não soube dialogar com o Congresso nem apresentar projetos consistentes.
Comenta a delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, que gravou conversas com líderes do PMDB sobre a possibilidade de controlar a Lava Jato, sem mencionar o número de delações em que seu nome e o do presidente Lula estão envolvidos. Também nada disse sobre as prisões do tesoureiro de seu partido (João Vaccari Neto) e do marqueteiro de sua campanha (João Santana).
É, portanto, uma entrevista regada a cinismo -além de ódio ao também pouco confiável presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha-, na qual a tese do golpe volta.
Quem são os golpistas? Os 367 deputados e 55 senadores que votaram pela abertura do processo de impeachment? Os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal? O constituinte, que aprovou os artigos 85 e 86 da Constituição, acerca dos crimes de responsabilidade do presidente da República?
Ou ainda o Superior Tribunal de Justiça e os Tribunais Regionais Federais, que consideram ser a culpa grave (deixar roubar) um ato de improbidade administrativa? O Parlamento, que aprovou lei na qual a "omissão" é ato de improbidade?
O Instituto dos Advogados de São Paulo e o colégio de todos os Institutos de Advogados do Brasil publicaram livro, inclusive com trabalho do relator da Constituição, Bernardo Cabral, em que 21 renomados juristas mostram os inúmeros atos de improbidade administrativa praticados, dos quais só um serviu de base
para o impeachment (os textos estão disponíveis no site www.iasp.org.br/livros/impeachment).
O conselho federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ingressou com um pedido de impeachment, ainda pendente na Câmara, com a descrição de outros atos de improbidade não constantes da petição acolhida. É uma acusação muito mais ampla.
A tentativa, pois, de desfigurar a democracia brasileira no exterior, dizendo que é golpe, mas sem citar o nome dos golpistas, é profundo desserviço à nação, além de violação à Lei de Segurança Nacional.
Lamento que a presidente afastada, em vez de se defender, procurando explicar toda a imensa corrupção de seu governo, tente desfigurar os fundamentos da democracia brasileira, cujas instituições funcionam em estrita obediência à lei e à Carta da República.
Ives Gandra da Silva Martins é Professor emérito das universidades Mackenzie, Unip, Unifieo e Unifmu, do CIEE/'O Estado de S. Paulo, da Eceme, da ESG e da Escola da Magistratura do Tribunal Regional Federal - 1ª região
Artigo publicado originalmente na Folha de S. Paulo.
Derrubar Michel Temer para por o quê no lugar dele? Dilma de novo?
(Publicado originalmente no Estadão)
Perguntar não ofende: qual o objetivo de quem é contra o impeachment de Dilma Rousseff e está queimando pneus em estradas, invadindo prédios da Cultura, gritando "Fora Temer" na parada LGBT, exibindo cartazes no exterior para dizer que "there is a coup in Brazil"? E qual o objetivo de quem é a favor do impeachment, mas torce contra o governo interino de Michel Temer, condena as propostas para combater o rombo das contas públicas e repudia a indispensável reforma da Previdência?
Tanto quem é a favor quanto quem é contra o afastamento de Dilma tem de ter em mente a responsabilidade coletiva com a história e que só há três saídas para um país mergulhado em tantas crises. Fora disso, não há alternativa, a não ser anarquia.
Uma saída é dar uma trégua para Temer governar e a equipe de Henrique Meirelles tentar pôr a economia em ordem nesses dois anos e meio, para entregar para os eleitores em 2018 um país razoavelmente saneado. Temer não é perfeito e o PMDB tornou-se muito imperfeito, mas ele foi escolhido por Dilma e por Lula e eleito na chapa do mesmo PT que anima os queimadores de pneus, os invasores da Cultura, os que gritam "Fora Temer" e uma turma que mora fora – uns, há tantas décadas, que deveriam estar mais preocupados com o Trump.
Além de habitar o Jaburu, Temer despacha agora no Planalto por força da Constituição, que assim determina: sai um(a) presidente, assume o vice. Não importa se é bonito, feio, gordo, magro, se é Itamar Franco ou se é Michel Temer. Ele está lá, e o Brasil, os brasileiros, a indústria, o comércio e os 11 milhões de desempregados precisam desesperadamente que comece a equilibrar as contas públicas e a fazer a economia andar.
A saída número 2 é a volta de Dilma. Sério mesmo, alguém deseja de fato a volta de Dilma, com sua incapacidade de presidir o País, negociar com o Congresso, ouvir os conselhos do padrinho Lula ou, aliás, ouvir qualquer expert de qualquer área sobre qualquer coisa? No aconchego dos seus lares, na convivência com familiares, amigos e vizinhos e nas conversas com seus travesseiros – e com o próprio Lula –, será que os petistas de raiz querem mesmo a volta de Dilma?
Os deputados não são lá essas coisas, mas acataram o impeachment pelo crime de responsabilidade fiscal, previsto na Constituição e confirmado pelo resultado final: um rombo que o governo Dilma admitia ser de R$ 96,6 bilhões e que a equipe de Meirelles descobriu bater em R$ 170 bilhões. Mas, além do fato formal, deputados e senadores tocaram o processo adiante pelo desmantelamento da economia, o esgarçamento das relações políticas e porque Dilma conseguiu ser a presidente mais impopular do país desde 1985.
A opção 3 (dos favoráveis e contrários ao impeachment) seria a antecipação de eleições diretas, empurrando Temer ou Dilma para a renúncia (dependendo de o Senado confirmar ou não o impeachment), ou dando um golpe branco e mudando a Constituição por questões conjunturais. E o que viria depois? Uma eleição às pressas, sem que os partidos tivessem se preparado e sem candidatos à altura da crise. Dá um frio na espinha pensar nos aventureiros que se lançariam como salvadores da pátria, da ética, da economia, dos "bons costumes", da "ordem" deles, do "progresso" deles.
Isso não é brincadeira. O seguro, que morreu de velho, recomenda respeitar a Constituição, o Congresso que o eleitor elegeu e a posse do vice que 2014 jogou no Jaburu, na perspectiva de assumir com o afastamento constitucional da presidente. Vale, sim, gritar contra muitas coisas, inclusive a nomeação de um ministro da Transparência indicado, ora, ora, pelo senador Renan Calheiros. Mas o esforço para derrubar Temer, neste momento, é trabalhar contra o Brasil.
(Publicado originalmente em fernandabarth.com.br)
Elite contra pobres? Foi esta esquerda que está aí que fez aliança com as elites mais ultrapassadas do país, aquelas que remontam a Raimundo Faoro…banqueiros, empreiteiros, grandes latifundiários. Nenhum deles capitalista. Eles são patrimonialistas, clientelistas. Nenhum deles adepto ao livre mercado. Gostam de mesadas, financiamentos, benesses de governo. Não querem competir de igual para igual. É com esta gente, que perpetua a miséria para se manter no poder, que os novos coronéis, agora coronelismo político, dominam o país.
Brancos contra negros, homens contra mulheres, trabalhadores contra empregados? Esta esquerda que está aí, com este discurso ultrapassado, jogou muita gente para a direita. E aqui eu estou e não tenho vergonha. Direita em oposição à esquerda. Dentro do mundo dual e maniqueísta que só serve a eles, onde cada um de nós deve ser enquadrado em um rótulo ou molde. Fora dos moldes eles não compreendem a realidade. Defendem o arco-iris mas só enxergam em preto e branco. Contra isto eu me rebelo 100%. Enquanto perdemos tempo falando de bobagens, sobre se a mulher negra pode ou não ser de direita (claro que ela pode), quando as pessoas deveriam ter total liberdade de se manifestar da forma que quiserem, independente de cor, classe ou sexo, sem serem hostilizadas por não se enquadrarem no estereótipo que a esquerda lhes preparou (molde), eles vão construindo suas esferas de poder e manipulando os pobres para que acreditem que eles se importam.
Estou te propondo um olhar acima disto. Olhe para o indivíduos. Se eu prego o respeito a todos, eu não preciso de um respeito especifico para negros ou mulheres. Eu quero para todos. Eu quero educação de qualidade particular em todas as escolas públicas. Esta é a verdadeira igualdade de oportunidades. Nesta caso as cotas seriam irrelevantes. Mesmo porque hoje elas prejudicam o branco pobre.
Equidade? Eu sou pós-feminista. Sei que sou tão capaz quanto os homens de qualquer coisa. Os respeito como meus iguais. Não quero aposentadoria especial e nem qualquer outra coisa. Me fiz sozinha, sem pai rico ou ajuda de ninguém. Me sustento e sustento meu filho. Sou uma mulher livre e empoderada da minha vida. Ninguém me oprime e eu jamais o permitiria. A lógica da vítima não me caberia jamais. A maioria das mulheres que eu conheço, de várias classes sociais, pensa como eu.
Tenha seus direitos preservados – direito a tua segurança, direito a tua vida, direito a tua liberdade. Direito de ter uma escola de qualidade para sair nivelado com todos na busca por oportunidades. O Estado não deve dizer a ninguém como pensar ou agir. Nenhuma ideologia deve. Mas precisamos de respeito a cada um, sem ficarmos nos perdendo em debates de movimentos específicos, nos dividindo enquanto eles, que detém o poder, fazem o que querem. Para eles sempre será bom uma sociedade dividida, que gaste sua energia e foco em pautas pré-agendadas.
É preciso perceber que esta luta de classes tão apregoada pelas esquerdas é fogo fátuo, manobra diversionista, item número um na construção de um discurso manipulador. Isca para frustrados e incompetentes. Remonta a época da Revolução Industrial. Hoje estamos em plena Revolução Tecnológica. Estas teorias estão ultrapassadas, descontextualizadas. Falar em capitalismo opressor é uma grande mentira, pois só o capitalismo defende a liberdade e proporciona oportunidades. O capitalismo com mercado livre, com o verdadeiro liberalismo econômico, é que permite aos indivíduos buscarem sua felicidade. Só ele gera oportunidades, gera emprego e renda, produz riqueza, conhecimento e inovação. Somos nós, indivíduos, que movemos o mundo e não os governos, nunca os partidos, nunca as ideologias políticas. Vivemos um novo paradigma, um mundo globalizado onde o valor do que produzimos – seja bem, cultura ou serviço – é determinado pela utilidade e pela relevância. Vivemos tempos de economia compartilhada, de autogestão, de inovação e criatividade. Vivemos a nova economia onde um garoto em casa cria um aplicativo e pode ficar rico do dia para noite.
Deveríamos estar falando de defender a República contra o Populismo no Brasil. Este populismo clientelista e patrimonialista. Isto não é capitalismo. Nunca foi. O debate deveria ser em torno de políticas de resultado, com foco nas prioridades da população, transparência total no uso de recursos, respeito aos indivíduos, menos intervenção do Estado, menos impostos para desperdiçar e desviar. Infelizmente o liberalismo nunca existiu no Brasil, é uma grande mentira dizer que sim. Nunca tivemos um governo nem perto de ser liberal. Ninguém respeita mais os direitos individuais do que os liberais. Se tivéssemos a chance de ter um governo liberal, com o verdadeiro capitalismo de livre mercado, teríamos desenvolvimento sustentável, crescimento saudável, empregos, renda.
DESEMPENHO ECONÔMICO E SOCIAL
Nas medições de desempenhos econômicos e sociais dos mais diversos países do nosso planeta, o nosso pobre país, desde o momento em que passou a ser governado (???) pelo PT, tudo aquilo que já não era bom passou a ficar pior, na comparação com os demais países analisados.
ESCANCARADO
Em alguns deles, que julgo mais importantes, a queda só não foi maior porque os concorrentes, pela forma e/ou sistemas de governo, são de baixíssimo nível. Mesmo assim, o que ficou bem escancarado é a grande disputa entre Brasil e Venezuela, para ver qual desses dois países ficaria na pior classificação.
PIOR POSIÇÃO DA SÉRIE
Vejam, por exemplo, que no ranking que avalia a COMPETITIVIDADE de 140 países, divulgado anualmente pelo Fórum Econômico Mundial, através do Relatório Global de Competitividade 2015-2016, o Brasil caiu 18 posições. Atingimos, portanto, para desespero dos -OTIMISTAS- a -PIOR POSIÇÃO DA SÉRIE HISTÓRICA-.
PONTOS PRINCIPAIS
Nesta última medição, sem qualquer surpresa, os pontos que mais contribuíram para a piora do nosso país são:
- CONFIANÇA NAS INSTITUIÇÕES;
- BALANÇO NAS CONTAS PÚBLICAS; e
- CAPACIDADE DE INOVAR E EDUCAR. Que tal?
Com isto ficamos abaixo não só de países emergentes, como México, Índia, África do Sul e Rússia, como também de economias menores, como é o caso do Uruguai, Peru, Vietnã e Hungria. Triste, não?
SEIS ANOS DE GOVERNO DILMA
Como bem informa Carlos Arruda, professor de Inovação e Competitividade da Fundação Dom Cabral, em 2010, Brasil estava na 38ª posição. Este ano, o Brasil está na 57ª. Ou seja, nos últimos SEIS ANOS DE GOVERNO DILMA só contabilizamos perdas. Pode?
Enquanto a Grécia consegue ser melhor do que o Brasil, quem vem atrás é a Croácia, Ucrânia, Mongólia e Venezuela.
GOLPE PETISTA
Pelo péssimo desempenho do Brasil nesses últimos anos vê-se, com absoluta clareza, que em termos de competitividade o Brasil sofreu um duro e premeditado GOLPE PETISTA. Esta não é uma conclusão exclusivamente minha.
Analistas de vários países entendem que o fato de cair tantas posições em tão pouco tempo não é culpa do acaso e muito menos da sempre comentada crise mundial. Até porque todos os países do mundo foram afetados pela crise econômica.
TAÇA - FORO DE SÃO PAULO -
Cada dia que passa mais me convenço de que o PT, desde que chegou ao Poder, tratou de medir forças, de fato, com a Venezuela. Ambos entraram na disputa, com total ardor e vontade, em busca da TAÇA -FORO DE SÃO PAULO-. O vencedor, pelo REGULAMENTO do FSP, deve ser aquele que quebra primeiro, levando para o túmulo a desgraça dos povos latinos que integram a ORGANIZAÇÃO COMUNISTA. Este, caros leitores, é o grande legado dos governos Lula/Dilma- PETISTAS.