• Ives Gandra da Silva Martins
  • 03 Maio 2016


(Publicado originalmente no Estadão de 02/05/2016)

Em meus artigos, raramente falo de pessoas, preferindo discutir ideias, em uma democracia em que o contraditório é a constante. Todos os políticos que defendem “teorias abrangentes e excludentes de outras” são vocacionados à ditadura. Os que defendem “teorias não abrangentes e sujeitas ao debate” têm vocação para a democracia, como expunha John Rawls, em sua obra “Justiça e Democracia”.

Em meu livro “Uma breve teoria do poder”, mostro que as democracias crescem com oposições fortes, que limitam o nível de arbítrio dos detentores do poder. Quando são fracas, aqueles que governam tendem a tornar-se ditadores, como vimos com Fidel e Raul Castro, ditadores declarados, e seus aprendizes, Chavez, Morales e Correa. Não cuido de Maduro, pois sua incompetência e vocação ditatorial são tão desastradas, que conseguiu arrasar a terceira economia da América do Sul. É assegurado no poder, apenas por força de um Judiciário fantoche, formado na undécima hora para enfraquecer o Legislativo eleito.

A presidente Dilma, que sempre esteve fascinada pela mais sangrenta ditadura das Américas (Cuba) e por tiranetes dos países bolivarianos, tem, ultimamente, após ser fragorosamente repudiada pelo Legislativo popular - a Câmara é Casa do Povo, e não o Senado -, reiterado que “impeachment” é um golpe.

É de se lembrar que o Senado é a Casa da Federação, ou seja, da representação dos Estados. Por isto, os eleitores votam em um ou dois candidatos. Para Câmara, não. Há uma variedade enorme de opções. O próprio Senado surgiu, nos EUA, por imposição das Colônias do Sul, a fim de impedir a abolição da escravatura, que poderia ocorrer pela maior população do Norte, se houvesse uma única Casa Legislativa. Uma Casa em que a representação de cada Colônia fosse idêntica, independentemente da população, permitiu a promulgação da Constituição de 1787 e a ideia de uma Confederação de 13 países foi substituída por uma Federação de 13 Estados. Os Estados do Sul conseguiram, assim, atrasar em 80 anos a abolição da escravatura.

Ora, após sua fragorosa rejeição por mais de 70% na Câmara dos Deputados, representantes reais do povo, as declarações da presidente, de rigor, transformam-na em golpista contra as instituições brasileiras. Foi vencida, tendo a Câmara seguido, sem qualquer alteração, o rito definido pelo Supremo Tribunal Federal. Entende, agora, que o Supremo Tribunal Federal e a Câmara dos Deputados foram golpistas!!! A conclusão é que seu próprio criador, o ex-Presidente Lula, foi, em sua peculiar visão, também golpista, quando liderou o “impeachment” do Presidente Collor. Hospeda, por outro lado, a tese de que a Constituição Brasileira teria 248 artigos democráticos e dois golpistas, ou seja, os artigos 85 e 86. Para a Presidente da República, o Supremo Tribunal Federal é golpista, por cumprir a Lei Maior. Mas ela não o é, apesar de pretender desmoralizar os outros dois Poderes da República.

Vejamos porque é golpista a Presidente. Em primeiro lugar, deu um golpe na nação, ao mentir espetacularmente na campanha eleitoral, alardeando que o país estava bem em 2014, quando já estava falido. Este estelionato eleitoral permitiu que, por margem mínima de votos, superasse seu opositor, que teve quase os seus 54 milhões de votos. A mentira presidencial, desventrada nos primeiros dias de seu segundo governo, tornou-se mais clara, quando o Tribunal de Contas descobriu as pedaladas fiscais, que mascararam, no ano eleitoral, o orçamento. Feriu, pois, os artigos 165 a 169 da Lei Suprema e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mentiu para os eleitores que as contas públicas estavam sob controle, quando já estavam absolutamente desorganizadas.

Deu, também, um golpe na economia. Em seu desastroso governo, prevê-se queda de 10% do PIB, nestes dois primeiros anos. Um outro golpe foi desferido no controle inflacionário, permitindo que a inflação chegasse a 10%. Deu ainda golpe fatal no emprego, gerando 10 milhões de desempregados. Na sequência, deu um golpe no dinheiro dos contribuintes, ao permitir que seu governo fosse o mais corrupto da história do mundo. Deu, por fim, um golpe na credibilidade de seu cargo, ao prometer juros baixos e mantê-los em nível que consome mais de 500 bilhões de reais por ano, para seu giro. O mais grave, todavia, reitero, é o golpe às instituições, ao desqualificar a atuação da Suprema Corte e do Parlamento brasileiro, chamando-os de golpistas. Neste quadro, o que torna o golpe pior no comportamento da Presidente, é procurar enganar governos de outros países - como enganou o eleitor, em 2014 - na busca de apoio de outras nações às suas teses insubsistentes. Pretende que governos bolivarianos imponham sanções ao Brasil. Apenas estes dados são suficientes para mostrar que, se seu “impeachment” não passar, não terá a menor condição de governar. Seu espírito guerrilheiro do passado, em que pretendia uma ditadura cubana para o Brasil, parece renascer. Felizmente, começa a ser impedida pela Casa do Povo. Se sobreviver ao “impeachment”, levará a nação ao mesmo destino da Venezuela.

Mas, as instituições estão funcionando no país, e o golpe institucional, econômico, político que pretende dar está sendo barrado pela Suprema Corte e pelo Congresso Nacional. Nada obstante a crise provocada por seu deletério e corrosivo governo, elas continuam funcionando bem. Nenhum destes Poderes é golpista. O Brasil possui uma Lei Suprema, que tem sido valorizada pelos Poderes Judiciário e Legislativo. Merecem, todavia, seus atos e declarações serem examinados à luz da Lei 7.170/83, que cuida dos crimes contra a segurança nacional. Pode ter incidido em alguns deles. Parece-me, pois, que a Presidente Dilma é a única verdadeira golpista contra as instituições.
 

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  • João Cesar de Melo
  • 03 Maio 2016

 

(Publicado originalmente em http://www.institutoliberal.org.br/

Talvez a maior de todas as falácias ruminada pelos socialistas seja a que diz que desigualdade é um mal em si mesmo e está diretamente relacionada à pobreza.

Da revolução comunista até o final da década de 1970, a China foi um país extremamente igualitário. Tão igualitário quanto a atual Coreia do Norte. O governo protegia a população das “desgraças” do capitalismo, mas não da fome. Pesquisadores apontam algo entre 40 e 100 milhões de mortes por inanição naquele período. O cenário começou a mudar logo depois que o capetinha capitalista assoprou no ouvido dos líderes chineses, aconselhando abrir o mercado, reestabelecer o direito a propriedade privada e ao lucro. De lá pra cá, 800 milhões de chineses saíram da pobreza.

Pergunto: Devemos preferir a igualdade que vigorava antes da abertura de mercado na China ou a desigualdade que veio depois?
Façamos, então, a clássica comparação entre os Estados Unidos e Cuba.
Os americanos vivem imersos na desigualdade. Os ricos moram em pequenos palácios, ostentam joias e carros de luxo, vestem roupas de grife, jantam em restaurantes chiques. Muitos ganham milhões de dólares por ano. Alguns acumulam bilhões em fortuna.
Trabalhando para eles está a grande parcela da população que é identificada como pobre, o que significa, de acordo com os critérios americanos, uma pessoa com renda anual abaixo de US$ 11 mil – lembrando que o Banco Mundial identifica como pobre quem ganha menos de US$ 400 por ano. Nos Estados Unidos, profissões pouco glamorosas como pedreiro, manicure e faxineira rendem de US$ 3 mil a US$ 4 mil dólares por mês e é considerada de classe média a pessoa com rendimentos anuais entre US$ 50 mil e US$ 500 mil, grupo que representa 37% da população.
Segundo a Heritage Fundation, 99% dos americanos residem em bairros com infraestrutura e saneamento completos, 95% têm televisão; 92% têm forno-microondas, 88% têm telefone; 71% têm automóvel, 70% têm ar condicionado/aquecedor, mais de 60% têm TV a cabo e 42% moram em residências próprias.

Na desigualdade americana, assim como na de qualquer país desenvolvido, o pobre só não tem condições de usufruir do luxo e das extravagâncias dos ricos. Um balconista não ganha o suficiente para ter um Porsche.
Vejamos o grande modelo de igualdade social na América Latina. Em Cuba, a maioria da população usufruiu de um mesmo padrão de vida. O governo oferece a todos os cidadãos péssimas moradias, péssima infraestrutura urbana, péssimas escolas, péssimos hospitais, péssima alimentação e o mesmo programa cultural moldado pela ditadura. Quase não há diferença salarial entre as profissões. Um médico ganha menos de US$ 50 por mês, o que não lhe dá condições de ter a grande maioria dos itens que compõem a vida de um favelado brasileiro. Um ventilador é artigo de luxo na ilha.

Estou enrolando. Eu poderia citar apenas o índice GINI, que mede a desigualdade no mundo. Nele, fica explícito que a desigualdade não representa necessariamente pobreza. No índice, o Timor Leste é tão desigual quanto o Canadá, o Iraque é tão desigual quanto a Coreia do Sul, a Guiné-Bissau é tão desigual quanto a Nova Zelândia e a Nicarágua é tão desigual quanto os Estados Unidos.
Precisamos compreender alguns pontos sobre a desigualdade:
1 – Diversidade cultural.
Nas profundezas do índice GINI vemos que das quinze cidades mais igualitárias do Brasil, doze são gaúchas e de origem alemã, com índices semelhantes aos da Dinamarca. Essa constatação repete-se ao compararmos os índices do interior do nordeste brasileiro com o do Japão. Isso indica que um povo moldado por uma mesma cultura tende à igualdade. Não por acaso, as cidades mais desiguais são aquelas que acolhem os maiores níveis de diversidade cultural e religiosa.

2 – Contrastes urbanos.
Ao contrário do que a mídia e a militância socialista tentam nos fazer crer, as imagens de favelas logo ao lado de condomínios de classe média-alta revelam que os pobres estão melhorando de vida. “As cidades não criam pobres. Elas atraem pobres, (…) justamente porque fornecem o que eles mais precisam — oportunidade econômica”, diz o Edward Glaeser, professor de Harvard, especialista em economia das cidades. O que o economista quer dizer é que o estilo de vida dos mais ricos sustenta a rede de empregos que possibilita que pessoas deixem os bolsões de extrema miséria do interior para viverem numa pobreza urbana que pode lhe alçar a uma condição de vida melhor na medida em que migram de um emprego para outro.
Eu, particularmente, conheço muitas pessoas que percorreram esse caminho, dentro e fora de minha família.

3 – O papel do estado.
Marcelo Medeiros e Pedro Souza, ambos do Ipea, publicaram em 2013 a pesquisa Gasto Público, Tributos e Desigualdade de Renda no Brasil, na qual analisaram todas as movimentações financeiras do governo e calcularam o impacto delas no coeficiente de Gini brasileiro. Concluíram que um terço da desigualdade é diretamente relacionada ao pagamento de benefícios do funcionalismo público. Como o maior peso dos impostos incide sobre a produção e o consumo, os mais pobres acabam sustentando os altos salários e as aposentadorias especiais de uma verdadeira classe de privilegiados.

A concessão de estabilidade de emprego e de patrocínios a projetos culturais também contribui com a desigualdade, pois oferece a determinados grupos uma renda sustentada por todo o resto da sociedade, a despeito de quaisquer circunstâncias econômicas.

4 – Incentivos econômicos.
Os empréstimos especiais que os governos destinam aos grandes empresários não apenas encarecem o empréstimo para os pequenos, mas alimentam a dependência de setores da economia. Essa foi a essência da política econômica do governo petista.

5 – Regulações de mercado.
Todos os carteis e monopólios são protegidos por leis que beneficiam os empresários já estabelecidos no mercado enquanto dificultam a inserção de outros. Ao sustentar o cartel dos taxistas, por exemplo, o governo dificulta que uma massa de pessoas se inclua no mercado.

O fato ignorado sistematicamente pela mídia é que a pobreza está sendo diminuída com cada vez mais velocidade e que não são governos, nem ações humanitárias, nem os discursos socialistas os responsáveis por isso. Quem está acabando com a pobreza é o mercado. Pessoas e empresas visando o lucro fazendo chegar produtos e tecnologias aos lugares mais distantes. Na África, como já escreveu a documentarista queniana June Arunga, enquanto os governos não exercem as funções que eles mesmos se dão, os “malditos” capitalistas fazem chegar aos africanos computadores, celulares, internet, geladeiras, aparelhos eletrônicos, geradores de energia, motores de barcos, máquinas, ferramentas, motocicletas, automóveis e materiais de construção que, em conjunto, é o que vem permitindo que milhões de africanos empreendam pequenos negócios e se afastem da miséria.

É sempre bom nos lembrar do resultado da pesquisa feita pela ONG Data Favela (e que já foi tema de outroartigo), na qual 96% dos moradores das 63 favelas pesquisadas afirmam que NÃO foi o governo o responsável pela melhoria da qualidade de vida. Para 14%, a família foi a causa, para 40% foi Deus o responsável e para 42% a melhoria de suas vidas foi obra tão somente de seus próprios esforços.

Aos que gostam de citar o pequeno grupo de pessoas que concentram a maior parte da riqueza mundial, lembro que apenas um terço delas herdou sua fortuna, a outra parte construiu por si mesma; e também que esta mesma lista mostra-se diferente de década em década, demonstrando mobilidade até entre os bilionários. Dez anos atrás, Eike Batista despontou com um dos homens mais ricos do mundo. Onde ele está agora?

A mensagem que o desenvolvimento humano deixa é muito clara: Quanto mais liberdade as pessoas tiverem para comercializar seu tempo, seu trabalho e seu talento, mais elas se distanciarão da pobreza.

 

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  • João César de Melo
  • 02 Maio 2016

 

(Publicado originalmente em www.alertatotal.net)

Todos os dias, assistimos diversos grupos ostentando símbolos e reverenciando ditaduras comunistas, invadindo e depredando propriedade privada, bloqueando estradas e ameaçando tocar fogo no país caso Dilma seja afastada, mas a preocupação da Globo News é com o avanço do nazismo no Brasil.

Por toda a semana, o principal canal de notícias da TV fechada veiculou a chamada para uma reportagem sobre o assunto, terminando com a seguinte frase: "Algo precisa ser feito". É verdade. Algo precisa ser feito.
O apoio que a imprensa brasileira vem dando ao processo de impeachment não representa uma guinada a direita. Está apenas tentando salvar a si mesma, seus negócios. Ela sabe que o PT quebrou o Brasil e que Dilma não tem interesse nem condições de resolver os problemas. Sabe que um novo governo reanimará o mercado e fará pelo menos alguns ajustes. A grande mídia precisa de uma economia saudável tanto quanto qualquer pequena empresa. No entanto, ainda não será desta vez que veremos o jornalismo brasileiro realmente comprometido com a verdade e respeitando a sociedade. Os grandes jornais e telejornais continuarão sendo os principais apoiadores no comunismo.

Na semana passada, Gregório Duvivier disse ao jornal Folha de São Paulo o que faria para resolver a crise brasileira: Dissolveria o congresso para impor expropriações e que só convocaria novas eleições quando julgasse que suas medidas já estivessem bem consolidadas. Traduzindo: Uma clássica revolução comunista. Qual a repercussão de suas palavras? Nenhuma. Lembrando: Duvivier é um dos principais nomes do meio cultural "contra o golpe e a favor da democracia".

A deputada Jandira Feghali, que na câmara liderou a mesma campanha "contra o golpe e a favor da democracia" é filiada ao PCdoB, partido que apoia formalmente a ditadura da Coreia do Norte. Alguma vez a Rede Globo questionou isso? Nunca. Jandira Feghali continua tendo acesso aos microfones da maior emissora do país como se fosse a mais nobre defensora da liberdade.

Um dos fundadores do PSOL, Achile Lollo, pertenceu a um grupo terrorista na Itália, onde o próprio incendiou a casa de um adversário, causando a morte de duas pessoas, entre elas, uma criança.

O deputado estadual Marcelo Freixo, do mesmo PSOL, financiou e deu suporte jurídico a black blocs durante a onda de protestos em 2013.
No ano de 2014, o PSOL recebeu pouco mais de R$ 3 milhões do fundo partidário. No ano seguinte, o valor saltou para R$ 16 milhões. O PCdoB recebeu R$ 17 milhões para defender o comunismo. O PT recebeu R$ 116 milhões para destruir a economia brasileira. Partidos como PCO, PSTU e PCB, inexpressivos no congresso, mas com grande influência nos movimentos estudantis, receberam em 2015 mais de R$ 6,5 milhões de reais do governo para lutar contra a propriedade privada.

O Instituto Paulo Freire recebeu quase R$ 600 mil para difundir o marxismo na educação. O MST, movimento não tem sequer um CNPJ, recebeu R$ 1,6 milhões para invadir fazendas e destruir centros de pesquisa. A UNE recebeu quase R$ 1 milhão pelo seu trabalho de recrutamento de comunistas. O governo petista já enviou mais de US$ 6 bilhões para regimes comunistas por meio de financiamentos obscuros. Os assassinos Che Guevara, Fidel Castro, Lamarca e Mariguela são homenageados com frequência dentro do congresso, nas universidades e em diversos eventos oficiais, sob total complacência da Rede Globo.

Pergunto:
Qual a intenção da Rede Globo ao santificar os terroristas que tentaram derrubar a ditadura militar para implantar uma ditadura comunista?
Em que sentido a ditadura militar brasileira foi pior do que os regimes comunistas da época?

Por qual razão a Rede Globo nunca se aprofundou sobre o grupo terrorista do qual participava a atual presidente da república a alguns de seus companheiros que vieram a ocupar e ainda ocupam altos cargos no governo?

Existe um bilhão de livros para compor uma cena romântica de novela. Sendo assim, por qual razão o livro escolhido pela Globo para uma cena estrelada pela queridinha Marjorie Estiano na novela Amor a Vida foi Meus Treze Dias com Che Guevara? A intenção era mostrar o lado poético da vida de um assassino? "É muito legal saber um pouco mais do Che, o que ele pensava...", comenta a personagem Natasha, suspirando de admiração.

Que compromisso com a verdade é esse que não permite informar o cidadão comum sobre a verdadeira biografia dos líderes de movimentos e de partidos de extrema-esquerda e a afinidade deles com ditaduras e com autores que fundamentaram a teoria do totalitarismo comunista?
Que compromisso com a verdade é esse que não permite informar o brasileiro sobre a perseguição sofrida pelos cristãos em Cuba?
Que compromisso com a verdade é esse que não permite informar a população sobre a miséria generalizada que foi imposta pelos comunistas em TODOS os países que dominaram?

Que compromisso com a verdade é esse que chama de "manifestações populares" os eventos organizados por sindicatos e partidos comunistas que pagam pela presença dos participantes?

Na reportagem sobre o nazismo que foi ao ar hoje, a Globo News fez entrevistas com vítimas, identificou células do movimento, destacou os horrores dos campos de concentração mas... quando a emissora fez algo parecido sobre os horrores do comunismo? Nunca.

Insisto:
Como devemos julgar uma emissora que, a despeito dos tantos movimentos comunistas que nos ameaçam cotidianamente, ocupa seu horário nobre com uma reportagem sobre a "ameaça neonazista"? Quem já viu uma suástica sendo exibida na rua? Qual partido político defende as ideias nazistas? Será mesmo que o movimento neonazista que ninguém vê merece, no atual momento do Brasil, uma reportagem especial da Globo News? Não deveríamos suspeitar da intenção de se levar ao ar tal reportagem justamente no momento em que os grupos que defendem o PT acusam a oposição de ser golpista, fascista e... nazista?

Contra o nazismo, existem leis e o repúdio da mídia e da sociedade. E contra o comunismo?

Algo precisa ser feito.

Até quando estaremos reféns de uma mídia que dá voz a pessoas, grupos e partidos que lutam contra a iniciativa e a propriedade privada? Até quando seremos obrigados a ver grandes veículos de comunicação tratando como celebridades artistas e intelectuais que defendem ditaduras?

Algo precisa ser feito e eu digo o quê: Acabar com a legislação que impede o surgimento de novos canais de televisão.

João Cesar de Melo é membro do Instituto Liberal.

 

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  • Editorial Estadão
  • 01 Maio 2016

Publicado no Estadão (30/04)

Na iminência de ser desalojada do Palácio do Planalto, a petista Dilma Rousseff parece disposta a reafirmar, até o último minuto de sua estada no gabinete presidencial, a sesquipedal irresponsabilidade que marcou toda a sua triste trajetória como chefe de governo.

Até aqui, a inconsequência de Dilma podia ser atribuída, com boa vontade, apenas a sua visão apalermada de mundo, que atribui ao Estado o poder infinito de gerar e distribuir riqueza, bastando para isso a vontade "popular", naturalmente representada pelo lulopetismo. Agora, no entanto, ciente de que não escapará da destituição constitucional, justamente porque violou a Lei de Responsabilidade Fiscal, Dilma resolveu transformar essa irresponsabilidade em arma, com a qual pretende lutar contra o Brasil enquanto ainda dispuser da caneta presidencial.

A presidente prepara um pacote de "bondades", quase todas eivadas do mesmo espírito populista que tanto mal tem feito ao País. A ideia da petista é obrigar o novo governo, presidido por Michel Temer, a assumir o pesado ônus político de tentar anular algumas dessas decisões, que claramente atentam contra as possibilidades do Orçamento.

Um exemplo é a concessão de um reajuste do Bolsa Família. Articulada pelo chefão petista Luiz Inácio Lula da Silva, a medida deverá ser divulgada por Dilma para celebrar o Dia do Trabalho, amanhã. Não é uma mera "bondade". Trata-se de uma armadilha para Temer.

O próprio Tesouro avalia que não há nenhuma possibilidade de conceder reajuste para os beneficiários do Bolsa Família sem, com isso, causar ainda mais estragos nas contas públicas. O secretário do Tesouro, Otávio Ladeira de Medeiros, disse que não há "espaço fiscal" – isto é, recursos no Orçamento – para o aumento.

Segundo Medeiros, o Orçamento tem uma margem de R$ 1 bilhão para reajustar o Bolsa Família, mas a extrema penúria das contas da União não permite que se mexa nesse valor enquanto o Congresso não aprovar a nova meta fiscal – o governo quer aval para produzir um déficit de até R$ 96,95 bilhões no ano. Sem essa autorização, e diante da perspectiva de nova queda da receita, a Fazenda reconhece que será necessário fazer um contingenciamento orçamentário ainda maior, o que inviabiliza o reajuste do Bolsa Família.

Essa impossibilidade, aliás, foi prevista pela própria Dilma. Ao sancionar a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016, nos últimos dias do ano passado, a petista vetou os reajustes de todos os benefícios do Bolsa Família. A previsão era de um aumento de ao menos 16,6%, correspondente ao IPCA acumulado de maio de 2014 – data do último reajuste do Bolsa Família – a novembro de 2015. Ao justificar o veto, Dilma escreveu que "o reajuste proposto, por não ser compatível com o espaço orçamentário, implicaria necessariamente o desligamento de beneficiários do Bolsa Família".
Agora, no entanto, Dilma mandou às favas o que havia restado daquela prudência, com o único objetivo de sabotar Michel Temer. Sem ter autorização para mais gastos, o governo terá de fazer novos cortes até o final de maio – quando se espera que o País já esteja sendo governado pelo peemedebista –, e então qualquer liberação de dinheiro adicional para pagar um Bolsa Família reajustado poderia representar o mesmo crime de responsabilidade pelo qual Dilma está sendo acusada.

Atitudes como essa fazem parte de um conjunto de decisões indecentes que Dilma resolveu tomar para travar sua guerra particular contra o País. Sempre sob orientação de Lula, o inventor de postes, Dilma escancarou seu gabinete para os líderes das milícias fantasiadas de "movimentos sociais", fazendo-lhes todas as vontades e concedendo-lhes benefícios com os quais Temer terá de lidar. Enquanto isso, mandou seus ministros se recusarem a colaborar com os assessores de Temer e reforçou sua campanha internacional para enxovalhar a imagem do Brasil no exterior, caracterizando o País como uma república bananeira. E esse espetáculo grotesco não deve parar por aí.

Eis o tamanho da desfaçatez de Dilma e de Lula. Inimigos da democracia, eles consideram legítimo aprofundar a crise no Brasil se isso contribuir para a aniquilação de seus adversários. Isso não é política. É coisa de moleques.
 

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  • Roberto Rachewsky
  • 30 Abril 2016

 

A genial maneira escolhida para ironizar a hipocrisia da esquerda, evidenciando a promíscua relação entre os amantes do socialismo e os produtos do capitalismo, serve de estímulo a uma análise um pouco mais profunda desta questão.

Devemos nos perguntar, por que Steve Jobs criou e colocou à venda um produto tão magnífico como o iPhone? Por que as pessoas, inclusive você, Socialista de iPhone, adquiriram o seu, pagando o que tiveram que pagar?
Por uma razão muito simples, todos, seja o Steve Jobs, ou qualquer outra pessoa neste mundo, acreditam que é do seu auto-interesse fazê-lo, pois ao final, acabariam lucrando.

Steve Jobs acabou bilionário, porque em nome de seu auto-interesse, atendeu a milhões de consumidores. Assim como, um socialista qualquer, pelo mesmo motivo, incorporou ao seu dia-a-dia, algo com valor muitas vezes maior do que pagou por ele.

Esta é a lógica central, que embasa as relações entre indivíduos, que usam o seu auto-interesse racional, para obter as condições necessárias, para uma vida melhor, mais produtiva, mais econômica e mais feliz.

É o legítimo processo de livre-mercado, onde as trocas voluntárias e espontâneas produzem resultados maiores do que a soma das partes, podendo assim, ser chamado de jogo do ganha/ganha, onde, ganha quem compra e ganha quem vende. Indo além desta análise, que colocou em igualdade de condições, um genuíno capitalista, Steve Jobs, e qualquer Socialista de iPhone, cabe-nos fazer a seguinte reflexão: como alguém pode produzir um iPhone e como alguém pode adquiri-lo?

Obviamente, através da necessária geração anterior de valor. Ou seja, para que Steve Jobs pudesse vender um iPhone, ele precisaria concebê-lo, produzi-lo, divulgá-lo até oferecê-lo ao mercado consumidor. Para que isso se tornasse realidade, além da sua própria mente, da sua genialidade, ele precisaria de gente que financiasse seu empreendimento, no caso, acionistas ou banqueiros que usariam os seus recursos disponíveis para que Steve Jobs pudesse tornar seu sonho uma realidade.

Por outro lado, como alguém poderia adquirir o produto resultante desta iniciativa empreendedora de Steve Jobs? Obviamente também, gerando valor para outras pessoas que retribuiriam pagando pelo que obtivessem. Ou seja, o jogo do ganha/ganha estaria sendo jogado entre todos aqueles que estivessem exercendo o legítimo direito de buscar a satisfação do seu auto-interesse.

Trocas voluntárias, transações livres e espontâneas para a satisfação mútua de autointeresses convergentes, através da produção de bens e geração de valor, são a alma do capitalismo. Por isso que não se diz Capitalista de iPhone. Não faria sentido. Os conceitos capitalista e produto do capitalismo são indissociáveis, não-contraditórios.

Por que torna-se sarcástica a expressão Socialista de iPhone? Por que ela é contraditória. Nenhum socialista quer viver no socialismo. Todos querem alcançar poder suficiente, para viver como um capitalista. Porém, com o dinheiro dos outros.

É por isso que socialistas defendem o uso da violência, como meio para obterem os valores que necessitam para se satisfazer. E é a violência que destrói a alma do capitalismo, o sistema de relações interpessoais, baseado em trocas espontâneas e voluntárias, livres da coerção. É o capitalismo que possibilitou que Steve Jobs criasse o iPhone.
Capitalistas vêem as relações no mercado como um jogo de ganha/ganha, socialistas acreditam se tratar de um jogo de soma zero, onde para um ganhar, o outro tem que perder.

É por isso que socialistas de iPhone são uma contradição ambulante, sujeitos a mais sagaz das críticas, o humor irônico ou sarcástico.

Para fazer uma analogia, um socialista com iPhone é como um ateu carregando um crucifixo no peito.

É claro que há uma diferença fundamental metafísica, o iPhone pode propiciar ao socialista, uma vida melhor.
Encerro com um desafio: ou vocês deixam de ser socialistas, ou devolvam seu iPhone na loja mais próxima.

– Publicado originalmente no Socialista de Iphone.

 

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  • Colégio Americano de Pediatras
  • 29 Abril 2016

 

Introdução do Dr. Heitor de Paola, que faz os comentários em itálico na declaração que segue: O texto abaixo, um position statement do Colégio Americano de Pediatras, é uma das primeiras manifestações de uma entidade científica respeitada que rompe o bloqueio da ideologia de gênero e sua “narrativa sagrada” que não admite discussões, menos ainda dissenções explícitas. Este não é um texto político ou ideológico, apenas técnico, baseado em conceitos estabelecidos pela prática médica.

A ideologia de gênero é uma falácia do argumento feminista, segundo o qual o gênero seria uma mera construção cultural. Quando a maioria das sociedades científicas e psicológicas se rende à nefasta ideologia de gênero, são os pediatras que vêm mostrar a crua realidade da infância, da puberdade e da adolescência e as mentiras dos defensores da transgeneralidade.

Creio de bom alvitre publicá-lo com meus esclarecimentos para o público leigo e comentários pertinentes. A tradução do original é de William Uchoa e os esclarecimentos e comentários estão entremeados no texto (em itálico). O Colégio Americano de Pediatras insta educadores e legisladores a rejeitarem todas as políticas que condicionam as crianças a aceitarem como normal uma vida de personificação química e cirúrgica do sexo oposto. Fatos - não ideologia - determinam a realidade.
Dr. Heitor de Paola


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1. A sexualidade humana é uma característica biológica binária objetiva: "XY" e "XX" são marcadores genéticos de saúde – não marcadores genéticos de um distúrbio. A norma para o projeto humano deve ser concebida como macho ou fêmea. A sexualidade humana é binária por princípio, com a finalidade óbvia de reprodução e florescimento de nossa espécie. Este princípio é auto-evidente. Os distúrbios extremamente raros de diferenciação sexual (DSD - disorders of sexual differentiation), incluindo, mas não limitados, à feminização testicular e hiperplasia adrenal congênita, são todos desvios medicamente identificáveis da norma binária sexual, e são justamente reconhecidos como distúrbios do projeto humano. Indivíduos com DSDs não constituem um terceiro sexo.

HP – A feminização testicular, mais corretamente chamada de síndrome de insensibilidade androgênica (AIS) verifica-se quando uma pessoa geneticamente do sexo masculino (tem um cromossoma X e um cromossoma Y) é resistente aos hormônios masculinos chamados andrógenos. Como resultado, a pessoa possui algumas ou mesmo todas as características físicas de uma mulher, apesar de possuir a composição genética de um homem.
Hiperplasia adrenal congênita: distúrbio hormonal uma mutação genética, que provoca produção demasiada de andrógenos no feto. Em indivíduos do sexo feminino, causa uma masculinização da genitália externa e aumento do clitóris. Indivíduos do sexo masculino afetados possuem genitália externa normal e o diagnóstico pode não ser feito na primeira infância. Entretanto, o excesso de hormônio, em ambos os sexos, leva a um crescimento rápido e maturação esquelética prematura.

Certamente é auto-evidente que não constituem um sexo aparte, mas é preciso ter olhos adequados para perceber o óbvio. Quando a mente está bloqueada por um distúrbio ideológico, o óbvio se torna obscuro. A tomada da mente pela ideologia feminista impede seu uso dentro de limites razoáveis. A falsa concepção precisa ser “comprovada” a todo custo, forçando e suprimindo a realidade.

2. Ninguém nasce com um gênero. Todos nascemos com um sexo biológico. Gênero (uma consciência e senso de si mesmo como homem ou mulher) é um conceito sociológico e psicológico não um conceito biológico objetivo. Ninguém nasce com a consciência de si mesmo como masculino ou feminino esta consciência se desenvolve ao longo do tempo e, como todos os processos de desenvolvimento, pode ser prejudicada por percepções subjetivas, relacionamentos e experiências adversas que ocorrem desde o início da vida, o período de recém-nascido. As pessoas que se identificam como "sentindo a si mesmos como se fossem do sexo oposto" ou "em algum lugar entre os dois sexos" não pertencem a um terceiro sexo. Permanecem homens biológicos ou mulheres biológicas.

HP – Neste ponto recordo a assertiva de Olavo de Carvalho, com a qual concordo inteiramente: “quando um conservador diz que o sexo é um fato biológico, mas o gênero é apenas uma categoria sociológica, ele só mostra o quanto o seu cérebro já foi dominado pela linguagem do adversário. Gênero não é nem nunca foi uma categoria sociológica. É uma categoria meramente gramatical à qual se pretende, pela propaganda repetida, dar uma dimensão sociológica”.

Segundo Roger Scruton, “evado ao extremo – e o feminismo leva tudo ao extremo – a teoria reduz o sexo a uma mera aparência, com o gênero como realidade. Se, depois de ter forjado sua verdadeira identidade de gênero, você encontra-se alojado no tipo errado do corpo, então é o corpo que tem de mudar. Se você acredita ser uma mulher, então você é uma mulher, não obstante o fato de você ter o corpo de um homem. Daí que os médicos [deveriam] observar as operações de mudança de sexo como uma violação grosseira do corpo e, na verdade uma espécie de agressão (...)” [*]

3. A crença de uma pessoa que ele ou ela é algo que eles não são é, na melhor das hipóteses, um sinal de pensamento confuso. Quando um menino biologicamente saudável acredita que ele é uma menina ou uma menina biológica, biologicamente saudável, acredita que ela é um menino, um problema psicológico objetivo existe e está na mente não no corpo, e deve ser tratado como tal. Estas crianças sofrem de Disforia de Gênero (GD), anteriormente conhecida como Transtorno de Identidade de Gênero (GID), transtorno reconhecido pela mais recente (a quinta) edição do Manual de Diagnóstico e Estatística da Associação Psiquiátrica Americana (Diagnostic and Statistical Manual of the American Psychiatric Association (DSM-V). As teorias psicodinâmicas e sociais do GD / GID nunca foram refutadas.

HP - Absolutamente correto, mas os autores suspendem seus argumentos na “melhor das hipóteses”, não vão às últimas consequências. Quando uma pessoa sente que é algo que não é, afirma ser aquilo que “sente” ou deseja ser, a ponto de comportar-se com sendo, estamos frente a um grave distúrbio mental e não apenas um “pensamento confuso”. É claro que existem gradações, como veremos adiante a respeito da adolescência, mas se este distúrbio se instala de forma permanente, estamos vendo um delírio alucinatório, um quadro psicótico. Estes estados delirantes são difíceis de tratar e, tal como o distúrbio correlato da homossexualidade, se tornaram modernamente quase impossíveis, pois dada a pressão dos movimentos LGBT sobre os órgãos profissionais, os últimos podem ser processados por homofobia e se expor a processos judiciais e a toda sorte de ofensas e ataques, inclusive físicos. A psiquiatria cria belos nomes, como Disforia de Gênero ou Transtorno de Identidade de Gênero, para tentar negar o inegável: o grave distúrbio psicótico.

4. A puberdade não é uma doença e o bloqueio de hormônios da puberdade pode ser perigoso. Reversíveis ou não, o bloqueio de hormônios induz a um estado patológico – a ausência de puberdade – e inibe o crescimento e fertilidade em uma criança antes biologicamente saudável.


5. De acordo com o DSM-V, cerca de 98% de meninos e 88% de meninas confusas com o gênero, aceitam seu sexo biológico após passarem naturalmente pela puberdade.

6. Crianças que usam bloqueadores da puberdade para personificar o sexo oposto vão exigir hormônios do sexo oposto (cross-sex hormones) no fim da adolescência. Os hormônios do sexo oposto estão associados a riscos perigosos para a saúde incluindo, mas não se limitando, a aumento da pressão arterial, formação de coágulos sanguíneos, acidente vascular cerebral e câncer.

HP – (Comentários aos itens 4, 5 e 6): hormônios bloqueadores da puberdade que impedem o desenvolvimento normal têm sido largamente utilizados para suprimir a puberdade, alterando as características sexuais secundárias em crianças que sentem que seus corpos não correspondem às suas fantasias sexuais. O objetivo da supressão da puberdade é preparar a criança para uma vida transgenérica totalmente artificial com graves danos à sua personalidade.

É preciso um esclarecimento para os leitores leigos na matéria.
Em torno dos 11 anos nos meninos e 10 nas meninas a glândula pituitária libera dois hormônios: o luteinizante (LH) e o folículo estimulante (FSH). O aumento destes hormônios estimula as glândulas sexuais a produzirem hormônios sexuais: os testículos produzem a testosterona e os ovários os estrogênios. São estes hormônios que levam às modificações típicas que ocorrem na puberdade.

O bloqueio da puberdade ocorre quando são administrados agentes do tipo gonadotropin-releasing hormone analogs (GnRHa) (Leuprolide ou Depot Lupron e Supprellin ou Acetato de Histrelina - este, um implante sob a pele da parte interna do braço), que bloqueiam a liberação de LH e FSH pela pituitária, o que interrompe a liberação da testosterona pelos testículos ou dos estrogênios pelos ovários. Portanto, estes agentes suprimem a puberdade e o aparecimento das características sexuais secundárias.

O uso terapêutico destes supressores é indicado em casos de puberdade precoce e em certos tipos de câncer sensíveis à terapia hormonal.

Mas trata-se aqui do uso em jovens “transgêneros” para suprimir as mudanças endógenas da puberdade, as quais muitas vezes pioram a “disforia ou distúrbio da identidade de gênero”, condição em que a pessoa sente que sua identidade de gênero é incompatível com seu sexo biológico real. Isto, no mundo real, significa delírio corporal psicótico. Não sendo exposto aos hormônios sexuais adequados acrescentando-se hormônios do sexo oposto (cross-sex hormones) torna mais fácil atingir a “aparência física desejada”. Também são utilizados em indivíduos adultos no processo de “transição de gênero” com concomitante aplicação de hormônios do sexo oposto. Um contato com a realidade da amputação física e mental de uma parte essencial do desenvolvimento humano e a decepção daí decorrente poderá ter como consequência o exposto no próximo item.

7. As taxas de suicídio são vinte vezes maiores entre os adultos que usam hormônios do sexo oposto e se submetem à cirurgia de mudança de sexo, mesmo na Suécia, que está entre os países mais afirmativos de LGBQT. Que pessoa compassiva e razoável condenaria crianças a este destino, sabendo que após a puberdade 88% das meninas e 98% dos meninos acabarão por aceitar a realidade e alcançarão um estado de saúde física e mental?

8. Condicionar crianças a acreditar que uma vida inteira de representação química e cirúrgica do sexo oposto é normal e saudável, é abuso infantil.Endossar discordância de gênero como normal através da educação pública e políticas legais confundirá as crianças e os pais, levando mais crianças a buscar as "clínicas de gênero", onde lhes serão dados medicamentos bloqueadores da puberdade. Isto, por sua vez, praticamente garante que eles vão "escolher" uma vida inteira de hormônios do sexo oposto, cancerígenos e tóxicos, e provavelmente considerar desnecessária a mutilação cirúrgica de suas partes do corpo saudáveis quando adultos jovens.

Michelle A. Cretella, M.D.
Presidente do Colégio Americano de Pediatria
Quentin Van Meter, M.D.
Vice-Presidente do Conselho Americano de Pediatria
Endocrinologista Pediátrico
Paul McHugh, M.D.
Professor Universitário de Psiquiatria da Universidade Johns Hopkins Medical School, detentor de medalha de distinguidos serviços prestados e ex-psiquiatra-chefe do Johns Hopkins Hospital
[*] As considerações de Scruton, altamente recomendáveis, pode ser encontradas em seu artigo Refutando o radicalismo feminista e a ideologia de gênero
 

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