• Página Facebook Gigantes Brasileiros
  • 09 Outubro 2018


Nota: os planos podem ser acessados em: https://glo.bo/2w3xpRr

IDEOLOGIA DE GÊNERO
Bolsonaro: Qualquer forma de diferenciação entre os brasileiros não será admitida (pág 6)
Lula/Haddad: Criar bolsas de estudo para travestis e transexuais (pág 21)

PRESÍDIOS
Bolsonaro: Prender e deixar na cadeia quem tiver cometido crimes (pág 30) e acabar com a progressão de pena e saída temporária (pág 32)
Lula/Haddad: Reduzir a massa carcerária do Brasil através da liberação de presidiários (pág 33)

PROPRIEDADE PRIVADA
Bolsonaro: Retirar da Constituição qualquer relativização da propriedade privada (pág 32)
Lula/Haddad: Enfrentaremos a criminalização do MST (pág 23)

IMPOSTOS
Bolsonaro: Redução da carga tributária e aumentar receita destinada aos municípios (pág 58)
Lula/Haddad: Criar imposto sobre a exportação (pág 41), criar imposto sobre lucros e dividendos (pág 42) e aumentar o imposto territorial rural ITR para grandes propriedades (pág 56)

IMPRENSA
Bolsonaro: contrariedade a qualquer regulação ou controle social de mídia (pág 7)
Lula/Haddad: implantar mecanismos de regulação da imprensa e criar uma empresa pública de comunicação para expor o posicionamento do governo (pág 16)

LAVA JATO
Bolsonaro: a justiça deverá seguir seu rumo sem interferências políticas (pág 15)
Lula/Haddad: promover uma reforma do sistema de justiça para reduzir o poder de investigação do ministério público federal (pág 6, 15)

MINISTÉRIOS
Bolsonaro: reduzir os 29 ministérios existentes atualmente (pág 17)
Lula/Haddad: Criar 6 novos ministérios (pág 19, 20 e 55)

EMPRESAS PRIVADAS
Bolsonaro: Fomentar o empreendedorismo, fazendo com que o jovem saia da faculdade pensando em abrir uma empresa (pág 46)
Lula/Haddad: implementar cotas para negros em empresas privadas (pág 20)

DITADURAS SOCIALISTAS
Bolsonaro: deixar de louvar ditaduras assassinas socialistas e desprezar democracias importantes (pág 79)
Lula/Haddad: desenvolvimento da infraestrutura de países do Mercosul (Venezuela) (pág 11)

SINDICATOS
Bolsonaro: o sindicato deve ser voluntário, contra a obrigatoriedade do imposto sindical (pág 64)
Lula/Haddad: valorização de sindicatos e associações de trabalhadores (pág 40)

AGRONEGÓCIO
Bolsonaro: Segurança no campo, políticas para consolidar mercado interno e abrir novos mercados externos, melhora da logística de distribuição (pág 69)
Lula/Haddad: regulação do agronegócio para evitar ampliação de grandes latifundiários. Implantar reforma agrária e distribuir terras ao MST e indígenas (pág 56)

CONSTITUIÇÃO
Bolsonaro: respeito e obediência à constituição (pág 6)
Lula/Haddad: Estabelecer um novo processo constituinte para aumentar o poder do estado (pág 6)

MÉDICOS CUBANOS
Bolsonaro: Avaliar os médicos cubanos para atestar sua capacidade. Os aprovados passarão a receber seu salário integral, sem destinar recursos à ditadura Cubana (pág 40)
Lula/Haddad: Ampliar o programa mais médicos (importar mais médicos cubanos) (pág 29)

SEGURANÇA
Bolsonaro: tolerância zero com o crime (pág 10) e redução da maioridade penal (pág 32)
Lula/Haddad: desmilitarização das polícias (pág 31) e iluminação com led nas ruas (pág 54)

DROGAS
Bolsonaro: Combate à ideologia de liberação irrestrita de drogas ilícitas (pág 26)
Lula/Haddad: Promover a descriminalização das drogas (pág 32)
 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 08 Outubro 2018



TANTAS EMOÇÕES
Depois de tantas e boas emoções que o resultado das Eleições/2018 proporcionou na cabeça da maioria do povo brasileiro, inclusive na minha, trato de fazer uma breve análise, com o máximo possível de isenção, de tudo que ouvi, li e assisti ao longo da frenética apuração dos votos Brasil afora.

 

 ESTRONDOSO FIASCO

Primeiramente, sem a menor possiblidade de contestação, é preciso que se diga que TODOS os institutos de pesquisa deram uma flagrante prova de incapacidade na arte de fazer pesquisas eleitorais. Ao comparar os resultados de todas as pesquisas que foram feitas ao longo dos últimos meses, com o resultado obtido ontem nas urnas, o que temos nada mais é do que um estrondoso FIASCO.
 

BRASIL NOVO

Na real, os eleitores brasileiros, através do VOTO, disseram nesta edição, que QUEREM UM BRASIL NOVO, DECENTE E REFORMADO. Este recado fica bem claro quando se vê que a maioria dos -CACIQUES- (políticos que controlam os -ÍNDIOS- no Legislativo), simplesmente foram mandados para casa (muitos quiçá para a prisão).

 


BLOCO REFORMISTA
Também ficou bastante claro que quase todos os candidatos que apoiaram o presidenciável Jair Bolsonaro se deram bem. Alguns, inclusive, surpreendendo de forma pra lá de animadora, favorecendo para a formação de um forte bloco REFORMISTA, tanto na Câmara quanto no Senado.


POVO CONVENCIDO
Se o resultado das Eleições para o Legislativo mostrou o quanto o povo brasileiro em geral está convencido de que o BRASIL precisa trilhar o caminho da DECÊNCIA e do CRESCIMENTO ECONÔMICO, na votação para PRESIDENTE (assim como para GOVERNADOR, alguns estados), ainda vamos precisar de mais três semanas para ver esta vontade se confirmar.



FAZER ACONTECER
Sei, perfeitamente, que teremos uma árdua disputa pela frente, mas ainda assim estou plenamente CONFIANTE de que JAIR BOLSONARO será eleito PRESIDENTE DO BRASIL. Depois de verificar a votação obtida por aqueles que foram eleitos ontem fiquei ainda mais convencido de que os eleitores vão se multiplicar para vencer o ATRASO.
Atenção: a vitória de Jair Bolsonaro, no entanto, não é uma questão de ESPERAR PARA VER. Agora, mais do que nunca, é preciso FAZER ACONTECER. Agora, todos os políticos que foram eleitos porque apoiaram Bolsonaro, precisam se empenhar muito para eleger Jair Bolsonaro -17- no Segundo Turno.

 

DERROTAR A FRAUDE NAS URNAS- A título de sugestão: para obter o máximo possível de votos é importante o constante ESCLARECIMENTO das vantagens que o Brasil obtém com a vitória de Jair Bolsonaro. Quanto menos ataques aos eleitores que preferiram outros candidatos, notadamente ao povo nordestino, mais teremos uma vitória consagradora.

Não esqueçam que para levar Bolsonaro à VITÓRIA é preciso DERROTAR a sempre possível FRAUDE NAS URNAS.


CUMPRIMENTOS - Aproveito para enviar a todos os REFORMISTAS ELEITOS os meus cumprimentos carregados de votos de excelentes mandatos. Peço que façam de tudo para MUDAR O BRASIL.

Aos candidatos REFORMISTAS que não foram eleitos envio os meus parabéns pela luta que enfrentaram. Mais: NÃO DESISTAM. A luta não é feita apenas por eleitos, mas por todos os eleitore 

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  • Gilberto Simões Pires, em Ponto Crítico
  • 06 Outubro 2018

 

Este é o último editorial que escrevo antes das Eleições/2018, que acontecem neste domingo, 7/10. Nestas próximas horas vou me dedicar, de corpo e alma, de forma incessante, às redes sociais e ao Whatsapp com um único propósito: obter votos suficientes para eleger JAIR BOLSONARO -17- já no primeiro turno.

CONVOCAÇÃO
Como conheço as minhas limitações convoco todos os leitores do Ponto Critico que seguem a mesma lógica do meu raciocínio para que me acompanhem nesta árdua tarefa e tratem, portanto, de convencer as pessoas de seus relacionamentos que pratiquem imediatamente o VOTO ÚTIL por um Brasil melhor.

DIFICULDADES A FRENTE
É bom que fique bem claro que a vitória de Bolsonaro não significa que o seu bom PLANO DE GOVERNO venha a ser aceito, e aprovado, tanto pelo Legislativo quanto, principalmente, pelo Judiciário que não admite discutir minimamente a perda de qualquer privilégio.

MATRIZ BOLIVARIANA
Entretanto, o que os leitores/eleitores precisam ter em mente, de forma muito transparente, é o seguinte: a vitória de JAIR BOLSONARO -17- representa, antes de tudo, vetar a volta da -MATRIZ BOLIVARIANA-, imposta pelos governantes petistas, que levaram o Brasil ao CAOS TOTAL.

PROJETO DE PODER
Se alguém, por ventura, está relativizando esta possiblidade, sugiro que leia o PLANO DE GOVERNO de Fernando Haddad. No documento consta, com absoluta clareza (sem a mínima possibilidade de interpretação equivocada e/ou precipitada), que o tal PROJETO DE PODER, defendido constantemente pelo criminoso prócer petista, José Dirceu, é a grande meta do PT.

TODAS AS FICHAS NO 17
Portanto, diante do perigo que representa a volta do PT ao governo do nosso empobrecido Brasil, como atesta com clareza o PLANO PETISTA, o melhor que todos os eleitores REFORMISTAS podem fazer é colocar todas as fichas no 17.

De novo: eleger Bolsonaro, meus caros leitores, mesmo sabendo que ele não terá vida fácil para bem governar, significa, antes de tudo, livrar o Brasil da MATRIZ BOLIVARIANA defendida pelos COMUNISTAS/POPULISTAS.
 

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  • Antônio Augusto Mayer dos Santos
  • 06 Outubro 2018

 


  O visitante que descer no Brasil hoje e tentar se informar sobre ele a partir das manifestações da maioria dos presidenciáveis, terá a impressão de estar num país onde a saúde pública é possível, onde a democracia atenuou a pobreza, onde o empresariado é tratado como aliado e não inimigo, onde policiais estão juridicamente amparados para reprimir a bandidagem e onde os indicadores econômicos e sociais necessitam de pequenos ajustes aqui ou acolá. Mas não é assim.

Há meses em pré-campanha e agora em campanha com o nosso dinheiro, alguns desses biltres invocam soluções mirabolantes para amparar as mentiras e tolices que bradam. Outros, sem nenhum rubor ou senso de decência, requentam as grosserias e assacadilhas de embates anteriores dos quais saíram nocauteados pelas urnas. Por fim, há um pelotão formado por personagens infantilizados que insistem naquelas tolices marxistas que jamais vingaram em algum canto, ilha, hospício ou cemitério do planeta. Portanto, o que é prometido dificilmente poderá ser cumprido.

1989, 1994, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018. Governos entraram, governos saíram e governos foram saídos. Ao longo desse período, parâmetros de vida e de administração pública sofreram alterações ou foram banidos. Já a violência adquiriu contornos bélicos. A saúde gera estatísticas aterrorizantes. A previdência social é indecente e alvo de fraudes e incúrias.

Defenestrar tudo isso é inadiável. Era de se supor, portanto, que as pautas e visões do país por aqueles que se jactam capazes mas não mencionam seus fracassos em governos municipais, estaduais e ministérios, se direcionassem objetivamente. Mas o que predominou? O blá-blá-blá enfadonho de sempre. Sim, é triste, mas pouco mudou nos discursos das campanhas presidenciais brasileiras. Os vícios e cenários dos debates modulados por quase robôs (“seu tempo acabou, candidato”) permanecem praticamente intactos. As campanhas são bolorentas, enfadonhas e a maioria dos personagens ultrapassados, alguns verdadeiramente indecentes e hostis ao próprio Brasil que juram defender.

Se de um lado é certo que dois Impeachments em menos de um quarto de século foi estrago demais para uma geração zonza por tantos borrões políticos, não é menos exato de outro que não foi suficiente para a maioria dos pretendentes refletirem seriamente em torno desse feixe de erros acumulados e, a partir dele, retirar algum tipo de proveito útil.

Convenhamos: a maioria dos atuais candidatos ao Planalto, além de agredir o vernáculo a cada frase ou intervenção, desconhecer a história do seu próprio país e mentir deslavadamente em debates e entrevistas, não distingue uma duplicata de uma promissória, mas pretende chefiar o governo, o Estado, a administração pública e as Forças Armadas. Convenhamos: é muita cara-de-pau.

De outra parte, até as crianças sabem que o que não falta para uma campanha presidencial são temas-tabus e velhas polêmicas. Política incisiva de saúde pública. Aperfeiçoamento da legislação de empregos. Redução da maioridade penal. Reforço geral nas fronteiras secas. Extinção da maior parte das agências reguladoras e do Bolsa Família. Incentivos tributários e fiscais às empresas. Privatizações. Correção anual da tabela do Imposto de Renda. Obesidade infantil. Revisão de aposentadorias e pensões. Surto de saneamento básico. Direito de portar arma. Redução das áreas indígenas. Valorização do serviço e do servidor público. Reexame da legislação de cotas. Debate nacional sobre os cassinos. Incentivo à memória nacional e ao patrimônio público. Atualização da mobilidade urbana. Repressão intransigente à prostituição infantil. Atualização da Lei de Licitações. E há mais uma meia centena de temas que a maioria dos personagens não aborda.

Ao evitar temas densos e aflitivos como os que foram acima exemplificados, a maioria dos presidenciáveis mente descaradamente, trombeteia Brasis fictícios e traça fórmulas delirantes em torno de um país que existe apenas nos seus tablets e escassos neurônios. Sem pestanejar, alguns desses desajustados despejam propostas bizarras e inexecutáveis que flertam com a improbidade administrativa. A inconsistência que transmitem reforça o sentimento de “ineficácia da política” que predomina entre os eleitores.

Periféricos, a maior parte desses indecentes não tem compromisso com a realidade. Quando se postam diante das câmeras posando de sérios, debocham da inteligência média das pessoas. E o que é pior: sem corar. Sem jamais abdicar do papel de cínicos e dissimulados, hastearam uma bandeira branca encardida e posaram de solidários após o atentado sofrido por Jair Bolsonaro. No momento que o alvejado disparou nas pesquisas, revogaram a falsa paz e retomaram os ataques torpes e caluniosos. Mas a tática não deu certo. Justamente o candidato que não dispõe de horário de mídia, que não utiliza jatinhos particulares, que não recebe dinheiro público do orçamento para a campanha eleitoral e que nos últimos dias tem feito campanha eleitoral tomando remédios e usando pijama e uma bolsa de colostomia, lidera todas as pesquisas.

Votar bem em 7 de outubro é imperioso, tanto para você e para a sua família quanto para a higienização do país. Defenestrar de vez esta horda de mentirosos contumazes e ex-ministros de governos cínicos e criminalizados é um dever patriótico.

Há opção para o progresso. Esses Brasis de prancheta editados pelas propagandas de rádio e televisão não podem derrotar o Brasil novamente.

*Advogado e professor de Direito Eleitoral
 

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  • Luiz Carlos Da Cunha
  • 06 Outubro 2018


“Quando derem vez ao morro toda cidade vai sorrir, vai cantar” Musical carioca 1964.

O planeta estava estremecido pela Guerra Fria – a polarização política entre os USA e a URSS; na América dos Sul o confronto do comunismo e capitalismo na disputa pela influência cultural e política. Os “revolucionários” dos bares de Ipanema glamourizavam os morros; para a solução das favelas arquitetos propunham colorir as malocas, ao tempo que pipocavam greves e invasões sob a inflação de 80%. Através de sindicatos o Partido Comunista exercia forte influência no governo Goulart.

Em oposição, governadores do Rio, São Paulo e Minas estimulavam a reação popular em passeatas de cunho político-religioso, velas acesas, dísticos em defesa da família, da propriedade e “fora o comunismo”, fora Goulart. Em contraponto as revoltas sindicais e estudantis em ritmo de violência contaminaram as FFAA pelo Clube de Cabos e Sargentos, em cuja assembleia até um almirante acicatava a revolta dos praças ferindo a disciplina militar. Um insólito desacato ao código militar desafiou o alto comando.

As FFAA atenderam o clamor dos governadores do Rio, S.Paulo e Minas. Cinquenta anos passados de 64, as favelas do Rio triplicaram, em área e população; o atual governador apela às FFAA para assumir o papel inconstitucional de polícia, a fim de salvar seu fracasso na guerra contra os traficantes, senhores dos morros transformados em fortalezas inexpugnáveis do crime, desde a decisão de Brizola que em 1980 “proibiu a polícia de subir o morro”.

Hoje o Rio é a síntese do anti-urbanismo projetado pelos “arquitetos” do crime organizado. A população trabalhadora finca ali seus barracos, presa ao determinismo da vizinhança rica à beira mar que lhe dá sustento. São economias interdependentes. Ano a ano, as outras capitais vão decalcando o modelo do Rio na marcha incoercível do esfacelamento social e político da sociedade brasileira – o império da droga. Os criminosos fazem da população escudo nos confrontos policiais armados, no festival da bala perdida. Até quando as FFAA darão cobertura ao desgoverno responsável pela crise?


• Arquiteto e urbanista
 

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  • Paulo G. M. de Moura
  • 06 Outubro 2018

Prognosticar resultados eleitorais é uma tarefa difícil e arriscada. Conhecer teoria política, saber interpretar pesquisas de opinião e ter alguns anos de experiência sempre ajudam a qualificar o olhar do analista, mas há uma inevitável pitada de feeling que se agrega aos demais fatores para ajudar a explicar quando se acerta a linha de análise de uma eleição.

Segundo O Antagonista a consultoria Eurásia acaba de prognosticar em 20% as chances de Bolsonaro vencer no primeiro turno. A Arko Advice cravou 30%. Não gosto de expressar em percentuais essa probabilidade e não faço ideia como calculam isso, pois além das pesquisas há elementos qualitativos e subjetivos que influenciam minha linha de análise. Com base nesse ponto de vista, creio que “peguei essa eleição pelo rabo”, isto é, consegui captar a lógica de sua dinâmica. Por coerência com os argumentos publicados em meus artigos que avalio que há sim grandes probabilidades de Bolsonaro se tornar presidente no dia 7 de outubro de 2018. Perdoem-me as longas citações, mas elas poupam o leitor de ir aos links de cada artigo, a menos que queira lê-los na íntegra.

Em 05/07, no artigo intitulado “Uma eleição disruptiva” (http://emaconteudo.com.br/2018/07/05/uma-eleicao-disruptiva/), afirmei: “Quais são as novidades no cenário eleitoral: 1 – As mídias sociais deslocaram o poder das organizações tradicionais para as mãos de indivíduos e movimentos cívicos de novo tipo, que nada têm em comum com os ativistas e “movimentos sociais” do passado, todos cooptados pelo Estado ao longo dos 13 anos de governos petistas. (…) 2 – O PT é o segundo partido com maior acesso ao fundo eleitoral. Lula, segundo as pesquisas, pode alavancar Haddad como seu candidato ao patamar de 11%, acima de Ciro Gomes que pontua com cerca de 7%, e encostando em Marina, que não tem partido (a Rede é um gelatina que desanda na eleição), não tem fundo partidário e nem tempo de TV e não usa as mídias digitais de modo profissional. Todos esses fatores recomendam que não se deva menosprezar o potencial eleitoral do PT. 3 – Nos casos do Brexit, da eleição de Trump e do recente plebiscito sobre o acordo de paz com as FARC na Colômbia os eleitores fizeram questão de contrariar as “análises” predominantes na mídia, que é nitidamente enviesada à esquerda. Um eleitor com esse tipo de sentimento tende a manter distância e frieza diante da eleição, mas está atendo e crítico para escolher seu candidato na última hora, criando um movimento massivo e rápido de convergência em direção ao escolhido. Nesse contexto, o ativismo digital da rede real dos seguidores de Bolsonaro, cujo discurso está em sintonia com esse sentimento do eleitor é um ativo que nenhum dos demais competidores têm, ainda que contratem as melhores agências de publicidade para fazer suas campanhas nas mídias digitais em cima da hora, como não se deve fazer, mas, como estão fazendo. 4 – Jair Bolsonaro é o candidato que possui os maiores índices de engajamento nas mídias sociais. Seus 13% de manifestações espontâneas de voto nas pesquisas de todos os institutos constituem-se numa força organizada, monolítica e descentralizada mais poderosa de qualquer partido político. Bolsonaro vem operando bem, também, na dimensão tradicional da política (coligação com tempo de TV, articulação com parlamentares individualmente; alianças e articulações com evangélicos e outras forças sociais, conquista da confiança de setores do empresariado). Em janeiro desse ano eu mesmo aventei a hipótese de que Bolsonaro tivesse batido no seu teto e pudesse vir a cair nas pesquisas. Não foi o que aconteceu. As análises tradicionais partem do pressuposto de que, quando começar a campanha na TV, o candidato do centro (quem?) crescerá e Bolsonaro, devido ao seu discurso e postura, não apenas não crescerá em direção ao centro, como perderá parte dos eleitores no segmento que está além dos 13% de seu voto espontâneo. Todos os argumentos aqui listados sugerem que há grandes chances de esse tipo de análise dar com os burros n’água.”

Em 09/08, no artigo intitulado “O divórcio do eleitor de direita com o PSDB” (http://emaconteudo.com.br/2018/08/09/o-divorcio-do-eleitor-de-direita-com-o-psdb/), afirmei: “Para efeitos de análise, o que importa é que hoje o quadrante direito do espectro político está ocupado e com cara própria, seja através da candidatura de Bolsonaro, seja do Partido Novo ou das lideranças políticas de movimentos como o MBL que optaram por uma estratégia de ocupação de espaços dentro das legendas tradicionais. Ou seja, saíram todos debaixo do guarda-chuva do PSDB, partido em quem antes votavam exclusivamente por falta de opção mais à direita. Libertaram-se da incômoda situação de terem que votar num partido de centro-esquerda para evitar o mal maior representado pelo PT. (…) Aliado com o centrão e tendo conseguido a maior fatia do tempo de TV e do fundo partidário, Alckmin vende como trunfo o que pode ser uma enorme vulnerabilidade. Afinal sua aliança representa tudo o que o eleitorado brasileiro passou a rejeitar com os escândalos de corrupção. Ou seja, o PSDB atraiu para si os olhares desconfiados e descontentes não apenas do eleitorado ideologicamente de direita antes referido, mas da imensa maioria dos eleitores que manifestam rejeição à velha política e que hoje desaguam intenções de voto em Bolsonaro e no não-voto (abstenções, brancos, nulos e indefinidos). Esse é o produto que Alckmin representa. O esforço de seus marqueteiros consistirá em esconder tudo isso numa embalagem dourada e reluzente na tentativa de convencer esse eleitorado de que a mudança passa por não mudar nada. Muito tempo de TV pode ser tornar uma vulnerabilidade nesse contexto. Especialmente porque Alckmin não joga sozinho e porque há vida inteligente no campo adversário. E, também, porque nas mídias sociais o processo de desconstrução da imagem de uma figura pública acontece muitas vezes de forma espontânea através de memes e vídeos criativos e com alto poder de corrosão e viralização.”

Em 08/09, no artigo intitulado “Um outro Bolsonaro é possível?” (http://emaconteudo.com.br/2018/09/08/um-novo-bolsonaro-e-possivel/) , afirmei: “Na eleição de 2014, Marina Silva assumiu a candidatura presidencial após a morte de Eduardo Campos e em duas semanas saltou para o segundo lugar nas pesquisas em trajetória ascendente que poderia levá-la à vitória não fosse o ataque vil do PT acusando-a de tirar o prato de comida da mesa dos pobres se fosse eleita. A condição de Bolsonaro é politicamente mais favorável ainda a ele, pois ele mesmo é a vítima sobrevivente de um atentado e convalesce, mas recuperando aos poucos a possibilidade de falar ao povo direto do leito do hospital, como aliás arriscadamente já o fez. Dadas as circunstâncias, a lógica sugere que Bolsonaro cresça nas pesquisas, não sendo despropositado imaginar-se que se aproxime da possibilidade de vencer no primeiro turno.”

Em 29/08, no artigo intitulado “A eleição de 2018 e o efeito capote” (http://emaconteudo.com.br/2018/08/29/a-eleicao-2018-e-o-efeito-capote/), afirmei: “Tornou-se lugar comum afirmar que as pesquisas mostram um eleitorado desconectado do debate político. No entanto, o cenário político do país (corrupção, descrédito da classe política, falência do Estado, proeminência de candidatos a presidente percebidos como “antipolítica”), assim como, as manifestações de eleitores reveladas em pesquisas qualitativas sugerem que esse eleitorado do chamado “não-voto” está atento ao debate. É observador, crítico e está à procura de um nome. E, num determinado momento, vai escolher um candidato e convergir rapidamente e em massa para ele provocando um “efeito capote”. (…) Sob esse ponto de vista, não vejo como imaginar que Alckmin possa chegar ao segundo turno, pois, tal como o PT, o PSDB também encarna tudo aquilo que o eleitor rejeita. E piorou sua situação ao aliar-se ao centrão. O PSDB padece de hemorragia política e corre o risco de tornar-se irrelevante nessa eleição. Se esta análise está correta, e, de fato, acontecer o que chamamos aqui de “efeito capote”, a probabilidade maior é que o contingente de eleitores do bloco do “não-voto” migre para Bolsonaro e Amoêdo, não sendo descartável, a depender do tamanho da onda, que essa eleição se conclua em primeiro turno. Não é o mais provável, mas não é impossível. Havendo segundo turno, por coerência, o nome mais provável a ocupar a vaga no quadrante oposto é o do candidato de Lula.”

Em 15/09, no artigo intitulado “Espiral do silêncio e voto feminino em Bolsonaro (http://emaconteudo.com.br/2018/09/15/espiral-do-silencio-e-voto-feminino-em-bolsonaro/), afirmei: “Minha hipótese, em consonância com a análise que fiz em outro artigo (A eleição 2018 e o efeito capote – http://emaconteudo.com.br/2018/08/29/a-eleicao-2018-e-o-efeito-capote/) é a de que podemos estar em vias de testemunhar outra ruptura da espiral do silêncio em torno do voto em Bolsonaro e que, boa parte dessa virada virá do voto feminino no candidato. (…) Bolsonaro tem, entre as mulheres, um grupo organizado e politicamente mobilizado nas ruas e nas mídias sociais respeitável tanto pelo número como pela qualidade das ativistas que têm se pronunciado em vídeos nas redes em defesa do seu candidato. Assim como no comportamento de compra, as mulheres diferem dos homens na hora de definir suas escolhas políticas. Têm um estilo mais light, são menos impulsivas, mais cuidadosas e conservadoras, não são agressivas, argumentam racionalmente, analisam variáveis e possiblidades e pensam antes de escolher. Mas, no momento em que se decidem, passam a ser influenciadoras nos seus círculos de relacionamento. (…) O antipetismo é o maior partido do Brasil hoje e o crescimento de Haddad incentiva a migração do voto útil em Bolsonaro para impedir o perigo maior. Nessas horas quem quer tirar o PT busca o mais forte e capaz de fazer isso. Na guerra de rejeições a do Bolsonaro pode cair e a do PT, subir.”

Em 18/09, o artigo intitulado “O segundo turno já começou” (http://emaconteudo.com.br/2018/09/18/o-segundo-turno-ja-comecou/), afirmei: “Protegido pelo escudo da falsa candidatura de Lula, Haddad, então desconhecido, não carregava a carga da rejeição ao petismo. Assumindo a linha de frente após o veto do TSE à candidatura de Lula, Haddad começou a atrair o voto petista e, ao mesmo tempo, a rejeição ao petismo. Uma armadilha inescapável. Dessa forma confirmou-se também a possibilidade que antecipamos, de que essa eventual polarização favoreceria o voto útil à esquerda e à direita em direção aos dois polos mais fortes da disputa. Isso tornou a pregação precipitada do voto útil em outros candidatos um verdadeiro tiro no pé, pois, ao introduzirem o argumento no debate, catalisaram o deslocamento de eleitores antipetistas para Bolsonaro, o nome mais forte para impedir o mal maior. (…) Para entender-se como a coisa funciona, devemos olhar para o filme e não para a foto. Hoje, as duas tendências dominantes no tabuleiro da disputa são, por um lado, o crescimento da candidatura Haddad, mas também de sua rejeição, e, por outro, o crescimento da candidatura Bolsonaro e a redução da sua rejeição. As urnas sorriem para Bolsonaro e o segundo turno já começou. A possibilidade de sua vitória em primeiro turno tornou-se real. Já não está mais no radar. Está no horizonte.”

Em 20/09, no artigo intitulado “Quem botar mais gente na rua será presidente” (http://emaconteudo.com.br/2018/09/20/quem-botar-mais-povo-na-rua-sera-presidente/), afirmei: Num contexto de polarização como o que vem se configurando, não é de todo improvável que o PT consiga mobilizar segmentos da esquerda dos grandes centros urbanos que temem um governo Bolsonaro. No entanto, as evidências empíricas demostram que mesmo nesse contexto, o poder de mobilização de Bolsonaro é muito, mas muito superior. Que evidências empíricas? Amparo-me em todo o processo de mobilização social que desembocou no movimento do impeachment de Dilma Rousseff e no poder de mobilização da base de Bolsonaro. (…) No campo oposto temos Bolsonaro. Desnecessário evidenciar seu poder de mobilização espontânea. Basta ver os vídeos de sua campanha anteriores ao atentado e seu poder de fogo imbatível, descentralizado e voluntário nas mídias sociais. Quem conhece os movimentos de rua que protagonizaram o impeachment sabe que hoje a esmagadora maioria das lideranças que puxaram aquelas mobilizações, exceto talvez pelo VPR que ainda resiste com Amoêdo, está com Bolsonaro. O MBL, que ensaiou voo solo, vem manobrando o leme gradualmente para aderir à onda Bolsonaro. Além dessa preferência por Bolsonaro entre os movimentos cívicos, há uma imensa massa de cidadãos comuns cuja mobilização espontânea vai muito além do alcance desses movimentos organizados. Por fim, no entorno desses, há o predominante sentimento antipetista que hoje, se constitui no “maior partido” do Brasil. Eis a locomotiva e seus vagões. Todas as condições estão dadas, portanto, para que a onda Bolsonaro que todos os institutos de pesquisa estão apontando se encontre com esse sentimento dominante formando o amálgama da vitória eleitoral amparada na maioria.”

Por fim, me perguntará o leitor, se todos esses prognósticos estão se confirmando, por que então a pesquisa independente por mim coordenada não registrou o “tsunami” pró-Bolsonaro que está em curso nesse momento e pode levá-lo a vencer no primeiro turno?

O campo da nossa pesquisa ocorreu entre 28/9 e 3/10, e coincide, na margem de erro, com as pesquisas Ibope e Datafolha que fizeram coleta de entrevistas em torno do dia 3/10. O gráfico da pesquisa da Ipespe/XP Investimentos que ilustra esse artigo, mostra claramente o capote começando após essa data. Portanto, o fenômeno do capote que previ com muita antecedência começou após o campo da nossa pesquisa.

Por fim, deixo aqui os links de dois posts de Felipe Martins, a quem considero um dos melhores analistas de pesquisas no Brasil hoje, em seu Twitter, comentando nossa pesquisa: (https://twitter.com/filgmartin/status/1047908639317643264) “Conheço os responsáveis pelo Instituto Amostra e sei que são pessoas honestas e muito competentes. Os números da pesquisa estão dentro do esperado para o intervalo da coleta de dados (de 28/09 a 03/10): eles nos dão a média da última semana mais do que o retrato do momento atual.” E (https://twitter.com/filgmartin/status/1047909784601726976) “A divulgação dessa pesquisa, contratada e realizada por pessoas independentes, é pedagógica e mostra que as pesquisas, mesmo com limitações, captam tendências e precisam ser consideradas em qualquer análise. A grande questão é que boas análises qualitativas alcançam mais longe.”
Subscrevo.

* Paulo G. M. de Moura – Cientista Político
 

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