A despeito de que a perfeição possa existir no Reino dos Céus, na vida terrena somos todos seres imperfeitos. A perfeição é uma ilusão preferida por intelectuais interesseiros e pelos insistentes engenheiros sociais.
Diga-se o que se disser, a nação norte-americana é ainda o modelo paradigmático das liberdades e de instituições inclusivas sonhadas e elaboradas meticulosamente pelos Founding Fathers dos Estados Unidos.
Independentemente do resultado das eleições, o mundo não irá acabar, como prognosticam apocalípticos republicanos e democratas.
Lá existem tanto instituições que funcionam, como também o respeito ao Estado de Direito. Sinteticamente falando, nem tudo é permitido fazer por parte de um presidente eleito. Sim, lá funciona assim.
No entanto, não posso negar que a vitória de Biden, se confirmada, dará continuidade a uma agenda cultural à qual, como professor e liberal, oponho-me fortemente. Mais ainda, porque imagino que quem governará de fato será a radical defensora de minorias identitárias, Kamala Harris.
Refiro-me ao protagonismo e estímulo ao avanço do Estado em detrimento dos direitos e das liberdades individuais, com a contraface das responsabilidades, e o aprofundamento da cartilha intransigente da defesa de minorias identitárias em prejuízo do todo social.
Penso que se aprofundará o foco nas lamentações vitimistas e contra a opressão autoritária do centro nos vícios da pobreza, ou invés das virtudes da riqueza e dos princípios virtuosos.
As ideias têm consequências e essas serão as políticas de amanhã...
Neste sentido, a agenda “progressista” seguirá desenfreadamente lomba abaixo.
Há claramente aquilo que tenho chamado de ditadura do pensamento esquerdizante enraizado nas instituições de ensino.
Jovens de hoje serão os líderes do futuro. Assim, mesmo que não haja o “mundo ideal”, o desequilíbrio de visões de mundo continuará a seduzir mentes e corações idealistas e inexperientes.
Jovens em escolas e em universidades - ah totalidade - necessitam ser expostos a todas as “correntes ideológicas”, de maneira honesta.
A “base” é lugar de conhecimento e de reflexão, não de doutrinação. É o lócus para se abrir para o mundo ao invés do projeto de incentivo ao fechamento para suas interioridades exclusivistas e idealistas.
A pauta progressista identitária da suposta defesa das minorias e o correspondente e “necessário” avanço do Estado protetor e salvador, será aprofundada em uma expansão do projeto evangelizador, o da cultura da dependência, contraproducente para o todo.
Temo pelo “desequilíbrio” de visões e pela noção de que o individualismo do que somos é muito mais importante do que o envolvimento com todas as visões de mundo para a construção de uma individualidade a partir do envolvimento com esse mundo exterior, para o que podemos ser melhor para todos.
Não acho que lá e aqui existam verdadeiros espaços de estudo e reflexão genuína de história, economia, negócios, psicologia, sociologia... de todas as “correntes ideológicas", a partir de um leque aberto em que os próprios estudantes são estimulados a formarem suas próprias convicções.
Evidente que toda a vez que alguém expõe uma temática, esse está fazendo, de alguma forma, política. O que não se pode admitir é a doutrinação partidária vigente.
Nesta direção, a coisa “se complica ainda mais”. Cabe reiterar que lá e aqui, a esquerda dita progressista é "craque em sala de aula". Muitos, inclusive, não lecionam - conteúdo -, doutrinam. É isso que não deverá ser barrado...
O palco para a formação de guerreiros sociais ressentidos, militantes políticos intransigentes continuará armado.
Difícil espaço para concessões. Dificílimo um debate apartidário num ambiente que deveria ser de incentivo a discussão ampla e livre de ideias suportadas por estudo sério e convicções intelectuais dignas.
Inexiste perfeição, mas sem dúvida, esses espaços poderiam existir com mais prudência, maior diversidade de ideias, e com políticas orientadoras das instituições quanto a conduta e acompanhamento nas universidades.
Não, o mundo não vai acabar!
Mas esse objetivo e verdadeiro problema tende a ser intensificado. Lá vem a promessa de mais Estado.
Lá, os azuis continuarão tendo ampla e absoluta vantagem nos centros educacionais sobre os vermelhos, e isso não é nada salutar...
E não é porque sou colorado, torcedor do Inter, viu!?
29/10
EMPATIA
Quem tem por hábito usar da EMPATIA, sentimento psicológico que possibilita sentir e/ou entender o que uma outra pessoa sente caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela, mais do que nunca, neste momento, é capaz de entender e avaliar o tamanho do sofrimento do ministro Paulo Guedes, da Economia, que luta desesperadamente na tentativa de tirar o Brasil desta incrível e já crônica SITUAÇÃO FISCAL que está metido, e que neste ano ficou ainda mais complicada por conta da PANDEMIA.
REAIS RESPONSÁVEIS
Pois, o que mais preocupa é que o imenso universo de pessoas que, ao invés de procurar entender, minimamente, o quanto são benéficas para o nosso empobrecido Brasil as propostas defendidas por Guedes e sua equipe, preferem, a olhos e ouvidos vistos, CONDENAR o ministro, deixando livres os REAIS CULPADOS, como é o caso dos deputados, senadores e ministros do STF que, sem a menor preocupação com a SITUAÇÃO FISCAL, ora engavetam e não raro DESAPROVAM as medidas que têm por objetivo propor a sempre sonhada retomada do crescimento da ECONOMIA BRASILEIRA.
SALVADORES DA PÁTRIA
Como se isto não bastasse, a mídia esquerdista, notoriamente apoiadora do POPULISMO/ASSISTENCIALISMO, prefere ouvir economistas fracassados, do tipo que já passaram por governos anteriores e que, ao invés de resolver os graves problemas que estamos enfrentando, dão entrevistas vestidos com a rota fantasia de SALVADORES DA PÁTRIA, com o inegável propósito de COMBATER AS IDEIAS LIBERAIS defendidas pelo ministro Guedes.
CULPADO
Neste clima recheado de muita má vontade e esbanjamento de informações equivocadas, o ministro Guedes é considerado pela mídia e seus aliados como FRACASSADO. Principalmente como CULPADO pelo atraso, ou impossibilidade das PRIVATIZAÇÕES e da não aprovação das REFORMAS que foram colocadas -em negrito- no Plano de Governo do presidente Bolsonaro ainda durante a campanha eleitoral.
ATUANTES DO SETOR PÚBLICO
Ora, a bem da verdade, sem precisar de EMPATIA, basta usar 1% do cérebro para entender que boa parte do Congresso Nacional é ocupado por políticos que atuam no SETOR PÚBLICO e, portanto, farão de tudo e mais um pouco para que as PRIVATIZAÇÕES não andem, assim como as REFORMAS que tem no seu bojo o propósito de DIMINUIR AS VANTAGENS E PRIVILÉGIOS que só cabem aos SERVIDORES DE PRIMEIRA CLASSE.
AMOR PELO CAOS
De novo: o ministro Paulo Guedes não cansa de dizer aquilo que o Brasil precisa para sair deste fétido ambiente de PRIVILÉGIOS e de GASTOS ABUSIVOS que os verdadeiros CULPADOS se recusam a atacar. Tais políticos somados aos ministros do STF são os RESPONSÁVEIS pela terrível SITUAÇÃO FISCAL que o país vive. Para essa gente não tem essa de AMOR À PÁTRIA. O AMOR É PELO SUCESSO PRÓPRIO E INSUCESSO DO PAÍS!
MAU CARATISMO
A estranha e pouco sincera maneira de agir e falar utilizada de forma corriqueira pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, faz com que muita gente diga que a sua personalidade é típica de pessoas consideradas FALSAS. Pois, contrariando quem pensa assim, sem precisar da ajuda de qualquer profissional da área da PSICOLOGIA, afirmo com todas as letras e sons que Maia é um político VERDADEIRO. Ele simplesmente não esconde o quanto o conteúdo de seu MAU CARATISMO é capaz no sentido de atrasar, ou mesmo impedir, a aprovação das BOAS AÇÕES e/ou INTENÇÕES propostas pelo PODER EXECUTIVO.
LIBERAIS INDESEJADOS
Vejam que nem mesmo a PANDEMIA, que provocou uma queda brutal das atividades econômicas no nosso empobrecido Brasil, fez com que a Câmara dos Deputados, sob a sua péssima e interessada liderança, se preocupasse em analisar e/ou aprovar medidas importantes que poderiam diminuir o alto grau de sofrimento imposto pelo aumento dos GASTOS PÚBLICOS. Esta atitude, pensada e estudada com muito carinho, revela o quanto o VERDADEIRO MAIA odeia aqueles que se dizem CONSERVADORES e mais ainda os LIBERAIS. Estes, por sinal, Rodrigo Maia considera como -INDESEJADOS-.
PAUTAS INDESEJADAS
Pois, para confirmar tudo que penso a respeito do presidente da Câmara, hoje cedo li uma notícia no jornal -Gazeta do Povo- dando conta que "várias pautas enviadas à Câmara dos Deputados pelo governo Bolsonaro, as quais foram temas frequentes na campanha eleitoral - e com grande aceitação entre os apoiadores do governo federal - NÃO SAÍRAM DO PAPEL." Entre elas, FLEXIBILIZAÇÃO DO PORTE DE ARMAS, ENSINO DOMICILIAR (HOMESCHOOLING), AÇÕES PARA IMPEDIR A DOUTRINAÇÃO EM SALA DE AULA(ESCOLA SEM PARTIDO), MEDIDAS MAIS RESTRITIVAS AO ABORTO, FIM DO FORO PRVILEGIADO E PRISÃO APÓS CONDENAÇÃO EM SEGUNDA INSTÂNCIA. Que tal?
MAIA, O VERDADEIRO, FAZ O QUE BEM ENTENDE
Uma coisa é praticamente certa: a probabilidade de que tais projetos sejam votados neste ano é praticamente nula. Até porque o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de forma escancarada, quer distância de PAUTAS consideradas CONSERVADORAS. Como bem diz o presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família, deputado Diego Garcia, do Podemos PR: “Há grandes dificuldades quanto à forma com que o Rodrigo Maia vem conduzindo as coisas. Ele está alinhado aos PARTIDOS DE OPOSIÇÃO AO GOVERNO e não coloca os parlamentares para trabalhar; segura MEDIDAS PROVISÓRIAS, permitindo que elas caduquem; não autoriza o retorno das atividades nas comissões – mais de 80% de todos os projetos de lei são conclusivos nas comissões. Ou seja, está tudo parado”. Garcia conclui dizendo que o trabalho dos parlamentares de forma remota – uma realidade nas duas casas legislativas federais desde março – é outro obstáculo para que deputados governistas pressionem a presidência da Câmara. “Não tem ninguém em Brasília, está todo mundo fora, trabalhando de forma remota. Maia está num momento em que FAZ O QUE BEM ENTENDE e vai continuar fazendo o JOGO DA OPOSIÇÃO sem permitir que as matérias tenham andamento”.
BLOQUEIO
A deputada Caroline de Toni (PSL-SC), que também integra a BASE DO GOVERNO, endossa a análise de Garcia, e destaca "que a dificuldade em votar PAUTAS CONSERVADORAS é permanente desde o início do mandato de Bolsonaro. O Rodrigo Maia, infelizmente, não dá muito respaldo para as nossas pautas. Então, não temos expectativa nenhuma de aprovar matérias desse tipo até o final do ano. No ano que vem, com a eleição de um novo presidente, a gente acredita que possa ter andamento", avalia.
MAU COMPORTAMENTO
Fica claro, portanto, o sentimento de irritação que o ministro Paulo Guedes expõe quanto ao MAU COMPORTAMENTO do presidente da Câmara. Maia usa, constantemente, todos os motivos possíveis e imaginários para dar a impressão de que é maltratado por Guedes. Ora, na crua realidade, como se vê, Maia mostra o quanto não tem o menor interesse em ajudar o nosso entalado país. O caráter dele, portanto, nada tem de FALSO. Ao contrário, tem tudo de VERDADEIRO!
O SENADO E A LEI DO GÁS
Como se não bastasse a má vontade revelada pela Câmara, o Senado não fica atrás. Ontem, o seu presidente, senador Davi Alcolumbre, avisou ao governo que só aprovará a NOVA LEI DO GÁS caso haja o compromisso de garantir demanda, através da contratação do combustível pelas usinas térmicas. A exigência foi o bastante para que a importante votação deste projeto de lei, que estava prevista para hoje, 22, ficasse para uma data indefinida. Pode?
A falácia do socialismo tem como característica marcante a substituição gradual do sistema capitalista por uma ordem industrial e social baseada na propriedade pública e o controle democrático dos meios de produção e distribuição.
Agora, mais presente a retórica da igualdade - com distribuição da pobreza para o povo e os prazeres capitalistas para a elite perversa do partido.
“Modernamente”, não há necessariamente um planejamento centralizado, desde que existam instrumentos de política econômica amplos e eficazes que permitam governos “bondosos” exercerem controle sobre o desempenho macroeconômico.
Na verdade, a experiência fracassada e constrangedora do socialismo na prática, fez emergir novas "velhas" roupagens, tais como o socialismo "liberal".
Este tenta combinar o estado regulador e intervencionista com maior participação popular. Socialistas "democráticos" voltaram-se para o estado de bem-estar intervencionista, a fim de buscar "justiça social”. Ainda não é necessário nacionalizar todos os meios de produção ou planejar centralmente. Pelo menos, não nos planos de governo a fim de se elegerem...
Esse é o socialismo liberal brasileiro, que vemos agora pregados por candidatos a prefeitos e vereadores.
Na vida real, objetivamente, o capitalismo do compadrio. Nada novo, já que práticas corruptas são indissolúveis do comunismo/socialismo.
Populisticamente, no momento presente, alardeiam tributação da renda e riqueza "excessivas", daqueles que, de fato, criam empregos e riqueza; os empresários e genuínos heróis com “h” maiúsculo.
Graças ao povo brasileiro "acordado", está caindo a emporcalhada estátua de quatro dedos, que simbolizava a utopia socialista tupiniquim, não por meio da revolução violenta, mas através de uma democracia de araque.
Pão e circo para o povo, na esperança de manutenção do sonho coletivista e do ilusionismo, ambos hipócritas e eternos.
Restam-me ainda fios de esperança na vitória da liberdade, em que o mercado será aquele que permitirá que cada um de nós e todos tenhamos a liberdade de fazer nossas próprias escolhas para viver, segundo nossos próprios valores e propósitos.
A liberdade - aquela que respeita liberdades individuais é independente de políticos e burocratas, na grande maioria, corruptos.
Sonho com o afastamento da vertigem vermelha, presentemente transmutada, e suas práticas corruptas e de políticas coletivistas Ilusórias e contraproducentes.
De real mesmo, tristemente, só nos resta de regimes de inspiração marxista do século XX, o assassinato de aproximadamente 140 milhões de pessoas.
Definitivamente, sejam a nomenclatura e/ou cores e vestes quais forem, não existe livre mercado e livre iniciativa com socialismo. Com tal engodo, nunca existiu tampouco vigorará verdadeira prosperidade!
A mentira, a desfaçatez e a pobre essência do maior larápio da história da humanidade transborda a olhos nus, pelos menos para todos aqueles de boa visão e dotados de discernimento.
Pois eu ainda tenho expectativa na felicidade dos homens de bem, e num ambiente favorável para todos empreendedores que desejam assumir riscos com objetivos mercantis do lucro (ou deveria ser prejuízo?!) - único capaz de reverberar positivamente para toda a sociedade.
Reitero que Empresários dignos - com “e” maiúsculo - não querem e não podem servir aos valores e propósitos “mais altos do partido" e do emblemático projeto de pobreza eterna.
Trivialmente, tenho esperança na vitória daqueles que defendem a lógica da produtividade e do progresso econômico e social, da economia de mercado, em que para lucrar e manter-se firme nos negócios é compulsório inovar e SERVIR DE VERDADE AOS CIDADÃOS!
"Se eu tivesse um mundo só meu, tudo seria bobagem. Nada seria o que é, porque tudo seria o que não é. E, ao contrário, o que é, não seria. E o que não seria, seria. Entende?" (Chapeleiro Maluco)
A frase acima é um dos trechos mais famosos extraídos do clássico livro "Alice no País das Maravilhas", escrito no século XIX pelo autor inglês conhecido pelo pseudônimo de Lewis Carroll, e reproduz um dos diálogos travados entre a personagem Alice, do título do livro e o personagem designado Chapeleiro Maluco. O nome desse último personagem vem da expressão inglesa "mad as a hatter" (louco como um chapeleiro, em tradução livre) fazendo referência à Síndrome do Chapeleiro Maluco.
Esse trecho genial e imortal me veio à cabeça lendo um Manifesto – mais um – perpetrado por várias pessoas do bem que se dizem "esquerdistas" e justificam o seu esquerdismo alinhavando uma série de conceitos ideais, limpos e bonitinhos, como sempre embalados ao som de "Imagine".
Que lindinho! Sério. É lindo mesmo. Nós também achamos.
Diferenças podem até existir. Afinal, nós não somos iguais. Mas, como dizem os portugueses, todas essas diferenças de fato são apenas "perfumaria".
Então provavelmente a única coisa de fato significativa que nos separa de vocês é que nós estamos despertos e vocês continuam sonhando.
Lamentavelmente, e é muito triste lhes antecipar isso, a realidade não é nem um pouco agradável, como vocês verão quando acordarem, e cheira mal paca, mas... fazer o quê? Precisamos de vocês despertas (os) e bem despertas (os). Desculpem o incômodo, então, tá?
Mas a gente precisa pedir com todo o carinho a todas (os) vocês: acordem Alices!
Tá mais do que na hora de acordarem desse sonho, pois o mundo das pessoas despertas não está questionando os valores que vocês defendem. Nunca esteve, pelo contrário. Ele os defende também.
Pois o problema verdadeiro é que, nesse mundo real – não no dos sonhos, entendam -, nesse mundinho velho, cruel e castigado em que nós que nada temos com essa confusão de termos que os parceiros de bandeira de vocês deliberadamente plantaram, nós, que não temos a sorte de viver no mundo onírico das Alices, nós estamos em guerra contra pessoas, também bem despertas – aliás, despertas até demais – que empunham a bandeira do Esquerdismo (a mesma bandeira bonitinha de vocês, olha só que grande chatice) e que querem destruir por completo todos os conceitos e valores que não apenas nós, mas também vocês dizem defender.
E nós estamos sozinhos defendendo o sonho de vocês, pelos vistos. Sozinhos, otários e sobrecarregados, portanto. Não é justo isso. Não mesmo.
Como fica então? Vocês vão pegar no pesado junto conosco? Não é lá muito honesto que apregoem uma coisa e nos deixem a nós nus e sozinhos nessa defesa, na prática, concordam? E ainda têm coragem de vir a público querendo angariar votos e curtidas no nosso lombo? Aí já é nos chamarem de macacos e pisarem no rabo, né?
Porque essa guerra está fraturando o mundo, enquanto vocês sonham. Essa guerra está trazendo o Caos e o sofrimento ao nosso cotidiano, enquanto vocês sonham. Porque o vosso sonho dá combustível a essas pessoas espertas. E que combustível! Pois elas se aproveitam do vosso sonho, como disfarce. E essas pessoas são reais neste mundo real. E muito, muito, muito perversas.
Então, acordem. Por favor!!!!!!!!!
Continuem defendendo os valores que dizem defender e continuem se dizendo esquerdistas, progressistas, comunistas, marxistas, socialistas, democratas, socialdemocratas, o que bem entenderem. Nada contra até então, enquanto não pretenderem destruir os nossos. Continuem com a vossa Filosofia de vida. Ninguém tem nada com isso. Nem precisam se dar ao trabalho de vir a público expô-la.
Mas não apoiem essas pessoas que se aproveitam do vosso estado sonambúlico para militando sob a bandeira do esquerdismo – a mesma de vocês, infelizmente – com o nome de PT, PSOL, PCdoB, adotando o vermelho ou o amarelo ou usando qualquer das cores do arco íris quando uma dessas cores já está com o filme suficientemente queimado e empunhando a bandeira do Partido Comunista Chinês, dos bolivarianistas, ou a da tal Nova Ordem (os espertos reais e pérfidos são muitos e adotam várias nomenclaturas) trazerem o incorreto, a bandidagem, a corrupção desenfreada, a perversão, a deturpação e o Crime ao nosso mundinho. Já é tão árduo manter um mínimo de Ordem nesse mundo desbotado do real em que vivemos. Nem precisávamos disso. Tenham dó!
E, para que fique bem claro: a omissão é a maior das escolhas. Não se esqueçam disso. Nem o fato de viverem no mundo dos sonhos justifica ou apaga isso. Sinto muito.
Ah! Mas nós não apoiamos isso. Pois é, né? Então gritem isso bem alto. Digam isso bem claro e nos apoiem quando os "outros esquerdistas" – os espertinhos, os perversos, aqueles que de fato aparecem no mundo real e desperto – usarem a mesma bandeira de vocês para praticarem o Mal e o Incorreto, o Crime e a Bandidagem.
Caso contrário, vocês incorrem no risco de cair num campo sagrado e imutável, aonde não existe espaço para palavrinhas bonitas e retóricas vazias, nem crenças ideológicas que as justifiquem. Nem espaço de manobra. Nesse terreno cristalino, o Bem é o Bem e o Mal é o Mal. E não tem Chapeleiro Maluco que desfaça ou conturbe isso. Ficará apenas a pergunta com toda a pureza de sua simplicidade: que forças de fato você defende?
Quando vocês começarem a fazer isso, ninguém mais vai questionar se vocês são de esquerda, da direita, do centro, do Leste, do Oeste ou do Baluquistão. Vocês nem precisam explicar o que isso significa, nem o que representa. Seria tão irrelevante como o fato de alguém se declarar publicamente fá da Madonna e outra pessoa confessar ser macaca do Chitãozinho & Xororó. Ninguém vai estar nem aí pra isso. Todos saberão quem está defendendo a Ordem, o Bem e o Correto. Porque será apenas isso que importa. Simples assim!
Porque, não tem jeito não: as bandeiras e disfarces são muitos, mas, no mundo real, neste mundo dos que estão de fato despertos, crime continua sendo crime, Bem continua sendo Bem e Mal continua sendo Mal!
E o problema, queridas Alices, é que eles todos – os que defendem o Crime e o Mal – optaram por adotar a bandeira do "esquerdismo" para agir dessa forma perversa. A mesma bandeira de vocês: a tal bandeira "esquerdista" bonitinha que vocês alegam seguir. Esse é o ponto!
E, olha só que má sorte essa de vocês, que são tão do Bem, tão boazinhas (os), mas nada fizeram na prática, até agora, para justificar os idealismos sonhados e honrar os valores que dizem defender. Tá mais do que na hora de acordar gente! Pois, apenas palavras e profissões de Fé bonitinhas não estão mais segurando a sanha destruidora desses comparsas de bandeira de vocês. Esses que estão despertos e agem em vosso nome, entendam.
Como pontificou manhosamente o falecido líder chinês, Deng XiaoPing, provavelmente não por acaso comunista – caramba! Que coincidência infeliz, meu -, que certamente deve ter decorado o livro de Carroll para cunhar a frase: "Não importa como se vai chamar o gato. O que importa é que caça ratos". Pois é! Precisa desenhar? Esse daí foi fã de carteirinha do Chapeleiro Maluco. Ele sabia que ia ter muito público pras artimanhas dele. Com certeza! Ele era oriental.
É só isso. Deu para entender o truque?
A essas pessoas que ainda estão adormecidas no palácio dos sonhos que um dia alimentaram, só me resta dizer-lhes, mais uma vez recorrendo ao livro de Lewis Carroll, mas desta vez reproduzindo um conselho dado a Alice por outro personagem da mesma fábula, o Gato de Cheshire:
"Minha querida Alice, nos jardins da memória, no palácio dos sonhos é lá que nos encontraremos".
Paulo Monteiro é amazonense, aposentado, formado em Administração de Empresas pela Univ. Federal do Amazonas e tem graduação em Psicanálise.
Quando foi que permitimos
que os que destruíam flores
cuidassem do nosso horto?
Em que tempo foi que, absortos,
deixamos que os imprudentes
gerissem nossos destinos?
Quando foi que abrimos mão
de ensinar aos meninos
e cedemos à "didática"?
Se erro, dize-me então:
como foi que se perdeu
essa dadivosa prática?
Sem pretender insistir
sendo apenas consistente,
convém-me só perquirir:
Como, quando e até por que
aplaudimos o momento
em que ataram nossa gente?
Primeiro eles vieram
e ocuparam nossos lares;
e lhes fizemos família.
Então eles nos disseram
que era preciso mudar
e nos cercaram em ilha.
E ainda que cuidariam
de nossos filhos e filhas
e atraíram suas mentes.
E, quanto aos dissidentes,
chamaram-nos de inimigos
e perdemos nossos entes.
Depois fomos divididos
em "nós" e "eles": os canhotos
e os faltos de alma vivente.
Chamaram os do outro lado
de lixo e coisa indizível
e nós nos tornamos bichos.
E sem prestar atenção
deixamos que dividissem
o que não tem divisão.
E eles propuseram ainda
que moldássemos a fé
para alguma coisa linda.
E quando nós percebemos,
não havia mais uma fé,
mas só concepções fingidas.
E as Escritura Sagradas
Foram sendo assim mudadas
por forma de manifesto.
E o que nos sobrou, de resto,
não foi uma religião,
mas um guia de protestos.
E entregamos liberdade
na troca por igualdade.
E, quando já era tarde,
perdemos as nossas tardes.
Sem alarde, nos tiraram
o direito de pensar.
Já não tínhamos ideias,
apenas meras doutrinas.
E nos armaram as teias,
caímos na malha fina.
E eles nos desarmaram
e impuseram violência.
Quando fomos reagir
restava-nos a demência.
Odiamos o patrão
todos empreendedores
os que são do sexo oposto
e pessoas de outras cores...
Apartamo-nos de irmãos
criamos grandes barreiras
perdemos os sentimentos
e sofremos de cegueira.
Onde ficaram as praças?
Onde estão todas as flores?
Quem quebrou nossas vidraças
e quem levou nossas cores?
Onde está toda beleza?
Quem destruiu essas artes?
Onde guardaram riquezas?
Quem fez todos os desastres?
Mas, agora, acordamos
para a dura realidade:
o custo da ignorância
é a nossa liberdade!
#ocustodaignorância