Nivaldo Cordeiro

22/01/2009
A festa de posse Barack Hussein Obama n?poderia ter sido mais grandiosa. Seu desfile pelas ruas de Washington lembrou o de um C?r em triunfo. Ou melhor, de um Fara?gido. O fasc?o que o novo presidente exerce sobre a multid?s?de ser adequadamente descrito pelo olho m?co da c?ra de televis? Como um novo Fara?u C?r, Obama encarna para a multid?o deus desse mundo, o salvador, o S?. Seu discurso de posse refletiu adequadamente essa fotografia. Sua fala caiu fundo nos ouvidos aos quais se destinava. No primeiro par?afo foi empregada a palavra humildade, mas o discurso inteiro ?ma pe?arrogante. O presidente hesita diante das dificuldades dos tempos atuais e das conquistas da Am?ca desde seu nascimento. Pudera, em face do franco contraste. O presidente bem lembrou: “Nossa na? se encontra em guerra contra uma rede de viol?ia e ? de grande extens? Nossa economia est?ravemente enfraquecida, consequ?ia da cobi?e irresponsabilidade da parte de alguns, mas tamb?de nosso fracasso coletivo em fazer escolhas dif?is e preparar o pa?para uma nova era. Resid?ias foram perdidas, empregos desapareceram, empresas foram fechadas. Nosso sistema de sa??neroso demais, nossas escolas reprovam alunos demais, e cada dia traz mais evid?ias de que a maneira como consumimos energia fortalece nossos advers?os e p?m risco nosso planeta”. Atentemos, todavia, para o que disse. A na? est?m guerra? Sim, mas em uma guerra de agress? duas pequenas (Iraque e Afeganist?, na verdade, contra pa?s nanicos e incapazes de qualquer defesa. A rigor os EUA n?est?em guerra, entrando aqui a palavra mais como hip?ole militar do que propriamente como a descri? de um fato. E tem motivo: todos aqueles, como Obama, que pretendem atingir o cora? do povo precisam fazer brotar o patriotismo guerreiro, que tem naquela gente not?l resson?ia. O potencial de viol?ia inclu? aqui ?is?l. Atribuir a crise econ?a ?cobi?e irresponsabilidade de alguns” ?ntrar em desacordo com a verdade. Qualquer observador bem informado da hist? e da economia norte-americanas sabe que a causa da crise ?nica: o agigantamento do Estado, sua pretens?de eliminar artificialmente a escassez, a exorbit?ia legislativa que regula de forma desmedida os mercados (mais ?rente aprofunda esse vis?equ?ca, como veremos). N?? minoria rica (impl?ta) a culpada pela crise, nem o pr?o mercado. Este ?a verdade a grande v?ma. Obama, como um prometedor de milagres de feira livre, faz diagn?co errado precisamente para escapar de p? dedo na ferida. Resid?ias foram perdidas, sim, mas pelo ?o e exclusivo motivo de que compradores temer?os assinaram empr?imos impag?is, almejando viver al?das pr?as posses. E definitivamente as escolas n?reprovam alunos; alunos ?ue s?reprovados por sua insufici?ia acad?ca. Mais uma vez a rela? de causa e efeito fica aqui completamente invertida. O sistema de sa??neroso e o ser?empre, enquanto o Estado entender que ? patrono da Sa? Como qualquer bem que depende do trabalho, os servi? de sa?n?deveriam ser objeto de doa? pelo Estado, fazendo assim sua demanda tender ao infinito. Como qualquer servi? deveria ser deixado ao mercado satisfazer as necessidades coletivas. N?foi surpresa para mim que o discurso de Obama tenha repetido na literalidade o discurso de Lula: “Estamos aqui neste dia porque optamos pela esperan?em lugar do medo”. A eloq?ia dos populistas nada tem de original, se repete em toda parte. Contrastando com a fingida humildade do par?afo inicial, disse Obama: “Ao reafirmar a grandeza de nosso pa? compreendemos que a grandeza jamais ?ada. Ela precisa ser conquistada. Nossa jornada nunca foi uma jornada de atalhos ou de nos contentarmos com menos”. O inocente pronome coletivo aqui confunde propositadamente a figura do presidente com a hist? da na?. A infla? de ego salta aos olhos. Prossegue Obama, quase que de forma ing?a: “Continuamos a ser o pa?mais pr?ro e poderoso da Terra”. Por quanto tempo mais ainda? Se h?ma coisa que percebo ?ue essa crise vai redistribuir o poder mundial, ampliando o da Europa, da R?a e da China. A Am?ca precisaria voltar a ser aquela que emergiu no alvorecer do s?lo XX para continuar a ser aquilo que Obama gostaria que fosse sob a sua tutela. E, num crescente, proclamou: “O Estado da economia pede a?, ousada e veloz, e vamos agir – n?apenas para gerar novos empregos, mas para deitar novas bases para o crescimento”. ?aqui que se descortina na inteireza toda a aliena? ob?ca, sua figura quixotesca. Esse “vamos agir” significa estatizar mais, emitir mais moeda, regular mais a vida privada. Ou seja, tudo aquilo que contribuiu para gerar a crise e p? Am?ca de joelhos ser?epetido e aprofundado. Obama n?escondeu suas (m? inten?s. “H?uem questione a escala de nossas ambi?s – quem sugira que nosso sistema n?pode tolerar planos grandiosos demais”. A ret?a ?raca, mas serve para lembrar um saboroso di?go do filme BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS. O Ping?diz ao personagem que o caos acontece quando o plano, ainda que mal?co, n?funciona. Se funcionar a multid?fica tranq?. O que as pessoas n?toleram ? incerteza, a falta de previsibilidade. Ora, o patrono desses novos tempos ob?cos ? Ping? Planos n?funcionar? a burocracia estatal vai tatear no improviso di?o a cada resposta errada da economia de mercado aos planos mirabolantes, aos bailouts grandiosos, aos resgates imorais. O Ping?agora ? pr?o Estado agigantado, o causador do caos. Para o momento hist?o que foi sua posse o discurso est?esproporcionalmente fraco, sem grandes v?ret?os. Destaco aqui um ponto que ser?alvez o seu apogeu, onde ele desvela o seu Deus: “?chegada a hora de reafirmar nosso esp?to duradouro, de escolher nossa hist? melhor; de levar adiante aquela d?va preciosa, aquela id? nobre que vem sendo transmitida de gera? em gera?: a promessa dada por Deus de que todos s?iguais, todos s?livres, e todos merecem a oportunidade de lutar por sua medida de felicidade”. Esse certamente n?? Deus de Abra? Ser? deus de Epicuro. E de Rousseau. O deus dos ateus, se quisermos ser exatos e mordazes com o novo presidente. Muito apropriado para quem se pretende o gr?sacerdote do Estado, o deus de nosso tempo.

Lewis W. Napper

22/01/2009
We, the sensible people of the United States, in an attempt to help everyone get along, restore some semblance of justice, avoid any more riots, keep our nation safe, promote positive behavior, and secure the blessings of debt-free liberty to ourselves and our great-great-great-grandchildren, hereby try one more time to ordain and establish some common sense guidelines for the terminally whiny, guilt-ridden, deluded, and other liberal bed-wetters. We hold these truths to be self-evident: that a whole lot of people are confused by the Bill of Rights and are so dim that they require a Bill of No Rights. Article I You do not have the right to a new car, big screen TV or any other form of wealth. More power to you if you can legally acquire them, but no one is guaranteeing anything. Article II You do not have the right to never be offended. This country is based on freedom, and that means freedom for everyone not just you! You may leave the room, change the channel, or express a different opinion, but the world is full of idiots, and probably always will be. Article III You do not have the right to be free from harm. If you stick a screwdriver in your eye, learn to be more careful, do not expect the tool manufacturer to make you and all your relatives independently wealthy. Article IV You do not have the right to free food and housing. Americans are the most charitable people to be found, and will gladly help anyone in need, but we are quickly growing weary of subsidizing generation after generation of professional couch potatoes who achieve nothing more than the creation of another generation of professional couch potatoes. Article V You do not have the right to free health care. That would be nice, but from the looks of public housing, were just not interested in public health care. Article VI You do not have the right to physically harm other people. If you kidnap, rape, intentionally maim, or kill someone, dont be surprised if the rest of us want to see you fry in the electric chair. Article VII You do not have the right to the possessions of others. If you rob, cheat or coerce away the goods or services of other citizens, dont be surprised if the rest of us get together and lock you away in a place where you still wont have the right to a big screen color TV or a life of leisure. Article VIII You dont have the right to demand that our children risk their lives in foreign wars to soothe your aching conscience. We hate oppressive governments and wont lift a finger to stop you from going to fight if youd like. However, we do not enjoy parenting the entire world and do not want to spend so much of our time battling each and every little tyrant with a military uniform and a funny hat. Article IX You dont have the right to a job. Sure, all of us want all of you to have one, and will gladly help you along in hard times, but we expect you to take advantage of the opportunities of education and vocational training laid before you to make yourself useful. Article X You do not have the right to happiness. Being an American means that you have the right to pursue happiness, which, by the way, is a lot easier if you are unencumbered by an overabundance of idiotic laws created by those of you who were confused by the Bill of Rights. If you agree, we strongly urge you to forward this to as many people as you can. No, you dont have to, and nothing tragic will befall you should you not forward it. We just think it is about time common sense is allowed to flourish ?call it the age of reason revisited. * Candidate for U.S. Senate from Mississippi in 2000.

Gilberto Simões Pires

22/01/2009
O mundo todo est?guardando, como uma das primeiras provid?ias a ser tomada pelo novo presidente americano, Barack Obama, o fechamento definitivo da pris?militar de Guant?mo, situada na Ilha de Fidel. Desocupar o centro de deten? da Base Naval em Cuba ?arefa muito simples. O grande problema reside no que fazer com os 250 prisioneiros. Principalmente, porque todos s?perigosos e muitos acusados de terrorismo. Se o fechamento de Guant?mo representou uma dor de cabe?para Obama, pela promessa que fez na sua campanha, agora esta tarefa est?em mais f?l. Bem informado, como se presume, Obama j?eve ter tomado conhecimento do forte esp?to de hospitalidade que o Brasil t?por terroristas. Basta, portanto, que Obama ligue ainda hoje para o nosso ministro da Justi?e tudo fica bem resolvido: Guant?mo passa a ser um ponto de visita? tur?ica, com bom retorno financeiro para os EUA; e o Brasil fica com os terroristas, sem o menor risco de que venham a ser torturados. Pronto. Obama, al?de l?r carism?co, ?m sujeito de sorte. Muita sorte.

Videversus

22/01/2009
A crise econ?a global obrigou mais de 10 milh?de chineses a abandonarem a paisagem de arranha-c? pelo interior, onde subsistem o arado manual e os casamentos arranjados. O ?do urbano ?esultado dos efeitos da crise nos dois setores que mais empregaram a vasta m?de-obra inexperiente nas ?mas duas d?das no pa? H?bras paradas em todos os cantos em Pequim e Xangai, e as linhas de montagem que espalharam o made in China pelo mundo est?em velocidade reduzida. Com previs?de que mais 20 milh?de empregos desapare? em 2009, as fam?as se perguntam se ?elhor ficar na cidade ou voltar ?avoura.

Assessoria de imprensa do deputado Martini

22/01/2009
A a? contra o Minist?o da Sa?prev? suspens?dos efeitos do Edital de Prega?n.º 142/2008 O l?r do PHS na C?ra, o deputado federal Miguel Martini protocolou ontem, 20/01, uma representa? contra o Minist?o da Sa? pela realiza? do Edital de Preg?nº 142/2008, para a aquisi? de 15 milh?de saches de gel lubrificante. De acordo com o edital, o material ?ndicado para lubrifica? ?ima durante a rela? anal e vaginal, com uso de preservativo, possibilitando assim maior conforto e seguran?aos usu?os. N?onhecemos a triste realidade do sistema de sa?p?ca do Brasil. Se no SUS faltam rem?os primordiais aos pacientes e n?tem leitos hospitalares para interna?, adquirir sache de lubrificantes ?imos, em detrimento a outras necessidades b?cas, ?m grande equ?co. O cidad?brasileiro precisa ser respeitado, ressalta Miguel Martini. O resultado do julgamento do preg?estabeleceu a empresa Carbogel Ind?ia a Com?io, com o valor estimado de R$1.160.000,00 (um milh? cento e sessenta mil reais). Martini afirma que h?utras formas de o Minist?o da Sa?fazer campanhas de preven? contra doen?. As pol?cas p?cas de sa?para as doen? sexualmente transmiss?is deve ser objeto de reflex?sobre os conceitos de preven? e, principalmente, observar o delineamento de a?s que favore? a ado? de medidas preventivas em defesa da vida e da sa?da popula?, ressalta o deputado. O parlamentar ainda lembra que a empresa vencedora ?amb?fornecedora, no SUS, do produto Carbogel ULT, gel especialmente recomendado para transmiss?ultra-s?a, em aparelhos de ultra-sonografia, como ec?fos e dopplers. In?os postos de sa?e hospitais p?cos deixam de realizar exame nas gestantes por falta do gel condutor, n?nos parece razo?l o Minist?o da Sa?adquirir gel ?imo, ao inv?do gel para exame nas mulheres gr?das, diz Martini. Na representa? judicial, o deputado Miguel Martini ressalta que n?h?enhuma estat?ica ou estudo acad?co ou cientifico comprovado, que confirme a redu? das doen? sexualmente transmiss?is pelo uso de lubrificante ?imo. Ele tamb?solicita a suspens?dos efeitos do Edital do Preg?nº 142/2008 e, caso j?enham sido efetivados quaisquer das etapas previstas, que sejam impugnadas.

Arthur Chagas Diniz

22/01/2009
Estamos assistindo, nos dias que correm, ?entativa de reelei? indefinida do coronel Ch?z na Venezuela. Em plebiscito anterior, ele foi, surpreendentemente, derrotado em suas pretens? que continuam as mesmas. Ch?z tem tratado a ferro e fogo aqueles que s?contr?os ?d? de um rei fora do tempo e com uma indesmentida voca? ditatorial**. As esperan? de uma Venezuela mais livre no futuro residem nos estudantes, primeiros a se dar conta de que o “bolivarianismo”, eufemismo para uma rep?ca castrista na Am?ca do Sul, pretende ser um p?difusor da ditadura comunista, eufemisticamente chamada de “socialista”. Ch?z n?deixa d?as ao que deseja: sufocar todo e qualquer movimento que conteste sua ultrapassada f?la nacional-socialista. Agora, pretende passar a colunista de jornal, tal como seu ?lo Fidel**. Comunistas, ali? gostam de falar muito e nada. O Brasil tem que se preocupar com os riscos da revolu? bolivariana que, em tons e matizes diferentes, j?tingiu a Bol?a, o Equador e o Paraguai. De uma coisa pelo menos estamos livres: Lulla n?vai virar colunista ou articulista de jornal. Com sua candura pr?a ?olice, j?os informou que n?l?S?ca de ouvido. * Presidente do IL

Jarbas Passarinho

21/01/2009
O presidente Lula, cujo pensamento pol?co se abriga na extrema volubilidade, por mais de uma vez afirmou que n??em foi esquerdista. Da palavra, j?iziam os romanos, o vento as leva (verba vollant), mas acrescentavam que a palavra escrita permanece. Ouso dizer que nem sempre. Assim ?uando nega o ?o, ao negar ser esquerdista mas havendo fundado o Foro de S?Paulo, uma coaliz?liderada pelo Partido Comunista Cubano em 1990, destinado a conquistar a Am?ca do Sul e a do Centro. Ningu?melhor que ele para usar a cedi?explica? de Ortega y Gasset: “Eu sou eu e as minhas circunst?ias”, em si leg?ma quando explica decis?pol?cas antag?as ?que antes defendia. N?? caso. As circunst?ias t?favorecido os humores do presidente Luiz Ign?o. Ao vencer, na quarta tentativa, concretizou o “beijo da morte”: a vit? pessoal, sem que seu partido conquistasse a maioria do parlamento. Ao deixar sua ?a atividade legislativa — j?ecidira disputar a Presid?ia —, referiu-se aos antigos pares no Legislativo como “os 300 picaretas”. Presidente, reencontrou-os aumentados por aqueles que nos com?os de campanha, em que ?omum a exacerba? gerada pelos vapores et?cos, chamava de ladr? Deles, de suas “habilidades” pol?cas em que s?peritos, necessita para governar, segundo seu estilo pragm?co. Assim como serviram aos militares, hoje transitam na base de apoio ao antigo insultador. A caneta do presidente tem poderes miraculosos. A isso o presidente Luiz Ign?o chama de metamorfoses, conhecedor da letra de uma can? de Raul Seixas. O que mostra bom gosto pela cr?ca ?oral burguesa, preservada a utilidade da burguesia reverencial. Sagaz, quem diria que o signat?o do texto da funda? do Foro de S?Paulo estivesse disposto a cooptar um antigo presidente mundial do Banco Boston para, felizmente, chefiar o nosso Banco Central? Tra? — creio piamente nele —, evitou, generoso, dizer quem o traiu. Imagino quanto sofreu com uma trai? que lhe causou a queda tempor?a da popularidade para 20%, ao ver a imprensa (que lhe causa azia ler) revelar os s?dos mercen?os do mensal? N?admitindo ser de esquerda, porque “todo velho que ainda ?e esquerda tem problema”, teve a frase contestada amigavelmente pelo assessor para assuntos de pol?ca externa Garcia (dirigente do Itamaraty do B). Sua conduta confunde os pobres mortais que estudam ci?ia pol?ca. Nos jogos pan-americanos, dois boxeurs cubanos desertaram da delega?. Prontamente, foram “acampanados”. Ou seja, vigiados permanentemente por policiais. Postos por eles numa liga? telef?a com Cuba, cederam ao apelo das fam?as, com promessa generosa de Fidel Castro. Se voltassem, nada de mal lhes aconteceria. Logo, um avi?do “companheiro Ch?z” veio busc?os. Na ilha, proibidos de trabalhar, viviam dos chamados bicos, at?ue um deles conseguiu fugir, evitou o Brasil, rumou para o M?co e de l?ara a Alemanha. Foi, pois, eficient?imo o governo brasileiro em atender Fidel. O reverso aconteceu com o pedido da It?a, de extradi? do terrorista Cesare Battisti, foragido depois de condenado. Quatro vezes homicida, foi condenado em dois processos, uma vez pela unanimidade do j?popular. A Justi?italiana lhe assegurou todos os direitos, especialmente o de defesa. ?antigo membro dirigente dos Militantes Armados pelo Comunismo, ligados ?ferozes Brigadas Vermelhas, que sequestraram e assassinaram cruelmente o indulgente democrata-crist?Aldo Moro. Protegido pelo servi?comunista de fuga de seus presos, Cesare Battisti fugiu da pris?e refugiou-se na Fran? No governo do respeit?l socialista Romano Prodi, a seu pedido a Fran?concedeu a extradi?, mas fugiu novamente, agora para o Brasil. Por que o Brasil, se Prodi n?viola direitos humanos e governava um pa?democrata? Provavelmente porque o presidente Luiz In?o ?m humanista, apaixonado pelos direitos humanos. Trata como her?os terroristas da luta armada de 1967— 1975. Analogicamente, asila “um perseguido”, que matou, como os terroristas daqui mataram, pelo bem da causa comunista. Menos sens?is, o Conselho Nacional para Refugiados (Conare), ?o do Minist?o da Justi? negou-lhe o pedido de asilo pol?co, e o procurador-geral da Rep?ca deu parecer contr?o ao pedido de anistia para Battisti. O Supremo, que ? ?o adequado para julgar pedidos de extradi?, seria o pr?o a que recorreria. O nosso ministro da Justi? ent? experiente em xadrez, apelou para o xeque-mate. Concedeu, contra o Conare e o procurador-geral da Rep?ca, o asilo. A ser mantido, impedir? STF de apreciar pedido de extradi?. Oficial da reserva do Ex?ito, ainda cultiva a disciplina e respeita a hierarquia. Logo, jamais asilaria Battisti sem pr?a autoriza? do presidente da Rep?ca. Diante do protesto da It?a, nosso presidente, exaltado, bradou: “Ela vai ter que respeitar a nossa soberania”. Rea? de um patriota destemido e indignado que invocou a soberania brasileira? Ou mero acinte ?t?a democr?ca? * Foi Ministro de Estado, governador e senador

Editorial do Estadão

21/01/2009
Depois de desmoralizar suas fun?s estatut?as, boicotar seu funcionamento e asfixi?as financeiramente, o governo Lula, agora sem qualquer disfarce, passou a utilizar as ag?ias reguladoras para acomodar seus interesses pol?co-partid?os. No momento em que se acirra a disputa entre os dois maiores partidos de sua base, o PT e o PMDB, pelas presid?ias da C?ra e do Senado, encontrou a fun? pol?ca que deve considerar ideal para elas: transformou seus cargos em moeda de troca nas negocia?s para a composi? das Mesas diretoras das duas Casas do Congresso. ?uma p?ima fun? para um ?o cujos cargos devem ser preenchidos de acordo com crit?os rigorosamente t?icos. Para assegurar a perman?ia do PMDB na sua base de sustenta? pelo menos at? elei? de 2010, o governo Lula est?ondicionando a indica? do novo conselheiro diretor da Ag?ia Nacional de Telecomunica?s (Anatel) - uma das mais importantes da ?a federal - ?lei? de seus candidatos ?ire? das Mesas da C?ra e do Senado. O crit?o do governo parece definido: o partido que perder a escolha ser?remiado com a vaga na Anatel. Assim, se o PT sair fortalecido, a vaga ser?e um nome indicado pelo PMDB. Em caso contr?o, se o escolhido na C?ra for o deputado Michel Temer (PMDB-SP) e, no Senado, um dos dois nomes do PMDB - Jos?arney (AP) ou Garibaldi Alves (RN) -, caber?o PT indicar o nome para a Anatel. Esse cambalacho ?ais uma demonstra? do apetite da base pol?ca do governo por cargos p?cos e do desprezo do governo Lula pela qualidade t?ica das decis?das ag?ias reguladoras. Criadas na d?da passada para regular e fiscalizar a atua? de empresas privadas que assumiram fun?s antes exercidas pelo Estado, as ag?ias foram criticadas pelo presidente Luiz In?o Lula da Silva no in?o de seu primeiro mandato, por causa de sua autonomia e de sua independ?ia. Mas elas s?mprem bem seu papel se atuarem sem press?do governo. Mas o governo estende cada vez mais o seu controle sobre elas. As verbas or?ent?as t?sido sistematicamente retidas pelo Tesouro, em at?5% do total. A indica? de substitutos dos conselheiros que encerravam o mandato e n?podiam ser reconduzidos foi retardada, raz?pela qual algumas ag?ias chegaram a ficar meses sem poder se reunir por falta de qu?. Quando n?retardou o preenchimento dos cargos, o governo preencheu-os de acordo com crit?os meramente pol?cos, o que resultou em arrastadas negocia?s entre os partidos da base governista. Por falta de acordo entre eles, a estrat?ca Ag?ia Nacional do Petr? (ANP) chegou a ficar quase um ano sem presidente efetivo. Afinal, foi escolhido o nome de Haroldo Lima, indicado pelo PC do B. Agora, como mostrou reportagem do Estado de domingo, quem manda nas ag?ias ? ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apontada como a favorita do presidente Lula para concorrer pelo PT ?ua sucess? e que j?em atuando como candidata. No ano passado, ela indicou seu antigo assessor especial Bernardo Figueiredo para a presid?ia da Ag?ia Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). ?respons?l tamb?pela escolha, j?ficializada, de seu antigo chefe de gabinete no Minist?o de Minas e Energia, Nelson Hubner, para substituir Jerson Kelman na presid?ia da Ag?ia Nacional de Energia El?ica (Aneel). A ministra j?uida de escolher os nomes que substituir?os conselheiros que encerrar?seus mandatos nos pr?os dois anos. De um total de 47 conselheiros diretores das dez ag?ias, 29 ter?de ser substitu?s at? fim do mandato do presidente Lula. Tr?desses cargos s?de presidente - das Ag?ias Nacionais de Cinema (Ancine), de Sa?Suplementar (ANS) e de guas (ANA). D?ara contentar muitos parceiros pol?cos, mas, quanto maior for o ?to pol?co da ministra, pior pode ser para o Pa? a qualidade t?ica e a confiabilidade do trabalho das ag?ias reguladoras, essenciais para garantir servi? p?cos adequados e assegurar investimentos de longo prazo, poder?ser comprometidas.

Gilberto Dimenstein, na Folha

21/01/2009
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, transformou seu cargo, no ano passado, numa festa de boas not?as. Periodicamente, ele mostrava, orgulhoso, o aumento do emprego e seus recordes, como se fossem uma obra do governo --o que, significava, por tabela, tamb?sua vit? pessoal. O que ?obviamente, uma ilus?de marketing. A ilus?aparece agora quando diminuiu, para dizer o m?mo, a festa dos an?os. Qual ?gora a rea? do ministro? Culpar as empresas. Ele defende que, em troca de apoio oficial, as empresas se comprometam a n?demitir. O governo era respons?l pela boa not?a, mas nada tem a ver com a m?ot?a. Assim como as empresas n?eram moralmente boas porque contratavam --fazem isso porque contratar significa mais lucros -, elas n?demitem porque s?ruins, mas apenas porque precisam balan? suas contas. Uma das melhores posi?s que o governo poderia ter para garantir o emprego, al?de gastar menos e melhor para reduzir impostos e sobrar mais recursos ao investimento, era defender a flexibiliza? das leis trabalhistas. O que garante emprego ? crescimento econ?o combinado com a melhoria da educa? --e o que garante isso ? est?lo ao empreendedorismo e inova?. O resto ?lus? como os an?os do ministro.