Percival Puggina

11/01/2009
Meu artigo anterior sobre Cuba suscitou mensagens de contrariedade procedentes de leitores que enaltecem a cinquenten?a revolu?. Duvido que tenham visitado a ilha porque quando a gente vai e sacode o discurso na peneira dos fatos, o que resta, al?de um pa?em ru?s e cacarecos, ?ouco, muito pouco, pouco mesmo. Garganteiam que o ?dice de Desenvolvimento Humano de Cuba (0,855) ?uperior ao brasileiro (0,807). Convenhamos que essa diferen?de 0,048 n?significa grande coisa quando a gente conhece a realidade verde-amarela. E note-se: para aceitar essa pequenina diferen??reciso acreditar que as informa?s cubanas sejam ver?cas, o que constituiria um caso singular, pois os comunistas, sabidamente, mant?com a verdade uma rela? de conveni?ia. Tal suspeita se ampliou em mim, ap?onhecer e estudar Cuba, porque n?combina com o que se observa, l? c?o fato de o IDH cubano equivaler, por exemplo, ao do Rio Grande do Sul. Fica dif?l engolir. No entanto, ainda que se tomem como verazes tais n?os, soa v?do o que me disse um senhor de idade a quem indaguei a respeito enquanto convers?mos, sentados ?murada do Malec? “Si uno no est?studiando ni enfermo, todo lo dem?es una mierda”. Com efeito, o resultado de cinco d?das de totalitarismo comunista, numa ilha privilegiada pela natureza, com popula? igual ?o Rio Grande do Sul e metade do PIB, resulta p?o. Sabe por que, leitor? Porque para proporcion?os o governo comunista de Cuba remunera o trabalho de seu povo com um sal?o m?o de US$ 10 mensais e se apropria da quase totalidade da renda nacional. ?o bem estar da senzala. Assim at?u. Perdoem-me, ent? os pedagogos e professores brasileiros que v?a Cuba, gostam do que v? e chutam o balde da gera? e transmiss?do conhecimento em benef?o da tal “forma? para a cidadania”. O que praticam n??duca? e tem nome: estupro ideol?o das mentes juvenis. A educa? cubana, constitucionalmente comprometida com a forma? de uma sociedade comunista n?tem como ser boa. J? propaganda ?utra coisa. At?u ca?essa quando anos atr?me apresentaram um casal cujo marido sofria de retinose pigmentar. Gente humilde. Ela servente, ele guarda noturno. A enfermidade lhe destru?a vis?e tinham ouvido que em Cuba isso tinha cura. Orientei-os sobre como proceder com vistas a obter ordem judicial para o tratamento, acompanhei o processo e l?e foram eles para Havana. O SUS pagou a viagem do casal, os procedimentos m?cos, o tratamento posterior e a alimenta?. Um dinheir? E da?Bem, eles voltaram estarrecidos com a mis?a que viram. Funcion?os do Hospital Camilo Cienfuegos passavam nos quartos dos estrangeiros indagando se podiam levar para suas fam?as o que eventualmente restava da alimenta? servida. Ao obterem alta, a senhora deixou com as servidoras as pr?as roupas. Uma granfina brasileira? N? gente humilde daqui escandalizada com as car?ias de l?E o marido? Inutilmente retornou mais tarde ?lha. A doen?seguiu seu curso, conforme haviam advertido oftalmologistas brasileiros. Mas a propaganda, ora, a propaganda ? alma dos neg?s tamb?no comunismo. .

Bento XVI

11/01/2009
1. Desejo, tamb?no in?o deste novo ano, fazer chegar os meus votos de paz a todos e, com esta minha Mensagem, convid?os a reflectir sobre o tema: Combater a pobreza, construir a paz. J? meu venerado antecessor Jo?Paulo II, na Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1993, sublinhara as repercuss?negativas que acaba por ter sobre a paz a situa? de pobreza em que versam popula?s inteiras. De facto, a pobreza encontra-se frequentemente entre os factores que favorecem ou agravam os conflitos, mesmo os conflitos armados. Estes ?mos, por sua vez, alimentam tr?cas situa?s de pobreza. « Vai-se afirmando (...), com uma gravidade sempre maior – escrevia Jo?Paulo II –, outra s?a amea??az: muitas pessoas, mais ainda, popula?s inteiras vivem hoje em condi?s de extrema pobreza. A disparidade entre ricos e pobres tornou-se mais evidente, mesmo nas na?s economicamente mais desenvolvidas. Trata-se de um problema que se imp? consci?ia da humanidade, visto que as condi?s em que se encontra um grande n?o de pessoas s?tais que ofendem a sua dignidade natural e, consequentemente, comprometem o aut?ico e harm?o progresso da comunidade mundial ».(1) 2. Neste contexto, combater a pobreza implica uma an?se atenta do fen?o complexo que ? globaliza?. Tal an?se ??mportante do ponto de vista metodol?o, porque convida a p?m pr?ca o fruto das pesquisas realizadas pelos economistas e soci?os sobre tantos aspectos da pobreza. Mas a evoca? da globaliza? deveria revestir tamb?um significado espiritual e moral, solicitando a olhar os pobres bem cientes da perspectiva que todos somos participantes de um ?o projecto divino: chamados a constituir uma ?a fam?a, na qual todos – indiv?os, povos e na?s – regulem o seu comportamento segundo os princ?os de fraternidade e responsabilidade. Em tal perspectiva, ?reciso ter uma vis?ampla e articulada da pobreza. Se esta fosse apenas material, para iluminar as suas principais caracter?icas, seriam suficientes as ci?ias sociais que nos ajudam a medir os fen?os baseados sobretudo em dados de tipo quantitativo. Sabemos por?que existem pobrezas imateriais, isto ?que n?s?consequ?ia directa e autom?ca de car?ias materiais. Por exemplo, nas sociedades ricas e avan?as, existem fen?os de marginaliza?, pobreza relacional, moral e espiritual: trata-se de pessoas desorientadas interiormente, que, apesar do bem-estar econ?o, vivem diversas formas de transtorno. Penso, por um lado, no chamado « subdesenvolvimento moral » (2) e, por outro, nas consequ?ias negativas do « superdesenvolvimento ».(3) N?esque?tamb?que muitas vezes, nas sociedades chamadas « pobres », o crescimento econ?o ?ntravado por impedimentos culturais, que n?permitem uma conveniente utiliza? dos recursos. Seja como for, n?restam d?as de que toda a forma de pobreza imposta tem, na sua raiz, a falta de respeito pela dignidade transcendente da pessoa humana. Quando o homem n??isto na integridade da sua voca? e n?se respeitam as exig?ias duma verdadeira « ecologia humana »,(4) desencadeiam-se tamb?as din?cas perversas da pobreza, como ?vidente em alguns ?itos sobre os quais passo a deter brevemente a minha aten?. Pobreza e implica?s morais 3. A pobreza aparece muitas vezes associada, como se fosse sua causa, com o desenvolvimento demogr?co. Em consequ?ia disso, realizam-se campanhas de redu? da natalidade, promovidas a n?l internacional, at?om m?dos que n?respeitam a dignidade da mulher nem o direito dos esposos a decidirem responsavelmente o n?o dos filhos (5) e que muitas vezes – facto ainda mais grave – n?respeitam sequer o direito ?ida. O exterm?o de milh?de nascituros, em nome da luta ?obreza, constitui na realidade a elimina? dos mais pobres dentre os seres humanos. Contra tal presun?, fala o dado seguinte: enquanto, em 1981, cerca de 40% da popula? mundial vivia abaixo da linha de pobreza absoluta, hoje tal percentagem aparece substancialmente reduzida a metade, tendo sa? da pobreza popula?s caracterizadas precisamente por um incremento demogr?co not?l. O dado agora assinalado p?m evid?ia que existiriam os recursos para se resolver o problema da pobreza, mesmo no caso de um crescimento da popula?. E n?se h?e esquecer que, desde o fim da segunda guerra mundial at?oje, a popula? da terra cresceu quatro mil milh?e tal fen?o diz respeito, em larga medida, a pa?s que surgiram recentemente na cena internacional como novas pot?ias econ?as e conheceram um r?do desenvolvimento gra? precisamente ao elevado n?o dos seus habitantes. Al?disso, dentre as na?s que mais se desenvolveram, aquelas que det?maiores ?ices de natalidade gozam de melhores potencialidades de progresso. Por outras palavras, a popula? confirma-se como uma riqueza e n?como um factor de pobreza. 4. Outro ?ito de preocupa? s?as pandemias, como por exemplo a mal?a, a tuberculose e a SIDA, pois, na medida em que atingem os sectores produtivos da popula?, influem enormemente no agravamento das condi?s gerais do pa? As tentativas para travar as consequ?ias destas doen? na popula? nem sempre alcan? resultados significativos. E sucede al?disso que os pa?s afectados por algumas dessas pandemias se v?, ao querer enfrent?as, sujeitos a chantagem por parte de quem condiciona a ajuda econ?a ?ctua? de pol?cas contr?as ?ida. Sobretudo a SIDA, dram?ca causa de pobreza, ?if?l combat?a se n?se enfrentarem as problem?cas morais associadas com a difus?do v?s. ?preciso, antes de tudo, fomentar campanhas que eduquem, especialmente os jovens, para uma sexualidade plenamente respeitadora da dignidade da pessoa; iniciativas realizadas nesta linha j?eram frutos significativos, fazendo diminuir a difus?da SIDA. Depois h?ue colocar ?isposi? tamb?das popula?s pobres os rem?os e os tratamentos necess?os; isto sup?ma decidida promo? da pesquisa m?ca e das inova?s terap?icas e, quando for preciso, uma aplica? flex?l das regras internacionais de protec? da propriedade intelectual, de modo que a todos fiquem garantidos os necess?os tratamentos sanit?os de base. 5. Terceiro ?ito, que ?bjecto de aten? nos programas de luta contra a pobreza e que mostra a sua intr?eca dimens?moral, ? pobreza das crian?. Quando a pobreza atinge uma fam?a, as crian? s?as suas v?mas mais vulner?is: actualmente quase metade dos que vivem em pobreza absoluta ?onstitu? por crian?. O facto de olhar a pobreza colocando-se da parte das crian? induz a reter como priorit?os os objectivos que mais directamente lhes dizem respeito, como por exemplo os cuidados maternos, o servi?educativo, o acesso ?vacinas, aos cuidados m?cos e ?gua pot?l, a defesa do ambiente e sobretudo o empenho na defesa da fam?a e da estabilidade das rela?s no seio da mesma. Quando a fam?a se debilita, os danos recaem inevitavelmente sobre as crian?. Onde n??utelada a dignidade da mulher e da m? a ressentir-se do facto s?de novo principalmente os filhos. 6. Quarto ?ito que, do ponto de vista moral, merece particular aten? ? rela? existente entre desarmamento e progresso. Gera preocupa? o actual n?l global de despesa militar. ?que, como j?ive ocasi?de sublinhar, « os ingentes recursos materiais e humanos empregados para as despesas militares e para os armamentos, na realidade, s?desviados dos projectos de desenvolvimento dos povos, especialmente dos mais pobres e necessitados de ajuda. E isto est?ontra o estipulado na pr?a Carta das Na?s Unidas, que empenha a comunidade internacional, e cada um dos Estados em particular, a ‘‘promover o estabelecimento e a manuten? da paz e da seguran?internacional com o m?mo disp?io dos recursos humanos e econ?os mundiais para os armamentos (art. 26) ».(6) Uma tal conjuntura, longe de facilitar, obstaculiza seriamente a consecu? dos grandes objectivos de desenvolvimento da comunidade internacional. Al?disso, um excessivo aumento da despesa militar corre o risco de acelerar uma corrida aos armamentos que provoca faixas de subdesenvolvimento e desespero, transformando-se assim, paradoxalmente, em factor de instabilidade, tens?e conflito. Como sensatamente afirmou o meu venerado antecessor Paulo VI, « o desenvolvimento ? novo nome da paz ».(7) Por isso, os Estados s?chamados a fazer uma s?a reflex?sobre as raz?mais profundas dos conflitos, frequentemente ati?os pela injusti? e a tomar provid?ias com uma corajosa autocr?ca. Se se chegar a uma melhoria das rela?s, isso dever?onsentir uma redu? das despesas para armamentos. Os recursos poupados poder?ser destinados para projectos de desenvolvimento das pessoas e dos povos mais pobres e necessitados: o esfor?despendido em tal direc? ?m servi??az no seio da fam?a humana. 7. Quinto ?ito na referida luta contra a pobreza material diz respeito ?rise alimentar actual, que p?m perigo a satisfa? das necessidades de base. Tal crise ?aracterizada n?tanto pela insufici?ia de alimento, como sobretudo pela dificuldade de acesso ao mesmo e por fen?os especulativos e, consequentemente, pela falta de um reajustamento de institui?s pol?cas e econ?as que seja capaz de fazer frente ?necessidades e ?emerg?ias. A m?utri? pode tamb?provocar graves danos psicof?cos nas popula?s, privando muitas pessoas das energias de que necessitam para sair, sem especiais ajudas, da sua situa? de pobreza. E isto contribui para alargar a dist?ia angular das desigualdades, provocando reac?s que correm o risco de tornar-se violentas. Todos os dados sobre o andamento da pobreza relativa nos ?mos dec?os indicam um aumento do fosso entre ricos e pobres. Causas principais de tal fen?o s? sem d?a, por um lado a evolu? tecnol?a, cujos benef?os se concentram na faixa superior da distribui? do rendimento, e por outro a din?ca dos pre? dos produtos industriais, que crescem muito mais rapidamente do que os pre? dos produtos agr?las e das mat?as primas na posse dos pa?s mais pobres. Isto faz com que a maior parte da popula? dos pa?s mais pobres sofra uma dupla marginaliza?, ou seja, em termos de rendimentos mais baixos e de pre? mais altos. Luta contra a pobreza e solidariedade global 8. Uma das estradas mestras para construir a paz ?ma globaliza? que tenha em vista os interesses da grande fam?a humana.(8) Mas, para guiar a globaliza? ?reciso uma forte solidariedade global (9) entre pa?s ricos e pa?s pobres, como tamb?no ?ito interno de cada uma das na?s, incluindo ricas. ?necess?o um « c?o ?co comum »,(10) cujas normas n?tenham apenas car?er convencional mas estejam radicadas na lei natural inscrita pelo Criador na consci?ia de todo o ser humano (cf. Rm 2, 14-15). Porventura n?sente cada um de n?no ?imo da consci?ia, o apelo a dar a pr?a contribui? para o bem comum e a paz social? A globaliza? elimina determinadas barreiras, mas isto n?significa que n?possa construir outras novas; aproxima os povos, mas a proximidade geogr?ca e temporal n?cria, de per si, as condi?s para uma verdadeira comunh?e uma paz aut?ica. A marginaliza? dos pobres da terra s?de encontrar v?dos instrumentos de resgate na globaliza?, se cada homem se sentir pessoalmente atingido pelas injusti? existentes no mundo e pelas viola?s dos direitos humanos ligadas com elas. A Igreja, que ? sinal e instrumento da ?ima uni?com Deus e da unidade de todo o g?ro humano »,(11) continuar? dar a sua contribui? para que sejam superadas as injusti? e incompreens?e se chegue a construir um mundo mais pac?co e solid?o. 9. No campo do com?io internacional e das transac?s financeiras, temos hoje em ac? processos que permitem integrar positivamente as economias, contribuindo para o melhoramento das condi?s gerais; mas h?amb?processos de sentido oposto, que dividem e marginalizam os povos, criando perigosas premissas para guerras e conflitos. Nos dec?os posteriores ?egunda guerra mundial, o com?io internacional de bens e servi? cresceu de forma extraordinariamente r?da, com um dinamismo sem precedentes na hist?. Grande parte do com?io mundial interessou os pa?s de antiga industrializa?, vindo significativamente juntar-se-lhes muitos pa?s que sobressa?m tornando-se relevantes. Mas h?utros pa?s de rendimento baixo que est?ainda gravemente marginalizados dos fluxos comerciais. O seu crescimento ressentiu-se negativamente com a r?da descida verificada, nos ?mos dec?os, nos pre? dos produtos prim?os, que constituem a quase totalidade das suas exporta?s. Nestes pa?s, em grande parte africanos, a depend?ia das exporta?s de produtos prim?os continua a constituir um poderoso factor de risco. Quero reiterar aqui um apelo para que todos os pa?s tenham as mesmas possibilidades de acesso ao mercado mundial, evitando exclus?e marginaliza?s. 10. Id?ica reflex?pode fazer-se a prop?o do mercado financeiro, que toca um dos aspectos prim?os do fen?o da globaliza?, devido ao progresso da electr?a e ?pol?cas de liberaliza? dos fluxos de dinheiro entre os diversos pa?s. A fun? objectivamente mais importante do mercado financeiro, que ? de sustentar a longo prazo a possibilidade de investimentos e consequentemente de desenvolvimento, aparece hoje muito fr?l: sofre as consequ?ias negativas de um sistema de transac?s financeiras – a n?l nacional e global – baseadas sobre uma l?a de brev?imo prazo, que busca o incremento do valor das actividades financeiras e se concentra na gest?t?ica das diversas formas de risco. A pr?a crise recente demonstra como a actividade financeira seja ?vezes guiada por l?as puramente auto-referenciais e desprovidas de considera? pelo bem comum a longo prazo. O nivelamento dos objectivos dos operadores financeiros globais para o brev?imo prazo reduz a capacidade de o mercado financeiro realizar a sua fun? de ponte entre o presente e o futuro: apoio ?ria? de novas oportunidades de produ? e de trabalho a longo prazo. Uma actividade financeira confinada no breve e brev?imo prazo torna-se perigosa para todos, inclusivamente para quem consegue beneficiar dela durante as fases de euforia financeira.(12) 11. Segue-se de tudo isto que a luta contra a pobreza requer uma coopera? nos planos econ?o e jur?co que permita ?omunidade internacional e especialmente aos pa?s pobres individuarem e actuarem solu?s coordenadas para enfrentar os referidos problemas atrav?da realiza? de um quadro jur?co eficaz para a economia. Al?disso, requer est?los para se criarem institui?s eficientes e participativas, bem como apoios para lutar contra a criminalidade e promover uma cultura da legalidade. Por outro lado, n?se pode negar que, na origem de muitos falimentos na ajuda aos pa?s pobres, est?as pol?cas vincadamente assistencialistas. Investir na forma? das pessoas e desenvolver de forma integrada uma cultura espec?ca da iniciativa parece ser actualmente o verdadeiro projecto a m?o e longo prazo. Se as actividades econ?as precisam de um contexto favor?l para se desenvolver, isto n?significa que a aten? se deva desinteressar dos problemas do rendimento. Embora se tenha oportunamente sublinhado que o aumento do rendimento pro capite n?pode de forma alguma constituir o fim da ac? pol?co-econ?a, todavia n?se deve esquecer que o mesmo representa um instrumento importante para se alcan? o objectivo da luta contra a fome e contra a pobreza absoluta. Deste ponto de vista, seja banida a ilus?de que uma pol?ca de pura redistribui? da riqueza existente possa resolver o problema de maneira definitiva. De facto, numa economia moderna, o valor da riqueza depende em medida determinante da capacidade de criar rendimento presente e futuro. Por isso, a cria? de valor surge como um elo imprescind?l, que se h?de ter em conta se se quer lutar contra a pobreza material de modo eficaz e duradouro. 12. Colocar os pobres em primeiro lugar implica, finalmente, que se reserve espa?adequado para uma correcta l?a econ?a por parte dos agentes do mercado internacional, uma correcta l?a pol?ca por parte dos agentes institucionais e uma correcta l?a participativa capaz de valorizar a sociedade civil local e internacional. Hoje os pr?os organismos internacionais reconhecem o valor e a vantagem das iniciativas econ?as da sociedade civil ou das administra?s locais para favorecer o resgate e a integra? na sociedade daquelas faixas da popula? que muitas vezes est?abaixo do limiar de pobreza extrema mas, ao mesmo tempo, dificilmente se consegue fazer-lhes chegar as ajudas oficiais. A hist? do progresso econ?o do s?lo XX ensina que boas pol?cas de desenvolvimento s?confiadas ?esponsabilidade dos homens e ?ria? de positivas sinergias entre mercados, sociedade civil e Estados. Particularmente a sociedade civil assume um papel crucial em todo o processo de desenvolvimento, j?ue este ?ssencialmente um fen?o cultural e a cultura nasce e se desenvolve nos diversos ?itos da vida civil.(13) 13. Como observava o meu venerado antecessor Jo?Paulo II, a globaliza? « apresenta-se com uma acentuada caracter?ica de ambival?ia »,(14) pelo que h?de ser dirigida com clarividente sabedoria. Faz parte de tal sabedoria ter em conta primariamente as exig?ias dos pobres da terra, superando o esc?alo da despropor? que se verifica entre os problemas da pobreza e as medidas predispostas pelos homens para os enfrentar. A despropor? ?e ordem tanto cultural e pol?ca como espiritual e moral. De facto, tais medidas det?se frequentemente nas causas superficiais e instrumentais da pobreza, sem chegar ?que se abrigam no cora? humano, como a avidez e a estreiteza de horizontes. Os problemas do desenvolvimento, das ajudas e da coopera? internacional s??vezes enfrentados sem um verdadeiro envolvimento das pessoas, mas apenas como quest?t?icas que se reduzem ?repara? de estruturas, elabora? de acordos tarif?os, atribui? de financiamentos an?os. Inversamente, a luta contra a pobreza precisa de homens e mulheres que vivam profundamente a fraternidade e sejam capazes de acompanhar pessoas, fam?as e comunidades por percursos de aut?ico progresso humano. Conclus? 14. Na Enc?ica Centesimus annus, Jo?Paulo II advertia para a necessidade de « abandonar a mentalidade que considera os pobres – pessoas e povos – como um fardo e como importunos ma?ores, que pretendem consumir tudo o que os outros produziram ». « Os pobres – escrevia ele – pedem o direito de participar no usufruto dos bens materiais e de fazer render a sua capacidade de trabalho, criando assim um mundo mais justo e mais pr?ro para todos ».(15) No mundo global de hoje, resulta de forma cada vez mais evidente que s?poss?l construir a paz, se se assegurar a todos a possibilidade de um razo?l crescimento: de facto, as consequ?ias das distor?s de sistemas injustos, mais cedo ou mais tarde, fazem-se sentir sobre todos. Deste modo, s?insensatez pode induzir a construir um pal?o dourado, tendo por?ao seu redor o deserto e o degrado. Por si s? globaliza? n?consegue construir a paz; antes, em muitos casos, cria divis?e conflitos. A mesma p? descoberto sobretudo uma urg?ia: a de ser orientada para um objectivo de profunda solidariedade que aponte para o bem de cada um e de todos. Neste sentido, a globaliza? h?e ser vista como uma ocasi?prop?a para realizar algo de importante na luta contra a pobreza e colocar ?isposi? da justi?e da paz recursos at?gora impens?is. 15. Desde sempre se interessou pelos pobres a doutrina social da Igreja. Nos tempos da Enc?ica Rerum novarum, pobres eram sobretudo os oper?os da nova sociedade industrial; no magist?o social de Pio XI, Pio XII, Jo?XXIII, Paulo VI e Jo?Paulo II, novas pobrezas foram vindo ?uz ?edida que o horizonte da quest?social se alargava at?ssumir dimens?mundiais.(16) Este alargamento da quest?social ?lobalidade n?deve ser considerado apenas no sentido duma extens?quantitativa mas tamb?dum aprofundamento qualitativo sobre o homem e as necessidades da fam?a humana. Por isso a Igreja, ao mesmo tempo que segue com aten? os fen?os actuais da globaliza? e a sua incid?ia sobre as pobrezas humanas, aponta os novos aspectos da quest?social, n?s? extens?mas tamb?em profundidade, no que se refere ?dentidade do homem e ?ua rela? com Deus. S?princ?os de doutrina social que tendem a esclarecer os v?ulos entre pobreza e globaliza? e a orientar a ac? para a constru? da paz. Dentre tais princ?os, vale a pena recordar aqui, de modo particular, o « amor preferencial pelos pobres »,(17) ?uz do primado da caridade testemunhado por toda a tradi? crist? partir dos prim?os da Igreja (cf. Act 4, 32-37; 1 Cor 16, 1; 2 Cor 8-9; Gal 2, 10). « Cada um entregue-se ?arefa que lhe incumbe com a maior dilig?ia poss?l » – escrevia em 1891 Le?XIII, acrescentando: « Quanto ?greja, a sua ac? n?faltar?m nenhum momento ».(18) Esta consci?ia acompanha hoje tamb?a ac? da Igreja em favor dos pobres, nos quais v?risto,(19) sentindo ressoar constantemente em seu cora? o mandato do Pr?ipe da paz aos Ap?los: « Vos date illis manducare – dai-lhes v?esmos de comer » (Lc 9, 13). Fiel a este convite do seu Senhor, a Comunidade Crist??deixar?pois, de assegurar o seu apoio ?am?a humana inteira nos seus impulsos de solidariedade criativa, tendentes n?s?partilhar o sup?luo, mas sobretudo a alterar « os estilos de vida, os modelos de produ? e de consumo, as estruturas consolidadas de poder que hoje regem as sociedades ».(20) Assim, a cada disc?lo de Cristo bem como a toda a pessoa de boa vontade, dirijo, no in?o de um novo ano, um caloroso convite a alargar o cora? ?necessidades dos pobres e a fazer tudo o que lhe for concretamente poss?l para ir em seu socorro. De facto, aparece como indiscutivelmente verdadeiro o axioma « combater a pobreza ?onstruir a paz ». Vaticano, 8 de Dezembro de 2008. BENEDICTUS PP. XVI

Cleber Benvegnú

11/01/2009
Uma edi? da revista Veja de dezembro, em longa reportagem, constatou o revigoramento da participa?, especialmente de jovens, em determinados movimentos da Igreja Cat?a. Muitos, inclusive, est?se dedicando com exclusividade ?ida crist?atrav?de comunidades em que precisam fazer voto de pobreza, castidade, obedi?ia e vida fraterna. A mat?a identifica que essa transforma?, protagonizada especialmente pela Renova? Carism?ca Cat?a e por outros movimentos que priorizam a dimens?espiritual, reveste a Igreja de uma nova imagem, distante daquela que vigorou entre os anos 60 e 80, impregnada pelo ide?o esquerdista. Diz a soci?a Brenda Carranza, da PUC de Campinas, especialista em religi? “Nos anos 80, participar da Igreja era estar engajado em obras sociais. Hoje, ?r com mais freq?ia ?issa, participar de vig?as e grupos de ora?. Naquela ?ca, o padre era visto como agente de transforma? social. Agora, ele ?m agente de transforma? pessoal e espiritual”. E – conclui Veja – ?ssa transforma? que move o rebanho das novas comunidades cat?as. ?verdadeira a constata? da mat?a. Testemunho, em diversos movimentos dos quais participo, o crescimento da Igreja que n?se esquece da op? preferencial pelos pobres, mas que cuida do esp?to e procura dar sentido ?ida das pessoas. ?a Igreja que n?despreza quem cresceu na vida, que ?iel ao Papa e que n?l? Evangelho com viseira ideol?a. ?a Igreja que educa para os valores e que forma os jovens segundo sua pr?a Doutrina, e n?a alheia. ?a Igreja que mostra caminhos, que n?tem pregui? que salva do vazio espiritual, que n?se desvia de sua ess?ia. Ou seja: ? Igreja tal qual ela deve ser. Entretanto, a tentativa de partidariza? continua forte. Recebi, por exemplo, o jornal Presen?Diocesana (nº 238), da Diocese de Passo Fundo, dentro do qual estava o encarte Presen?Jovem, da Pastoral da Juventude. A mat?a de capa estampa: “Juventude e Teologia da Liberta?”. No texto, elogios expl?tos a Karl Marx, um dos maiores hereges e anticrist? que a humanidade j?onheceu, o mesmo que disse: “A religi?? ? do povo”. Mais: cita?s de Frei Betto - claro - e Leonardo Boff, o ex-padre que dedica a maior parte do seu tempo a destilar ? contra a pr?a Igreja, o Papa e os carism?cos. Pasmem: e muitos padres e leigos ainda n?entendem a dificuldade de arrebanhar jovens para movimentos dessa natureza. Ora, ora... Nossa juventude estar?nteressada em uma leitura do Evangelho segundo Marx? A voca? existencial dos jovens deve ser limitada ?ilit?ia e ao engajamento pol?co? Sei que a Pastoral da Juventude tem muitos m?tos, at?orque j?articipei de diversas de suas iniciativas. Mas sempre que algu? especialmente da pr?a Igreja, tentar reduzir sua miss??e um partido pol?co, estaremos mais longe das necessidades espirituais e existenciais da juventude urbana e rural, bem como de toda a sociedade. N? Apesar de ter deveres perante a pol?ca, a Igreja n??m partido pol?co e tampouco um bra?de sua atua?.

Editorial do Estadão

10/01/2009
O novo governo paraguaio do ex-bispo progressista Fernando Lugo, empossado em agosto ?mo e eleito sob a bandeira da reforma do Tratado de Itaipu, encontrou no Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) aliado pronto a encampar a sua causa no Brasil. Ao aceitar pressurosamente o papel de quinta-coluna que foi instado a assumir por seus interlocutores em Assun?, com os quais mant?estreitos v?ulos ideol?os, centrados na Teologia da Liberta?, a incendi?a organiza? se coloca em rota de colis?com o governo brasileiro - que o sustenta generosamente. Na defesa do interesse estrat?co nacional, o presidente Lula est?irmemente decidido a manter a integridade do acordo firmado pelos dois pa?s em 1973. O Planalto n?objeta a que o Paraguai fa?uma auditoria da sua d?da de US$ 19 bilh?origin?a da constru? da usina binacional. Mas se op? pretens?de Lugo de obter uma eleva? significativa do pre?que o Brasil paga ao seu pa?pela energia de Itaipu (US$ 45,31 brutos por megawatt). O governo brasileiro tampouco aceita a reivindica? paraguaia de vender a outros pa?s, e n?apenas ao Brasil, como estipula o tratado, a parte que lhe pertence da gera? da usina. (O Paraguai consome n?mais de 5% do fornecimento de Itaipu.) O objetivo imediato de Lugo ?uplo: de um lado, ampliar a pauta de conversa?s com Bras?a - o que, em si, ?eg?mo; e, de outro, dar curso a uma estrat?a de guerrilha, como revelou ao jornal Valor um negociador paraguaio que n?quis se identificar. Trata-se da decis?temer?a de angariar apoios no Brasil para a batalha de opini?p?ca que o governo paraguaio quer ver desencadeada para furar o alegado bloqueio brasileiro de informa?s oficiais sobre as tratativas entre as partes. ?onde entra o MST, com o acendrado internacionalismo que levou o seu l?r supremo, Jo?Pedro Stedile, em maio de 2006, a oferecer ao presidente da Bol?a, Evo Morales, as suas brigadas para expulsar os latifundi?os brasileiros do vizinho pa? (Nesse mesmo ano, ele anunciou a solidariedade do povo brasileiro ?acionaliza? da ind?ia de g?boliviana, com a ocupa? de duas refinarias da Petrobr?) Prudentemente, Morales dispensou a colabora? da turba paramilitar emeessetista. Agora, a organiza? ?ue foi procurada, na certeza de pronto e fraternal atendimento. Para preparar o esp?to da milit?ia, material de propaganda sobre as demandas paraguaias j?ircula entre os seus acampados e assentados, sustentados pelo governo brasileiro, que paga as cestas b?cas que lhes s?destinadas, com o dinheiro do contribuinte. O pretexto para a mobiliza? ? defesa do princ?o da soberania nacional e popular sobre os recursos naturais, diz um dos principais dirigentes do MST, Roberto Baggio, convenientemente esquecido de que, no caso de Itaipu, esses recursos permaneceriam inexplorados n?fosse a associa? com o Brasil. Para o governo Lula, tanto o presidente Lugo como os seus agentes do lado de c?a fronteira est?querendo politizar uma quest?t?ica e p?ob suspeita um acordo leg?mo no ?ito das rela?s bilaterais. Mas isso e nada ? mesma coisa para o projeto insurrecional de Stedile. Se for necess?o faremos no futuro manifesta?s de solidariedade ao povo do Paraguai, anuncia ele. Sabendo-se de longa data no que consistem tais manifesta?s, as suas palavras representam antes uma amea?do que uma promessa. O MST conta com forte estrutura nos Estados do Sul, como o Paran?nas proximidades da ?a de Itaipu. Al?disso, por interm?o da Via Campesina, de que faz parte, o MST se articula com o seu equivalente paraguaio, a Mesa de Coordena? Nacional das Organiza?s Campesinas, que ajudou a formar. Igualmente ominosa ? perspectiva de que a solidariedade ao povo do Paraguai seja inclu? na exacerbada agenda revolucion?a da passagem dos 25 anos do MST, a ser festejada, como de costume, com manifesta?s de protesto, ocupa?s de propriedades e marchas por todo o Pa? Noticia-se que, por determina? do Planalto, a Ag?ia Brasileira de Intelig?ia (Abin) ir?onitorar a alian?antinacional em que embarcou o MST. N?poderia ser de outra forma. Com toda a probabilidade, por? o governo ter?e ir al?disso.

Érico Valduga, em Periscópio

10/01/2009
Os chav?de sempre, nascidos de doutrina?s ideol?as sect?as, impedem a compreens?dos problemas da rela? de judeus e palestinos Voc?leram, prezados leitores, a nota oficial da Federa? Israelita sobre Gaza? ?a seguinte: “Em nome da transpar?ia e veracidade dos fatos relacionados aos ataques na Faixa de Gaza, a Federa? Israelita do Rio Grande do Sul pede em nome de toda a Comunidade Judaica do Estado que em todas as entrevistas, mat?as, reportagens ou qualquer manifesta? a respeito do tema sejam ouvidos os dois lados envolvidos, para que seja promovido um debate bilateral da pol?ca. Como em toda a trajet? da entidade, continuaremos dispon?is para a discuss?clara sobre o assunto, cujo objetivo ?evar ?ociedade ga? todos os lados da quest?que se imp?m Israel e na Faixa de Gaza. Informamos que a fonte indicada para falar em nome da Federa ? ? presidente, Henry Chmelnitsky. J?a quest?hist?a, a Comunidade coloca ?isposi? estudiosos da quest?. Perceberam? N?diz que Israel tem raz? que o terrorismo viceja por culpa do fundamentalismo mu?mano, n?avan?em qualquer conota? ideol?a e religiosa, ou algo semelhante. Prop?simplesmente, que os dois lados sejam ouvidos pelos meios de comunica?. Ou seja, admite a exist?ia de argumentos palestinos e argumentos judeus, que devem expostos, e confrontados por quem, de boa f?queira formar uma opini?justificada sobre o que est?contecendo. O nome dessa pr?ca ? democracia. E ?or exerc?a, na tradi? do Ocidente crist? que o Estado de Israel sofre a rejei? dos pa?s ?bes. Constitui-se em um mau exemplo permanente para os reg imes autocr?cos e teocr?cos que governam no Oriente M?o e adjac?ias.

Maria Lucia Victor Barbosa

10/01/2009
Dia destes, assisti pela TV a um document?o que mostrava poss?is cenas do Apocalipse. Muitas eram as possibilidades de nosso pequeno planeta ser destru?: vulc? maremotos, terremotos, deg?, mete?, invas?alien?nas, Colisor de Part?las e muitos mais riscos rondam a min?a Terra. Tudo ??perigoso que ?e se perguntar como ainda n?fomos catapultados para o espa?sideral onde nossas insignificantes cinzas passariam despercebidas na vastid?c?ca. Conclui, por? que o maior perigo que ronda o homem ? pr?o homem cuja psique jamais evolui. A humanidade como um todo continua ignorante, avara, ganaciosa, invejosa, hip?ta, mentirosa, ego?a, hedonista, cruel, violenta. Estes atributos aparecem de forma inequ?ca nos jogos do poder pol?co, intimamente ligado ao poder econ?o. Mas, existem tamb?nas rela?s interindividuais que se processam no meio familiar ou do trabalho onde de forma micro assomam as canalhices, os golpes de esperteza ou mesmo a viol?ia que presenciamos no campo macro das governan?. Ao mesmo tempo, existe uma tend?ia inata no ser humano, com as exce?s de sempre, que o induz a se inclinar para o que ?au, abjeto, p?ido e uma necessidade visceral de se submeter ?lguma pessoa ou entidade para se comprazer na igualdade que escraviza. Da? nasce o amor a mentira, a necessidade de crer em lendas e mitos para fugir da mediocridade do cotidiano. Estas caracter?icas sempre presentes desde que o homem se p?e p? usou as m?, se acentuaram ao longo do s?lo passado e se aprofundaram nessa era de vulgaridade na qual valores e comportamentos est?massificados, confusos, difusos e a busca pelo sentido da vida se perde na pressa, no imediatismo, na superficialidade das a?s e dos relacionamentos. O rep? a Israel, que durante anos suportou homens-bomba e foguetes disparados pelo Hamas sobre sua popula? ?rova do que ocorre nos tempos atuais. A persegui? aos judeus, seu sofrimento nunca despertaram comisera?. Muitos negam at? holocausto, um dos piores horrores cometidos contra um povo. E assim como a multid?preferiu perdoar Barrabaz a Jesus, agora a maioria presta solidariedade ao terrorismo, o que demonstra o gosto humano pelo totalitarismo que esmaga a liberdade, pela distor? da verdade, pelo fanatismo que ? lado mal?o das religi? Todos se apressam a palpitar sobre tema de tal complexidade, condenar Israel embalados pelo que se diz na m?a, imersos em feroz antissemitismo que, por sua vez, se liga ao raivoso antiamericanismo. Entretanto, n?s? incautos das boas inten?s que se apiedam dos pequenos m?ires de Al?escudos humanos do Hamas, v?mas do fundamentalismo isl?co, mas tamb?os espertalh?ideol?os, n?se d?conta do cerne da quest?que foi bem apresentada por Yossi Kleim Halevi e Michael B. Oren, em mat?a publicada no The Los Angeles Times e transcrita pelo O Estado de S. Paulo (08/01/2009). Halevi e Oren mostram claramente a verdadeira natureza do conflito ao afirmar que o Hamas, assim como o Hezbollah, no L?no, n?passa de uma forma avan?a do verdadeiro inimigo com o qual Israel se confronta: o Ir?Desse modo, a atual opera? de Israel contra o Hamas representa um golpe estrat?co ao expansionismo iraniano que engloba a Ar?a Saudita at? L?no, por meio do Hezbolah, a S?a e os emirados do Golfo. Recorde-se que o presidente do Ir?Mahmud Ahmadinejad, mais perigoso para o mundo do que um mete?ou terremoto, e que tem como meta destruir Israel, contrariou a press?internacional e evoluiu rumo ao arsenal nuclear. Dotada de armas nucleares a hegemonia iraniana no Oriente M?o seria completa. Portanto, n??if?l concluir, que uma das bestas do Apocalipse est?olta. Entrementes, nosso chanceler de direito, Celso Amorim, parte para o Oriente M?o com o fito de apresentar id?s brasileiras. N?ficou claro se nosso chanceler de fato e respons?l pela nossa desastrada pol?ca externa, Marco Aur?o Garcia, ir?amb? Em todo caso, as id?s brasileiras j??conhecidas. O Itamaraty deplorou os ataques de Israel ?aixa de Gaza em v?os comunicados e o pr?o presidente da Rep?ca criticou asperamente os Estados Unidos e a ONU por n?terem evitado a crise, como se isso fosse poss?l. Quanto ao partido de Luiz In?o, o PT, por conta de seu pendor autorit?o n?podia deixar de condenar Israel. Seria, ent? conveniente que Berzoini e seus correligion?os, para ser mais coerentes, come?sem a treinar para homens-bomba e as companheiras petistas envergassem a burka. Caso contr?o, poderiam ser chamados de infi?, o que ?uito perigoso. * Soci?a

Marcelão Treistman

10/01/2009
N?sei se lembram de mim, mas quem Vos escreve ?arcel? Estou morando em Israel e gostaria de tecer alguns coment?os sobre o recente conflito. Tenho lido O Globo diariamente e fico estufato com as noticias que chegam at?oces e principalmente com os comentarios deixados pelos leitores. Gostariam que voces somassem a estas opini?o que vou lhes relatar. E como consequencia que voces tenham uma opini?mais imparcial. EM primeiro lugar estou bem. A vida ?ormal. Universidade, trabalho e divers? Israel desocupou a faixa de gaza em 2000 (importante ressaltar que esta ocupa? n?foi a causa de tantos anos de conflito, foram consequencia direta deles). Israel saiu desta regi?e deu autonomia para o governo palestino. Desde o 2o dia em que Israel n?estava l?isseis eram lan?os TODOS OS DIAS em dire? a Israel. Este ano cairam em territorio Israelense 6.000 misseis kassam nas cidades que fazem fronteira com a faixa de gaza. 6.000 MISSEIS. H?lgum tempo Israel ja vinha tentando o di?go com o governo eleito Hamas, para que parassem os ataques. O Hamas, diga-se de passagem, n?possui o menor interesse de di?go, e sequestra a causa palestina (Causa esta, justa. Todo povo, merece um lugar para desenvolver sua cultura, lingua, tradi?. Assim como o povo judeu possui Israel, o povo Palestino MERECE o peda?de terra deles). O HAMAS est?ais interessados na destrui? de Israel do que na cria? do estado Palestino. ?muito dif?l apertar a m?de que n?estende o bra? Ha alguns meses viv?os uma falsa calmaria com uns dois ou tres misseis caindo TODOS os dias. Est?mos com um cessar fogo declarado. Ha alguns dias o prazo deste cessar fogo acabou. Ao inv?de prolongar o cessar fogo O HAMAS mandou 50 Misseis em um dia para dentro do territ? israelense. Matou um civil. Destruiu algumas dezenas de casa. O que o governo Israelense poderia fazer? Era hora de um basta e por isso estamos vendo as cenas lament?is de destrui? em gaza. OS terroristas se escondem em meio a popula? civil. Ontem Israel destruiu uma plataforma de lan?ento de misseis que ficava em UMA ESCOLA PRIMRIA. N?acredito que esta a? por parte do ex?ito de Israel vai resolver o conflito. Mas era hora de destruir as instala?s terroristas. Imaginem voces se o uruguay mandassem um missel para dentro do Brasil. Ou o M?co nos Eua. O que estes pa?s iriam fazer? Leio nos jornais que a rea? de Israel foi desprorpocional. Parto do principio ent? que as pessoas entendem e respeitam que Israel tinha que ter uma rea?! Se foi desproporcional ou n??utra discuss? Mas Rea? tem que existir. LEio assustado os comentarios dos leitores. Ser contra Israel estar estabelecido na regi??ma opini? Ser contra a rea? israelense em Gaza ?ma opini? Pedir a morte dos judeus e a volta de Hitler n??ma opini? ?uma declara? deplor?l, mas que nestes dias come? a pipocar nos jornais. FIQUEM ATENTOS. ISTO ?ANTI-SEMITISMO. Li acusa?s de que os judeus s?culpados dos problemas do mundo: da fome, mis?a, somos donos do banco mundial, somos donos de hollywood, roubamos a terra dos palestinos... Cada vez que Gaza explode na imprensa internacional — e s?plode quando, finalmente, h?ma rea? israelense —, por tr?da not?a, subsistem centenas de ataques pr?os palestinos, cuja bondade jornal?ica n?mobiliza nenhum interesse. Isso significa que toda rea? israelense ?ustificada? De forma alguma, e vou aos fatos. Creio que Ehud Olmert, em sua necessidade de demonstrar que ?m l?r forte — depois da acumula? dos erros da guerra do L?no —, tomou decis?que, se bem t?uma l?a militar, n?t?uma l?a democr?ca. N?se pode justificar, de nenhuma maneira, o isolamento total de uma popula? civil. Inclusive, ainda sabendo da implica? dessa popula? na fustiga? permanente contra Israel. Entretanto, tal defesa, n?significa que se esque?a cr?ca situa? que vive Israel, em guerra declarada ou latente desde h??das, rodeado de milh?de inimigos que querem faz?o desaparecer, demonizado por quase todos, vigiado at? del?o pela imprensa internacional, e ? pa??o de todo o mundo que n?pode perder a guerra nem um s?a. N?tenho d?a alguma que, apesar de sua not?l intelig?ia militar e de seu armamento, Israel ? pa?fr?l da regi? diferen?de seus inimigos, que podem permitir-se a ditaduras tem?is, apoio log?ico a todo tipo de grupos terroristas e at?mea? de destrui?, Israel mant?uma s?a democracia, aporta avan? cient?cos ?umanidade e, al?disso, ?brigado a dedicar o volume mais substancial de seu PIB ?rgente necessidade de defesa. ?o ?o pa?do mundo que vive numa situa? de tormenta extrema desde que existe e, no entanto, ? ?o que tem que pedir perd?para sobreviver. O que ocorre, pois, em Gaza, ? en?mo cap?lo do cap?lo de sempre, cujo percurso previs?l n?implica, infelizmente, que n?se repita. O Hamas mant?a viol?ia cotidiana, mant?a amea?global, e mant?o adestramento no ? antiisraelense. ?claro, mant?tamb?o elogio p?co ao mart?o. Toda esta bomba-rel?, que explode periodicamente, como explodiu a bomba do Hezbol?e acabou na guerra do L?no, n?merece nem a reprova? da Liga rabe, que s? re?para demonizar Israel, nem a cr?ca da ONU, nem o rep? internacional. Pelo contr?o, todos os movimentos de defesa israelenses s?demonizados na hora, e a?emos a corte dos intelectuais pr?rguendo sua indigna? ao sol. Parece-me bem a cr?ca democr?ca a Israel. Mas, para ser cr?l, seria bom escutar alguma solidariedade com as v?mas israelenses, alguma den?a ao terrorismo isl?co palestino, algo de indigna? pelo uso corrupto das ajudas internacionais, e algo de preocupa? pelo papel b?co dos pa?s da regi? E, entretanto, h? sil?io. O que leva a uma conclus?inevit?l: que, com respeito a Israel, a fronteira entre a cr?ca democr?ca e a criminaliza? manique?a, ??t?e que se viola na maioria dos coment?os. Sobre Israel n?se faz an?se pol?ca. Perpetuam-se as velhas artes da difama? e da propaganda. Parece-me l?o e exig?l que o mundo exclame quando morrem inocentes em Gaza. Mas j??me parece t?l?o que n?se intente saber o que aconteceu, o teor da convuls?e complexidade que apresenta o conflito. N?existem terroristas que manipulam todo o tipo de explosivos? N?existe o uso de uma viol?ia generalizada que n?tem problemas em utilizar adolescentes para perpetrar matan?? N?caem diariamente dezenas de m?eis nas proximidades de Ashkelon (Israel)? De maneira que antes de transformar o ex?ito israelense numa esp?e de esquadr?assassino, sem escr?os nem moral, seria necess?o tentar conhecer os fatos. Mas n?? caso. De fato, nunca ? caso quando se trata de Israel. Com um automatismo que n?se gera em nenhum ou fato lament?l, a imprensa d?or fato que ?ormal Israel ir fazendo matan? indiscriminadas de civis palestinos. As manchetes eram expl?tas: outra matan?de civis nas m? do ex?ito, o ex?ito volta a matar civis, como ?abitual, Israel… E assim, o habitual ?ar uma imagem distorcida, perversa e criminosa do ex?ito democr?co de um estado democr?co, sem nenhuma vontade de conduzir-se pelos c?os deontol?os da profiss? ?prov?l que a imprensa acredita que esteja a favor das v?mas, e sacrifique o bem superior da solidariedade ao bem p?co da informa?. Certo? Ent? por que n?fala nunca dos palestinos, v?mas da loucura fundamentalista? Por que n?fala das m? que s?proibidas de chorar a morte de seus filhos suicidas? Por que n?consideram v?mas os palestinos que ap? o Isl?otalit?o? E, num contexto mais geral, por que n?falam das mu?manas que lutam por sua liberdade, das que querem escolher os seus maridos, as que querem emancipar-se profissionalmente, as que querem ser tratadas como seres humanos dignos? Por que, esta imprensa que acredita que est?o lado das v?mas, n?se interessa pelos massacres isl?cos no Sud? com seus milhares de assassinatos? Por que n?nos explica a aterradora asfixia que sofrem os cidad? do I?n? Por que n?consideram v?mas os pobres iraquianos massacrados pelos terroristas fundamentalistas? De fato, por que falam de insurg?ia e n?de terrorismo?... N? N??orreto. Porque a motiva? n?? solidariedade, mas um est?o ideol?o superior — ainda que moralmente inferior —: o que realmente interessa ?oder usar as v?mas para estruturar, com convic?, o antiocidentalismo que ?atente. Relativismo moral camuflado sob a crosta do esquerdismo. Por enquanto ?sso. Obrigado pela aten? Marcel?Treistman

Reinaldo Azevedo

10/01/2009
Certo! Pode-se afirmar que os militantes do Hamas s?am cad?res de crian? como bandeiras porque, afinal, h?ad?res de crian?. Sem d?a, em qualquer guerra, elas s?as v?mas que mais chocam e constrangem. Mas o que os terroristas fizeram para poup?as? Nada! Ao contr?o! A carne das crian? palestinas ou das crian? libanesas do Sul do L?no s?as mais baratas do Oriente M?o. Os militantes do Hamas e do Hezbolhah, respectivamente, escondem-se em meio ?opula? civil. A cada crian?morta, um triunfo. A imprensa dos pa?s isl?cos faz o uso esperado dos cad?res. E a dos pa?s ocidentais n?fica atr? A primeira investe no vitimismo; a segunda, na pervers?humanista. A foto de uma crian?palestina com l?imas nos olhos vale por milhares de editoriais censurando Israel. O que sai do olhar treinado e estudado do fot?fo assume as caracter?icas de um flagrante. O que ?ma escolha confunde-se com um registro objetivo da guerra. Imagens com essas caracter?icas valem por perguntas: Mas onde est?as criancinhas israelenses? Cad?s cad?res dos infantes judeus?. Tamb?induzem algumas respostas: Sem elas, s? pode concluir uma coisa: trata-se de uma luta desigual! De uma rea? desproporcional! Precisamos de mais cad?res de judeus para que possamos, ent? ser compreensivos com Israel. E o ato essencialmente imoral do terrorismo isl?co — mais um — perde relevo para a como?. Mais eficientes do que os foguetes do Hamas, s?os cad?res das crian? palestinas. S?bombas de efeito moral que explodem no territ? israelense e demonizam um pa?que s?o foi extinto em raz?da sua tenacidade — tamb?a militar. Ora, ent?Israel que evite a rea?. ? E como agir, ent? para conter o agressor? Rea? proporcional? Rea? proporcional? Deve-se levar isso a s?o? Ter?os israelenses de fabricar seus foguetes quase dom?icos par jogar em Gaza ou no Sul do L?no? Seria leg?mo treinar homens-bomba, que morreriam, ent? em nome de Iahweh? Devem os israelenses ser proporcionais tamb?no n?l de exposi? de seu pr?o povo ?? do inimigo, de sorte que tamb?possam exibir, com vitimismo triunfante, seus cad?res pelas ruas, passando-os de m?em m? numa esp?e de catarse da morte? De fato, Israel n?tem sa?. A n?ser lutar. A guerra de propaganda contra os adoradores de cad?res, o pa?j?erdeu. Resta-lhe fazer todos os esfor? para n?ser derrotado no terreno propriamente militar. ?a sua contribui? do momento ao triunfo da civiliza?. Fonte: Reinaldo Azevedo

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09/01/2009
ALERTA: Islamizaci?el mundo occidental (IX) Por diversas v?, lleg?mis manos la traducci?e una conferencia recientemente dictada en New York por el diputado holand?Geert Wilders, quien, adem? es Presidente del Partido para la Libertad de los Pa?s Bajos. Creo conveniente proponerles los siguientes pasajes de dicha conferencia para su an?sis y discusi?n el pr?o C?ulo de Estudios. Queridos amigos, Muchas gracias por invitarme. Es grato estar en Tour Seasons. Yo vengo de un pa?que tiene s?una temporada: una temporada de lluvias que comienza el 1 de enero y termina el 31 de diciembre. Cuando tenemos tres d? de sol seguidos, el Gobierno declara emergencia nacional. Por tanto, Four Seasons (Cuatro Estaciones) es nuevo para m? Es magn?co estar en New York. Cuando veo los rascacielos y edificios de oficinas, creo en lo que Ayn Rand dijo: El cielo sobre Nueva York y la voluntad del hombre hecha visible... Yo vengo a Am?ca con una misi?No todo est?ien en el Viejo Mundo. Hay un enorme peligro inminente, y es muy dif?l ser optimista. Podemos estar en la fase final de la islamizaci?e Europa. Esto no s?es un peligro claro y actual para el futuro de la propia Europa, es una amenaza para Am?ca Latina y la simple supervivencia de Occidente. El peligro inminente que veo es el escenario de Am?ca como el ?mo hombre de pie. Veo a los Estados Unidos como el ?mo basti?e la civilizaci?ccidental frente a una Europa isl?ca. En una generaci? dos, EE.UU. se preguntar? s?ismo: ¿Qui?ha perdido Europa? Patriotas de toda Europa arriesgan sus vidas cada d?para evitar, precisamente, que este escenario se convierta en una realidad. Mi breve conferencia consta de 4 partes. En primer lugar voy a describir la situaci?obre el terreno en Europa. A continuaci?voy a decir algunas cosas sobre el Islam. En tercer lugar, si ustedes todav?est?aqu?voy a hablar un poco sobre la pel?la que acaban de ver. Para terminar les contar?cerca de una reuni? celebrarse en Jerusal? La Europa que conocemos est?ambiando. Ustedes han visto probablemente los hitos. La Torre Eiffel y Trafalgar Square y los edificios de la antigua Roma y quiz?los canales de msterdam. Todav?est?all?Y todav?se puede mirar lo mismo, como fue hecho hace cien a? Pero en todas estas ciudades, a veces, a pocas cuadras de su destino tur?ico, hay otro mundo, un mundo que muy pocos visitantes ven y que no aparece en su gu?tur?ica. Es el mundo paralelo de la sociedad musulmana creada por la inmigraci?n masa. En toda Europa una nueva realidad va en aumento: todo es musulm? son muy pocas las personas nativas que residen en esos barrios... Es el mundo de cabeza de pa?tas, donde las mujeres caminan alrededor, en menor n?o por las tiendas, con cochecitos de beb? un grupo de ni? Sus maridos, o amos de esclavos, si prefieren, caminan tres pasos por delante. Con muchas mezquitas en las esquinas. Las tiendas tienen signos que nosotros no podemos leer. Ser?uy dif?l encontrar alguna actividad econ?a. Son ghettos musulmanes controlados por fan?cos religiosos. Barrios musulmanes que se multiplican en las ciudades de toda Europa y que son los elementos b?cos para el control territorial de cada vez m?porciones de Europa, calle por calle, barrio por barrio, ciudad por ciudad. En la actualidad hay miles de mezquitas en toda Europa. Con congregaciones m?grandes de las que hay en las iglesias. Y en cada ciudad europea hay planes para construir s? mezquitas que dejar?diminutas a toda iglesia en la regi?Evidentemente, la se?es la siguiente: nosotros imponemos la regla. Muchas ciudades europeas ya tienen una cuarta parte musulmana: acaban de tomar msterdam, Marsella y Malm? Suecia. En muchas ciudades la mayor?de la poblaci?enor de 18 a?es musulmana. Par?est?odeada por un anillo de barrios musulmanes. Mohammad es el nombre m?popular entre los ni?en muchas ciudades. En algunas escuelas primarias de msterdam la granja ya no puede ser mencionada, porque eso significar?tambi?mencionar el cerdo, y ser?un insulto a los musulmanes. Muchas escuelas estatales en B?ica y en Dinamarca s?sirven alimentos halal a todos los alumnos... Las antenas satelitales no apuntan a las estaciones de televisi?ocal, pero si a las estaciones del pa?de origen. En Francia, se recomienda a los maestros de las escuelas evitar los autores que se consideren ofensivos para los musulmanes, incluidos Voltaire y Diderot, lo mismo en el caso de Darwin. La historia del Holocausto, en muchos casos ya no se ense?porque hiere la sensibilidad de los musulmanes. En Inglaterra los tribunales de la Sharia son ahora, oficialmente, parte del sistema jur?co brit?co. Muchos barrios en Francia no son zonas para la mujer sin la cabeza cubierta con pa?os. La semana pasada, un hombre casi muri?spu?de ser golpeado por musulmanes en Bruselas, porque bebi?rante el Ramad? Los jud? huyen de Francia en n?os record. Se escapan de la peor ola de antisemitismo desde la Segunda Guerra Mundial. El franc?es ahora com?nte hablado en las calles de Tel Aviv y Netanya, Israel. Podr?seguir permanentemente con historias como esta. Historias acerca de la islamizaci? Un total de cincuenta y cuatro millones de musulmanes viven ahora en Europa. La Universidad de San Diego recientemente calcul?e un asombroso 25 por ciento de la poblaci?n Europa ser?usulmana dentro de una d?da. Bernhard Lewis ha pronosticado una mayor?musulmana a finales de este siglo. Estos son n?os y los n?os no ser? una amenaza si los inmigrantes musulmanes tuvieran un fuerte deseo de integrarse. Sin embargo, hay pocos indicios de ello. El Pew, Centro de Investigaci?inform?e la mitad de los franceses musulmanes ven su lealtad al Islam superior a su lealtad a Francia. Un tercio de los musulmanes franceses no se oponen a los ataques suicidas. El Centro Brit?co para la Cohesi?ocial inform?e un tercio de los estudiantes musulmanes brit?cos est?a favor de un califato en todo el mundo. Un estudio holand?inform?e la mitad de los musulmanes holandeses admiten entender los ataques del 11 de septiembre. La demanda de los musulmanes es lo que ellos llaman «el respeto». Y as?s como les damos respeto. Nuestras ?tes est?dispuestas a darles. Eso es ceder. En mi propio pa?hemos sido llamados por un miembro del gabinete a convertir los d? festivos musulmanes en d? de fiestas oficiales del estado. O declaraciones de otro miembro del gabinete, diciendo que el Islam es parte de la cultura holandesa. O una afirmaci?el abogado general Dem?ta Cristiano que est?ispuesto a aceptar la sharia en los Pa?s Bajos si hay una mayor?musulmana. Tenemos miembros del gabinete con pasaportes de Marruecos y Turqu? Las demandas musulmanas son apoyadas por el comportamiento ilegal, que va desde delitos menores y de violencia al azar, por ejemplo, -contra los trabajadores de ambulancia y los conductores de autob? a los peque?disturbios. Par?ha sido testigo del levantamiento en los suburbios de bajos ingresos, el banlieus. Algunos prefieren considerar que se trata de incidentes aislados, pero yo lo llamo una intifada musulmana. Denomino a los autores colonos. Porque eso es lo que son. Ellos no vienen a integrarse en nuestras sociedades, sino que vienen a integrar nuestra sociedad en sus Dar-al-Islam. Por tanto, son colonos. Gran parte de esta violencia en las calles que mencione se dirige exclusivamente contra los no musulmanes, obligando a muchos nativos a abandonar sus barrios, sus ciudades, sus pa?s. Los pol?cos t?dos lejos est?de adoptar una postura en contra de esta creciente sharia. Ellos creen en la igualdad de todas las culturas. Por otra parte, en un nivel mundano, los musulmanes son ahora un voto decisivo que no puede ser ignorado. Nuestros muchos problemas con el Islam no pueden explicarse por la pobreza, la represi? la Comunidad Europea del pasado colonial, como dicen las reclamaciones de la izquierda. Tampoco tiene nada que ver con los palestinos o las tropas americanas en Iraq. El problema es el Islam en s?ismo. Perm?me darles un resumen del Islam 101. (Web que explica el Islam). Lo primero que necesitan saber sobre el Islam es la importancia del libro del Cor? El Cor?es la palabra personal de Allah, revelado por un ?el a Mahoma, el profeta. Aqu?s donde comienza la cuesti? Cada palabra en el Cor?es palabra de Al? Es v?do para todos los musulmanes y para todos los tiempos. Por lo tanto, no existe tal cosa como un Islam moderado. Claro, hay un mont?e musulmanes moderados. Sin embargo, un Islam moderado no existe. El Cor?pide odio, violencia, sumisi?asesinato y terrorismo. El Cor?exhorta a los musulmanes a matar a los no musulmanes para aterrorizarlos y para cumplir con su deber de emprender la guerra: la jihad violenta. Jihad es un deber para cada musulm? el Islam es gobernar el mundo por la espada. El Cor?es claramente antisemita, describiendo a los jud? como monos y cerdos. Tambi?es necesario saber la importancia del profeta Mohammad. Su comportamiento es un ejemplo para los musulmanes y no puede ser criticado. Ahora, si Mohammad ha sido un hombre de paz, digamos como Gandhi o la Madre Teresa unidos en uno solo, no habr?ning?roblema. Sin embargo, Mohammad fue un caudillo, un asesino de masas, un ped?o, y tenia varios matrimonios al mismo tiempo. La tradici?sl?ca nos dice la forma en que luch? las batallas, c?asesin?sus enemigos e incluso hubo prisioneros de guerra ejecutados. Mohammad mismo sacrific?la tribu jud?de Banu Qurayza. Aconsej?bre las cuestiones de esclavitud, pero nunca aconsej?berar a los esclavos. El Islam no tiene otra moral que el avance del Islam. Si es bueno para el Islam, es bueno. Si es malo para el Islam, es malo. No hay ninguna zona gris u otro lado. . Que nadie se enga?que el Islam es una religi?claro, tiene un dios, y en el futuro 72 v?enes, pero, en su esencia, el Islam es una ideolog?pol?ca. Es un sistema que establece las disposiciones para la sociedad y la vida de cada persona. El Islam quiere regular cada aspecto de la vida. Islam significa sumisi? El Islam no es compatible con la libertad y la democracia porque se impone por la sharia. Si usted quiere comparar el Islam a algo, comp?lo con el comunismo o con el nacional-socialismo, ?as son ideolog? totalitarias. Es necesario saber esto sobre el Islam con el fin de entender lo que est?ucediendo en Europa. Para millones de musulmanes el Cor?y la vida de Mohammad no tienen 14 siglos de antig?d, son una realidad cotidiana, un ideal, que gu?todos los aspectos de sus vidas. Ahora se entiende lo dicho por Winston Churchill sobre el Islam como la fuerza m?retr?da en el mundo, y se comprende, tambi? la raz?or la que Mein Kampf fue comparado con el Cor? Servicio de Difusi?electiva de FLASHESCulturales Dir. Resp.: Prof. Alexander TORRES MEGA